O carro era do nosso grande "Chico" Feoli, que fazia sua estreia naquela prova em dupla com outro grande, seu amigo Roberto Giordani. A dupla vinha fazendo uma boa prova. "Chico", se não me engano, liderava sua categoria já na parte da manhã.
As 12 Horas as vezes reservam algumas surpresas ingratas aos competidores e não perdoam erros. Hoje à meia noite aproximadamente uma centena de pilotos estarão ajudando a escrever a história da 34ª edição da prova, enfrentando todos os desafios dessa grande corrida. Que venham as 12 Horas!
Fonte das imagens: arquivo Francisco Feoli.
Tudo ia bem até que o Fusca #29 da dupla Wilson Drago e Ênio Sandler, tendo este último ao volante, se aproximou de Feoli e os dois carros ficaram lado a lado por algum tempo, indo juntos em direção à curva dos eucaliptos. A chuva fina que acompanhou praticamente toda a prova se fazia presente naquele momento, o que deixava o piso bastante escorregadio. Nenhum dos dois queria ser deixado para trás e na aproximação da curva ambos partiram para o tudo ou nada, deixando para frear no último instante. Os dois carros derraparam mas em momento algum houve toque entre eles. Os pilotos seguraram no braço o que puderam.
A sorte naquele dia estava ao lado de Sandler, que conseguiu endireitar o Fusca e seguir em frente. Já o nosso amigo Feoli levou a pior. E que pior. Ao sair da pista foi em direção aos famosos eucaliptos e entrou com tudo no meio deles. O que poderia ter se transformado em um grave acidente, não passou apenas de um grande susto para o piloto, pois o carro não bateu de frente. Mas mesmo assim, o estrago no famoso DKW foi forte, impossibilitando que o carrinho retornasse às competições.
As 12 Horas as vezes reservam algumas surpresas ingratas aos competidores e não perdoam erros. Hoje à meia noite aproximadamente uma centena de pilotos estarão ajudando a escrever a história da 34ª edição da prova, enfrentando todos os desafios dessa grande corrida. Que venham as 12 Horas!
Fonte das imagens: arquivo Francisco Feoli.
Um comentário:
Olá amigos do blog!
Na realidade esquecemos de dar este detalhe ao Sanco para que publicasse: este DKW que tem o nº 99 na porta é na realidade o meu vermelhão 88 que trocamos o número, pois naquela ocasião era a viatura melhor equipada entre as duas( 88 e 99 )para umas 12 Horas.
Fomos para aquelas 12 Horas em uma disputa sádia com o 9 do Heinz Iwers e Jan Balder, que na realidade havia outra competição sádia entre o Horst Dierks, nosso preparador, e o seu tio Karl Iwers;pelas características das duplas de cada carro, planejamos os turnos de pilotagem para eu enfrentar o Heinz e o Chico enfrentar o Balder.
Mantínhamos uma discreta posição logo atrás( uns 200 metros) na mesma volta e quando entravam no Box para troca de piloto e abastecimento, nós entrávamos na volta seguinte, mantendo assim o planejamento, desde a largada; a intenção era deixar para a última hora de corrida a decisão da vitória que ficaria Chico Feoli X Balder. Assim foi até as 11 horas de corrida; faltando uma hora para o final, o Chico recebeu instrução para a tocada final e era o que estava fazendo, quando ultrapassou o Enio Sandler( que era de outra categoria), que acredito não tenha aceito a ultrapassagem e partiram para uma disputa inútil, que terminou no acidente das fotos.
Era tamanha a diferença que o 9 e o 99 tinham na categoria, mesmo que tenhamos parado pelo acidente e a corrida seguiu por mais uma hora, ainda findamos em 4º na categoria, uma volta atrás(a nossa ficou incompleta)atrás do 3º que era o DKW do Tchéia(Edson Soares de Brun)também nosso amigo da época e até hoje nos Jurássicos.
O 88 foi recuperado e no ano seguinte fazia aquela espetacular média de 141,7 Km/h na reinauguração da Estrada da Produção;terminou sua brilhante carreira em disputas acirradas com o Corcel 30 do Décio Michel, que depois foi trazido para a oficina do Horst onde foi desenvolvido.
É isto aí, meus amigos; mais uma história das 12 Horas. Até mais à noite em Taruma para a edição deste ano.
Roberto Giordani.
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