sábado, 30 de junho de 2012

Fábio Bertolucci

A turma não teve muita dificuldade para identificar o personagem do último Desafio. Era o piloto de Gramado Fábio Bertolucci, no início de sua carreira no kart, em 1973. Fábio fazia parte da equipe Gramado Competições, que tinha o patrocínio do Hotel Serra Azul e das Malhas Anne Rose. Na equipe corriam também o irmão de Fábio, Ronaldo, Jorge Martinewski, Roberto Schmitz, Gilberto Pierini, Nelson Rolla e Júlio César Dias, que foi quem me enviou os dois primeiros registros abaixo (ele aparece circulado nas imagens).

Bertolucci ficou no kart até 1975, quando passou a competir na Divisão 1 com um Chevette, mantendo em seu carro o #2 que trazia da época do kart.

Nas temporadas de 1976 e 77 montou uma equipe na Fórmula Ford, competindo ao lado do antigo parceiro Jorge Martinewski. E foi no dia 15 de Maio de 1977, em Tarumã, que o seu talento foi nacionalmente reconhecido. Na segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford, que na época reunia várias feras do automobilismo brasileiro, entre elas Amedeo Ferri e Artur Bragantini, Fábio venceu a sua bateria eliminatória e a bateria final contra quase 30 concorrentes. A vitória em Tarumã o ajudou a concluir o campeonato na quarta colocação.

Os planos de Fábio para o ano seguinte, motivado pelos bons resultados na Fórmula Ford nacional, era obviamente a Europa. Porém, num treino na Alemanha acabou sofrendo um acidente que o deixou afastado das pistas até o final de 1979, quando voltou a disputar algumas provas na Fórmula Ford brasileira.

Sem equipe para a temporada de 1980 na Fórmula Ford, Fábio mudou radicalmente seus foco, indo acelerar no Rallye, mas quem nos contará mais sobre isso será o Mestre Renato Pastro num próximo post. 

A partir de 1986 retomou às pistas no Campeonato Regional de Turismo, com um Gol da equipe Gramado Racing ao lado de João Alfredo Ferreira, o "Baguncinha". Em 1988 retomou a parceria com o irmão Ronaldo no mesmo campeonato, desta vez com um Passat. Ao final daquele ano, Fábio e a Gramado Racing já davam mostras das suas intenções para o ano seguinte, adquirindo um Voyage e estabelecendo uma dupla com Amadeo Moeller. Esse esquema seria a base da equipe Rinaldi Racing que faria o Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos - Copa Shell - em 1989.

Já na segunda etapa em Tarumã, o Voyage #17, preparado por Dino Di Leone, a dupla Bertolucci e Moeller chegou a comemorar a vitória, porém foi desclassificada por irregularidades técnicas (amortecedores argentinos não homologados pela CBA). Apesar da desclassificação, a equipe não desistiu de perseguir a vitória, que acabou vindo alí mesmo em Tarumã, numa das últimas etapas daquela temporada, com Fábio correndo ao lado do experiente Ronaldo Ely.

Bertolucci ainda participou das temporadas de 1990 a 1992 da Copa Shell na mesma equipe, fazendo dupla com Evaldo Quadrado.

Abaixo uma série de imagens que mostram registros da carreira de Fábio Bertolucci nas pistas. 
















Fonte das imagens: revistas Quatro Rodas e Auto Esporte, arquivos Júlio César Dias, Ricardo Baldino, João Campos, site Fórmula 1.6, jornal Zero Hora, jornal Esporte Motor e arquivo pessoal.

5 comentários:

Paulo Schütz disse...

A prove vencida pelo Fábio, em 77, na F Ford, teve, se bem me lembro, como vencedor da outra bateria elimiatória, o Ricardo Baldino, com o carro preparado pelo Clóvis Moraes.

luizborgmann disse...

De memória, lembro que para vencer aquela prova de F-Ford, o Fabio alegou que levou vantagem sobre os demais competidores, além do conjunto mecânico, por utilizar pneus dos Fiat 147 nas rodas dianteiras, os 145SR13. Será que estou certo?
luiz borgmann

Anônimo disse...

Assiti a prova de Tarumã da copa shell de marcas e pilotos, 2ª etapa e estreia da equipe em Tarumã. Os kras andaram muito, pois na primeira bateria levaram um totó e cairam para último ou perto disso e vieram para cima. Vi o carro nos boxes com a marca do totó. Ñ lembro quem deu o totó, mas parece q foi na saida da dois. Assisti a corrida do melhor lugar: Em cima da figueira na descida do tala. Muito bons tempos em tudo.

Abração

Tazio Nuvolari

Anônimo disse...

Famosa dupla Senna e Nakagima!
O Passat 17 era perfeito. Já o carro de rua do Fabinho era aum desastre,não tinha freio, embreagem, amortecedor...
KKKKK

Anônimo disse...

O nome carro bomba foi criado para a Parati do Fabinho.