segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Das Pistas para a História

E ficou pronta a obra que desde o ano passado estava sendo preparada pela confraria dos Pilotos Jurássicos Gaúchos, da qual faço parte, com muita honra. O livro "Das Pistas para a História" reúne histórias de boa parte dos integrantes do grupo e de expoentes automobilistas de um período de 25 anos compreendido entre o fim das carreteras até o início dos anos 80.
 
Esse livro era um sonho antigo do Roberto Giordani e foi ele mesmo que liderou o time que tocou o projeto. Pude colaborar com muito material já publicado aqui no blog.
 
O livro será oficialmente lançado na próxima quarta-feira 29 de agosto, às 20 horas, na revenda Sud Motors BMW, Rua Edu Chaves, 233 em Porto Alegre. Eu tinha a ideia de sortear alguns convites para o evento, mas já estão todos esgotados. O livro poderá ser adquirido no site da editora http://www.imagensdaterra.com.br/ ou enviando um e-mail para o próprio Roberto Giordani (gellatiere@terra.com.br ) ou para o editor Gilberto Menegaz (gilbertomenegaz@gmail.com).
 
Estarei no lançamento e depois conto aqui como foi. 
 

domingo, 26 de agosto de 2012

Desafio da Semana

Quem? Onde? Quando?
 

Mãos à obra!

sábado, 25 de agosto de 2012

Copa Brasil 1971

O final de 1970 marcou a realização de quatro provas no autódromo de Interlagos que reuniu diversos pilotos e carros esporte do mundo todo. Era a chamada Copa Brasil. A excursão encerraria em Tarumã, com uma prova extra logo após a virada do ano. Assim, no dia 3 de Janeiro de 1971, Tarumã recebia sua primeira prova internacional. Estava prevista a participação de 18 carros, porém apenas nove compareceram e efetivamente apenas seis eram novidades como Lola, Porsches e os Royale.

Um dos Porsches era o de Angi Munhoz, resposta do último Desafio, que a turma não teve dificuldades para identificar. Angi havia adquirido o Porsche 907 com o qual o espanhol Alex Soler-Roig havia competido em Interlagos. Ao término da prova conseguiu a terceira posição atrás de Emerson Fittipaldi com a Lola T-210 e do espanhol Jorge de Bagration com um Porsche 908.

Vale a pena registrar a participação do protótipo Aragano preparado por Dino Di Leone e pilotado por José Pedro Sinibaldi. Acabou não completando a prova.




Fonte das imagens: arquivo Eurico Estima, Angi Munhoz e Família Sinibaldi.

domingo, 19 de agosto de 2012

Desafio da Semana

Para não dificultar muito, adianto que o local é Tarumã. O resto é com vocês...


Mãos à obra!

sábado, 18 de agosto de 2012

Divisão 4 - Tarumã, 1973

Acertou quem respondeu que aquele carro do último Desafio era um protótipo Manta com motor VW, competindo na categoria Divisão 4, em Tarumã, 1973.

Aquela era a segunda etapa da temporada e foi disputada no dia 15 de abril. O carro #35 era pilotado pelo paranaense Ricardo Valente que fechou o soma das duas baterias na terceira posição da Classe A (motores até 2000 cc), na vitória de Maurício Chulan com seu Heve-VW #77.

Certa feita, o amigo Joaquim, do blog Mestre Joca escreveu sobre a história desse protótipo. Consta ainda que este mesmo modelo competiu com várias motorizações distintas.

Abaixo algumas imagens daquela prova, vencida no geral por Artur Bragantini com o Avallone-Chrysler #30.

Uma curiosidade: no grid daquela prova, com 25 carros, havia apenas um gaúcho, o Power-VW, pilotado pelo Dino Di Leoni. Alguém sabe que carro era esse?






Fonte das imagens: revista Quatro Rodas.

domingo, 12 de agosto de 2012

sábado, 11 de agosto de 2012

Júlio Renner

O último Desafio rendeu boas discussões. Primeiro em relação ao carro e os personagens que apareciam na imagem e depois sobre a realização ou não de provas no sentido inverso de Tarumã.

Pois bem, a imagem do Desafio me foi enviada pela Fernanda Renner, esposa do rapaz que aparecia no lado esquerdo do retrato, o Júlio Renner, proprietário do famoso Fusca #1 no qual dividia a pilotagem com Fernando Esbroglio (dentro do carro), com preparação do Vilmar Azevedo (à direita).

A prova em questão era a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Viaturas Turismo, disputada em Curitiba no dia 3 de junho de 1973. A turma chegou a ficar em dúvida em relação ao local, pois realmente o barranco lembrava um pouco o de Tarumã.

Esbroglio competiu na Classe A e largou na 21º posição entre 26 competidores. Após uma hora de prova, cruzou a linha de chegada na 7º posição, na mesma volta do vencedor. Outros representantes do RS na Classe foram Brasílio Terra, Bruno D'Almeida, Emílio Boeckel e Ricardo Trein.



Sobre as provas disputadas no sentido invertido de Tarumã, aí abaixo estão dois registros encontrados que comprovam a disputa. Conforme bem lembrou o Luiz Fernando Costa, ocorreram três provas nesse sentido, sendo a primeira disputada em 1997. Nesta eu estive presente e estava acompanhando meu tio, Noel "Paulista" Teixeira, que competia na Copa Fiat. As largadas aconteciam na saída da curva do Tala Larga e o grid se acomodava até a curva 8. O ponto mais complicado, ao menos para os Fiats, de traseira leve, era a temida Curva 1. Os carros chegavam em alta velocidade embalados pelo longo trecho de pé no fundo, desde a Curva do Laço. Me lembro que foram várias as rodadas espetaculares na saída da 1, onde os carros iam "sambando" até metade da reta, agora em descida. Um dos protagonistas foi o próprio "Paulista" e o outro o Professor Evaldo Quadrado, que naquele ano acabou conquistando o campeonato em dupla com João Sant'Anna.

Abaixo duas imagens da Speed 1600, creio que de 1998.



Fonte das imagens: arquivos Fernanda Renner, Roberto Schmitz e Arnaldo Fossá.

sábado, 4 de agosto de 2012

Não sabendo que era impossível...

O último Desafio mostrava uma imagem interessante, parecida com aquela que se faz em todo o início de temporada da Fórmula 1: os pilotos posando para a fotografia oficial. Tudo bem que nem todos os 32 pilotos inscritos compareceram para o retrato, feito naquela que era a prova de abertura do Campeonato Brasileiro de Fórmula Super-Vê de 1975, em Interlagos.

O representante dos pampas que estava entre aquele grupo era "Janjão" Freire, que até o ano anterior competia na Divisão 3 com seu Fusca #47. Na prova de Interlagos, correndo com um Kaimann preparado por Carmelo Carlomagno, finalizou em 10º lugar na soma das três baterias.

Em contato com o próprio "Janjão" nesta última semana, ele teve a gentileza, mesmo estando do outro lado do mundo, de escrever algumas linhas sobre aquela imagem.

"Ao ver esta foto que o Leandro gentilmente me enviou, hoje, mais de 30 anos depois, um pensamento me veio quase que imediatamente à cabeça: como eu era pretensioso!  Eu não tinha nenhuma condição de estar neste grupo! Não que não tivesse condições como piloto, mas hoje tão distante daquele momento, vejo que foi uma loucura total. Meus recursos financeiros eram limitadíssimos, tinha uma permuta com a Radio Continental que me proporcionava um número X de espaços comerciais que eu vendia próximo a cada corrida para pagar as despesas de viagem, mecânico e pneus. E era tudo. Se o carro quebrasse ou batesse,  era colocá-lo de novo na carretinha e voltar para Porto Alegre. Mas, lá estava eu ao lado daquelas feras, algumas incontestáveis como o magrinho que aparece todo sorridente atrás do Marcos Troncon e do grande Chiquinho Lameirão. Sobre ele, tenho uma história saborosa que divido com vocês agora: quando as corridas eram em São Paulo, eu parava num hotelzinho 'boca de porco' na frente do aeroporto de Congonhas chamado Nóbrega (que até hoje existe). Lá morava o Piquet. Todo o dia nos encontrávamos para um café da manhã de pão e manteiga, ele de calção e chinelo de dedos. Alguns anos depois, ele já campeão do mundo, fui visitá-lo em Mônaco, durante um grande prêmio. Ele desta vez estava hospedado no Lowes, aquele hotel que fica em cima do túnel que leva os carros ao porto. Fui na portaria e perguntei qual era o quarto do Sr. Piquet. A resposta do recepcionista: o Sr. Piquet não se hospeda num quarto, ele tem um andar todo a disposição no nosso hotel! O magrinho com cara de quem fez alguma traquinagem na foto tinha realmente progredido. O hotelzinho Nóbrega tinha definitivamente ficado para trás...

O pensamento se completou com uma expressão conhecida: "não sabendo que era impossível foi lá e fez". Quando lembro daquela aventura e me vejo aqui no meio da China aos 64 anos de idade, pretendendo vender produtos brasileiros para os chineses, vejo que a velha pretensão ainda continua intacta, não aprendi nada com os anos, infelizmente. "Não sabendo que era impossível...", aqui estou!

Abraços,
Janjão Freire"

Abaixo imagens da prova em Interlagos, disputada no dia 16 de Março de 1975.







Fonte das imagens: revista Quatro Rodas.