sábado, 21 de dezembro de 2013

Nestor Brunelli, o "pai" do Tala Larga

Na última festiva da Confraria dos Pilotos Jurássicos Gaúchos, ocorrida nas dependências da garagem do Clóvis de Moraes, tive a grata satisfação de conhecer uma pessoa que é certamente por demais importante na história do automobilismo gaúcho. Falo de Nestor Brunelli, ex-dirigente do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul. Fui apresentado a ele e imediatamente iniciamos uma boa conversa, com os relatos dele, que são de longa data, incluindo as provas do Tarumã, ainda disputadas na pista de terra, no final dos anos 50, logo após a aquisição do terreno e da execução do traçado. Em meio à agradável conversa ele revelou que uma das curvas mais desafiadoras do circuito de Viamão e do Brasil fora batizada por ele, o famoso Tala Larga.

Brunelli me mostrou uma fotografia do dia 29 de Novembro de 1970, durante a segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Velocidade, na qual ele está abraçando Antônio Pegoraro. Inclusive, ele fez questão de nos mostrar que trazia consigo o mesmo agasalho do clube que usava naquele registro.

Pedi ao nosso "Capo", o Roberto Giordani para contribuir com algumas palavras sobre Nestor Brunelli. Vejam abaixo:

"Nestor Brunelli é uma figura ímpar no automobilismo gaúcho. Conheci Brunelli nos longínquos anos 50 quando o mesmo ocupava a condição de Diretor Esportivo do ACRGS. Centenas e centenas de corridas, a começar pelas carreteras e depois as outras viaturas que se seguiram, tiveram a mão forte do Nestor em organização e efetivação. De espírito alegre e introvertido, nas corridas que atuou com Diretor das mesmas sempre foi enérgico no que dizia respeito a segurança dos pilotos e do público. Sem dúvidas, suas atuações merecem grande destaque na construção da história do automobilismo."

Fica aqui a homenagem do blog ao ilustre dirigente.

Abaixo um registro da última festiva, tendo o mais novo membro efetivo da Confraria, o também ex-dirigente da FGA, Jorge Pereira da Silva, à esquerda, o anfitrião Clóvis, ao centro, e Brunelli à direita. Logo a seguir, Brunelli aparece à esquerda, em registro feito no dia da inauguração de Tarumã.

 

8 comentários:

Anônimo disse...

E o Bino FFord só tinha spoiler do lado direito do bico. . .
Pode isso, Arnaldo?
Abraço e Boas Festas a todos!
Zé Maria

Julio Cesar Gaudioso disse...

A falta do spoiler não invalida o fato de ser o precursor de toda a saga (efetiva) de carros de fórmula no Brasil; com ele tivemos a montagem de toda a estrutura profissional e técnica que conhecemos hoje, nas mais diversas categorias, inclusive turismo e protótipos. Antes dele, se tinha episódios puntuais de profissionalismo. A partir dele, isso disseminou-se não só aqui no sul, mas também em diversos estados, possibilitando a muitos viverem direta ou indiretamente de automobilismo.

Anônimo disse...

Ao Julio Cesar Gaudioso:
Meu comentário não teve por objetivo denegrir, ok!
Foi muito mais no intuito de ouvir de alguém, na verdade ler, qual o motivo para a ausência do referido, apenas isso.
Mera curiosidade, nada mais!
Abraço.
Zé Maria

Julio Cesar Gaudioso disse...

Zé Maria:
Não pensei mal, apenas aproveitei tua deixa para manifestar minha consideração da importância do exemplar apresentado na foto, com ou sem spoiler, o qual já não lembro o motivo da falta do mesmo.
Um abraço

Julio Cesar

Roberto Giordani disse...

A asa do lado esquerdo deveria estar ali. Certamente deve ter havido alguma avaria, ou esqueceram de trazer quando vieram da oficina do Grecco com os primeiros chassis.
Não existem motivos para haver somente uma asa frontal.

Wilson Cardoso disse...

Foi em 1974. Na época eu corria de moto. Estávamos na frente do Clube do Comércio, ali na Bastian, no Menino Deus. Brunelli perguntou, olhando para mim: E tu que corre? Respondi: Sou. Aí, ele apontou para o Maverick quadrijet que estava parado do outro lado da rua e disse: Entra ali. Eu entrei, ele arrancou, dobrou à direita na Getúlio, novamente a direita na Ganzo e botou 140 km/h naquela rua estreita, com canteiro, paralepípedo irregular e carros estacionados. Parou no mesmo lugar, desceu do carro e entrou no Clube.
Meu pai recebeu todos os anos, ao longo de décadas, um telefonema do Brunelli no dia de seu aniversário (13 de maio). Em 2006, já não estava mais ali para atender.

Wilson Cardoso

Wilson Cardoso disse...

Foi em 1974. Na época eu corria de moto. Estávamos na frente do Clube do Comércio, ali na Bastian, no Menino Deus. Brunelli perguntou, olhando para mim: E tu que corre? Respondi: Sou. Aí, ele apontou para o Maverick quadrijet que estava parado do outro lado da rua e disse: Entra ali. Eu entrei, ele arrancou, dobrou à direita na Getúlio, novamente a direita na Ganzo e botou 140 km/h naquela rua estreita, com canteiro, paralepípedo irregular e carros estacionados. Parou no mesmo lugar, desceu do carro e entrou no Clube.
Meu pai recebeu todos os anos, ao longo de décadas, um telefonema do Brunelli no dia de seu aniversário (13 de maio). Em 2006, já não estava mais ali para atender.

Wilson Cardoso

Anônimo disse...

Apenas esclarecer para os amigos que esse FFord é um dos dois MERLYN ingleses que ficaram no Brasil das provas de 1969. O Greco trouxe para a inauguração do Tarumã já visando o pacote de vendas com o ACRGS, que sabe-se só saiu depois da ida do Werlang a Inglaterra,etc.Dele nasceu as ótimas reproduções Bino pelas mãos de Toni Bianco. Exatamente esse fórmula está comigo aqui no Museu (graças à doação pelo Aldo Piedade);e as carenagens foram refeitas dentro do padrão da Merlyn. Só não ficou montado inclusive com o câmbio MK8 pelo falecimento do meu mecânico.Vai voltar a andar até o fim do ano. PAULO A.TREVISAN