segunda-feira, 30 de junho de 2008

Flat na 1

Continuando a trajetória do Luiz Carlos Ribas nas pistas...

A partir de 1990, em paralelo ao Gaúcho de Marcas onde corria com Jorge Fleck, Ribas começou a competir na recém criada Copa Fiat de Velocidade com o Rogério Lammel. Nesta categoria foi um dos pilotos mais vitoriosos e em parceria com o piloto de Erechim, Clóvis Groch, protagonizou duelos históricos com a dupla Paulo Hoerlle e Antônio Fornari do Uno #99. Em 92 foi terceiro colocado, em 93 Vice-Campeão com Groch e finalmente em 94 Campeão, sempre em parceria com Groch. Em 95, mantendo a dupla, seria novamente Vice-Campeão.

Nas "12 Horas de Tarumã", Ribas, ainda hoje, é um dos pilotos com melhor retrospecto e maior número de vitórias. Venceu em 1995 com Soldan e "Castrinho", em 97 com Vitor Castro, Luciano Marx e o filho Rodrigo (algo inesquecível na minha vida. Só eu o Ganso - João Sant'Anna em 2007 - temos esse feito na carreira, esse sonho, disse ele) e em 98, novamente com Soldan e "Castrinho". Ainda nas "12 Horas", foi Vice em 1989, na categoria Regional de Turismo e em 99 e 2001 na categoria Força Livre. Nesta última, despediu-se das pistas. A vitória escapou por apenas 16 segundos.

Ribas foi também Campeão do Gaúcho de Endurance em 1997, dividindo a pilotagem de um Aldee com o velho companheiro Walter Soldan.

Ok, vamos a mais algumas imagens.

Na sequência: em 1990 no Voyage do Gaúcho de Marcas, em parceria com Jorge Fleck, depois no mesmo ano, agora na Copa Fiat, em parceria com Rogério Lammel. Mais abaixo durante os 500 km de Tarumã de 1991, quando correu com Vicente Daudt. Depois três da Copa Fiat (92, 93 e 94), onde foi Campeão em dupla com Clóvis Groch.

As seguintes são das "12 Horas", começando com a vitória de 95, depois o abraço com o filho na vitória em 97. Mais abaixo uma do Aldee com o qual obteve o título do Endurance em 97 com o amigo Soldan. Depois a vitória com Soldan e "Castrinho" em 98. Mais abaixo momentos antes da largada da prova de 99 ao lado de Rodrigo e em 2003, dando algumas dicas para o filho que venceu o Torneio de Verão daquele ano com um MCR.

Antes de encerrar o post, queria dizer que na mensagem que o "Delegado" me enviou, contando suas histórias, ele não terminou sem antes falar que o filho Rodrigo, além de guiar mais do que ele, tem um currículo muito melhor. Eu acho que ambos são pilotos muito rápidos e graças a isso é que a família continua escrevendo, com muita propriedade e entusiasmo, a história do automobilismo aqui no Rio Grande.

Rodrigo voltou a acelerar este ano no Gaúcho de Marcas, como pode ser visto abaixo.

Me lembro que certa feita, o "Delegado" Ribas foi questionado a respeito do seu jeito de fazer a curva 1 de Tarumã com o "pé embaixo", isso no tempo em que corria na Copa Fiat ou no Marcas, eu acho. Ele respondeu que era fácil, mas que não entendia como alguns pilotos conseguiam fazer isso na 2 (!).

Durante muito tempo, minha diversão era ficar próximo à curva 1 escutando os carros para ver quem conseguia entrar nela sem aliviar. Posso contar nos dedos das mãos a quantidade de pilotos que faziam a 1 flat.

Valeu, Ribas! Saibas que apesar de não acelerar mais, tu ainda tens muitos fãs espalhados pelo Rio Grande. Prova disso é que hoje recebi alguns e-mails de amigos lembrando de algumas histórias que serão publicadas em breve.

Fonte das imagens: jornal Esporte Motor, jornal Zero Hora, jornal Pit Stop, arquivo pessoal, arquivo Luis Alberto Ribeiro de Castro, arquivo Rodrigo Ribas.

domingo, 29 de junho de 2008

Desafio da Semana

Faz muito tempo que eu procurava por esse carro. Cheguei a pensar que o Fusca do "Tênis Campeão" era fruto da minha imaginação. Mas não. Agora está aí para todo mundo ver. Depois descobri que na verdade eram dois. Um deles pilotado pelo Cláudio Ely. E esse aí, alguém lembra quem era o piloto? Em que ano foi isso? Qual era o nome da categoria?

Essa imagem saiu lá daquela Pódium Graphic que achei em meio ao material do Joel. Um grande achado, por sinal.

Bom, agora é com vocês, então mãos à obra!

sábado, 28 de junho de 2008

O delegado pé de chumbo

Como falei, esse é mais um da minha lista de "botas".

O tempo para me dedicar ao Blog é curto. Não consegui ainda escrever e lembrar de todos os pilotos que gostaria. Essa lista de "botas" que falo, é composta por aqueles pilotos que ví correr e que me deixaram impressionado por suas atuações na pilotagem de um carro de corrida. Já lembrei de vários aqui e hoje mais um deles terá seu espaço no Blog. Falo de Luiz Carlos Corrêa Ribas, o popular "Delegado", profissão que exerce há muitos anos. Ele era a resposta para o Desafio da última semana. O Rogério Tardivo, o "Taxa", acertou e além disso, era ele o preparador daquele Fiat 147 no Campeonato Gaúcho de 1982.

Posso estar enganado, mas eu me lembro que no início dos anos 80, quando eu morava na Rua Alberto Silva e estudava no Colégio Santa Dorotéia, havia uma oficina na Rua Mali (que ficava quase ao lado do Colégio), onde havia um Fiat 147 #10. Será que era alí a tua oficina, "Taxa"? Me lembro que anos mais tarde o Chevette #46 patrocinado pela Cinzano que corria no Regional de Turismo (em 1987) ficava por alí também. É claro, esse carro era pilotado pelo Rodinei, irmão do Rogério!

Bom, consegui um contato com o "Delegado" durante essa semana para saber um pouco mais sobre a carreira dele nas pistas, coisa e tal. Ele lembrou de muita coisa, mas pediu um desconto, pois como ele próprio disse "a memória do velho já falha em alta e engasga em baixa". Ele fez questão de dizer que ficou emocionado ao ver passagens da vida dele no automobilismo e também de lembrar dos tantos parceiros que teve nas corridas como Soldan, Castrinho, Groch, Guto Furst, Jorge Fleck, Vicente Daudt, entre outros, que foram mais do que parceiros, foram e ficaram como irmãos. Ele disse que com eles cresceu como piloto e ser humano e por isso é muito grato. Que legal esse depoimento.

A história dele no automobilismo começou na Mueller Formação de Pilotos, do Professor Cláudio Mueller, seu amigo até hoje. A estréia aconteceu em 1972 no Campeonato Gaúcho de Estreantes e Novatos com um DKW (credo, diz ele). Em 1973, já como piloto graduado, correu a primeira prova de Divisão 1, as "6 Horas de Tarumã", em parceria com os pilotos Vandernei Simões e Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira, prova na qual chegaram em segundo lugar. Entre 1974 e 76 Ribas disputou o Campeonato Gaúcho de Viaturas Turismo com um Chevette (sei que em 75 o número do carro era 67 e que nas 12 Horas daquele ano fez parceria com Bruno Picollo e Gilberto Jaeger no #61) parando e voltando em 1978 quando começou o campeonato de Fiat aqui e no resto do país.

Em 1979 conquistou o primeiro título da carreira, o de Campeão Uruguaio de Turismo (incrível, não é?). Naquele mesmo ano participou dos campeonatos de Fiat com um 147. No ano seguinte foi sexto colocado no campeonato gaúcho de Fiat no carro da Kury-Padilha. Em 1981, ano em que formou equipe com o Joel Echel, foi o quinto colocado no campeonato.

De 1982 a 84 Ribas foi piloto oficial de fábrica (Fiat), disputando, além do Gaúcho de 147, o Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos. Também em 84 participou da Copa Itali de Turismo. Em 1985 fez dupla com Walter Soldan e juntos foram Vice-Campeões do Campeonato Regional de Turismo, vencendo três provas. A partir de 1986 até meados dos anos 90, ainda no Regional de Turismo/Gaúcho de Marcas, correu com os pilotos Ricardo Trein, João Campos, Aroldo Bauermann, Itamar Bianchesi, Jorge Fleck, Vicente Daudt, Carlos Augusto de Souza ("Guto Furst"), entre outros, com carros Escort, Uno, Passat, Voyage e Chevette.

Amanhã tem mais retrospectiva do "Delegado". Agora vamos a algumas imagens.

Na sequência: em 1980 com um Fiat 147 no Campeonato Gaúcho. Depois em um "pega" com o companheiro de equipe Joel Echel, em 81. Mais abaixo ainda estamos em 81 e na seguinte mostrando Ribas na caça ao Paulo Hoerlle, em Guaporé, 82. Em seguida, com Evaldo Quadrado durante o Brasileiro de Marcas e Pilotos de 84 com um Oggi. Depois no Fiat 147 com o qual fez dupla com Walter Soldan e conquistou o vice-campeonato de 85 no Regional de Turismo. A seguir no Escort, durante as "12 Horas de Tarumã" de 86 com Ricardo Trein. Fechando o dia com duas de 89, quando fez dupla com Jorge Fleck na pilotagem de um Passat e mais tarde de um Voyage.

Como disse, amanhã tem mais.

Fonte das imagens: Anuário Fiat de 1980, arquivo Joel Echel, arquivo Paulo Trevisan, Jornal Esporte Motor, arquivo Ricardo Trein, jornal Zero Hora e arquivo pessoal.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Poeira na Veia

Recebi um e-mail do Francis Henrique que criou e está divulgando o Poeira na Veia, blog que veio para contar a história do automobilismo feito na terra, principalmente nos estados de Santa Catarina e Paraná.

Já dei uma olhada lá e recomendo a visita. Pela imagem abaixo parece que vem coisa boa por aí.

Fonte da imagem: Poeira na Veia

Túnel do Tempo

Saiu hoje no Jornal Zero Hora. Quem me enviou foi o Jovino, lá de Brasília.


Recomeço em Guaporé

Já tinha ouvido essa história, mas nunca contada com tantos detalhes e pelo próprio Ingo Hoffmann, quando do seu retorno ao Brasil para correr na Stock Car em 1979. Saiu lá no site Grande Prêmio. Cliquem e leiam o depoimento dele que vale a pena.

Aproveito para dar uma dica sobre o site do Instituto Ingo Hoffmann. Além de ver o bonito trabalho que o "Alemão" vem fazendo fora das pistas, é possível ver várias boas imagens da carreira dele como essa aí de 1980, ano do seu primeiro (dos 12) título da Stock.

Fonte: Instituto Ingo Hoffmann

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Pódium Graphic

Falando em folders...

Lendo o material que o Joel Echel me passou tive a felicidade de encontrar um recorte de uma pequena publicação que era entregue no autódromo no início dos anos 80, ou seja, na época em que eu começei a "me conhecer por gente", como se fala por aqui. Estou falando da Pódium Graphic, uma revistinha em preto e branco com mais ou menos umas 10 páginas que trazia muitas informações sobre as provas do dia de corrida, como por exemplo os horários das provas, os inscritos, alguns comentários dos pilotos e imagens, muitas imagens dos carros.

Como fiquei feliz em lembrar disso. Voltei no tempo. Lembro até o cheiro do papel.

Será que alguém tem alguma Pódium Graphic no baú?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Velha Guarda reunida

Recebi no início da semana do Maurício de Moraes, uma série de imagens que foram feitas quando da inauguração do kartódromo do Velopark, no final de Março desse ano, e que mostram o seu pai, o grande Clóvis de Moraes, reencontrando grandes amigos e antigos adversários com os quais competiu e também para alguns dos quais preparou os motores nos anos 70 e 80. Como sabem naquela ocasião foi disputada a prova "Legends" e alguns dos feras podem ser vistos aí embaixo.

Eu já havia procurado mais imagens daquele evento, mas não encontrei tão boas quanto essas. Talvez não tenha procurado no lugar certo, mas isso não importa. O que importa é que a esses pilotos, que já foram a "nata" do esporte no Rio Grande do Sul e no Brasil, está sendo dado o devido valor que eles merecem. Esse é um dos objetivos principais desse Blog, por isso a minha felicidade em receber a mensagem do Maurício.

Ok, vamos às imagens.
Na sequência(sempre da esquerda para a direita): Francisco Feoli, Cláudio Mueller e Clóvis. Depois, encoberto pelo José Asmuz está o Jan Balder (o "Papa Omelete"), Asmuz, Cezar Pegoraro, Clóvis e Antônio Pegoraro! Mais abaixo um grupo de pilotos, tendo "Neco" Fornari, Clóvis, Renato Conill, Feoli, atrás dele Sérgio Pegoraro, "Carlinhos" Andrade, "Neni" Fornari, Fernando Esbróglio (eu acho) e Evaldo Quadrado. Encerro essa sequência mostrando o Clóvis junto ao kart, modalidade em que foi um expert e o primeiro brasileiro a competir em um campeonato mundial, na Suiça em 1968.

Aproveito para tirar duas dúvidas: na primeira abaixo é mesmo o Fernando Esbróglio, junto ao "Bocão" e ao Sérgio Pegoraro? E na segunda, de macacão, seria o "Janjão" Freire? Caramba!!!

Muito obrigado pela contribuição, Maurício!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Respeitável público

Na última semana recebi do Paulo Trevisan o folder que foi entregue na entrada do Tarumã no dia 23 de Março de 1974, quando da realização dos "500 km de Tarumã". Era um folder feito pela equipe do Voltaire Moog e do Leonel Friedrich, que acabariam por vencer aquela prova.

Observem o número de empresas que ajudavam no patrocínio do VW #74. Junto com o nome dos patrocinadores vinha a lista de inscritos da prova. É claro que essa iniciativa era mais um meio de divulgação das empresas, mas acima de tudo era sinal de respeito para com o público, pois com essa informação era possível saber quem estava na pista, por quem torcer, etc.

Acho muito importante essa iniciativa. Eu mesmo tenho alguns que guardei ao longo dos anos, mas não passam dos anos 90. É o mínimo que os organizadores ou até mesmo os participantes deveriam fazer por aqueles que vão até o autódromo com o intuito de assistir as corridas.

Eu me lembro que em 1991 ou 92 quando o Gaúcho de Marcas, os Opalas e a Fórmula Ford corriam juntas, a Gráfica Medeiros de Gravataí fazia uns folders pequenos, mas que traziam as informações básicas como inscritos e classificação dos campeonatos. Numa das provas em Tarumã, com chuva, o tal folder ficou pronto na última hora e foi deixado na portaria, porém aqueles que já estavam acomodados dentro do autódromo não receberam e eu e mais algumas pessoas tratamos de resolver o problema. Peguei um punhado e parti em direção ao Tala Larga. Como estava chovendo, boa parte do pessoal estava em barracas ou mesmo dentro dos carros e a cada entrega sentia o quanto aquele pedaço de papel era bem recebido por todos.

Por isso acho que esse tipo de informação não deveria ser esquecida.

Abaixo segue o folder. Espero que consigam ampliá-lo.


Muito obrigado, Paulo!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Toki Indústrias Químicas

Bom, depois de 60 dias de enquete, a empresa ou marca mais lembrada pelos automobilistas e aficcionados como sendo aquela que mais teve seu nome associado ao automobilismo foi a Toki Indústrias Químicas, empresa que no período de 1981 a 1991 patrocinou a MC Competições do "Carlinhos" de Andrade nas categorias de turismo em que competiu. Conforme me falou o "Né", da própria equipe, em 1991 a Toki foi vendida para o grupo inglês ICI (Imperial Chemical Industries), aquele mesmo que patrocinou a Willians na Fórmula 1 durante um bom tempo. Após a venda os antigos proprietários abriram uma nova empresa que hoje tem o nome de Noko Química e esta vem patrocinando a equipe MC desde o início da "era Tubarão".

A disputa entretando, não foi nada fácil. A Toki obteve 49 votos (28%) e logo atrás, com 44 (25%) veio o Café Melitta, outra empresa que igualmente fez muitos fãs entre o público gaúcho, principalmente nas mãos dos pilotos Paulo Hoerlle e Antônio Miguel Fornari.

Mais atrás, e que também merecem destaque, ficaram:
3º Petróleo Ipiranga - 19 votos (10%);
4º Gaúcha Car - 12 (6%);
5º Taurus - 9 (5%).
As demais contabilizaram menos do que 5% dos votos.

Resultado justo. A MC Competições sempre se preocupou com sua imagem, e sempre procurou divulgar seus patrocinadores. Em inúmeras vezes foi possível encontrar o carro da Toki ou da Noko em shoppings, feiras, etc. Me lembro também que há 20 anos, quando o Automóvel Clube do Rio Grande do Sul ainda fazia a eleição da Miss ACRGS, que na ocasião foi realizada no Lindóia Tênis Clube aqui em Porto Alegre, nos trajes "a caráter" das candidadas estavam os logotipos dos patrocinadores da MC e entre eles a Toki, conforme pode ser visto abaixo.

Agradeço a todos que participaram. Até a próxima enquete.

Fonte da imagem: jornal Esporte Motor.

domingo, 22 de junho de 2008

sábado, 21 de junho de 2008

Direto de Bagé

Quando publiquei no último Domingo aquela imagem do Desafio com os Chevettes nas 12 Horas de Tarumã de 1974, sabia que deveria ao menos já ter a resposta para poder contar para vocês. Isso eu descobri procurando no livro "12 Horas" da dupla Torino/Lava. Para minha surpresa o Chevette vermelho #8 tinha sido o vencedor na classe A e quarto colocado no geral, um excelente resultado se considerarmos que no grid havia muitos Opalas e Mavericks.

Mantendo a máxima do Blog que uma história puxa outra, acabei recebendo, ainda naquele Domingo, um e-mail de um dos pilotos daquele carro. O Luiz Mário Belleza - que era o piloto no momento em que a imagem foi feita - me escreveu lá de Bagé para dizer que havia recebido uma ligação do seu primo, ninguém menos do que Paulo Roberto Belleza Viola, o "Neco" Viola, informando sobre essa imagem publicada aqui no Blog. Imediatamente o Luiz Mário me enviou um e-mail contando detalhes daquela prova, da parceria com o "Magro" Soldan, da vitória, etc. Nada melhor do que reproduzí-lo aqui e agora:

"Amigo Leandro. Em 1974 não houve tomada de tempo por cronômetro e sim uma corrida de 30 minutos, com início, se não me engano, às 22 horas. Acertamos com o Soldan, que eu faria a bateria de classificação e ele largaria nas 12 Horas à meia noite. Foi feito um sorteio e fiquei lá atrás no grid. Nessa altura, além de três anos de Kart, eu havia corrido todo o ano de 1973 na Divisão 3, no Gaúcho e Brasileiro de Fórmula Ford e na primeira prova de Divisão 1 com uma Brasília do meu amigo Vitor Hugo Ferlauto. Nessa corrida, na qual vencemos entre os Volkswagem, pilotei junto com Vitor Hugo e Paulo Ferlauto, seu irmão, em uma corrida de seis horas. Vitor Hugo e eu pilotamos quase toda a prova pois o Paulinho não virava os nossos tempos, apesar de ser um excelente piloto. Vitor Hugo, sempre de bom humor dizia que quando chegava nas curvas, o Paulinho lembrava das filhas. Eu acho até que a Brasília era do Paulinho. Voltando então às 12 Horas, largamos a bateria mais ou menos lá na 35ª posição. Durante a largada eu tinha o hábito de vir para o muro dos boxes e ficar por dentro até a freada do Laço. Até a curva do Laço passei muitos carros, pois o Chevette, cuja suspensão havia sido feita pelo "Neco" Viola e o "Magro" Soldan, estava bárbaro. Morando em Bagé eu sempre chegava para os treinos de Sábado e uma vez, na Divisão 3, cheguei direto para a corrida. O meu irmão "Catô" -Carlos Heitor de Oliveira Belleza - havia treinado no Sábado para acertar o "auto". E assim fui passando até estar em segundo lugar, atrás de um Passat, que me fechava a porta sempre. Não quis arriscar a frente do Chevette que tinha seis luzes e em seguida terminou a classificação. Walter Soldan deu a largada e colou no Passat. Lá pela sexta volta ele já estava em primeiro. Com uma hora de prova o escapamento quebrou e o Soldan entrou nos boxes. O "Neco" e a turma ataram com arame, mas algumas voltas depois afrouxou e o "Magro" entrou de novo e gritou: "arranquem essa m... daí!!!". E assim fomos tratar de recuperar o tempo perdido. O Soldan andou forte e me entregou às duas da manhã em sexto lugar. Segui com o pé embaixo durante as duas horas. Quando os Opalas e Mavericks freavam junto eu fazia as curvas por fora junto com eles. Um Opala me passou na entrada do Tala Larga e o piloto não conseguiu controlar, começou a girar na minha frente e eu no limite, consegui atravessar o Chevette um pouco sem bater e o Opala desapareceu na noite. Às quatro da manhã entreguei para o "Magro" em segundo lugar e uma hora depois já estávamos em primeiro. A partir dalí foi administrar até o final. Trocamos dois pneus e os abastecimentos foram perfeitos, se não me engano trocamos os pneus em 42 segundos. Consultes o Paulo Schutz que fez a cronometragem da equipe e tem a melhor memória. Ao final da prova, quarto lugar para o Chevette número 8 pilotado por Walter Soldan e Luiz Mário Belleza na frente de muitos de maior cilindrada. Saludos al nuevo amigo. L.M".



Não preciso dizer mais nada. O próprio personagem do Desafio já "fez a mão".

Muito obrigado, Luiz Mário! Aguardo mais histórias para serem contadas aqui no Blog.

Fonte da imagem: arquivo Joel Echel.

O automobilismo teve de esperar

Conforme falei no início da semana, a parceria com os irmãos Paulo e Ivan Hoerlle renderia aos irmãos Echel a participação nas duas provas de maior duração que foram disputadas em 1974, a bordo de um Chevette da Divisão 1, categoria que a partir daquele ano predominava nas provas longas. Pelo que consta, até 1973 a Divisão 3, com seus motores movidos à gasolina azul, era a totalidade do grid das provas longas, mas provavelmente com a restrição na utilização de gasolina, a Divisão 1 tomava seu espaço e isso pode ser visto até 1976, antes da interrupção deste tipo de competição.

Infelizmente não tenho os resultados obtidos pelo trio, mas por outro lado, segue aí uma série de boas imagens.

Essas primeiras são das "6 Horas de Tarumã", disputadas no dia 06 de Setembro. Para apimentar a disputa, choveu. E o resultado foi uma "pequena" avaria na frente do pobre Chevette. Será que alguém consegue identificar os outros carros?
Por fim, algumas das "12 Horas de Tarumã", disputadas no dia 15 de Dezembro. Na primeira pude notar as recém construídas "zebras" na parte interna da curva do Laço. Na do meio o Chevette branco #46 é da dupla Átilla Sipos e Walter Zebiden, pilotos de São Paulo.

Essa prova seria a última participação de Joel em competições até o retorno em 1980 na categoria dos Fiats. Por motivos profissionais, o automobilismo teve de esperar.

Assim que possível publicarei algumas imagens dos Fiats aqui no Blog. Aguardem.

Fonte das imagens: arquivo Joel Echel.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Equipe Panitz - Velgos

Na semana passada, enquanto escrevia sobre os 500 Km de Tarumã de 1974, pedi uma ajuda ao Ricardo Trein para ver se ele descobria os resultados daquela prova. Ele não encontrou, mas me enviou uma cópia do Jornal Correio do Povo do dia da prova, 23 de Março. Em meio os tempos do grid, comentários dos pilotos, a matéria falava sobre a estréia da Equipe PanVel das Drogarias Panitz - Velgos. Hmmm... agora entendi de onde surgiu o PanVel.

Para quem não é gaúcho, a PanVel é a maior (pelo menos eu acho) rede de Drogarias aqui do estado.

A equipe era formada pelo Bruno D'Almeida e pelo Victor Steyer. Os dois pilotos tinham feito a escola de pilotagem em 1972 e já em 73 o Bruno receberia o título de piloto revelação, sendo ele o dono do recorde de volta da categoria, feito em 1min21s. O carro, preparado na oficina de Bruno era zero quilometro e no dinamômetro o motor acusava 98 HPs.

Agora, com licença, que vou alí na Panitz - Velgos comprar um comprimido para dor de cabeça.

Stock em Santa Cruz do Sul

Bom, amanhã é dia de Stock Car em Santa Cruz do Sul. A prova acontece às 10:00 e terá transmissão ao vivo da TV Globo.

Para não ficar de fora dessa, segue aí algumas imagens do arquivo do Blog.

A primeira é de 1992 e mostra a frente o Stock #27 da dupla Gentil Sonaglio/Cesar Mathias, pilotos gaúchos oriundos da categoria Opalas. As outras duas eu acredito que sejam de 1993, durante uma etapa do Chevrolet Challenge em Guaporé.

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Silva, revista Auto Esporte.