sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Semana 12 Horas - Falta 1 dia!

Uma vez o Carlos Ademir Moreira, o nosso querido "Perna", locutor oficial do Automobilismo Gaúcho, disse a seguinte frase ao abrir o microfone para iniciar a transmissão de uma 12 Horas: "eu passo o ano inteiro esperando para dizer o que direi agora: boa noite Tarumã. Boa noite amantes da velocidade. Aqui 12 Horas de Tarumã!" É com esse sentimento que muitos dos apaixonados pelo automobilismo vão se dirigir amanhã ao autódromo. Assim como o "Perna", muita gente passa o ano inteiro esperando por esse momento. Seja piloto, organizador, bandeirinha, espectador, não importa. Essa prova é muito especial e querida por todos os automobilistas nas suas mais variadas funções.

As 12 Horas mudaram muito desde a sua primeira edição, em 1962. O local, os carros, os pilotos, tudo é diferente. Dia desses tive o prazer de assistir um vídeo, com imagens de alta qualidade, da prova de 1968, ainda realizada no Circuito Cavalhada - Vila Nova. Um batalhão de Simcas, DKWs, Fuscas,Gordinis, rasgavam os mais de 6 km do circuito, com o público assistindo tudo ao lado da pista, o tempo todo. Havia também a transmissão pelo rádio, onde todos podiam acompanhar tudo o que acontecia, as disputas, todos os detalhes.

Olhando um pouco mais a frente no tempo, chegamos em Tarumã, 1971. Carros mais modernos como o Corcel e o Opala, que acabou como vencedor naquela edição, começavam a tomar o espaço dos mais antigos, como o DKW. Curiosamente, aquela prova teve a presença de um piloto competindo com um DKW e hoje, 38 anos depois, ele aparece tanto na lista de inscritos quanto na lista dos candidatos à vitória: Paulo Hoerlle. A simples presença deste piloto já é um fato notável. O incrível é a competitividade mantida ao longo desses tantos anos.


2009 traz novamente ao grid das 12 Horas outro grande, não na estatura, mas no peso sobre o pedal da direita: Luis Alberto de Castro, piloto que iniciou nas 12 Horas no também distante 1973, pilotando um Fusca. "Castrinho" larga na pole position da prova e se o carro aguentar a tocada forte dos pilotos, são grandes as chances de vitória e de colocar mais uma vez o seu nome entre os vencedores dessa prova. Acredito que o "Castrinho" e o Hoerlle sejam os pilotos presentes com maior vivência nesta tradicional maratona de resistência.


Observando o restante do grid, percebemos que vivemos - há mais de 10 anos - a era dos protótipos, carros construídos especialmente para competições. Desde a primeira vitória de um Aldee em 1994, esses carros incríveis vem dominando completamente o pelotão dianteiro. Hoje temos MCRs, MXRs, Spyders, Tornados que em quase nada lembram os DKWs, Simcas, Fuscas das primeiras provas a não ser na vontade de vencer uma 12 Horas.



Mas as 12 Horas não terão apenas um vencedor. Todos aqueles que conseguirem cruzar a linha de chegada às 12:00 do domingo, mesmo não ganhando um troféu, mesmo que faltando um pedaço, sairão como vencedores.

Amanhã é o dia. Agora falta pouco.


Fonte das imagens: arquivo Luis Alberto de Castro, jornal Zero Hora, revista Auto Esporte, livro 12 Horas e arquivo pessoal.

Um comentário:

Eduardo Miler disse...

Parabens Leandro, excelente essa "série 12 horas"...e boa sorte pra galera que vai acelerar amanhã...