terça-feira, 3 de junho de 2008

Começar de novo

Passada a febre da Divisão 3, o país vivia um momento de redução de despesas. A crise mundial do petróleo obviamente afetou as competições automobilísticas e isso se refletia também na decisão dos pilotos e equipes sobre qual categoria participar. Após ficar algum tempo sem competir regularmente, Ricardo Trein optou por ingressar na Divisão 1, Classe C em 1977, onde corriam carros Opalas e Mavericks. O carro foi entregue aos cuidados de Paulo Mottola, da Motor Racing e a estréia seria em Brasília, na abertura do Campeonato Brasileiro. Além de Ricardo, os outros gaúchos que participaram da prova eram os pilotos Júlio Tedesco, também com Opala na Classe C e Carlos Alberto Petry, Aiser Hahn e Antônio João Rebechi na Classe A, todos com Passat. Abaixo uma imagem do Opala de Trein na prova de Brasília em 1977.

1978 foi um bom ano para o piloto. Já adaptado com a força do Opala, conseguiu bons resultados no Campeonato Gaúcho da categoria pela Equipe Buffet Sebastian/Natu Nobilis, terminando o ano como vice-campeão, atrás apenas do imbatível Júlio Tedesco da Equipe Tedesco Embalagens com seu Opala muito bem preparado pelo Gilberto "Secretário". Os outros adversários naquele ano foram Armir Valandro (Valandro Echer Ltda), Edgar Mello Filho (Ronaldo Bitencourt Competições), Cláudio Zanotto (Borella Randon), Henrique João Damo (Faprol), Marino Jorge Schunck, Antoninho Ferrari, Ronaldo Dornelles e Antônio Sampaio. Abaixo uma imagem do Opala #27 de Ricardo em Guaporé.


O pequeno número de participantes da Classe C em 1978 fez com que Ricardo Trein buscasse um novo desafio na carreira. Começava a despontar a categoria de Fiats 147, campeonato patrocinado pela montadora, com muitos carros participando, o que acabou atraindo a atenção do piloto e seus patrocinadores. Assim, em 1979 Ricardo fez sua estréia na nova categoria com um Fiat preparado pelo experiente Gessy. Logo na primeira prova obteve um quinto lugar e mostrou aos adversários que tinha chegado para fazer frente às equipes Jardim Itália, Sbardecar e Glitz que dominavam o certame. Ricardo participou dos campeonatos Gaúcho, Sul-Brasileiro e Brasileiro e foi justamente na prova de Jacarepaguá, durante o Festival do Álcool que ele sofreu um forte acidente, destruindo seu carro e fazendo com que ele tivesse de permanecer fora das competições por mais um longo período. Abaixo imagens do Fiat #27 durante uma prova e depois o acidente em Jacarepaguá.

O piloto voltaria às competições apenas em 1986, mas isso já é assunto para o próximo post.

Fonte das imagens: arquivo Ricardo Trein.

2 comentários:

Consumidor conheça seus direitos!! disse...

Tinhamos que fazer uma homenagem para Marino Jorge Schunck, onde na data de 28 de junho 2011 completaram um ano de seu falecimento em Maceio, onde residia. Um abraço
Leandro Jardim Schunck (filho)

Leandro Sanco disse...

Leandro, entre em contato comigo pelo leandrosanco@gmail.com e vamos preparar um post dedicado a ele.
Abraço,
Sanco