A foto parece ser na saída do "Laço" em Tarumã. Confesso que qualquer foto do Pedrinho no Opala 22, me remete para o fatídico dia 21 de outubro de 1973. Infelizmente, eu, o Paulinho Shütz e mais um grupo de amigos, assistimos tudo, pois estávamos exatamente naquela posição, nas arquibancadas na reta dos boxes. Bem perto de nós, também estava a Regina, esposa do Pedrinho. Que dia horrível aquele, lembro que tinha que secar as lágrimas, todo o tempo, no retorno à Porto Alegre. Grande Pedrinho, mesmo fazendo 40 anos do seu desaparecimento, ainda ocupa um lugar de destaque nos nossos corações. Deixo também, a minha homenagem ao Ivan Iglesias. O automobilismo perdeu muito naquele dia.
É, Catô, nenhum de nós vai se esquecer do retorno a Porto Alegre. Acho que a foto é de alguns momentos antes do acidente. A prova é aquela mesmo. Se não me engano foi a única em que o 22 tinha esta pintura.
Catô ! Sabes quem estava com a Da. Regina naquele momento? A Da. Ilona...... Eu estava possivelmente na tua frente, em pé, sobre o murinho que tinha o antigo portão de acesso a pista e dali vimos tudo desde a saída da curva 9 até o acidente. Terrível.............. Confesso que nunca havia visto esta foto antes, que mostra uma posição inversa de como chegaram ao acidente. Se de fato é a Curva do Laço, o Ivan deve ter ultrapassado o Pedro antes da 9.
Me permitam discordar sobre o local, isso me parece a saída da 9, e a posição dos dois, pelo que lembro era essa, com o Iglésias pela esquerda na subida.
Exatamente Paulo, esta foi tirada momentos antes do acidente, na saída da curva nove - o Iglésias saiu mais rápido da 9, ultrapassou parcialmente o Pedrinho, foi prensado contra o muro, tirou para a direita e bateu no 22 - tanto é que parou bem na frente do carro do Pedrinho. Também estava postado no muro do box bem na frente do acidente. Sai de Tarumã, na época só tinha o caminho por Porto Alegre dizendo que nunca mais poria os pés no autódromo. Ver o Pedrinho tentando sair pelo vidro traseiro foi horrível.
Boa tarde a todos. Eu e o Mano estavamos la, na reta, junto a tia Regina, pois o pai estava correndo com JK, e pediu para que ela cuidasse de nos.Naquela epoca nao podiamos entrar nos boxes dia de corrida,pois nao tinhamos idade. Pelo que me lembro concordo com o Zuio, e tambem acredito que seja na subida da reta, antes do acidente. Uma pena. Abraço Guaracy Costa
Nós estávamos no Tala Larga, eu, Evaldo e as namoradas. Vimos a coluna de fumaça preta, subimos nas motos e fomos rápido até o retão, lado oposto aos boxes. Chegamos na cerca, os dois carros queimavam, lembro de uma roda totalmente vermelha pela temperatura. O Castrinho veio até nos, na cerca, disse que o Pedrinho ainda estava lá dentro e continuou correndo deseperado, de um lado para outro. Meu amigo, Evaldo Bernardes Pereira, quem haveria de dizer, morreria no sábado de Páscoa de 1974, vítima de acidente na curva 9, na quarta-feira anterior, em treino particular da equipe da Casa Torpedo, da qual eu participava. Evaldo tinha 20 anos. O evento teve pouca repercussão, é sempre esquecido quando são listados os acidentes fatais em Tarumã.
Olá amigos, Na foto extraordinária do acidente, estampada na capa da revista 4 Rodas, mostrava além de outras pessoas no combate às chamas, o João de Deus Selhane Costa (o João Selhane) que na época era funcionário de administração de Tarumã. Apavorado, ele não conseguiu extinguir as chamas, usando todos os extintores disponiveis. Ele me contou com muita emoção da sua impotência em assistir o Pedro chutar o vidro traseiro na tentativa de sair do carro. O João faleceu aos 58 anos, se juntou ao Pedro e Ivan. Triste relato. luiz borgmann
Parecia filme hollywoodiano, os carros vieram pelo retão no ar, girando, ficaram de rodas pra cima, os tanques cheios e a chama no do Ivan, que estava no centro da pista e um fio de gasolina com fogo chegou no do Pedro, ao mesmo tempo que (bem na nossa frente) via-se um extintor na mão tentando quebrar a lâmina na janela do piloto. ___ Em vão dado a fogueira que ninguém conseguiu se aproximar, pelo intenso calor, restou aguardar a queima total !___ Custei pra retornar ao autódromo !
Olá amigos, Para homenagear a memória de Pedro Carneiro Pereira, disponibilizo aos interessados a gravação dos 500Km de Porto Alegre, na sua 4ª edição, realizada em 27/10/1963, com narração de Pedro, na rádio Guaiba. É um extraordinário documento histórico, que me foi presenteado pelo piloto José Asmuz. Não há custo algum, basta solicitar para o email luizborgmann@gmail.com Um abraço luiz borgmann
Prezados amigos de BLOG. Relembrar o dia 21.10.1973 é apenas externar o que nunca caiu no esquecimento. O automobilismo brasileiro vivia um "avant premier", uma escalada de popularidade excepcional e o RS despontava como ícone naquele cenário todo. Mas o dia 21.10 foi impactante. A euforia de toda aquele fase foi brutalmente agredida pelo destino. Eu também estava junto ao muro dos BOX bem ali, na reta. Aos 17 anos eu, um jovem entusiasta, estava com o Seu Claude (CIRAUTO)em seu box ajudando e tudo pela festa. Do que escreve o Paulo Schütz concordo, acho que era a 1º vez que ele contava com aquela pintura na "DIV3". Porém a foto é da primeira passagem pela reta, quando os tres carros, o Pedro, Ivam, e Tedesco passaram babando em perseguição do Dado Andrade que passava em 1º andando forte. Reparem na foto que o muro do box já terminava naquele ponto. Na saída da 9 não tinha aquele muro e nem tampouco aquele povo todo se acotuvelando pra ver os carros. Aquela cerquinha de tela é indisfarçável e dali se acessava a saida dos BOX. Ali se aproximavam da "UM". O acidente se daria na próxima volta, quando o Dado Andrade (CIRAUTO)já se distanciava na ponta, e o Tedesco assumia a 2º posição se "livrando" do Ivan e Pedro que brigavam pela 3º posição. E de fato o Ivan vinha pela esquerda o Pedro com meio carro a frente, quando a dianteira esquerda do Pedro encostou levemente na trazeira direita do Ivan fazendo com que o Ivan desse uma leve entortada "empurrando" os dois carros ao barranco que tinha ao lado da pista. E o resto é o que se tem. O Pedro não precisou chutar o vidro trazeiro para tentar sair, pois com a capota dobrada para o lado do carona em razão do "Sto Antonio' que segurou a parte do piloto, o vidro já tinha se esfacelado. E o Pedro tentava sair de cabeça, vi o capacete dele com fogo ainda se mexendo já com fogo. Lembro do fino fio de gasolina a que refere o giljacobus, e correndo do carro do Ivan em direção ao carro do Pedro. Todos olhavam aquilo estarrecidos e com um sentimento de impotencia absoluta. Enfim, detalhes são meros detalhes quando uma realidade não pode ser modificada. Eu vi tudo assim, pelo menos é o que me lembro depois de 40 anos. Abraços
13 comentários:
A foto parece ser na saída do "Laço" em Tarumã. Confesso que qualquer foto do Pedrinho no Opala 22, me remete para o fatídico dia 21 de outubro de 1973. Infelizmente, eu, o Paulinho Shütz e mais um grupo de amigos, assistimos tudo, pois estávamos exatamente naquela posição, nas arquibancadas na reta dos boxes. Bem perto de nós, também estava a Regina, esposa do Pedrinho.
Que dia horrível aquele, lembro que tinha que secar as lágrimas, todo o tempo, no retorno à Porto Alegre.
Grande Pedrinho, mesmo fazendo 40 anos do seu desaparecimento, ainda ocupa um lugar de destaque nos nossos corações.
Deixo também, a minha homenagem ao Ivan Iglesias.
O automobilismo perdeu muito naquele dia.
Catô.
É, Catô, nenhum de nós vai se esquecer do retorno a Porto Alegre. Acho que a foto é de alguns momentos antes do acidente. A prova é aquela mesmo. Se não me engano foi a única em que o 22 tinha esta pintura.
Catô ! Sabes quem estava com a Da. Regina naquele momento? A Da. Ilona......
Eu estava possivelmente na tua frente, em pé, sobre o murinho que tinha o antigo portão de acesso a pista e dali vimos tudo desde a saída da curva 9 até o acidente.
Terrível..............
Confesso que nunca havia visto esta foto antes, que mostra uma posição inversa de como chegaram ao acidente. Se de fato é a Curva do Laço, o Ivan deve ter ultrapassado o Pedro antes da 9.
Me permitam discordar sobre o local, isso me parece a saída da 9, e a posição dos dois, pelo que lembro era essa, com o Iglésias pela esquerda na subida.
Exatamente Paulo, esta foi tirada momentos antes do acidente, na saída da curva nove - o Iglésias saiu mais rápido da 9, ultrapassou parcialmente o Pedrinho, foi prensado contra o muro, tirou para a direita e bateu no 22 - tanto é que parou bem na frente do carro do Pedrinho. Também estava postado no muro do box bem na frente do acidente. Sai de Tarumã, na época só tinha o caminho por Porto Alegre
dizendo que nunca mais poria os pés no autódromo. Ver o Pedrinho tentando sair pelo vidro traseiro
foi horrível.
Boa tarde a todos. Eu e o Mano estavamos la, na reta, junto a tia Regina, pois o pai estava correndo com JK, e pediu para que ela cuidasse de nos.Naquela epoca nao podiamos entrar nos boxes dia de corrida,pois nao tinhamos idade. Pelo que me lembro concordo com o Zuio, e tambem acredito que seja na subida da reta, antes do acidente. Uma pena. Abraço
Guaracy Costa
Nós estávamos no Tala Larga, eu, Evaldo e as namoradas. Vimos a coluna de fumaça preta, subimos nas motos e fomos rápido até o retão, lado oposto aos boxes. Chegamos na cerca, os dois carros queimavam, lembro de uma roda totalmente vermelha pela temperatura. O Castrinho veio até nos, na cerca, disse que o Pedrinho ainda estava lá dentro e continuou correndo deseperado, de um lado para outro. Meu amigo, Evaldo Bernardes Pereira, quem haveria de dizer, morreria no sábado de Páscoa de 1974, vítima de acidente na curva 9, na quarta-feira anterior, em treino particular da equipe da Casa Torpedo, da qual eu participava. Evaldo tinha 20 anos. O evento teve pouca repercussão, é sempre esquecido quando são listados os acidentes fatais em Tarumã.
Olá amigos,
Na foto extraordinária do acidente, estampada na capa da revista 4 Rodas, mostrava além de outras pessoas no combate às chamas, o João de Deus Selhane Costa (o João Selhane) que na época era funcionário de administração de Tarumã. Apavorado, ele não conseguiu extinguir as chamas, usando todos os extintores disponiveis. Ele me contou com muita emoção da sua impotência em assistir o Pedro chutar o vidro traseiro na tentativa de sair do carro. O João faleceu aos 58 anos, se juntou ao Pedro e Ivan. Triste relato.
luiz borgmann
Parecia filme hollywoodiano, os carros vieram pelo retão no ar, girando, ficaram de rodas pra cima, os tanques cheios e a chama no do Ivan, que estava no centro da pista e um fio de gasolina com fogo chegou no do Pedro, ao mesmo tempo que (bem na nossa frente) via-se um extintor na mão tentando quebrar a lâmina na janela do piloto. ___ Em vão dado a fogueira que ninguém conseguiu se aproximar, pelo intenso calor, restou aguardar a queima total !___ Custei pra retornar ao autódromo !
Olá amigos,
Para homenagear a memória de Pedro Carneiro Pereira, disponibilizo aos interessados a gravação dos 500Km de Porto Alegre, na sua 4ª edição, realizada em 27/10/1963, com narração de Pedro, na rádio Guaiba. É um extraordinário documento histórico, que me foi presenteado pelo piloto José Asmuz. Não há custo algum, basta solicitar para o email luizborgmann@gmail.com
Um abraço
luiz borgmann
Prezados amigos de BLOG.
Relembrar o dia 21.10.1973
é apenas externar o que nunca caiu no esquecimento.
O automobilismo brasileiro vivia um
"avant premier", uma escalada de popularidade excepcional e o RS despontava como ícone naquele cenário todo.
Mas o dia 21.10 foi impactante.
A euforia de toda aquele fase foi brutalmente agredida pelo destino.
Eu também estava junto ao muro dos BOX bem ali, na reta.
Aos 17 anos eu, um jovem entusiasta, estava com o Seu Claude (CIRAUTO)em seu box ajudando e tudo pela festa.
Do que escreve o Paulo Schütz concordo, acho que era a 1º vez que ele contava com aquela pintura na "DIV3".
Porém a foto é da primeira passagem pela reta, quando os tres carros, o Pedro, Ivam, e Tedesco passaram babando em perseguição do Dado Andrade que passava em 1º andando forte.
Reparem na foto que o muro do box já terminava naquele ponto. Na saída da 9 não tinha aquele muro e nem tampouco aquele povo todo se acotuvelando pra ver os carros. Aquela cerquinha de tela é indisfarçável e dali se acessava a saida dos BOX.
Ali se aproximavam da "UM".
O acidente se daria na próxima volta, quando o Dado Andrade (CIRAUTO)já se distanciava na ponta, e o Tedesco assumia a 2º posição se "livrando" do Ivan e Pedro que brigavam pela 3º posição.
E de fato o Ivan vinha pela esquerda o Pedro com meio carro a frente, quando a dianteira esquerda do Pedro encostou levemente na trazeira direita do Ivan
fazendo com que o Ivan desse uma leve entortada "empurrando" os dois carros ao barranco que tinha ao lado da pista.
E o resto é o que se tem.
O Pedro não precisou chutar o vidro trazeiro para tentar sair, pois com a capota dobrada para o lado do carona em razão do "Sto Antonio' que segurou a parte do piloto, o vidro já tinha se esfacelado. E o Pedro tentava sair de cabeça, vi o capacete dele com fogo ainda se mexendo já com fogo.
Lembro do fino fio de gasolina a que refere o giljacobus, e correndo do carro do Ivan em direção ao carro do Pedro. Todos olhavam aquilo estarrecidos e com um sentimento de impotencia absoluta.
Enfim, detalhes são meros detalhes quando uma realidade não pode ser modificada.
Eu vi tudo assim, pelo menos é o que me lembro depois de 40 anos.
Abraços
O comentário retro se refere ao as fotos "21 de outubro".
Peço escusas aos amigos....
Olá Senhores!
Uma pergunta:
O Ivan teve morte instantânea ou estava desacordado, pois somente o Pedro tentou sair do carro.
Mauro Santana
Curitiba-PR
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