A chuva atrapalhou a festa e cheguei a pensar que a prova seria adiada. A largada foi dada com safety car que permaneceu na pista durante um bom tempo. Ouvi algumas conversas no sentido de adiar a prova para a próxima semana, mas isso não daria certo, afinal pilotos e equipes estavam mobilizados em Tarumã há dias e poucos suportariam os custos de manter a estrutura por mais uma semana. Em Londrina, nas 500 Milhas, aconteceu o adiamento para o domingo também em função das chuvas, mas a prova é mais curta, aproximadamente a metade, e seria feita no sábado, por isso o impacto foi pequeno. Com a chuva sobre Tarumã já na sexta, o público foi pequeno. Mas não pode-se utilizar a chuva como refúgio. Se bem me lembro, em 1991 choveu a noite toda. Eu e um primo assistimos a prova na saída do Tala Larga de dentro de uma pequena barraca. Tarumã, naquele ano, estava cheio.
Falando nas equipes, o grid foi um dos menores dos últimos tempos. Estou tentando lembrar, mas é difícil precisar uma prova dessas com menos de 30 carros. Acho que Guaporé, 1992 (19 carros) tenha sido a última antes dessa. 28 carros participaram dessas 12 Horas, enquanto que em Londrina o grid foi de 38. Posso estar enganado, mas acho que a prova de Londrina não fazia parte do Campeonato Brasileiro de Endurance. É inevitável a comparação. Vejo a lista de inscritos e lá estão duas equipes gaúchas. A pergunta é imediata: por que eles não estavam correndo aqui? Eu não sei, mas gostaria de saber. Ouvi vários pilotos comentando sobre os custos da inscrição daqui que inflacionaram em relação a 2008, quando tivemos também um grid razoável para uma prova desse porte: 33 carros. Os custos podem ter ajudado a afastar algumas equipes? Foi a crise? Se eu fizesse parte da organização da prova teria interesse em saber isso daqueles que não vieram. Talvez o Automóvel Clube até já saiba e esteja trabalhando nisso para o ano que vem e eu estou aqui me preocupando a toa. Tomara.
O clima em geral no autódromo estava meio estranho. Não sei se foi em função dos acidentes que ocorreram com os pilotos Robson Walther do Gol #26 nos treinos e com o Carlos Eugênio, o "Ratão" da Carretera no treino da Fórmula Classic. Ambos se machucaram com gravidade. Eu vim a saber desse último só no domingo, quando já estava em casa, pois infelizmente não cheguei a tempo de acompanhar a prova e prestigiar o "Chico" andando novamente num DKW. Vejam abaixo como ficou a Carretera.
Como me disse o Paulo Schutz, estamos entrando no 40º ano do autódromo e esperamos que isso seja apenas uma "crise dos 40".
Por outro lado, dentro da pista, quando esta esteve em bandeira verde, o que se viu nas 12 Horas foi uma grande e bonita disputa pela liderança. Os carros #28, #46 e #10 andaram boa parte do tempo na mesma volta. Com mais da metade da prova, um ou outro levava uma pequena vantagem, por causa das paradas de box. Mesmo com pista molhada os tempos eram baixos e impressionava a estabilidade dos protótipos nas curvas, principalmente a 1, a mais veloz. Foi realmente muito bonito o show proporcionado pelos pilotos. A melhor volta, feita pelo vencedor na parte final da prova, teve uma média de 170 km/h.
Ao final estavam no pódio aqueles dois pilotos "da antiga" que citei aqui durante a última semana. "Castrinho", que venceu junto com o filho Christian e Juliano Moro, e Paulo Hoerlle, que fechou em terceiro ao lado do sobrinho Alexandre, Gustavo Martins e Matheus Castro. Isso foi muito legal.
Apesar de tudo, foi mais uma 12 Horas. Torço para que a próxima tenha muitas atrações para o público, o grid esteja lotado e que não chova, é claro.
Amanhã vou publicar a classificação final com as respectivas imagens dos carros e os nomes dos pilotos, como sempre faço. Por enquanto fiquem com alguns clicks que fiz por lá.
9 comentários:
A chuva sempre atrapalha um pouco devido normalmente as precárias condições de alojamento do público. Mas mesmo assim foi um grande espetáculo pelo descrito acima.
Gostaria de saber mais sobre a prova preliminar com as "carangas" da Fórmula Classic, com fotos, se possível. Lamentamos muito o acidente com nosso amigo Carlos Eugênio - o RATÃO - e unidos estamos rezando e torcendo pela sua rápida e total recuperação...
RATÃO, ainda vamos correr juntos... Temos uma carretera em São Paulo aguardando este grande dia !
Alfredo Gehre e demais pilotos da "Copa Clássicos de Competição", São Paulo - SP
alfredo@classicosdecompeticao.com.br
www.classicosdecompeticao.com.br
Caro Sanco,amanhã vou escrever sb as 12 Horas e foi importante ler seu texto.Penso que o automobilismo Gaucho é forte, o povo vai às corridas e torce,dirigentes são mais preocupados e ao contrário das Mil Milhas Brasileiras que foi para as cucuias as 12 Horas mostraram uma variedade enorme de carros em várias categorias.
Parabens a todos pela bela corrida.
Valeu Sanco a Força vc ter aparecido lá na madrugada animou a turma ,a gente montou aquela sala de imprensa com nossas forças,carregamos mesas e cadeiras pq chegamos lá só tinha uma sala vazia até sem lampada,mais como vc sabe somos apaixonados por automobilismo não iriamos largar tudo e voltar pra casa fomos atras,achamos que fizemos um bom trabalho que vanha 2010 ..abração
Fernando
A nota triste é o estado dos amigos Carlos Eugênio e do Robson "Tchaca" Walther, campeao do Marcas B de 2009. O estado do Robson é complicado e amanhã teremos noticias mais precisas, mas temos que fazer uma corrente forte já que os ferimentos foram gravisssímos em ambos os pilotos.
Com Pilotos feridos, nossas almas ficam mais tristes. Mas já aconteceu, acontece e acontecerá.
o grid inferior a trinta carros certamente não é bem vindo mas, inscrição superior a um mil reais também não.
acredito que a organização do evento deverá preocupar-se em trazer de volta os dois carros gauchos que correram em curitiba, os quais, certamente, estariam disputando a ponta, juntamente com as equipes do moro, do joão santana e do machão cardoso.
quanto aos custos de inscrição, devem ser revistos, eis que com aumento superior a quarenta por cento com relação ao ano passado, afugentando alguns pilotos menos favorecidos financeiramente.
Parece que os dois carros que foram ao Parana não correram as 12 horas por acharem que a direção de prova favoreceu o #46 ano passado.
Vai saber...
Conta aí Gustavo que eu não tô lembrado do que ocorreu.
Foi com os Stedille?
Os Stedile reclamaram de alguns time penalty duvidosos na prova do ano passado.
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