terça-feira, 17 de junho de 2008

Envenenando a "barata"

Pouco tempo após o início da parceria com Hoerlle, o #36 daria lugar ao #20. O carro ganhava mais velocidade em curvas com aerofólios maiores. O motor também gerava mais alguns HP's e os antigos radiadores de óleo já não davam conta do recado, sendo necessária a instalação de outros maiores. As tomadas de ar laterais que tiravam a estabilidade do carro nas retas também foram substituídas por uma no pára-brisa (!) que mandava o ar direto na ventoinha do motor.

Essa fase trouxe à memória do Joel algumas histórias interessantes e até um pouco engraçadas.

Abaixo a primeira imagem que se tem o Fusca #20, alinhado na pole position de mais uma prova do Campeonato Gaúcho de 1974. Mais abaixo alguns "pegas" que teve naquela prova, especialmente com o Raffaele Rosito, o Vitor Mottin e o Maurício Rosemberg.



Depois do papo que tive com o Joel, acho que o Maurício Rosemberg, piloto do #73 foi o piloto com o qual ele teve as maiores disputas dentro das pistas. Ele lembra que o Maurício tinha o costume de colocar uma roda por dentro da curva, já no acostamento - que naquela época ainda havia em Tarumã - para que os detritos que levantassem prejudicassem o carro que viesse atrás. Conforme está escrito num jornal da época, Rosemberg era acusado pelos outros pilotos de desleal, irresponsável e outros adjetivos pouco recomendáveis.


Em uma prova com chuva - para variar um pouco - e já vacinado contra o adversário, o Joel, que usava pneus para chuva, vinha à frente do #73. Este último, usando pneus para seco, vinha "virando" tempos mais rápidos e se preparava para "dar o bote" sobre o Fusca vermelho. Joel quis aprontar uma para o Rosemberg e ao chegar na curva 3 havia um trecho com água acumulada sobre a pista. Com o adversário já no vácuo, ele passou por sobre a poça, o carro aquaplanou mas seguiu em frente, já Rosemberg com os slicks saiu rodando pista afora, não mais complicando a vida do Joel.



Amanhã tem mais.

Fonte das imagens: arquivo Joel Echel.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ôi
Lindas fotos. Quanto ao 73 ser desleal, acho que ali nenhum era santo.
Abs
Júlio

Anônimo disse...

Sensacionais as fotos e principalmente os 'pinicos atômicos'!

A D3 era demais!

Lacombe

Anônimo disse...

Como é bom ouvir essas confidencias de pista. Duelar com um pilotaço como Mauricio Rosemberg diz muito o que foram os irmãos Echel.A D3 ESTAVA EM ALTÍSSIMO NÍVEL,tanto que os paulistas comeram fogo cerrado aqui e nas provas do brasileiro. A pilotagem do Mauricio Rosemberg beirava a insanidade; em duas ocasiões ao término de provas,no retorno para os boxes,ele fez o tala com a porta aberta e a perna para fora e com um detalhe: levantando a roda dianteira;e a torcida delirava.Grandes tempos.PAULO AFONSO TREVISAN

Anônimo disse...

Rosemberg, era sucesso total nas pistas, era conhecido como o Israelita voador! Foi um marco, na história do automobilismo RS!

Grande abraço