Entra ano, sai ano e o Mestre Schutz continua afinado. A resposta desta vez era o piloto Antônio Francesco Ventre, de Novo Hamburgo, no Desafio que deu sequência aquele que teve o seu filho Gianfranco como tema.
Aquela imagem, trazida de um exemplar do jornal Esporte Motor, era rara. Antônio Ventre estava fora das competições desde 1972 e aquele momento o mostrava retornando em uma prova do gaúcho de Fórmula Ford em 1984 em Guaporé. Ventre escolhera um dos 50 chassis que a Ford havia encomendado à empresa Glaspac para renovar o grid do campeonato, composto ainda por boa parte dos antigos e ultrapassados Bino das primeiras temporadas, no início dos anos 70. Seu tradicional número 44 o acompanhou naquele retorno.
A participação de Ventre em 84 foi rápida e no ano seguinte, antes de pendurar definitivamente o capacete, fez também uma ou duas provas com Cláudio Ely em um Gol, na temporada de estreia do Campeonato Regional de Turismo. Ely manteria a parceria com os Ventre nas temporadas seguintes, desta vez com o mais velho dos filhos pilotos de Antônio, Gianfranco, conforme já comentamos na semana passada.
Poucos são os registros que encontrei de Antônio Ventre nas pistas. No acervo do guardião Paulo Trevisan, encontrei uma vitória dele na prova para Estreantes disputada em Passo Fundo em 1968. Outra vitória veio na prova Paulo Pimentel, no autódromo de Curitiba, em 1970. Ao que consta, no período entre 1968 e 1972 sempre guiou seu Simca Emi-Sul #44.
O legado de Antônio Ventre para o automobilismo foi enorme. Além de piloto, teve quatro filhos que seguiram seu caminho nas pistas. Gianfranco, Marcello, Antônio Filho e Enrico. Os dois primeiros já apareceram por aqui. Antônio Filho, mais conhecido como Francesco Ventre ainda está na ativa tendo inclusive conquistado um título na Copa Brasil de Kart no ano passado. Enrico, o mais jovem, teve uma passagem pelo kart nos anos 90. Assim que possível, trarei mais alguns registros da família para o acervo do blog. Por enquanto fiquem com os poucos que reuni, que mostram o Simca #44 (parcialmente encoberto pelo Opala #4) na prova inaugural de Guaporé, em 1969, o retorno em 84 e com os filhos Gianfranco e Marcello no final dos anos 80.
Fonte das imagens: acervo família Bresolin e jornal Esporte Motor.
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