domingo, 27 de dezembro de 2009

Desafio da Semana

O último Desafio do ano segue na praia, mas qual? Quem eram os pilotos? Um deles, o do #44, será o personagem da próxima semana.


O blog continua relaxando um pouco, recarregando as baterias para voltar com tudo no ano que vem. Enquanto isso...mãos à obra!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Gordini no Braço Morto

Vejam como são as coisas. Dia desses o Luiz Gustavo "Sapinho" me passou um ótimo material sobre sua trajetória nas pistas, sendo este posteriormente publicado em vários posts aqui no blog. Quando publiquei os registros das 12 Horas de 1971, apareceu o nome de um piloto que até então não conhecia. O tal piloto havia corrido aquela prova com o "Sapinho" e também com o "Janjão" Freire no Fusca #14. Pois na última semana recebi um e-mail do referido piloto, o Eduardo Fabbrin, com algumas imagens de sua breve passagem pelo automobilismo. Escolhi uma e publiquei como o Desafio da Semana. Era ele naquele Gordini #242 provavelmente preparado pelo Gê, irmão do "Tio Guime". O local era o Braço Morto, que o pessoal não teve dificuldades em identificar, no início de 1970. Depois de ver aquela imagem, lembrei que tinha o resultado daquela prova, encontrado em meio ao material do "Janjão". Eduardo corria na categoria Estreantes A reservada aos motores de até 1200 cc. Terminou na 4ª posição, atrás dos pilotos Vitor Moog (DKW), Marcus Bossle (VW) e Lauro Basso (DKW).

Além das provas no Braço Morto e das 12 Horas de 1971, participou também de algumas provas do Gaúcho de Divisão 3 em 1971 com o carro do Élcio Prolo(Saboneteira #13) e de algumas provas de kart. Pelo que consta (não consegui a confirmação com o próprio), Eduardo mora hoje em Goiânia.

Abaixo algumas imagens do piloto em ação e nos boxes com a equipe nas 12 Horas de 1971.





Valeu, Eduardo!

Fonte das imagens: arquivo Luiz Gustavo Tarragô de Oliveira e Eduardo Fabbrin.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mais uma volta


E lá se vai mais uma volta, mais um ano. 2009 começou com pista limpa, mas foi fazer a primeira curva para nos depararmos com vários obstáculos. Vimos muitos concorrentes ficarem pelo caminho e tivemos de tomar todo o cuidado para permanecer na pista. No cronômetro, as parciais já mostravam que o tempo de volta não seria dos melhores, mas a certa altura isso já não importava mais. A única coisa que tínhamos em mente era chegar ao final. E chegamos! Inteiros! Conseguimos superar as dificuldades. Aprendemos com elas. Ficamos mais fortes, mais preparados.

Falta pouco e já vamos abrir mais uma volta, começar mais um ano. Não sabemos o que nos espera pela frente, mas estamos prontos para qualquer desafio. Colocamos a quinta marcha, pé cravado no assoalho, o relógio zera novamente. Que venha 2010!

Obrigado pelas visitas, participação, colaboração, amizade. Obrigado por ajudarem a manter viva essa ideia e por me darem tantas alegrias através desse espaço.

Um Natal cheio de saúde e alegrias para todos nós.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Thruxton 1981


Voltamos a 1981. Os planos de Cezar Pegoraro para aquela temporada incluíam uma passagem pelo Velho Continente para conhecer e experimentar o automobilismo inglês. A ideia: fazer duas provas no final do ano como preparação para um plano maior em 1982. A categoria: a super competitiva Fórmula 3 inglesa. Assim, Pegoraro levava o #42 e o patrocínio da Carro do Povo para correr em Thruxton, um circuito curto, de alta velocidade, feito a maior parte do tempo com o pé no fundo, tendo apenas duas freadas fortes. Lembrava Tarumã, não?



A equipe que recebeu o piloto gaúcho foi a Ivens Lumar Group Racing. O carro era um Ralt RT3/81, o mesmo chassi de todos os pilotos de ponta da categoria. O motor era um Toyota que também dominava o grid.

A primeira prova de Pegoraro foi no dia 25 de Outubro, na chuva. Ele alinhou na 17ª posição com o tempo de 1min25s81, enquanto o pole Dave Scott fazia 1min19s79. Entre os 22 concorrentes estavam ainda Jonathan Palmer, Raul Boesel, Roberto Moreno, Dave Coyne, David Leslie, James Weaver entre outros. Concluiu a prova na 15ª posição.

Sua segunda participação foi no dia 7 de Novembro. Com o tempo de 1min15s75, alinhou na 15ª posição. O pole, novamente Dave Scott, fazia 1min13s53. Pegoraro fechou as 15 voltas na 11ª posição.

A reportagem de Auto Esporte traz mais detalhes e uma imagem do carro antes das provas. A matéria ainda falava da possibilidade de Pegoraro e Leonel Friedrich formarem uma parceria para 1982, fato que infelizmente não se concretizou.


Abaixo um registro enviado pelo próprio piloto, antes de uma das provas.


A temporada na Inglaterra em 1982 infelizmente não aconteceu para o piloto gaúcho, mas a experiência adquirida naquelas duas provas facilitaria sua adaptação a uma categoria que começava a despontar no Brasil, a Fórmula 2. Continuaremos essa história em 2010. Até lá!

Fonte das imagens: arquivo Cezar Pegoraro, revista Podium Graphic - arquivo Luiz Fernando Tróglio Jr e revista Auto Esporte - arquivo Henrique Mércio.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Desafio da Semana

Chega de ser bonzinho. Quero ver quem mata essa e acerta quem é o piloto do Gordini. Vou dizer apenas que ele foi citado aqui recentemente. Não ajudou muito. A ideia era essa mesmo...


Mãos à obra!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Castro Prado

O amigo, colaborador e consultor Caranguejo me mandou um bom material sobre a passagem do paulista Antônio Castro Prado pelo automobilismo, que começou a ser divulgada no último domingo no Desafio da Semana. A maioria acertou. Era fácil. Castro Prado vencia em Tarumã, Maio de 1980, a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula VW 1600. O gaúcho Ronaldo Ely foi o segundo colocado e Adu Celso terminou em terceiro.

A relação de Castro Prado com o Rio Grande do Sul, infelizmente não foi apenas de glórias. O piloto perdeu a vida em Guaporé, 1981, em um acidente estúpido, num dos melhores momentos de sua carreira, quando era tido como um dos maiores pilotos brasileiros daquela época.

O Caranguejo foi muito feliz ao encontrar dois depoimentos de quem esteve lá. O jornalista e amigo Cláudio Furtado fazia a cobertura automobilística para o jornal Zero Hora e o Jorge de Souza, cobria para a revista Auto Esporte. Cada um narra aquele dia de uma forma muito semelhante, não deixem de ler.



Agora algumas imagens com as legendas do próprio Caranguejo.

Em 1977 em Cascavel, seguido por Pedro Muffato e Ronaldo Ely na Fórmula VW 1600.


Prado preparando-se para vencer a etapa final do Brasileiro de 1978, no Rio de Janeiro, que nessa época tinha autódromo.


1979, Cascavel. Vitória de novo. A Mc Chad era uma confecção, concorrente da Gledson, que apoiava o Alfredo Guaraná Menezes.


Prado não corria só de Fórmula. Aqui ele experimenta um Stock Car em Interlagos, 1980. Quase venceu. Quebrou o distribuidor na última volta da segunda bateria, depois de ter passeado na primeira. Ao fundo, Reynaldo Campello.


Prado e seu Polar na etapa da Fórmula VW 1600 em Interlagos, 1980.


Castro Prado agora na Fórmula 2 Brasil em 1981, Interlagos e patrocínio de destilado.

Fonte das imagens: arquivo Henrique Mércio.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Os personagens da 29ª 12 Horas de Tarumã - Final

Continuando com as imagens dos carros participantes da 29ª edição das 12 Horas de Tarumã.


14º) #16 - Luiz Fernando Costa/Vinetou Zambom/Carlos Benedetti (Classe III, Spyder), a 118 voltas do vencedor. Largou em 11°.


13º) #34 - Tamar Peretti/Edy Postal/Vitor Polese (Classe IV, Fiesta), a 112 voltas. Largou em 21°.


12º) #74 - Luciano Cardoso/Fernando Trenenpohl/Atila Trenenpohl (Classe IV, Gol), a 81 voltas. Largou em 16°.


11º) #27 - Fabiano Kratina/Paulo Kratina Jr./Airton Diehl (Classe IV, Corsa), a 75 voltas. Largou em 18°.


10º) #10 - Pierre Ventura/Felipe Toledo/João Cardoso Jr. (Classe I, MRX Muggen), a 74 voltas. Largou em 2°.


9º) #43 - João Catita/Rafael Cardoso/Gustavo Tomazini (Classe III, Spyder VW), a 68 voltas. Largou em 9°.


8º) #53 - Daniel Seolino/Alexandre Beltrão/Paulo Roberto Jr. (Classe IV, Corsa), a 64 voltas. Largou em 17°.


7º) #22 - Ike Halmenschlager/Cristiano de Almeida/Rafael Biansini (Classe IV, Gol), a 57 voltas. Largou em 13°.


6º) #47 - Fabiano Peres/Roger Sandoval/Rodrigo Messa/Paulo Rotta/Tiago Giordani (Classe III, MCR VW), a 54 voltas. Largou em 10°.


5º) #5 - João Carlos Andrade/Bruno Justo/Geciel Andrade (Classe I, MCR Tubarão), a 37 voltas. Largou em 22°.


4º) #2 - George Frey/Sérgio Cardoso/Felipe Mello (Classe III, VBS Dallara), a 28 voltas. Largou em 5°.


3º) #99 - Paulo Hoerlle/Matheus Castro/Gustavo Martins/Alexandre Hoerlle (Classe I, MCR Turbo), a 14 voltas. Largou em 4°.


2º) #46 - João Batista Sant'Anna/Vitor Genz/Alexandre Conill/Carlos Kray (Classe I, MCR Turbo), a 3 voltas. Largou em 3°.


1º) #28 - Christian Castro/Juliano Moro/Luis Alberto Ribeiro de Castro (Classe I, MRX Turbo), 481 voltas em 12:00:53.067 (média de 120,74 km/h). Largou em 1°.

Fechamos assim mais uma 12 Horas. Ano que vem tem mais.

Fonte das imagens: arquivo pessoal.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Os personagens da 29ª 12 Horas de Tarumã

Como fiz nos outros anos, publicarei uma imagem de cada um dos 28 carros que participaram dessa aventura que foi a 29ª 12 Horas de Tarumã. Começarei com a classificação de trás para frente. Até amanhã pretendo publicar todas. Agora vamos ao que interessa.


28º) #9 - Cláudio Ricci/Vinicius Roso/Felipe Roso (Classe I, Tango BMW), a 461 voltas do vencedor. Largou em 23°.


27º) #3 - Cali Crestani/Franco Stédile (Classe I, Tornado), a 364 voltas. Largou em 7°.


26º) #33 - Wagner Amorim/Fábio Casanova (Classe I, Spyder Turbo), a 351 voltas. Largou em 8°.


25º) #80 - Odilon Menezes/Guaracy Costa (Classe III, MCR), a 324 voltas. Largou em 27°.


24º) #78 - Jairo da Silva/Dalmo Carneiro/Alex Schons (Classe IV, Uno), a 284 voltas. Largou em 26°.


23º) #32 - Edson Serdeira Jr./Lauri Pfeifer/Cristian Matuzalem (Classe IV, Uno), a 231 voltas.


22º) #51 - Igor Eberle/Telmo Jr./Pedro Ávila (Classe III, Aldee RTT), a 224 voltas. Largou em 25°.

21º) #36 - Nereu Rebechi/Tiago Rebechi/G. Martins (Classe IV, Gol), a 220 voltas. Largou em 14°.


20º) #56 - Jeferson Puhl/Guilherme Donat/Luiz Sérgio Sena Jr./Clóvis de Oliveira (Classe IV, Chevette), a 215 voltas. Largou em 19°.


19º) #50 - Vitor Costa/Gustavo Tortelli/Cleber Vieira/Fabiano Cardoso (Classe III, Aldee RTT), a 211 voltas. Largou em 12°.


18º) #89 - Renato Stumpf/Matheus Stumpf/Ismael Toresan (Classe III, Spyder VW), a 172 voltas. Largou em 29°.


17º) #18 - João Batista Rodrigues/João Luiz Kreuz/Ricardo Kreuz/Renato Kreuz (Classe I, MRX Turbo), a 161 voltas. Largou em 6°.


16º) #54 - Pedro Ávila/Hardy Kohl/Alexandre Lima (Classe IV, Corsa), a 131 voltas. Largou em 20°.


15º) #177 - Daniel Elias/Mário Bernardi/Ribamar Müller (Classe IV, Celta), a 126 voltas. Largou em 30°.

Amanhã tem mais.

Fonte das imagens: arquivo pessoal e Régis Andrade (carro #9).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

12 Horas - Impressões

Mais uma 12 Horas chega ao fim. De cara posso dizer que não foi a melhor. Longe disso. Sempre tenho uma visão otimista do automobilismo - o meu amigo Roberto Lacombe que diz isso - mas hoje os dizeres serão um pouco diferentes. Talvez não pessimista, pois não tenho o hábito de descer a lenha em nada e ninguém, mas realista, pois como fã e defensor do automobilismo, desejo vida longa às 12 Horas e às competições de um modo geral.

A chuva atrapalhou a festa e cheguei a pensar que a prova seria adiada. A largada foi dada com safety car que permaneceu na pista durante um bom tempo. Ouvi algumas conversas no sentido de adiar a prova para a próxima semana, mas isso não daria certo, afinal pilotos e equipes estavam mobilizados em Tarumã há dias e poucos suportariam os custos de manter a estrutura por mais uma semana. Em Londrina, nas 500 Milhas, aconteceu o adiamento para o domingo também em função das chuvas, mas a prova é mais curta, aproximadamente a metade, e seria feita no sábado, por isso o impacto foi pequeno. Com a chuva sobre Tarumã já na sexta, o público foi pequeno. Mas não pode-se utilizar a chuva como refúgio. Se bem me lembro, em 1991 choveu a noite toda. Eu e um primo assistimos a prova na saída do Tala Larga de dentro de uma pequena barraca. Tarumã, naquele ano, estava cheio.

Falando nas equipes, o grid foi um dos menores dos últimos tempos. Estou tentando lembrar, mas é difícil precisar uma prova dessas com menos de 30 carros. Acho que Guaporé, 1992 (19 carros) tenha sido a última antes dessa. 28 carros participaram dessas 12 Horas, enquanto que em Londrina o grid foi de 38. Posso estar enganado, mas acho que a prova de Londrina não fazia parte do Campeonato Brasileiro de Endurance. É inevitável a comparação. Vejo a lista de inscritos e lá estão duas equipes gaúchas. A pergunta é imediata: por que eles não estavam correndo aqui? Eu não sei, mas gostaria de saber. Ouvi vários pilotos comentando sobre os custos da inscrição daqui que inflacionaram em relação a 2008, quando tivemos também um grid razoável para uma prova desse porte: 33 carros. Os custos podem ter ajudado a afastar algumas equipes? Foi a crise? Se eu fizesse parte da organização da prova teria interesse em saber isso daqueles que não vieram. Talvez o Automóvel Clube até já saiba e esteja trabalhando nisso para o ano que vem e eu estou aqui me preocupando a toa. Tomara.

O clima em geral no autódromo estava meio estranho. Não sei se foi em função dos acidentes que ocorreram com os pilotos Robson Walther do Gol #26 nos treinos e com o Carlos Eugênio, o "Ratão" da Carretera no treino da Fórmula Classic. Ambos se machucaram com gravidade. Eu vim a saber desse último só no domingo, quando já estava em casa, pois infelizmente não cheguei a tempo de acompanhar a prova e prestigiar o "Chico" andando novamente num DKW. Vejam abaixo como ficou a Carretera.



Como me disse o Paulo Schutz, estamos entrando no 40º ano do autódromo e esperamos que isso seja apenas uma "crise dos 40".

Por outro lado, dentro da pista, quando esta esteve em bandeira verde, o que se viu nas 12 Horas foi uma grande e bonita disputa pela liderança. Os carros #28, #46 e #10 andaram boa parte do tempo na mesma volta. Com mais da metade da prova, um ou outro levava uma pequena vantagem, por causa das paradas de box. Mesmo com pista molhada os tempos eram baixos e impressionava a estabilidade dos protótipos nas curvas, principalmente a 1, a mais veloz. Foi realmente muito bonito o show proporcionado pelos pilotos. A melhor volta, feita pelo vencedor na parte final da prova, teve uma média de 170 km/h.

Ao final estavam no pódio aqueles dois pilotos "da antiga" que citei aqui durante a última semana. "Castrinho", que venceu junto com o filho Christian e Juliano Moro, e Paulo Hoerlle, que fechou em terceiro ao lado do sobrinho Alexandre, Gustavo Martins e Matheus Castro. Isso foi muito legal.

Apesar de tudo, foi mais uma 12 Horas. Torço para que a próxima tenha muitas atrações para o público, o grid esteja lotado e que não chova, é claro.

Amanhã vou publicar a classificação final com as respectivas imagens dos carros e os nomes dos pilotos, como sempre faço. Por enquanto fiquem com alguns clicks que fiz por lá.








Antes de encerrar, deixo aqui um registro de uma turma que trabalhou a prova toda, pilotando notebooks e câmeras fotográficas publicando tudo e distribuindo informações para a imprensa em geral. Valeu Marcelo, Fernando, Tomedi, Régis, Evandro e Anderson!


Ano que vem tem de novo.

Fonte das imagens: arquivo Ricardo Trein e arquivo pessoal.