sábado, 30 de novembro de 2013

II Grande Etapa do Campeonato Gaúcho de Kart, 1972

Quem mandou o último Desafio foi o meu amigo Henrique Mércio, o famoso "Caranguejo", lá de Bagé. A imagem mostrava o piloto Sidnei Ollé contornando a esquina da Marechal Floriano com a Hipólito Ribeiro, lá em Bagé, em 1972. O "Caranguejo" me disse que essa "pista" ficava a duas quadras de onde ele mora hoje. Ele chegou a assistir essa prova, mas não tem maiores informações sobre o tal piloto. Só lembra que era dos bons.
 
Sidnei Ollé era da família de um grande piloto de Carreteras, o Nicanor Ollé, também de Bagé e que competia com a #18, a Gilda, o primeiro carro de corridas que o "Caranguejo" viu na vida, e que hoje repousa no Museu do Automobilismo Brasileiro do amigo Paulo Trevisan lá de Passo Fundo.
 
Não tenho nenhuma informação sobre os pilotos participantes ou o resultado daquela prova. Sei apenas que aquela foi a segunda prova realizada na cidade. Pude ver isto nas fotos do arquivo do Ibraim Gonçalves que reproduzo abaixo. A prova de 1971 foi no dia 15 de Agosto enquanto que a de 72 foi no dia 16 de Abril. As fotos são de bastidores e na última delas é possível ver o Ibraim abrindo uma cerveja Polar.
 
Bagé sempre foi uma referência do kartismo gaúcho, principalmente da zona sul do estado. O kartódromo da cidade foi inaugurado em 1983 e creio que ainda está em atividade.
 
E vocês, além do Ibraim, reconhecem alguém mais nas fotos?
 


 
 
 
Fonte das imagens: arquivo Henrique Mércio e Ibraim Gonçalves.

domingo, 24 de novembro de 2013

Desafio da Semana

Esse é bem difícil. Mesmo assim, será que conseguem identificar ao menos o local?
 

Mãos à obra!

sábado, 23 de novembro de 2013

Classe D

O registro do último Desafio veio de um acervo para lá de precioso. Graças ao amigo Bernardo Bercht, que conduz com competência e entusiasmo o blog PitLane e publica artigos de automobilismo no jornal Correio do Povo, ele conseguiu acesso ao acervo histórico do jornal. Foi de lá que veio a relíquia que ilustrava a prova da Classe D da programação de inauguração do Autódromo de Tarumã, no dia 8 de Novembro de 1970.

Na imagem era possível visualizar os 11 carros que participaram da prova, todos Opalas, e identificar alguns como o #84 de Pedro Victor de Lamare, o #51 de Carlos Sgarbi, o #45 de Altair Barranco, o #82 de Ismael Chaves Barcellos, o #22 de Pedro Carneiro Pereira e o #71 de Moacir Rosemberg.

Pedro Victor De Lamare venceu a prova de forma fácil, sem ser ameaçado pelos demais concorrentes. Já o segundo posto foi bastante disputado entre o paulista Carlos Sgarbi e o paranaense Altair Barranco, com vantagem ao final para o primeiro.

Apesar de fechar apenas em terceiro, Barranco fez uma excelente prova, pois saindo de sexto, conseguiu a ultrapassagem sobre três pilotos gaúchos: Walter Dal Zotto, Pedro Pereira e Ismael Chaves Barcellos.

Resultado final

1º #84 Pedro Victor De Lamare - São Paulo
2º #51 Carlos Sgarbi - São Paulo
3º #45 Altair Barranco - Curitiba
4º #82 Ismael Chaves Barcellos - Porto Alegre
5º #22 Pedro Carneiro Pereira - Porto Alegre
6º #77 Walter Dal Zotto - Caxias do Sul
7º #83 Julio Schimke -Porto Alegre
8º #71 Moacir Rosemberg - Porto Alegre
9º #37 Vadis Antônio Grando - Vacaria

Abaixo alguns dos carros que disputaram a prova.
 
 
 
 

Fonte das imagens: revista Auto Esporte e arquivo Rogério Luz.

sábado, 16 de novembro de 2013

Cláudio bateu, mas chegou na frente.

O último Desafio foi quase que um enigma, pois além de um dos pilotos estar disfarçado com um capacete de outro, o ângulo encontrado pelo fotógrafo para registrar aquele click, deixava dúvidas em relação ao exato local da pista, mas a turma fez a lição de casa e matou a charada.
 
Bom, voltamos a Tarumã, 17 de Setembro de 1972. Segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Fórmula Ford. A tomada de tempo havia sido realizada três semanas antes, mas a corrida teve de ser adiada em função do mau tempo. Mau tempo que se fez presente naquele final de semana, mas não chegou a adiar novamente a disputa.
 
Cláudio Mueller fazia a primeira prova com seu novo chassi Bertete, construído pelo uruguaio Hugo Lorenzo Bertete Souza. Largando da pole position, acabou se enroscando ainda na primeira volta com Alfredo Oliveira, entortando uma roda, sendo ultrapassado por Clóvis de Moraes. Apesar do carro desalinhado, Mueller conseguiu superar Clóvis e vencer a primeira bateria, que teve ainda Cezar Pegoraro fechando em terceiro.
 
Pegoraro correu com o capacete de seu irmão Sérgio, por isso as dúvidas em relação ao Desafio. Ele informou que antes mesmo da largada o seu capacete já estava encharcado, por isso pegou emprestado o do seu irmão, que não correria naquela prova. A imagem do Desafio mostrava ele em disputa com Mueller, na entrada da curva do Tala Larga.
 
A segunda bateria viu uma má largada de Mueller que caíra para o sexto lugar. Mesmo assim, recuperou-se, posicionando-se em terceiro, atrás de Pedro Carneiro Pereira e Clóvis. A cinco voltas do fim, mais um acidente envolvendo o piloto do carro #11. Em um enrosco com Antônio Fornari, acabou rodando, mas conseguiu manter-se na pista. Três voltas depois conseguiu ultrapassar Clóvis, parecendo que terminaria na segunda posição, porém, Pedrinho acabou batendo no final, deixando o caminho livre para o corajoso Cláudio Mueller.
 
Após as duas baterias o resultado foi o seguinte:
 
1° - #11 - Cláudio Mueller - 40 voltas
2º -  #22 - Clóvis de Moraes - 40 voltas
3º - #10 - Cezar Pegoraro - 40 voltas
4º - #5 - Pedro Carneiro Pereira - 40 voltas
5º - #2 - Ênio Sandler - 38 voltas
 
Abaixo alguns registros daquela prova, mostrando na sequência: Muller em disputa com Sandler na curva 1, Antônio Fornari, Clóvis, Pedrinho e Sandler.
 
 

 
 


Fonte das imagens: revista Quatro Rodas e arquivo Antônio Fornari.

sábado, 9 de novembro de 2013

De volta à Rivera

O último Desafio foi mesmo proposital. A imagem dos Fuscas D3 naquela conhecida curva do autódromo Eduardo Cabrera, tinha o objetivo de divulgar a reinauguração do autódromo uruguaio que acontece nos dias de hoje e amanhã.
 
Rivera tem muito a ver com a história do automobilismo gaúcho. Foram inúmeras as passagens dos pilotos do estado por lá, sendo os anos 70 e 80 o período de maior intensidade das visitas.
 
Como já foi escrito aqui, Rivera chegou a sediar inclusive etapas do Campeonato Gaúcho de Viaturas Turismo.
 
O "Capo" Roberto Giordani me mandou uns dizeres sobre sua participação em provas naquela pista nos anos 70. Confiram:
 
"Tive duas corridas em Rivera com o DKW #88 em 1970 e com o  Corcel #30 em 1975 que reputo fantásticas, não somente pelos resultados, mas porque se enfrentava alguns concorrentes uruguaios em uma pista com um traçado diferente daqueles que já havíamos pilotado.
 
O autódromo ocupava a parte superior e um lado de um cerro, significando que havia uma configuração desde a linha de largada, com retas e curvas no nível plano superior, retas e curvas à descer, curvas e reta no plano inferior do cerro e finalmente, curva e reta à subir até a linha de chegada.
 
Em qualquer autódromo um bom propulsor é um bom argumento, porém em Rivera na época, um câmbio bem escalonado era tão importante quanto um propulsor. Em 1970 o DKW #88 com propulsor de 1.000 cc que havia ganho a categoria na Reinauguração da Estrada da Produção em 1969, com a excelente média de 141,7 Km/h e com câmbio escalonado, fez o terceiro tempo na geral ( P3) entre concorrentes bem qualificados, porque tinha conjunto.
 
Em 1975 já com Corcel, este binômio propulsor/câmbio ainda mais se acentuava sua importância pois já estávamos lidando com viaturas na categoria que já possuíam propulsores de 1,5 ou 1,6 litros beirando os 160 HP de potência. Foi uma corrida emocionante, pois enfrentamos o Ford Cortina inglês, predecessor dos Escort, em uma peleia que durou muitas voltas até que o Cortina já com fadiga nos freios foi parar dentro de um charco que havia ao final de uma reta à descer e curva de 90 graus à esquerda.
 
Este Cortina tem uma história interessante : este carro pertencia a um grupo de 03 Ford Cortina que em 1970 percorriam a América do Sul, em um Reid,  promovendo a Copa do Mundo de futebol no México: por uma pane séria, o carro foi deixado no Uruguai ( e creio que mais outro ), sendo  posteriormente resgatado e levado à pista.
 
A pista era curta ( 2 mil metros), estreita e de difícil ultrapassagem, o que não significa que era ruim, muito pelo contrário, era um desafio com peculiaridades que chamava a atenção e requeria muita concentração.
 
A largada não era difícil, mas uns 200 metros vinha a curva um a 90 graus a esquerda, onde o bandeirinha ficava no barranco à esquerda ao lado da pista a uns 8 ou 10 metro de altura do nível da pista : para vê-lo era preciso olhar para cima, desconcentrando a tomada da Um. Após uma pequena reta e uma bela curva a esquerda como se fosse um mini Laço de Tarumã, que seguia uma pequena reta e curva à direita como também se fosse um mini Tala, configurando com a curva anterior um grande S.
 
Daí para frente já à descer uma reta um pouco maior e uma freada forte, onde quem tinha coragem fazia a ultrapassagem do concorrente, e curva de 90 graus à esquerda.
 
Seguia uma pequena reta e curva à esquerda de 90 graus um pouco aberta e início da subida que levava a reta dos boxes e linha de chegada.
 
Quem tivesse câmbio certa podia despejar a “ cavalaria “ na subida e arriscar a ultrapassagem antes da curva um.
 
Havia somente uma curva importante à direita.
 
Um fato interessante aconteceu em 1970, quando na parte frontal à curva 1 haviam sido cortados eucaliptos, mas deixaram os troncoa com cerca de um metro de altura para posterior remoção: uma “fusquéta” se perdeu na freada da um, derrapou, capotou e simplesmente “aterrissou” sobre os tocos.....foi tão forte o impacto que a estrutura da plataforma cedeu, entortando, deixando o piloto preso no assento entre o teto e o piso...... chegou a ser hilariante ver o piloto naquela posição."
 
Bom, resta desejar vida longa a esse querido autódromo.
 
Selecionei alguns registros de Rivera para dividir com vocês.
 





 
 

domingo, 3 de novembro de 2013

Desafio da Semana

Essa já passou por aqui, mas tem um motivo muito especial para ser novamente publicada. Vamos lá, que lugar é esse? Só isso já basta.
 
 
Mãos à obra!

sábado, 2 de novembro de 2013

Divisão 4, 1975

A turma anda realmente atenta a todos os detalhes. O último Desafio mostrou um protótipo da extinta Divisão 4, um Manta do piloto paranaense Mauro Turcatel, também conhecido como "Peixinho", mas nem o pouco que aparecia do carro #34 do lendário piloto, Bica Votnamis, passou despercebido.

A prova disputada no dia 6 de Julho de 1975, válida pela 2ª Etapa do Campeonato Brasileiro de D4, teve a vitória na geral (e na Classe A - até 2000 cc) do carioca Maurício Chulam pilotando um Heve/ VW da equipe Hollywood. Na Classe B (acima de 2000 cc), a vitória ficou com outro Manta, com motorização Chrysler, pilotado pelo paranaense Valdir Favarin.

O maior ponto de discussão do Desafio disse respeito à motorização utilizada pelo Manta #47. A turma se dividiu entre VW, Chrysler e Alfa-Romeu, porém, pelos registros do Mestre Renato Pastro, creio que tratava-se mesmo de um motor VW. Inclusive ele nos trouxe a informação da classificação do Mauro Turcatel naquela prova: 6º colocado no geral e 3º na Classe A. A motorização deste carro seria trocada para Chrysler a partir da 4ª Etapa do campeonato.

Encontrei mais algumas imagens que podem ser daquela mesma prova e que mostram o Manta de Favarin, a rodada de Bica Votnamis na saída do Laço e a bandeirada para Chulam. Por fim, mais uma do Manta #47.
 

 
 
 Fonte das imagens: arquivo Pietro Tebaldi