segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cigarrillas 43-70

Dia desses recebi do "Ratão" a imagem de um adesivo da equipe 43-70 da Fórmula 2. Esse aí abaixo.

Quando falo ou lembro da Fórmula 2, dentre as primeiras lembranças que me vem à mente, estão aqueles belos carros dourados argentinos que tanto trabalho deram aos brasileiros, especialmente à gauchada.

Não conheço tanto da história do automobilismo argentino para afirmar, mas acho que a marca de cigarros 43-70 estava para a Argentina, assim como a Hollywood estava para o Brasil, em períodos não exatamente os mesmos. Ao menos na Fórmula 2, a marca dourada ficou até o fim de 1986.

Alguém lembra o significado do 43-70? Sempre tive interesse em saber, mas nunca encontrei a resposta.

Abaixo, um dos carros que imortalizou aquela marca, o Berta de Guillermo Maldonado.



Fonte da imagem: arquivo Carlos Eugênio, enviada por João Cláudio Müller e revista Corsa.

domingo, 30 de outubro de 2011

Desafio da Semana

Quem, o que, onde, quando... Tentem identificar o maior número de pilotos.


Mãos à obra!

sábado, 29 de outubro de 2011

Hans Stuck

Hans Von Stuck era um famoso piloto alemão, que fez muito sucesso conquistando provas de subida de montanha nos anos 30. Seu filho, Hans Joachim Stuck, correu na Fórmula 1 nos anos 70 e nos carros de turismo até pouco tempo atrás.

Hans Stuck era o nome que estava inscrito no carro do último Desafio, mas não era o piloto alemão. Era José Renato De Leo, que corria com um "pseudônimo", talvez para despistar as atenções da família, vai saber...

Pois foi há poucos dias que o meu amigo Fabiano Zanon entrou em contato com o próprio De Leo que gentilmente enviou alguns registros de sua passagem pelo automobilismo. Já falei sobre o De Leo algumas vezes, sei da sua trajetória a partir da categoria Turismo 5000, mas me falou o Zanon que a história dele nas pistas começou bem antes disso. Saberemos mais sobre essa história em breve.

Por enquanto ficamos com as imagens, feitas entre 1984 na Turismo 5000 e 1986 na Hot Car. O Maverick e o Passat eram feitos pelo Vilmar Azevedo, já o Gol era obra do Marcos Vieira, como bem lembrou o Marcelo, filho do preparador.





Belas imagens feitas pelo Vilsom "Lambe-Lambe" Barbosa.

Fonte das imagens: arquivo José Renato De Leo - enviadas por Fabiano Zanon.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Baja na TV

Amanhã, no programa "Marcas e Veículos", que vai ao ar às 10:00 na TV Pampa, farei uma participação explicando um pouco sobre a competição Baja SAE - Etapa Sul, disputada em Setembro lá na Dana, em Gravataí. Confiram!

Valeu, Bresolin!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aproveitando o assunto...

Já que ontem falamos do Sady Abê, o "Ratão" enviou mais uma dele, porém agora mostrando seu Simca ao invés do Aero Willys. É bem provável que seja de 1972. Ele correu poucas provas com esse carro. Uma delas, foram os 500 km de Tarumã, na qual fez dupla com Armando Roberto Pasqual, de Farroupilha.

Na imagem aparecem ainda os Fuscas #18 dos irmãos Airton e Benoni de Carvalho, o #8 dos irmãos Reginatto, o #9 do Emílio Boeckel, o #7 do Arnaldo Fossá e mais alguns outros que não foi possível identificar.


Fonte da imagem: arquivo Carlos Eugênio, enviado por João Cláudio Müller.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Torcida animada

Hoje fecho a publicação dos achados do Nelson Ely Filho, que já apareceu por aqui pilotando DKW e seu Opala Divisão 3 de arrancada.

Em 1972 Tarumã recebia a segunda edição das 12 Horas realizadas no circuito de Viamão. Entre os 34 inscritos estava o único exemplar de um Aero Willys que participou com regularidade de provas automobilísticas no Brasil. Para dividí-lo na pilotagem, o proprietário Sady Abê chamou Ely.

Abaixo estão alguns registros daquela prova, todos feitos já na parte da manhã. Além do #86, aparecem vários Fuscas como o #8 dos irmãos Reginatto, o #14 do "Sapinho" e do "Janjão" Freire, o #12 de Ricardo Trein e Rico Harbich e o #7 de Arnaldo Fossá e Victor Steyer, que fazia sua estreia nas competições. "Janjão" acabou capotando o #14 no Tala Larga, mesmo assim conseguiu retornar à prova.

Belas fotos, feitas pelo "Pé-Friu". Notem a quantidade de barracas no Tala e no Laço e a animação da turma mesmo após horas de prova.

Valeu, Nelson!





Fonte das imagens: arquivo Nelson Ely Filho.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Triste fim de um campeão

Atendendo o pedido do Luiz Borgmann e a propósito do acidente que ontem infelizmente vitimou o italiano Marco Simoncelli, no GP da Malásia, lembro de um acidente semelhante ocorrido por aqui, mas que teve consequências ainda piores.

21 de Agosto de 1983. Tarumã recebia mais uma prova do Campeonato Gaúcho de Motovelocidade. A Fórmula Gaúcha - 125 cc era a categoria com maior número de participantes e disputas. Grandes nomes da modalidade participavam da categoria, como Pedro Mauro Guzinski, Rogério Xavier, João Luiz Goytacaz, Maria Cristina Rosito, Ricardo de Jesus, Aldo Mates entre outros, além do campeão de 1982 Lúcio Flávio Macedo.

Assim como no GP da Malásia, o acidente envolveu três pilotos, mas por aqui dois deles não resistiram aos ferimentos, vindo a falecer: João Luís da Silva e o campeão Lúcio Flávio. O terceiro envolvido foi Alexandre Ilha.

Nas imagens abaixo, é possível ver ao fundo os pilotos João (esquerda), Alexandre (centro) e Lúcio (direita).



Aquele foi um dos dias mais tristes na história do Tarumã. O dia de ontem idem para a história do esporte a motor.

Fonte das imagens: jornal Zero Hora.

domingo, 23 de outubro de 2011

Desafio da Semana

Essa quem me conseguiu foi o meu amigo e chofer do Landau #79 da Fórmula Classic, Fabiano Zanon. É fácil, afinal o nome do piloto está bem visível no acrílico da porta. Mas será que era ele mesmo?


Mãos à obra!

sábado, 22 de outubro de 2011

Jeep na arrancada

O último Desafio mostrou uma imagem interessante. Um Opala Divisão 3 correndo contra um Jeep. Logo após a publicação começaram a aparecer os comentários e apareceram citações de alguns Jeeps que participaram da modalidade aqui no estado tempos atrás: Pedro Morelatto, Videlberto Colau, o irmão de um famoso piloto de motocross (seria o Morongo?) e os Bertuol.

O Jeep da imagem de fato era dos Bertuol, se aprontando para encarar a disputa com o Opala #23 do Nelson Ely Filho, em Gravataí, 1978. O Jeep era Willys com mecânica Corvette. O próprio Ely contou detalhes daquela prova no próprio post. O que ele não disse é que os Bertuol sempre "apanhavam" da Carretera do Ruy Souza, aquela mesma que havia sido adquirida dos Andreatta. Pois houve um dia, em uma prova na cidade de Lageado, que Nelson conseguiu derrotar a Carretera #75 e foi carregado nos braços pela equipe dos Bertuol. Parece que após essa derrota, Ruy acabou aposentando sua barata.

Bom, pelo que me informou o Nelson, aquele Opala 4 portas fora adquirido do Pedro Victor De Lamare. Creio que antes disso, lá por 1972, esse Opala já era pilotado pelo Carlos Quartim de Moraes, com o #83. Enquanto isso, De Lamare corria com um Opala 2 portas que em 1974 foi vendido para o Edson Yoshikuma (#99).

Quem cuidava da preparação do Opala, com a mecânica feita por ninguém menos do que Orestes Berta, era o saudoso Cláudio Luz. Nelson ficou com ele até o início dos anos 80, sempre competindo em provas de arrancada.

Abaixo os dois primeiros registros são da prova de Lageado. Numa delas aparece a Carretera do Ruy.




Fonte das imagens: arquivo Nelson Ely Filho.

PS.: Vou ver se descubro o paradeiro desse Jeep com a turma lá de Bento. Se alguém também tiver alguma informações, conte aqui.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Grid cheio

Meu amigo "Caranguejo", lá de Bagé, encontrou uma bela imagem vinda lá do Blog do Jovino, referência quando o assunto é história do automobilismo de Goiás e Distrito Federal. É da prova de Goiânia do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford de 1978, ano daquele inesquecível título do Amedeo Ferri. Boa parte dos pilotos já foi identificada, mas ainda restam alguns. A turma aí vai ajudar a identificar ao menos um gaúcho na quarta fila. Divirtam-se!


OBS: embora na imagem esteja escrito 1979, o ano é mesmo 1978. Notem que Ferri corre com o #13. Como ele foi campeão nesse ano, passou a correr com o #1 em 1979. O Maurizio Sala #2 correu na equipe Gledson em 1979 com o #27 e o Artur Bragantini, #1 em 78, passou a correr com o #2 no ano seguinte.

Fonte da imagem: Blog do Jovino.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mais pipoca

Aproveitando que ontem teve um vídeo da Fórmula 2 em Cascavel, segue um outro encontrado no youtube, que mostra a etapa de Mar del Plata do campeonato de 1984. Maldonado largava na pole, com Leonel Friedrich em segundo e Fernando Croceri em terceiro. Os três entraram juntos na primeira curva e daí acabou sobrando para o "Alemão". O "Bocão" também teve problemas e precisou ser empurrado.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fórmula 2 - Cascavel - 1986

Quem manda o vídeo é o Pietro Tebaldi, um dos caras que é referência quando o assunto é o resgate e preservação da memória do automobilismo paranaense. Há poucos dias ele colocou esse material que mostra a transmissão completa da 9ª etapa do Campeonato Sulamericano de Fórmula 2 disputada em Cascavel, no Paraná.



A prova foi completamente dominada pelos argentinos, em mais uma vitória do Maldonado. O melhor brasileiro foi Pedro Muffato, em 10º. Dos quatro gaúchos, "Bocão" Pegoraro ficou fora ainda na volta de apresentação. Pedro Bartelle, pressionado por Muffato, acabou rodando e comprometendo sua prova. Leonel Friedrich e "Chico" Feoli largaram das últimas posições e acabaram em posições intermediárias.

Excelente registro. Vale a pena ver.

Valeu, Pietro!

domingo, 16 de outubro de 2011

Desafio da Semana

O piloto do Opala tem sido assunto por aqui nesses últimos dias e creio que não será muito difícil de identificá-lo. O legal é tentar adivinhar quem era no Jeep...


Mãos à obra!

sábado, 15 de outubro de 2011

Habla poco pero promete bastante

Este era o comentário publicado na revista Corsa argentina sobre a estreia do gaúcho Egon Herzfeld na 3ª etapa do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3 de 1987. A prova foi disputada em Interlagos, no dia 19 de Julho.

Egon, recem chegado da Inglaterra, onde fizera alguns testes na Fórmula 3 local, fora contratado como mecânico pela equipe chefiada por Clóvis de Moraes e que tinha Cezar Pegoraro e Pedro Bartelle como pilotos. Na ausência de Bartelle, comum devido aos vários compromissos do piloto-empresário naquele ano, Egon acabou sendo escolhido como substituto para algumas provas, começando pela etapa paulista.

Dos 19 carros que participaram dos treinos classificatórios, o primeiro brasileiro aparecia apenas na sétima posição, com Pedro Muffato. Egon largava na 13º, com o tempo de 2min43s451, contra 2min40s847 do pole position Guillermo Maldonado.

Com uma ótima largada e uma primeira volta perfeita, Egon ultrapassou oito (!) concorrentes para fechá-la na quinta posição. Por alí ficou durante alguns giros, mas acabou sendo ultrapassado, entre outros, por seu companheiro de equipe "Bocão" Pegoraro. Este, por sua vez, fazia uma corrida perfeita, chegando a ocupar a terceira posição. Entretanto acabou abandonando no final, após a quebra de uma ponta de eixo. A falta de sorte do companheiro acabou por presentear o estreante gaúcho com um lugar no pódio, fruto da sexta posição após as 19 voltas. Egon foi o primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada na vitória de Kissling, seguido de Croceri, Sommi, Guerra e Furlan.

Na etapa seguinte, em San Jorge, na Argentina, Egon participou novamente. Largando da 16ª posição, fez outra ótima largada, passando na primeira volta na 10ª colocação. O pole, Leonel Friedrich perdeu duas posições na largada, concluindo a prova em terceiro. Egon ainda conseguiu ultrapassar mais dois concorrentes e fechou a prova na oitava posição.

Não tenho registros da participação de Egon nas provas seguintes, mas é provável que ele tenha participado de mais duas, antes de Pedro Bartelle retomar a pilotagem do Berta VW azul e preto.

Abaixo algumas imagens que mostram a participação de Egon Herzfeld na Fórmula 3 Sulamericana. Na primeira ele é o primeiro da direita para a esquerda. Na terceira, aparece logo atrás de "Bocão" Pegoraro e na última lidera o companheiro na etapa de San Jorge.





Fonte das imagens: revista Corsa.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Aguardando o Tarumã

Hoje publico mais algumas recordações do Nelson Ely Filho.

Como todos sabem o Autódromo de Tarumã foi inaugurado no dia 8 de Novembro de 1970. Com a proibição das corridas de rua, após as 12 Horas de Porto Alegre de 1968, os pilotos passaram a correr em provas de estrada como a Encosta da Serra, a Estrada da Produção, em Rivera no Uruguai, em Curitiba, na praia de Imbé e em km de arrancadas. E o Nelson esteve presente em boa parte delas.

As imagens abaixo mostram três momentos daquele período, começando pela prova na praia. Ele ainda lembra dos detalhes:

"1º Festival Automobilístico da Praia do Atlântico Sul, no Imbé (antigo Braço Morto), pista feita pela Prefeitura e provas organizadas pela FGA. Lá estavam Rosito, Vitório Andreatta, Catharino Andreatta, José Asmuz, "Gordo" Esbroglio e tantos outros... Mais de 50 carros. As provas eram por categorias, (A) até 1.300 cl; (B) até 2.400 cl; (C) Força Livre. A largada era por sorteio e fiquei em último do lado direito. Na bandeirada de largada, saí pela direita, tomei a ponta antes da curva, liderando toda prova. Ressalto que fui bí-campeão com o DKW."

A seguir viria a prova no Paraná. Ele continua:

"Prova de Curitiba. Larguei na pole position com a primeira marcha quebrada na tomada de tempos. É óbvio que largando em segunda, que era muito longa, fui ultrapassado por vários carros. Na terceira volta assumi a ponta até faltando 500 m da chegada onde furou um pistão e fui ultrapassado por vários carros chegando ainda em quarto lugar... não me lembro bem."

A terceira e última imagem é de Rivera, do circuito Eduardo Cabrera.

Nelson ainda tem mais algumas para nos contar. Publicarei em breve.



Fonte das imagens: arquivo Nelson Ely Filho.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jurássicos: 10 anos de Confraria

Hoje quem manda o recado, além de contar uma história bacana, é o amigo Roberto Giordani.

"Na próxima Reunião Festiva que faremos realizar no Templo Sagrado dos DKW's no próximo dia 20, estaremos festejando o 10º ano de fundação desta Confraria. A Confraria nasceu em outro local em que se perpetuam até hoje as lembranças destas mágicas viaturas que deixaram marcas e momentos de grandes alegrias em quem as usou principalmente em competições: o local inicial, foi a oficina de um gênio em mecânica, apaixonado pelos "Das Kleinen Wunder" chamado Horst Dierks, que junto com outros também apaixonados pilotos, levaram às pistas esta viatura para cobri-las de glórias e feitos históricos. Nenhuma outra marca do passado tem tantos fiéis seguidores pelo Brasil.

No quase distante ano de 2001, quatro dekawezeiros aos finais de muitas tardes, reuniam-se na Oficina do Horst e o assunto principal versava sobre a marca germânica com motores a dois tempos. Este pequeno grupo era formado por dois pilotos, um preparador e um Engenheiro Mecânico de nomes: Francisco "Chico" Feoli, Roberto Giordani, Horst Dierks e Oscar "Oca" Leke, que formaram o núcleo fundador da Confraria, todos na época, com idade superior a 60 anos.

Praticamente já se haviam passados quase 30 anos da última vez em que o DKW 88 havia sido levado à pista de Tarumã para sua derradeira corrida em 1972. Após algum tempo, decidiram os quatro amigos reunirem-se uma vez por semana às quintas feiras e oficializarem o convite a outros amigos dekawezeiros: assim foram convidados e se chegando às reuniões Henrique "Heinz" Iwers, Jorge Amorim, Mario Katz, Flavio Del Mese, Octávio "Alemão" Albuquerque e Paulo Pacheco Prates, todos haviam sido pilotos da marca preferida desde o ano de 1958.Estes dez formaram o núcleo histórico da Confraria: infelizmente "Heinz" Iwers já não está entre nós.

Como as reuniões alongavam-se até tarde das noites, implantamos uma gastronomia de lanches e pequenas refeições, que evoluiu neste passar de tempo, sendo servido hoje nas Reuniões Mensais, que adotamos o nome de FESTIVAS, pratos gastronômicos bastante avançados, que fazem a alegria dos participantes.

O nome da Confraria veio em um momento de felicidade em que ser amigos por tanto tempo parecíamos figuras Jurássicas de tão velhos que éramos: assim, passamos a nos auto intitular de Jurássicos. Passados estes 10 anos são todos setuagenários e firmes nas suas atividades.

Uns poucos anos a frente, foi aberto o grupo de dekawezeiros e admitidos amigos de mesmos tempos de competição a quem houvesse pilotado outras marcas, porém, não foram abandonados até hoje os símbolos da DKW Auto Union que regem a Confraria.

A Oficina do Horst ficou pequena para abrigar o grupo que já passava de 20 membros efetivos. Por sorte, recebemos a oferta do colecionador e piloto de DKW Teodoro Januzs, da linha mais moderna dos apaixonados pela marca e que possui uma garagem onde estão 10 viaturas da marca DKW, para usarmos a garagem como nossa sede de reuniões e FESTIVAS. A garagem passou a ser conhecida como o Templo Sagrado dos DKW's por abrigar viaturas e apaixonados da marca.

Hoje, ao serem completados os 10 primeiros anos de existência, somos uma Confraria com 50 Membros Efetivos que além das Reuniões Festivas, desfrutam juntos o prazer de voltarem a pilotar esportivamente viaturas de competição como os Volvo da Eurobike e os Veloce do Velopark, visitas a Autódromos e locais formidáveis como o Museu do Automobilismo Brasileiro em Passo Fundo, e outras atividades esportivas.

Nosso momento atual está voltado para escrevermos em conjunto um Livro que cada um terá seu espaço para contar sua vida esportiva, sejam membros efetivos ou convidados a participarem, entre pilotos de uma época, mecânicos e até dirigentes, que juntos fizeram acontecer o aparecimento de grandes talentos na era pós Carreteras.

Não possuímos e nem queremos Estatutos, pois adotamos dois princípios que regem tudo dentro da Confraria: o primeiro são os ditames da Moral que dizem claramente o que é certo ou errado e em segundo, o Respeito ao próximo que rege o relacionamento entre nós.

Estruturalmente temos apenas um Coordenador, que carinhosamente é chamado de Capo, em alusão a figura paternal das congregações italianas; um Conselho de três membros que discute e aprova a realização de feitos e admissão de membros e mais recentemente um Diretor da Pasta de Eventos e outro na Pasta Esportiva.

Teremos um grande momento nas 12 Horas deste ano: por iniciativa e o esforço de Teodoro Januzs, estará sendo levado de volta às pistas, pelas mãos de uma dupla de pilotos formada a quase 50 anos passados, o histórico DKW 88 na preliminar da prova principal do dia, onde viaturas da Classic estarão disputando duas baterias, e o DKW 88 está presente. Será memorável!

Por fim, estamos nos preparando com antecedência, pois temos consciência que o futuro da Confraria dos Jurássicos será notável e seu crescimento impossível de ser contido, pois somos regidos por dois princípios milenares e imutáveis: Moral e Respeito.

Muito obrigado por suas atenções.

Roberto Giordani
gellatiere@terra.com.br
Gramado - RS - Brasil"

Abaixo um registro da reunião que deu início ao grupo. A seguir um mais recente, mostrando o crescimento da Confraria e por último o DKW #88 sendo preparado para a preliminar das 12 Horas de Tarumã deste ano.




Fonte das imagens: arquivo Pilotos Jurássicos Gaúchos.

domingo, 9 de outubro de 2011

Desafio da Semana

A qualidade da imagem não é muito boa, por isso tenho que dar uma ajudinha. A imagem mostra seis pilotos. Cinco deles são argentinos. Sobra um, que vocês certamente identificarão. Agora me digam o que ele fazia alí, que prova era essa, onde e quando.


Mãos à obra!

sábado, 8 de outubro de 2011

Nelson Ely Filho

Quase que o último Desafio fica sem nenhum acertador, mas um "dekaveseiro" assíduo aqui no blog, o Roberto Giordani, tratou de ajudar na identificação. Era mesmo o Nelson Ely Filho, que competia com aquele DKW #23. A imagem, enviada pelo próprio Nelson, era da prova inaugural de Tarumã, no dia 08 de Novembro de 1970. Apareciam ainda o Corcel #70 de Teobaldo Becker, o Fusca #47 do "Janjão" Freire e mais atrás o Fusca #68 do Breno Job Freire.

O ângulo da imagem é realmente interessante. Ela mostra a curva 8 em direção à curva 9. Notem o ponto exato onde terminava o gurad-rail da Pepsi e onde começava o da Ipiranga.


O Nelson me contou que nessa prova ele largou lá atrás, mas que seu carro estava uma bala e veio ganhando posições até chegar na terceira posição, atrás apenas dos líderes Cezar Pegoraro com um Fusca e Décio Michel, que acabou vencendo, com um Corcel. Há poucas voltas do final o DKW acabou apresentando problemas e ele teve de abandonar.

Abaixo aparece o carro pronto para a prova, com Ely (direita) acompanhado de Paulo Aydos Rodrigues, do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul.


O Ely me enviou mais alguns registros da sua trajetória nas pistas, que publicarei ao longo da próxima semana.

Fonte das imagens: arquivo Nelson Ely Filho.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rio Grande na cabeça

Na última terça lembrei da prova de abertura do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3 de 1987. Depois, dando uma olhada nos e-mails, encontrei essas preciosidades, enviadas pelo Roberto Mantovani. São também de 1987, registros feitos durante os treinos e mostram os dois expoentes daquele período, Leonel e Maldonado. Vejam os detalhes. O cara abastecendo o carro do "Alemão" não é o Mario Biagini, que era um dos donos da equipe INI? E aquela cuia pintada no casco do gaúcho?! Era difícil aparecer nas fotos. Quem deve ter pintado esse casco foi o Marquinhos da Sprint. E a simplicidade do box do Maldonado? Se não me engano esse carro está no Museu do Fangio lá na Argentina.

Essas fotos de baú são um barato.






Fonte das imagens: arquivo Roberto Mantovani.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Caminhada para o título

26 de Abril de 1987, autódromo de Cascavel, Paraná. 1º Etapa do Campeonato Sulamericano de Fórmula 3. Aquela era a quinta temporada da principal categoria do continente, que até então acompanhara um massacrante domínio argentino, tanto em pilotos, motores, chassis, etc. As apostas para o quinto título mostravam nomes conhecidos como Maldonado, Sommi, Croceri, Kissling, entre outros, mas o gaúcho Leonel Friedrich seria o responsável por escrever a história daquele campeonato de forma diferente.

Competindo pela equipe argentina INI, Leonel tinha um bom equipamento em mãos e teria de dar o melhor de sí para sonhar mais alto naquela temporada e a prova de Cascavel acabou sendo a oportunidade perfeita.

Apenas 16 pilotos estavam inscritos naquela prova. 12 argentinos e apenas quatro brasileiros (Leonel, "Bocão" Pegoraro, Pedro Bartelle e Pedro Muffato). O campeão de 1986, Maldonado, dominou os treinos e marcou a pole position com o tempo de 1min02s21. Croceri largava em segundo com 1min02s75. Abrindo a segunda fila estava o gaúcho Leonel, com 1min02s77.

Com a primeira fila dominada pelos "hermanos", parecia que o público assistiria mais uma vitória argentina, mas já na largada o jogo começava a virar. Com uma largada espetacular, Leonel conseguiu chegar na curva 1 disputando posição com Maldonado e o ultrapassou por fora, assumindo a ponta. Por lá esteve durante 10 voltas, sempre mantendo Maldonado pouco mais de um segundo atrás. E foi na volta 11 que parecia que tudo estaria perdido. Ao passar por uma mancha de óleo na entrada da curva 2, feita em última marcha, o Berta #6 da Ipiranga derrapou e Maldonado acabou ultrapassando o gaúcho. Por instantes ele pensou estar com um pneu furado e quase entrou nos boxes, o que acabaria com suas chances na prova, mas logo depois se deu conta do que havia acontecido e tratou de buscar a aproximação a Maldonado. Leonel conseguiu se aproximar, mesmo com o argentino fazendo sua melhor volta na prova. E por uma ironia do destino, aquela mesma mancha de óleo seria a aliada de Leonel. Na volta 18 Maldonado passou por sobre a mancha e Leonel retomou a liderança para não mais perdê-la. Além disso marcou a melhor volta da prova (40ª) com 1min02s72, tempo melhor do que conquistado na classificação.

Leonel venceu seguido de Maldonado, Croceri, Benamo, Sommi, Furlan, Scarazzini, Bartelle, Muffato e Cingolani, os 10 primeiros.

O resultado final do campeonato todos sabem, Leonel sagrou-se campeão, mostrando que a pilotagem brasileira em nada devia aos vizinhos castelhanos.





Fonte das imagens: revista Corsa.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Copanaciones

Na última semana, quando falávamos sobre a Fórmula 2, o Aloísio Adib lembrou do Oscar Larrauri, um dos argentinos que mais teve sucesso no automobilismo internacional. Ele passou por essas bandas algumas vezes, como na prova aí abaixo, etapa de Guaporé de 1999 do Superturismo Sudam, ou Copanaciones, como era chamada.

Larrauri competia com um Alfa Romeu 156 e terminou em terceiro, atrás de outro 156 do Osvaldo "Cocho" López e do vencedor Emiliano Spataro, com um Peugeot 406.

Os brasileiros melhor colocados foram "Cacá" Bueno, com um Peugeot 406 em 4º, Ingo Hoffmann, com um BMW 320 em 5º, Roberto Giorgi, com um Vectra em 7º e Flávio Figueiredo com um BMW 320 em 9º.




Fonte das imagens: revista Corsa.

sábado, 1 de outubro de 2011

Tadeu Matuzalém

Acertou na mosca quem respondeu que era o Tadeu Matuzalém no último Desafio. Era fácil, afinal quase sempre ele trazia seu nome estampado no parabrisas de seus carros, como era o caso daquele Passat Hot Car de 1982.

Sei muito pouco sobre a trajetória dele nas pistas. Os registros encontrados mostram que iniciou na categoria Estreantes e Novatos, em 1980, vencendo diversas provas com um Passat. Em 1981 correu no Torneio Passat e também na categoria Turismo Especial Gaúcho, onde acabou como vice-campeão, atrás apenas de Cláudio Ely.

Em 1982 permaneceu na TEG, que agora era chamada de Hot Car. Também naquele ano correu na Copa Chevette e na prova 500 km de Tarumã fez dupla com Ronaldo Nique no Chevette deste último.

Ao que consta, Tadeu havia se transferido para o Rio de Janeiro, onde permanecia acelerando, agora em um Opala. E foi lá, em 1984, que acabou sofrendo um acidente fatal com sua motocicleta.

Tadeu mantém seu nome nas pistas através do filho Cristian, que já há alguns anos acelera na categoria Marcas e Pilotos aqui no RS.





Fonte das imagens: arquivos Arnaldo Fossá, Délcio Dornelles, Ronaldo Nique e Carlos Eugênio - fotos Vilsom Barbosa.