domingo, 29 de dezembro de 2013

Desafio da Semana

O último Desafio do ano vai para o meu amigo Francis "Poeira na Veia". Ele publicou essa foto recentemente em seu blog. Sabe-se que foi feita na pista de São Carlos em Santa Catarina e que o piloto é gaúcho. Será que era o Damo?
 

Mãos à obra! E um Feliz 2014!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Valdir Melatti

A turma foi rápida na identificação do local do último Desafio. Realmente era em Rio Grande, durante disputa da prova 3 Horas de Estreantes, no dia 03 de Novembro de 1968. O piloto em questão era Valdir Melatti, de Bento Gonçalves e pelo que consta, obteve a 3ª colocação em sua classe naquela prova.

De acordo com o também bento-gonçalvense Carlos Giacomello (responsável por dividir as informações do piloto com o blog), a história de Valdir Melatti no automobilismo iniciou-se em 1965, com as disputas em quilometro de arrancada, muito comuns pelo interior do estado naquela época. As participações em corridas pelas estradas e circuitos de rua vieram a seguir.

Como principais resultados, destacam-se a participação na prova para Estreantes denominada 50 Milhas de Cachoeira do Sul, na qual classificou-se na 10ª posição. Entre os primeiros colocados encontravam-se nomes como Ênio Sandler, Fernando Esbroglio, José Madrid, Elcio Prolo, entre outros. Em Maio de 1969 venceu a I Prova Vale do Rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, na categoria Estreantes até 1600 cc. Na segunda colocação ficou Rogério Koch, no Corcel #115, que recentemente foi tema aqui do blog. Nas imagens abaixo é possível ver o VW #39 recebendo a bandeirada e logo após o piloto recebendo o troféu de campeão das mãos de José Carlos Steiner. Melatti participou também da prova que inaugurou a Rodovia Presidente Kennedy (Estrada da Produção), entre Lageado e São José do Herval, no dia 27 de Julho de 1969. Na classe de 1301 a 1600 cc, finalizou em 6° lugar, atrás de nomes conhecidos como "Nico" Monteiro, Vitório Andreatta e Lino Reginatto.

Valdir Melatti registrou outras participações no final dos anos 60 como na inauguração do Autódromo de Guaporé (pista de terra). Chegou a competir em Tarumã em uma prova, mas depois se concentrou nos quilometros de arrancada, permanecendo na ativa, como piloto até 1974. Também teve destacada atuação como dirigente. Foi o fundador da ABA, Associação Bento-Gonçalvense de Automobilismo em 1968, sendo também seu primeiro presidente. Naquele período agiu junto aos órgãos políticos, ajudando a promover as provas em estradas bem como a construção do Autódromo de Tarumã.

Abaixo mais algumas da trajetória do piloto nas competições.
 
 
 
 
 


Antes de encerrar, registro aqui o meu agradecimento ao Carlos Giacomello pelas informações obtidas junto ao Valdir.

Fonte das imagens: arquivo Valdir Melatti.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal

Aproveito para deixar aqui a minha mensagem a todos, desejando um Natal de muita paz e alegria, esperando que o Ano Novo seja repleto de realizações.
 
Gostaria também de agradecer a todos que por aqui passam e aos que sempre colaboram com comentários, material e tudo o mais. Muito obrigado!
 
Um grande abraço, fé em Deus e pé na tábua!
 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Desafio da Semana

Quem? Onde? Quando? É difícil, mas se acertarem ao menos o local, já está valendo.
 

Mãos à obra!

sábado, 21 de dezembro de 2013

Nestor Brunelli, o "pai" do Tala Larga

Na última festiva da Confraria dos Pilotos Jurássicos Gaúchos, ocorrida nas dependências da garagem do Clóvis de Moraes, tive a grata satisfação de conhecer uma pessoa que é certamente por demais importante na história do automobilismo gaúcho. Falo de Nestor Brunelli, ex-dirigente do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul. Fui apresentado a ele e imediatamente iniciamos uma boa conversa, com os relatos dele, que são de longa data, incluindo as provas do Tarumã, ainda disputadas na pista de terra, no final dos anos 50, logo após a aquisição do terreno e da execução do traçado. Em meio à agradável conversa ele revelou que uma das curvas mais desafiadoras do circuito de Viamão e do Brasil fora batizada por ele, o famoso Tala Larga.

Brunelli me mostrou uma fotografia do dia 29 de Novembro de 1970, durante a segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Velocidade, na qual ele está abraçando Antônio Pegoraro. Inclusive, ele fez questão de nos mostrar que trazia consigo o mesmo agasalho do clube que usava naquele registro.

Pedi ao nosso "Capo", o Roberto Giordani para contribuir com algumas palavras sobre Nestor Brunelli. Vejam abaixo:

"Nestor Brunelli é uma figura ímpar no automobilismo gaúcho. Conheci Brunelli nos longínquos anos 50 quando o mesmo ocupava a condição de Diretor Esportivo do ACRGS. Centenas e centenas de corridas, a começar pelas carreteras e depois as outras viaturas que se seguiram, tiveram a mão forte do Nestor em organização e efetivação. De espírito alegre e introvertido, nas corridas que atuou com Diretor das mesmas sempre foi enérgico no que dizia respeito a segurança dos pilotos e do público. Sem dúvidas, suas atuações merecem grande destaque na construção da história do automobilismo."

Fica aqui a homenagem do blog ao ilustre dirigente.

Abaixo um registro da última festiva, tendo o mais novo membro efetivo da Confraria, o também ex-dirigente da FGA, Jorge Pereira da Silva, à esquerda, o anfitrião Clóvis, ao centro, e Brunelli à direita. Logo a seguir, Brunelli aparece à esquerda, em registro feito no dia da inauguração de Tarumã.

 

domingo, 15 de dezembro de 2013

Desafio da Semana

Esse registro me foi mostrado por aquele que está abraçando Antônio Pegoraro. Sei que é difícil, mas tentem identifica-lo.
 

Mãos à obra!

sábado, 14 de dezembro de 2013

Mandrake

O último Desafio, trouxe uma imagem de um Gordini que já havia aparecido por aqui, quando me foi enviada pelo amigo Paulo Trevisan. Como disse, a sua publicação era proposital, pois a resposta viria acompanhada de muitas histórias.

Aquele Gordini era pilotado por um dos maiores pilotos gaúchos de todos os tempos, vencedor em todas as modalidades nas quais participou como piloto, desde os carrinhos de lomba, passando pelas bicicletas, motos, kart, carros de turismo e monopostos, além, é claro, de suas também consagradas participações como preparador. Estou falando de um ilustre Jurássico, que na última quinta abriu as portas da sua garagem para receber a última festiva do ano da Confraria dos Pilotos Jurássicos Gaúchos: Clóvis de Moraes.
 


Denominar o espaço no qual fomos gentilmente recebidos apenas de "garagem", soa como desprezo. A beleza, a organização e a limpeza do espaço são notáveis logo na entrada. É impossível determinar a quantidade de troféus, medalhas e quadros na parede. Ao correr os olhos na memorabilia percebe-se o que os jornais e as revistas de época registraram: que Clóvis de Moraes foi um grande campeão.

A história de uma vida inteira dedicada às competições está praticamente toda lá. Os registros mais remotos mostram a origem de tudo: os feitos do pai, Adalberto, em atividade desde os anos 30, primórdios das competições no nosso estado. Há vários registros de Clóvis, ainda criança, já sendo iniciado na arte de construir e consertar seus próprios carros. Realmente, como disseram, o fruto não caiu longe do pé. Em local de destaque estava um belíssimo kart de numeral 22, construído pelo próprio Clóvis. Sobre isso há uma história interessante, que o Clóvis me contou dia desses. Estava ele em visita ao Museu do Automobilismo Brasileiro, em Passo Fundo, quando ao chegar na ala reservada aos karts, o "guardião" Paulo Trevisan comentou que de todos os karts que haviam no acervo, apenas um ele não tinha informações sobre a origem e construção. Eis que o Clóvis informa de forma inesperada que aquele chassis havia sido construído por ele...
 

Para cada lado que se olhava, uma história aparecia. Gastei um bom tempo observando as datas dos troféus e placas. Uma miniatura de uma casa, que num primeiro olhar parecia um belo enfeite de Natal, quase passou despercebida. Quando me dei conta, estava frente à recordação ganha no Campeonato Mundial de Kart de 1968, na cidade suíça de Vevey. A princípio nada de mais, porém, poucos sabem ou lembram de que Clóvis realizou um grande feito, sendo o primeiro piloto brasileiro a participar de um Mundial de kart.
 

Bem próximo dali estava um belo troféu que já havia visto em uma fotografia, quando da entrega do troféu de Campeão da temporada 1975 da Fórmula Ford. Mais ao lado, outro maior ainda, ganho com a conquista das 25 Horas de Interlagos ao lado dos irmãos Bird e Nilson Clemente.
 

 
Procurei algo que ilustrasse o ano de 1982 e a temporada como preparador dos irmãos Pegoraro na Hot Car, daqueles inesquecíveis Passats 37 e 38 e encontrei uma placa entregue pela Cautol em reconhecimento pelo trabalho prestado. "Bocão" foi o campeão com o #38 e Sérgio com o #37 foi o vice, determinando o domínio absoluto dos carros de Clóvis. Há também imagens dos carros da Jardim Itália, equipe Gedore, equipe Grendene de Fórmula 2.... soube até - pelo filho Rogério - de que quando Christian Fittipaldi competiu na Fórmula Ford, entre 1987 e 1988, Clóvis foi contratado para cuidar do motor.
 

É impossível registrar tudo o que vimos na noite desta quinta em apenas um post. O tempo que passamos lá foi pouco perto do necessário para apreciar tudo. Como se já não bastasse o encanto do local, a festiva de encerramento deste ano contou com boa parte dos efetivos, bem como alguns amigos da Confraria, num total de cerca de 60 convidados. Além do ótimo papo, num local mais do que apropriado para tal, a gastronomia deu o toque que faltava para fazer daquela, mais uma noite inesquecível.
 
 

 Obrigado, "Mandrake"!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

12 Horas 2013 - Impressões

E lá se foi mais uma 12 Horas. A 33ª disputada em Tarumã. Acho que foi a 22ª que assisti. Mais ou menos isso. Desde a primeira, em 1988, depois falhei um ano, depois voltamos, no Tala, debaixo de muita chuva, depois Guaporé, aí meu tio começou a correr com o Chevette dele, depois o Uno.... falhei mais uns e, olha, já faz tempo que não perco uma.

Cheguei no autódromo no fim da tarde de sábado, quando a segunda bateria da Classic estava começando. Tive a chance de ver novamente na pista o meu grande amigo Roberto Lacombe no seu Passat #33, mesmo número daquele Speed que deu aquele inesquecível capotão na saída da 3, em 1990 (Vi tudo e me lembro como se fosse hoje). Vi carros de fora do estado, de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Legal a integração. A etapa preliminar das 12 Horas sempre tem cara de festa, mesmo com as pancadas que aconteceram. Quem levou a melhor nas duas baterias foi o Fusca #13 do meu amigo José Sala, seguido pelo Escort #32 do Luciano Marx, carro e piloto que fazem parte da história das 12 Horas, pois venceram em 1997, contando ainda com a pilotagem de Vitor Hugo Castro, Luiz Carlos e Rodrigo Ribas.
 

 
 Algumas coisas me chamaram a atenção logo na chegada ao autódromo. Primeiro foi a grande quantidade de barracas, tendas e trailers que tomavam boa parte dos espaços junto à tela, desde a área entre curva 3 e descida do Tala Larga, passando por todo o Tala até a área do paintball. Mais tarde, no meio da noite, vi alguns acampamentos montados até na curva 2. Fazia tempo que não via o Tarumã assim. Perguntei ao Márcio Pimentel - administrador do autódromo - e ele me informou que tivemos cerca de 6000 pessoas assistindo a prova. Parecia mais, bem mais. Outro ponto a destacar foi o pedido da administração do autódromo para que o som automotivo não fosse utilizado, ou pelo menos que houvesse moderação. O "Perna" fez alguns apelos pelo microfone e, ao menos por onde andei, era possível ouvi-lo nos autofalantes.
 

Fui aos boxes dar uma conferida nas baratas e essa foi a parte mais legal do final de semana. O reencontro com os amigos fez com que as horas que antecederam a largada passassem muito rápido, afinal tudo o que é bom, dura pouco. Dei uma passada na torre para dar um alô ao querido "Perna" e olhando a lista de inscritos junto com o "Ratão", sentimos a falta de um piloto em especial: Paulo Hoerlle. Se não nos enganamos, Paulo tinha sido o único piloto a competir em todas as edições da prova em Tarumã. Aquela seria a primeira ausência dele, que ainda está na ativa, é bom registrar. O "Perna" imediatamente abriu o microfone e soltou essa informação. Menos de um minuto depois o Luciano Mottin foi até lá e surpreendeu a todos informando que estava acabando de inscrever o Paulo no MCR #46 e que estava ligando para ele naquele exato momento. Grande gesto do "Mosca", porém em razão dos problemas com o carro, não creio que o Paulo tenha chegado a acelerar, mas valeu a intenção.
 
Pois bem, papo vem, papo vai, dei uma rápida passada no grid e fui em direção à reta, quase curva 1 para assistir a largada. Peguei meu carro e por pouco não perco a mesma, já que quase não havia espaço para estacionar. A reta também estava com um público muito bom. Dos 32 carros inscritos, 30 participaram da largada que foi feita com safety car, logo após o tradicional show de fogos da curva 1. O MRX #28 de Juliano Moro disparou na ponta num ritmo quase que de classificação. Com menos de três voltas ele já começava a colocar volta sobre os últimos colocados.

 


As baixas começaram a partir da quarta volta e o primeiro da lista foi o MRX fechado #4. Pouco depois, com 47 voltas era a vez de Moro abandonar. O belo Subaru #82 também não durou muito mais do que 60 voltas e outro forte candidato a ser o "Fita Azul", o MC Tubarão, abandonou a prova com 102 voltas. O MCR #46 chegou a liderar após o abandono do MRX #28 e bem que tentou improvisar uma solução para o problema de superaquecimento, mas também não resistiu, bem como o sempre competitivo Spyder dos Stédile que também ficou pelo caminho.
 
A partir dos abandonos, dois carros despontaram na prova, os MRX #10 e #12, disputa que concentrou as atenções de todos a partir das 4:00. A diferença entre eles nunca passou de quatro voltas, sendo que na maioria das parciais divulgadas, era inferior a uma volta, com leve vantagem para o #12. A equipe vencedora do ano passado chegou a ocupar a primeira posição no meio da manhã, mas ao final quem levou a melhor foi mesmo o trio do #12, Luciano Cardoso, o experiente paulista Jindra Kraucher - seu parceiro de pilotagem no Gaúcho e Brasileiro de Endurance - e ainda o também paulista Aldo Piedade Jr, que se juntou ao time chefiado pelo competente José Laênio Cardoso.
 

 
Na classe Turismo, a vitória ficou com a Maserati #18 do quinteto Fernando Poeta, Guilherme Daudt, Paulo Rutzen, Vilson Junior e Jeferson Puhl, carro que repetiu a conquista do ano passado.
 

 
Foi a primeira participação da equipe de "Zé Laênio" com um protótipo nas 12 Horas, já que sempre competiam com carros da classe Turismo, porém a conquista não foi por acaso. A equipe adquiriu um carro muito competitivo, se estruturou muito bem e conquistou o título Gaúcho e Brasileiro de Endurance. As 12 Horas vieram para consagrar o belo trabalho feito pela equipe. Parabéns aos campeões!
 
Assim que possível publicarei o resultado ilustrado da prova. Aguardem.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Antônio Pegoraro


Faleceu ontem, aquele que foi o principal líder da construção do Autódromo de Tarumã: Antônio Pegoraro.

Já escrevi algumas passagens da trajetória dele nas pistas, mas sem dúvida, sua maior marca foi mesmo ter colocado todo o seu esforço e entusiasmo para tirar o seu grandioso sonho do papel, que mudaria para sempre a história do automobilismo gaúcho.

Lembro que quando preparei o vídeo em homenagem aos 40 anos do autódromo, em 2010, a imagem acima foi a selecionada para ser a primeira, a foto do discurso de inauguração, que pode ser lido no livro Tarumã - Uma História de Velocidade. O vídeo está aqui.

Os funerais serão hoje, entre 8 e 14h, no Crematório São José, em Porto Alegre.

Aos familiares, especialmente aos filhos Cezar e Sérgio, que assim como o pai, deixaram seus nomes na história do automobilismo, os meus sentimentos.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Desafio da Semana

Quem? Onde? Quando? Essa imagem já passou por aqui tempos atrás, mas depois vocês entenderão por que estou repetindo...
 

Mãos à obra!

sábado, 7 de dezembro de 2013

É hoje!

E é hoje o dia mais aguardado por 10 entre 10 aficionados do automobilismo gaúcho. A tradicional prova 12 Horas de Tarumã tem largada a meia noite de hoje. A 33ª Edição da prova terá um grid com aproximadamente 36 carros. O pole position, repetindo a conquista do ano passado, foi o MRX #28 do trio Juliano Moro, Gustavo Martins e o catarinense Vicente Orige. Moro obteve o incrível tempo de 57s870 com a média de 189 km/h, um record para a prova.

Como em todos os anos, há um grupo de uns seis, sete carros bastante fortes e apostar em algum deles é mera especulação. Tudo pode acontecer em uma 12 Horas, como no ano passado em que a turma do Tubarão estava folgada na liderança, mas um problema no final acabou deixando escapar o tricampeonato.

Entre as novidades, todos os olhares estão sobre o belíssimo MRX #4 fechado de Cláudio Ricci e dos irmãos Roso. Marcou o 8º tempo com 1min03s248.


Como sempre, estarei lá para conferir e depois trazer o relato de como foi a prova. A programação começa às 18:00 com as provas da Copa Classic.

Vocês poderão acompanhar a prova através do Blog Pit Lane do Correio do Povo, que vai trazer todas as informações do que acontecerá no autódromo. A atualização pode ser visualizada logo abaixo.

A Cronomap fará a cronometragem e creio que será possível acompanhar as parciais de hora em hora.

Então vamos lá. Boa sorte a todos, fé em Deus e pé na tábua!

 

Fonte das imagens: arquivo Luiz Fernando Silva e arte Pedro Fetter


domingo, 1 de dezembro de 2013

sábado, 30 de novembro de 2013

II Grande Etapa do Campeonato Gaúcho de Kart, 1972

Quem mandou o último Desafio foi o meu amigo Henrique Mércio, o famoso "Caranguejo", lá de Bagé. A imagem mostrava o piloto Sidnei Ollé contornando a esquina da Marechal Floriano com a Hipólito Ribeiro, lá em Bagé, em 1972. O "Caranguejo" me disse que essa "pista" ficava a duas quadras de onde ele mora hoje. Ele chegou a assistir essa prova, mas não tem maiores informações sobre o tal piloto. Só lembra que era dos bons.
 
Sidnei Ollé era da família de um grande piloto de Carreteras, o Nicanor Ollé, também de Bagé e que competia com a #18, a Gilda, o primeiro carro de corridas que o "Caranguejo" viu na vida, e que hoje repousa no Museu do Automobilismo Brasileiro do amigo Paulo Trevisan lá de Passo Fundo.
 
Não tenho nenhuma informação sobre os pilotos participantes ou o resultado daquela prova. Sei apenas que aquela foi a segunda prova realizada na cidade. Pude ver isto nas fotos do arquivo do Ibraim Gonçalves que reproduzo abaixo. A prova de 1971 foi no dia 15 de Agosto enquanto que a de 72 foi no dia 16 de Abril. As fotos são de bastidores e na última delas é possível ver o Ibraim abrindo uma cerveja Polar.
 
Bagé sempre foi uma referência do kartismo gaúcho, principalmente da zona sul do estado. O kartódromo da cidade foi inaugurado em 1983 e creio que ainda está em atividade.
 
E vocês, além do Ibraim, reconhecem alguém mais nas fotos?
 


 
 
 
Fonte das imagens: arquivo Henrique Mércio e Ibraim Gonçalves.

domingo, 24 de novembro de 2013

Desafio da Semana

Esse é bem difícil. Mesmo assim, será que conseguem identificar ao menos o local?
 

Mãos à obra!

sábado, 23 de novembro de 2013

Classe D

O registro do último Desafio veio de um acervo para lá de precioso. Graças ao amigo Bernardo Bercht, que conduz com competência e entusiasmo o blog PitLane e publica artigos de automobilismo no jornal Correio do Povo, ele conseguiu acesso ao acervo histórico do jornal. Foi de lá que veio a relíquia que ilustrava a prova da Classe D da programação de inauguração do Autódromo de Tarumã, no dia 8 de Novembro de 1970.

Na imagem era possível visualizar os 11 carros que participaram da prova, todos Opalas, e identificar alguns como o #84 de Pedro Victor de Lamare, o #51 de Carlos Sgarbi, o #45 de Altair Barranco, o #82 de Ismael Chaves Barcellos, o #22 de Pedro Carneiro Pereira e o #71 de Moacir Rosemberg.

Pedro Victor De Lamare venceu a prova de forma fácil, sem ser ameaçado pelos demais concorrentes. Já o segundo posto foi bastante disputado entre o paulista Carlos Sgarbi e o paranaense Altair Barranco, com vantagem ao final para o primeiro.

Apesar de fechar apenas em terceiro, Barranco fez uma excelente prova, pois saindo de sexto, conseguiu a ultrapassagem sobre três pilotos gaúchos: Walter Dal Zotto, Pedro Pereira e Ismael Chaves Barcellos.

Resultado final

1º #84 Pedro Victor De Lamare - São Paulo
2º #51 Carlos Sgarbi - São Paulo
3º #45 Altair Barranco - Curitiba
4º #82 Ismael Chaves Barcellos - Porto Alegre
5º #22 Pedro Carneiro Pereira - Porto Alegre
6º #77 Walter Dal Zotto - Caxias do Sul
7º #83 Julio Schimke -Porto Alegre
8º #71 Moacir Rosemberg - Porto Alegre
9º #37 Vadis Antônio Grando - Vacaria

Abaixo alguns dos carros que disputaram a prova.
 
 
 
 

Fonte das imagens: revista Auto Esporte e arquivo Rogério Luz.

sábado, 16 de novembro de 2013

Cláudio bateu, mas chegou na frente.

O último Desafio foi quase que um enigma, pois além de um dos pilotos estar disfarçado com um capacete de outro, o ângulo encontrado pelo fotógrafo para registrar aquele click, deixava dúvidas em relação ao exato local da pista, mas a turma fez a lição de casa e matou a charada.
 
Bom, voltamos a Tarumã, 17 de Setembro de 1972. Segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Fórmula Ford. A tomada de tempo havia sido realizada três semanas antes, mas a corrida teve de ser adiada em função do mau tempo. Mau tempo que se fez presente naquele final de semana, mas não chegou a adiar novamente a disputa.
 
Cláudio Mueller fazia a primeira prova com seu novo chassi Bertete, construído pelo uruguaio Hugo Lorenzo Bertete Souza. Largando da pole position, acabou se enroscando ainda na primeira volta com Alfredo Oliveira, entortando uma roda, sendo ultrapassado por Clóvis de Moraes. Apesar do carro desalinhado, Mueller conseguiu superar Clóvis e vencer a primeira bateria, que teve ainda Cezar Pegoraro fechando em terceiro.
 
Pegoraro correu com o capacete de seu irmão Sérgio, por isso as dúvidas em relação ao Desafio. Ele informou que antes mesmo da largada o seu capacete já estava encharcado, por isso pegou emprestado o do seu irmão, que não correria naquela prova. A imagem do Desafio mostrava ele em disputa com Mueller, na entrada da curva do Tala Larga.
 
A segunda bateria viu uma má largada de Mueller que caíra para o sexto lugar. Mesmo assim, recuperou-se, posicionando-se em terceiro, atrás de Pedro Carneiro Pereira e Clóvis. A cinco voltas do fim, mais um acidente envolvendo o piloto do carro #11. Em um enrosco com Antônio Fornari, acabou rodando, mas conseguiu manter-se na pista. Três voltas depois conseguiu ultrapassar Clóvis, parecendo que terminaria na segunda posição, porém, Pedrinho acabou batendo no final, deixando o caminho livre para o corajoso Cláudio Mueller.
 
Após as duas baterias o resultado foi o seguinte:
 
1° - #11 - Cláudio Mueller - 40 voltas
2º -  #22 - Clóvis de Moraes - 40 voltas
3º - #10 - Cezar Pegoraro - 40 voltas
4º - #5 - Pedro Carneiro Pereira - 40 voltas
5º - #2 - Ênio Sandler - 38 voltas
 
Abaixo alguns registros daquela prova, mostrando na sequência: Muller em disputa com Sandler na curva 1, Antônio Fornari, Clóvis, Pedrinho e Sandler.
 
 

 
 


Fonte das imagens: revista Quatro Rodas e arquivo Antônio Fornari.

sábado, 9 de novembro de 2013

De volta à Rivera

O último Desafio foi mesmo proposital. A imagem dos Fuscas D3 naquela conhecida curva do autódromo Eduardo Cabrera, tinha o objetivo de divulgar a reinauguração do autódromo uruguaio que acontece nos dias de hoje e amanhã.
 
Rivera tem muito a ver com a história do automobilismo gaúcho. Foram inúmeras as passagens dos pilotos do estado por lá, sendo os anos 70 e 80 o período de maior intensidade das visitas.
 
Como já foi escrito aqui, Rivera chegou a sediar inclusive etapas do Campeonato Gaúcho de Viaturas Turismo.
 
O "Capo" Roberto Giordani me mandou uns dizeres sobre sua participação em provas naquela pista nos anos 70. Confiram:
 
"Tive duas corridas em Rivera com o DKW #88 em 1970 e com o  Corcel #30 em 1975 que reputo fantásticas, não somente pelos resultados, mas porque se enfrentava alguns concorrentes uruguaios em uma pista com um traçado diferente daqueles que já havíamos pilotado.
 
O autódromo ocupava a parte superior e um lado de um cerro, significando que havia uma configuração desde a linha de largada, com retas e curvas no nível plano superior, retas e curvas à descer, curvas e reta no plano inferior do cerro e finalmente, curva e reta à subir até a linha de chegada.
 
Em qualquer autódromo um bom propulsor é um bom argumento, porém em Rivera na época, um câmbio bem escalonado era tão importante quanto um propulsor. Em 1970 o DKW #88 com propulsor de 1.000 cc que havia ganho a categoria na Reinauguração da Estrada da Produção em 1969, com a excelente média de 141,7 Km/h e com câmbio escalonado, fez o terceiro tempo na geral ( P3) entre concorrentes bem qualificados, porque tinha conjunto.
 
Em 1975 já com Corcel, este binômio propulsor/câmbio ainda mais se acentuava sua importância pois já estávamos lidando com viaturas na categoria que já possuíam propulsores de 1,5 ou 1,6 litros beirando os 160 HP de potência. Foi uma corrida emocionante, pois enfrentamos o Ford Cortina inglês, predecessor dos Escort, em uma peleia que durou muitas voltas até que o Cortina já com fadiga nos freios foi parar dentro de um charco que havia ao final de uma reta à descer e curva de 90 graus à esquerda.
 
Este Cortina tem uma história interessante : este carro pertencia a um grupo de 03 Ford Cortina que em 1970 percorriam a América do Sul, em um Reid,  promovendo a Copa do Mundo de futebol no México: por uma pane séria, o carro foi deixado no Uruguai ( e creio que mais outro ), sendo  posteriormente resgatado e levado à pista.
 
A pista era curta ( 2 mil metros), estreita e de difícil ultrapassagem, o que não significa que era ruim, muito pelo contrário, era um desafio com peculiaridades que chamava a atenção e requeria muita concentração.
 
A largada não era difícil, mas uns 200 metros vinha a curva um a 90 graus a esquerda, onde o bandeirinha ficava no barranco à esquerda ao lado da pista a uns 8 ou 10 metro de altura do nível da pista : para vê-lo era preciso olhar para cima, desconcentrando a tomada da Um. Após uma pequena reta e uma bela curva a esquerda como se fosse um mini Laço de Tarumã, que seguia uma pequena reta e curva à direita como também se fosse um mini Tala, configurando com a curva anterior um grande S.
 
Daí para frente já à descer uma reta um pouco maior e uma freada forte, onde quem tinha coragem fazia a ultrapassagem do concorrente, e curva de 90 graus à esquerda.
 
Seguia uma pequena reta e curva à esquerda de 90 graus um pouco aberta e início da subida que levava a reta dos boxes e linha de chegada.
 
Quem tivesse câmbio certa podia despejar a “ cavalaria “ na subida e arriscar a ultrapassagem antes da curva um.
 
Havia somente uma curva importante à direita.
 
Um fato interessante aconteceu em 1970, quando na parte frontal à curva 1 haviam sido cortados eucaliptos, mas deixaram os troncoa com cerca de um metro de altura para posterior remoção: uma “fusquéta” se perdeu na freada da um, derrapou, capotou e simplesmente “aterrissou” sobre os tocos.....foi tão forte o impacto que a estrutura da plataforma cedeu, entortando, deixando o piloto preso no assento entre o teto e o piso...... chegou a ser hilariante ver o piloto naquela posição."
 
Bom, resta desejar vida longa a esse querido autódromo.
 
Selecionei alguns registros de Rivera para dividir com vocês.