O ano de 1984 começaria com uma corrida marcante na carreira de Victor Steyer. A história dessa corrida, a temporada do Brasileiro de Marcas daquele ano e a participação dentro e fora das pistas de um dos melhores campeonatos de turismo que o Rio Grande do Sul já viu, vocês saberão agora. Acelera, Victor!
"Em 1984 comecei bem o ano, vencendo a prova preliminar da Fórmula 1 com um Escort XR3 preto com patrocínio da John Player Special, aliás todos os carros eram rigorosamente iguais. Foram 20 pilotos brasileiros escolhidos pela Ford. Foi muito legal participar de uma prova com todo o público da Fórmula 1 já no autódromo!!! A prova em sí não teve nada de especial, mas a vitória com um público presente de 50.000 pessoas me emocionou!!! Inesquecível descer aquele antigo retão do autódromo do Rio de Janeiro sentindo a energia daquela multidão sentada nas arquibancadas. Lembro que pensava o tempo todo: não posso errar...não posso errar...não posso errar...hehe. O belo troféu está na casa da minha mãe, bem cuidado!!!
A vitória me ajudou muito em minhas relações com a equipe oficial da Ford e a partir dalí o Cláudio Mueller já estava escalado para andar no Escort 84 comigo no Brasileiro de Marcas. O outro carro da Ford era pilotado por Tucano Barchi (ex-piloto de motociclismo) e Valdir Florenzo no carro numero 86.
Enfrentamos um ano difícil e com o maior número de pilotos já inscritos em um campeonato de marcas!!! Entre eles ex-pilotos de F1 como Emerson Fittipaldi, Wilson Fittipaldi, Ingo Hoffmann, Chico Serra, Alex Dias Ribeiro e Luiz Pereira Bueno. Outros famosos que participaram: Paulo Gomes, Francisco Lameirão, Jan Balder, Aloysio Andrade Filho, Lian Duarte, Irmãos Giaffone, Antonio Lucio Da Matta, Luiz Otavio Paternostro, Attila Sipos, Alencar Junior, Xandy Negrão, além dos famosos gaúchos: Leonel Friedrich, Anor Friedrich, Cezar Pegoraro, Renato Conil, Janjão Freire, Cristina Rosito, Pedro Grendene, etc. Em uma etapa de Interlagos alinharam 73 carros no grid...por aí dá para ter uma ideia do que era o Campeonato Brasileiro de Marcas de 1984!!! Foi uma batalha do início ao fim!!! Guerra declarada entre as fábricas!!! Ford, Volkswagem, General Motors e Fiat.
No final do ano ficamos em sexto lugar no campeonato, com a melhor colocação sendo um segundo lugar em Goiânia.
Em 1985 a Ford entregou ao Sr. Luiz Antonio Greco toda a equipe Motorsport e os pilotos Cláudio Mueller e Victor Steyer foram substituídos por Fabinho Greco e Lian Duarte, respectivamente filho e grande amigo do Greco. Terminava alí o grande feito dos gaúchos serem pilotos oficiais da montadora Ford. Naquele ano ainda participei de duas provas do Brasileiro de Marcas, uma em Goiânia em dupla com Renato Conill (chegamos em quarto lugar) e outra prova com um Gol de São Paulo, aquele vermelho do Sérgio Louzão na prova de Tarumã.
De volta à Porto Alegre, já que morei dois anos em São Paulo, iniciei juntamente com Beto Ody um campeonato de marcas chamado Regional de Turismo. Para agilizar o regulamento, copiamos o regulamento técnico do Brasileiro de Marcas de 1983 com pequenos ajustes e adaptações. O Beto ainda estava em fase de adaptação em corridas e eu fui contratado por ele para fazer dupla no Escort 27 patrocinado pela FILA e buscar posições na linha de frente. Foi um bom ano!!! Beto, além de meu patrão na Cia de Exportação, que ele comandava, me ajudava muito financeiramente nas corridas. Ao final do campeonato, se bem me lembro, ficamos em terceiro lugar."
As imagens abaixo mostram algumas passagens da carreira de Victor Steyer entre 1984 e 85, começando pela inesquecível prova preliminar da Fórmula 1, em Jacarepaguá. Caso alguém não lembre, foi naquele dia (25 de Março) que Ayrton Senna fez sua estreia na Fórmula 1. Na sequência, aparece o Escort #84 com o qual ele e Cláudio Mueller disputaram o Brasileiro de Marcas daquele ano. Mais abaixo um registro dos pilotos que participaram da primeira prova do Regional de Turismo, onde Victor competiu com o Escort #27 ao lado de Beto Ody. Por fim os carros do Brasileiro de Marcas de 85.
Fonte das imagens: arquivo Victor Steyer - fotos Vilsom Barbosa, Cláudio Mueller, revista Auto Esporte, jornal Esporte Motor e arquivo pessoal.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Flauta adiada
Como informado na última sexta, o sábado reservava um encontro épico entre a turma dos Jurássicos, num lugar e com uma programação mais do que apropriados para tal: no Velopark, com direito a uma andada nos Veloce, a exemplo do que aconteceu em Dezembro último.
A principal diferença em relação a Dezembro era a participação de boa parte do grupo, já que naquela oportunidade eram pouco mais de 10 os presentes.
Lá estiveram quase todos, como suas famílias, num clima muito bacana. Os dias que antecederam o encontro foram da mais pura tensão com todos os ansiosos pilotos contando as horas para se reencontrarem na pista. Denúncias de treinos secretos eram pratos cheios para a flauta pré-evento. Seria uma brincadeira, uma confraternização, mas o espirito competitivo daqueles grandes pilotos indicava que seria um sábado inesquecível. Haveria duas baterias, uma para os "tartarugas", onde este que vos escreve estava inscrito, e outra para os "botas", ambas sem disputa direta, o que contaria era o tempo de volta.
Tudo estava ótimo, todos chegaram no horário previsto, até o Jan Balder apareceu, os Veloce estavam prontos, o papo de box super animado, mas... pois é, mas São Pedro não quiz que aquele dia fosse perfeito.
Havia chovido torrencialmente na noite de sexta. O sábado amanhecera com tempo bem fechado, mas sem chuvas. Estaria a pista em condições de andar com os Veloce? Depois de alguns minutos resolveu-se fazer algumas voltas de reconhecimento com os carros de rua.
;
O reconhecimento não foi nada animador. As retas estavam praticamente secas, mas as aproximações das curvas não. Tentou-se fazer várias passagens procurando por um trilho seco, sem sucesso. Todos aos boxes. Conversas e mais conversas e a expectativa só aumentando. Parecia o GP do Canadá deste ano. Foi aí que decidiu-se por colocar um Veloce na pista para um teste. O Victor Steyer foi escalado para tirar a prova dos nove. E lá foi ele. Todos atentos, de olho no comportamento do carrinho, mas... pois é, não parecia que seria desta vez. O Steyer até disse que andando sozinho talvez seria possível, mas vocês acham que aqueles feras iriam se contentar em andar longe um dos outros? Nem eu...
Foi aí que o Giordani teve de passar a decisão ao grande grupo. A andada teria de ser adiada. Parecia um bando de crianças sem recreio. Só nos restava buscar um conforto saboreando um bom churrasco.
A frustração foi substituída por momentos de grande alegria durante o almoço. Lá decidiu-se transferir a andada para Agosto. Assim, os Veloce permaneceram nos boxes e a flauta que certamente iria rolar depois da andada, especialmente quando tem-se no grupo o sempre inspirado Fernando Esbroglio, teve de ser adiada.
Confiram mais histórias do sábado lá no blog dos Jurássicos.
Fonte das imagens: blog Pilotos Jurássicos Gaúchos e arquivo pessoal.
A principal diferença em relação a Dezembro era a participação de boa parte do grupo, já que naquela oportunidade eram pouco mais de 10 os presentes.
Lá estiveram quase todos, como suas famílias, num clima muito bacana. Os dias que antecederam o encontro foram da mais pura tensão com todos os ansiosos pilotos contando as horas para se reencontrarem na pista. Denúncias de treinos secretos eram pratos cheios para a flauta pré-evento. Seria uma brincadeira, uma confraternização, mas o espirito competitivo daqueles grandes pilotos indicava que seria um sábado inesquecível. Haveria duas baterias, uma para os "tartarugas", onde este que vos escreve estava inscrito, e outra para os "botas", ambas sem disputa direta, o que contaria era o tempo de volta.
Tudo estava ótimo, todos chegaram no horário previsto, até o Jan Balder apareceu, os Veloce estavam prontos, o papo de box super animado, mas... pois é, mas São Pedro não quiz que aquele dia fosse perfeito.
Havia chovido torrencialmente na noite de sexta. O sábado amanhecera com tempo bem fechado, mas sem chuvas. Estaria a pista em condições de andar com os Veloce? Depois de alguns minutos resolveu-se fazer algumas voltas de reconhecimento com os carros de rua.
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O reconhecimento não foi nada animador. As retas estavam praticamente secas, mas as aproximações das curvas não. Tentou-se fazer várias passagens procurando por um trilho seco, sem sucesso. Todos aos boxes. Conversas e mais conversas e a expectativa só aumentando. Parecia o GP do Canadá deste ano. Foi aí que decidiu-se por colocar um Veloce na pista para um teste. O Victor Steyer foi escalado para tirar a prova dos nove. E lá foi ele. Todos atentos, de olho no comportamento do carrinho, mas... pois é, não parecia que seria desta vez. O Steyer até disse que andando sozinho talvez seria possível, mas vocês acham que aqueles feras iriam se contentar em andar longe um dos outros? Nem eu...
Foi aí que o Giordani teve de passar a decisão ao grande grupo. A andada teria de ser adiada. Parecia um bando de crianças sem recreio. Só nos restava buscar um conforto saboreando um bom churrasco.
A frustração foi substituída por momentos de grande alegria durante o almoço. Lá decidiu-se transferir a andada para Agosto. Assim, os Veloce permaneceram nos boxes e a flauta que certamente iria rolar depois da andada, especialmente quando tem-se no grupo o sempre inspirado Fernando Esbroglio, teve de ser adiada.
Confiram mais histórias do sábado lá no blog dos Jurássicos.
Fonte das imagens: blog Pilotos Jurássicos Gaúchos e arquivo pessoal.
Coisas de corrida
Continuando com a trajetória do Victor Steyer nas pistas, hoje voltamos a 1982, ano em que ele voltou às competições atráves do Campeonato Brasileiro de Corcel II, que era patrocinado pela Philco. Relatos bacanas sobre a aquisição do carro, o desenvolvimento dele durante o Brasileiro de Marcas do ano seguinte até a devolução do mesmo ao proprietário. Imperdível.
"Iniciei o ano procurando um carro Corcel II para participar do Campeonato Brasileiro. Já tinha o patrocínio garantido do Tênis Campeão Strassburger e da Transbrasil, todos conseguidos e repassados para mim pelo Antônio Gilberto Ody (que foi meu parceiro no Escort do Regional de Turismo em 1985).
Fiquei sabendo que o piloto Ervino Einsfeld havia adquirido um Corcel II novo, direto da fábrica, mas ele não estava a fim de encarar o Campeonato Brasileiro. Fui conversar com ele e fiz a seguinte proposta: dividiria com ele todos os prêmios que iria receber durante o ano de 82 e garantiria a devolução do carro ao final do ano com possibilidades de renovar para 83. Ele aceitou e nunca se arrependeu! Ganhou vários televisores Philco, rádio toca fitas Philco e sempre a metade do dinheiro dos prêmios de colocação do carro.
Foi um ano bom e que terminou com um Vice Campeonato!!! Teria sido campeão se na etapa de Guaporé não tivesse caído a tampa do respiro de óleo da caixa e acabando por engripar o câmbio. Quando aconteceu o fato eu estava na segunda colocação, exatamente os pontos que me fizeram falta no encerramento do ano ficando assim com o Vice. O Campeão foi o Olício dos Santos.
A Ford do Brasil nos apoiou e nos inscreveram no Brasileiro de Marcas de 83 com o carro que utilizei em 82 e com a promessa de no meio da temporada nos entregarem um Ford Escort novinho para seguirmos competindo pela marca. O aluguel com o Ervino já estava renovado, é claro. Eu e o Olício tínhamos o patrocínio da Fila e da revenda Ford Aeroporto de São Paulo, além de muito apoio em peças da Ford. Iniciamos com dificuldades frente aos carros menores e mais ágeis da Fiat e Volkswagem, mas mesmo assim lideramos durante 10 horas a prova 12 Horas de Goiânia!!! Só não ganhamos a prova por total ineficiência dos freios. Chegou a fundir as pinças no atrito com o disco, já sem pastilhas, que terminavam em pouco tempo. O Corcel andava muito bem, graças ao motor que o Horst Dierks preparava, mas perdia muito em curvas de alta e nas retomadas, mas naquela prova em especial ele andou muito!!! Consegui durante a madrugada inteira manter o Corcelzão na frente do Fiat do Nene Fornari. Mantivemos um duelo das 4 horas da manhã até às 6 e eles somente nos passaram quando já era dia claro e nossos problemas de freio começavam a nos torturar. No final andávamos praticamente sem freios, só ferro com ferro e aí começamos a cair nas colocações. Foi a partir daquela prova que a Ford tomou a iniciativa de equipar todos os carros Corcel, Belina, Del Rey e Pampa com freios ventilados, ou seja, o disco passou a ser mais largo e ventilado. Aprendizado das pistas para o usuário final...
Com o lançamento do Escort no meio do ano de 83, devolvemos o Corcel II para o Ervino Einsfeld revisado, polido e andando uma barbaridade!!! Não demorou dois meses e o Ervino vendeu o Corcel para um fanático de Caxias do Sul que montou o carro para andar na rua...hehehe. Aposentadoria feliz para o vitorioso Corcel!!!
Recebemos um Ford Escort novo em folha da Ford para adaptar para as corridas do Brasileiro de Marcas. O carro veio para Porto Alegre e com várias pessoas trabalhando nele, ficou pronto para participar das provas!!! O Horst continuou preparando os motores.
O Ford Escort preto #1 foi pole position em Tarumã naquele mesmo ano. Ainda em 83 a fábrica me convidou para ser piloto oficial da Ford já visando o Campeonato Brasileiro de Marcas de 1984. Foi neste período que convidei o Cláudio Mueller para ser meu parceiro na última prova do campeonato na pista de Interlagos, já com o carro oficial da Ford (um Escort azul e branco patrocinado pela Ford Motorsport, Motorcraft e Philco). Lideramos 70% desta prova e o terceiro piloto, Valdir Florenzo, bateu na curva 1 de Interlagos acabando com nossa festa!!! Coisas de corrida..."
Abaixo uma sequência de imagens mostrando o Corcel do Steyer durante provas de Interlagos e Tarumã do Torneio Corcel e depois o mesmo carro nas 12 Horas de Goiânia, já no Brasileiro de Marcas. Mais abaixo o Escort #1 com o qual Steyer fez a pole em Tarumã e o #86 que quase venceu em Interlagos, na última prova de 83.
Em breve a continuação dessa história.
"Iniciei o ano procurando um carro Corcel II para participar do Campeonato Brasileiro. Já tinha o patrocínio garantido do Tênis Campeão Strassburger e da Transbrasil, todos conseguidos e repassados para mim pelo Antônio Gilberto Ody (que foi meu parceiro no Escort do Regional de Turismo em 1985).
Fiquei sabendo que o piloto Ervino Einsfeld havia adquirido um Corcel II novo, direto da fábrica, mas ele não estava a fim de encarar o Campeonato Brasileiro. Fui conversar com ele e fiz a seguinte proposta: dividiria com ele todos os prêmios que iria receber durante o ano de 82 e garantiria a devolução do carro ao final do ano com possibilidades de renovar para 83. Ele aceitou e nunca se arrependeu! Ganhou vários televisores Philco, rádio toca fitas Philco e sempre a metade do dinheiro dos prêmios de colocação do carro.
Foi um ano bom e que terminou com um Vice Campeonato!!! Teria sido campeão se na etapa de Guaporé não tivesse caído a tampa do respiro de óleo da caixa e acabando por engripar o câmbio. Quando aconteceu o fato eu estava na segunda colocação, exatamente os pontos que me fizeram falta no encerramento do ano ficando assim com o Vice. O Campeão foi o Olício dos Santos.
A Ford do Brasil nos apoiou e nos inscreveram no Brasileiro de Marcas de 83 com o carro que utilizei em 82 e com a promessa de no meio da temporada nos entregarem um Ford Escort novinho para seguirmos competindo pela marca. O aluguel com o Ervino já estava renovado, é claro. Eu e o Olício tínhamos o patrocínio da Fila e da revenda Ford Aeroporto de São Paulo, além de muito apoio em peças da Ford. Iniciamos com dificuldades frente aos carros menores e mais ágeis da Fiat e Volkswagem, mas mesmo assim lideramos durante 10 horas a prova 12 Horas de Goiânia!!! Só não ganhamos a prova por total ineficiência dos freios. Chegou a fundir as pinças no atrito com o disco, já sem pastilhas, que terminavam em pouco tempo. O Corcel andava muito bem, graças ao motor que o Horst Dierks preparava, mas perdia muito em curvas de alta e nas retomadas, mas naquela prova em especial ele andou muito!!! Consegui durante a madrugada inteira manter o Corcelzão na frente do Fiat do Nene Fornari. Mantivemos um duelo das 4 horas da manhã até às 6 e eles somente nos passaram quando já era dia claro e nossos problemas de freio começavam a nos torturar. No final andávamos praticamente sem freios, só ferro com ferro e aí começamos a cair nas colocações. Foi a partir daquela prova que a Ford tomou a iniciativa de equipar todos os carros Corcel, Belina, Del Rey e Pampa com freios ventilados, ou seja, o disco passou a ser mais largo e ventilado. Aprendizado das pistas para o usuário final...
Com o lançamento do Escort no meio do ano de 83, devolvemos o Corcel II para o Ervino Einsfeld revisado, polido e andando uma barbaridade!!! Não demorou dois meses e o Ervino vendeu o Corcel para um fanático de Caxias do Sul que montou o carro para andar na rua...hehehe. Aposentadoria feliz para o vitorioso Corcel!!!
Recebemos um Ford Escort novo em folha da Ford para adaptar para as corridas do Brasileiro de Marcas. O carro veio para Porto Alegre e com várias pessoas trabalhando nele, ficou pronto para participar das provas!!! O Horst continuou preparando os motores.
O Ford Escort preto #1 foi pole position em Tarumã naquele mesmo ano. Ainda em 83 a fábrica me convidou para ser piloto oficial da Ford já visando o Campeonato Brasileiro de Marcas de 1984. Foi neste período que convidei o Cláudio Mueller para ser meu parceiro na última prova do campeonato na pista de Interlagos, já com o carro oficial da Ford (um Escort azul e branco patrocinado pela Ford Motorsport, Motorcraft e Philco). Lideramos 70% desta prova e o terceiro piloto, Valdir Florenzo, bateu na curva 1 de Interlagos acabando com nossa festa!!! Coisas de corrida..."
Abaixo uma sequência de imagens mostrando o Corcel do Steyer durante provas de Interlagos e Tarumã do Torneio Corcel e depois o mesmo carro nas 12 Horas de Goiânia, já no Brasileiro de Marcas. Mais abaixo o Escort #1 com o qual Steyer fez a pole em Tarumã e o #86 que quase venceu em Interlagos, na última prova de 83.
Em breve a continuação dessa história.
Fonte das imagens: arquivo Victor Steyer, Marcelo Vieira, Olício dos Santos e revista Quatro Rodas.
domingo, 26 de junho de 2011
Desafio da Semana
sábado, 25 de junho de 2011
Victor Steyer
O último Desafio foi mesmo difícil. Não haviam pistas suficientes para indicar que naquele Gol vermelho estava um dos maiores pilotos gaúchos de todos os tempos: Victor Steyer.
Steyer fora convidado para fazer dupla com Sérgio Louzão no Gol #17, já que o piloto Djalma Fogaça não pode comparecer para disputar aquela que foi a etapa de Tarumã do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos de 1985. Victor iniciou a prova, que teve 500 km de duração. Largando da 21ª posição, conseguiu subir rapidamente na tabela, chegando até a 9ª posição quando o carro apresentou problemas de motor, sendo obrigado a abandonar.
Desde que me conheço por gente via o Steyer correr, sempre nos carros de turismo. Sempre o admirei por sua técnica e tranquilidade ao volante, características que se traduziam em excelentes resultados nas pistas. Há cerca de dois anos, tive a chance de conhecê-lo melhor, durante os encontros dos Jurássicos, grupo do qual ele também é integrante.
E foi assim que propus a ele para contar um pouco de sua trajetória nas pistas aqui no blog. Começando pelo começo, hoje voltamos ao início dos anos 70. Com vocês, Victor Steyer.
"Sobre a minha trajetória nas pistas te confesso que não tenho muito a declarar. Foi um período curto de participações em corridas!!! Não tenho, a exemplo do Cláudio Mueller, grandes feitos, já que participei muito pouco comparando com outros Jurássicos. O início foi em 1971 na escola de pilotagem de Pedro Victor De Lamare. Meu instrutor na época foi o Edgard Mello Filho (que ainda hoje fala e escreve sobre automobilismo). Logo a seguir a escola foi vendida para o Cláudio Mueller onde me inscrevi novamente! Logo após o término do curso, o Cláudio me convidou para ser instrutor da escola onde fiquei por aproximadamente sete anos. Minha estreia nas corridas foi nas 12 Horas de 1972 com Arnaldo Fossá. Chegamos em sexto lugar na geral.
Como havia perdido o Pai em 1969, minha Mãe não dispunha de recursos para bancar minhas corridas iniciais, então a forma que encontrei foi de me oferecer somente para correr em provas de longa duração. Assim corri sem nenhum compromisso de participar de campeonatos!! Isoladamente também participava de algumas provas. Provas de Fórmula Vê, organizadas pela escola de pilotagem, participei em três oportunidades e no torneio fiquei em terceiro lugar. Participei também de uma prova de Fórmula Ford com o carro reserva do Cláudio Mueller (um Titan inglês),carro que participou nas primeiras provas com o Leonel Friedrich e, se não me engano, também com o Fernando Esbroglio. Quanto ao resultado, o carro quebrou na primeira bateria e peguei peças emprestadas do saudoso Gastão Werlang (na época piloto da Varig)que me permitiram participar da segunda bateria e tirar o sexto lugar. Tive mais duas oportunidades de correr com Fórmula Ford, uma vez em Goiânia e outra em Guaporé. Os donos dos carros me pediam para largar e receber o prêmio de largada!!! E eu, fominha como era, me sujeitava a tal empreitada...hehe. Obviamente o carro nunca tinha gasolina para ir até o fim...
As provas da antiga Divisão 3 foram as mais interessantes no meu aprendizado. Participei de uma prova da Divisão 1 (o primeiro Chevette a participar em corridas e vitorioso). Vitória nas 6 Horas de Tarumã de 1973 em dupla com Cláudio Mueller. Dai em diante foram os 500 km de Tarumã com Bruno D'Almeida (quarto lugar em 1974) e as 6 Horas de Tarumã em 1975 com Bernardo Kokemper no Volkswagem da Gaúcha Car. Batemos o record de volta da categoria, chegamos a liderar a corrida, mas com problemas no carro chegamos apenas em quinto lugar.
Eis que encerrei a minha curta carreira no automobilismo em 1975!!! Casado e com três filhos vindo logo a seguir, somente participei de uma prova da Divisão 3 em 1979 no autódromo de Guaporé. Novamente sem recursos e com família numerosa para cuidar, me afastei e voltei em 1981 para participar dos 1.000 km de Brasília juntamente com o Beto Ody e o Cláudio Ely. Com um Corcel II chegamos em segundo na categoria e 11º na geral!!! Lembro que muitos pilotos da Stock Car (com Opalas) participaram desta prova. Foi um belo aprendizado!!!
Bom, dai para frente realmente poderemos dizer que comecei a correr de automóvel!!! Até então corridas isoladas feitas com poucos recursos e sem carro próprio. Mas, como diziam na época (sou suspeito em falar), sempre que alguma oportunidade surgia conseguia ser muito rápido e comecei a ser notado!!!"
Continuaremos com essa história em breve.
Abaixo alguns poucos registros dos primeiros anos de Steyer nas pistas. O primeiro é da vitória nas 6 Horas de Tarumã em 73. Na sequência o Fusca #16 com o qual correu com Bruno D'Almeida nos 500 km de 74 e por fim o trio Ody, Ely e Steyer com o Corcel II dos 1000 km de Brasília de 80.
Fonte das imagens: arquivos Luiz Gustavo Tarragô de Oliveira, Joel Echel e Marcelo Vieira.
Steyer fora convidado para fazer dupla com Sérgio Louzão no Gol #17, já que o piloto Djalma Fogaça não pode comparecer para disputar aquela que foi a etapa de Tarumã do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos de 1985. Victor iniciou a prova, que teve 500 km de duração. Largando da 21ª posição, conseguiu subir rapidamente na tabela, chegando até a 9ª posição quando o carro apresentou problemas de motor, sendo obrigado a abandonar.
Desde que me conheço por gente via o Steyer correr, sempre nos carros de turismo. Sempre o admirei por sua técnica e tranquilidade ao volante, características que se traduziam em excelentes resultados nas pistas. Há cerca de dois anos, tive a chance de conhecê-lo melhor, durante os encontros dos Jurássicos, grupo do qual ele também é integrante.
E foi assim que propus a ele para contar um pouco de sua trajetória nas pistas aqui no blog. Começando pelo começo, hoje voltamos ao início dos anos 70. Com vocês, Victor Steyer.
"Sobre a minha trajetória nas pistas te confesso que não tenho muito a declarar. Foi um período curto de participações em corridas!!! Não tenho, a exemplo do Cláudio Mueller, grandes feitos, já que participei muito pouco comparando com outros Jurássicos. O início foi em 1971 na escola de pilotagem de Pedro Victor De Lamare. Meu instrutor na época foi o Edgard Mello Filho (que ainda hoje fala e escreve sobre automobilismo). Logo a seguir a escola foi vendida para o Cláudio Mueller onde me inscrevi novamente! Logo após o término do curso, o Cláudio me convidou para ser instrutor da escola onde fiquei por aproximadamente sete anos. Minha estreia nas corridas foi nas 12 Horas de 1972 com Arnaldo Fossá. Chegamos em sexto lugar na geral.
Como havia perdido o Pai em 1969, minha Mãe não dispunha de recursos para bancar minhas corridas iniciais, então a forma que encontrei foi de me oferecer somente para correr em provas de longa duração. Assim corri sem nenhum compromisso de participar de campeonatos!! Isoladamente também participava de algumas provas. Provas de Fórmula Vê, organizadas pela escola de pilotagem, participei em três oportunidades e no torneio fiquei em terceiro lugar. Participei também de uma prova de Fórmula Ford com o carro reserva do Cláudio Mueller (um Titan inglês),carro que participou nas primeiras provas com o Leonel Friedrich e, se não me engano, também com o Fernando Esbroglio. Quanto ao resultado, o carro quebrou na primeira bateria e peguei peças emprestadas do saudoso Gastão Werlang (na época piloto da Varig)que me permitiram participar da segunda bateria e tirar o sexto lugar. Tive mais duas oportunidades de correr com Fórmula Ford, uma vez em Goiânia e outra em Guaporé. Os donos dos carros me pediam para largar e receber o prêmio de largada!!! E eu, fominha como era, me sujeitava a tal empreitada...hehe. Obviamente o carro nunca tinha gasolina para ir até o fim...
As provas da antiga Divisão 3 foram as mais interessantes no meu aprendizado. Participei de uma prova da Divisão 1 (o primeiro Chevette a participar em corridas e vitorioso). Vitória nas 6 Horas de Tarumã de 1973 em dupla com Cláudio Mueller. Dai em diante foram os 500 km de Tarumã com Bruno D'Almeida (quarto lugar em 1974) e as 6 Horas de Tarumã em 1975 com Bernardo Kokemper no Volkswagem da Gaúcha Car. Batemos o record de volta da categoria, chegamos a liderar a corrida, mas com problemas no carro chegamos apenas em quinto lugar.
Eis que encerrei a minha curta carreira no automobilismo em 1975!!! Casado e com três filhos vindo logo a seguir, somente participei de uma prova da Divisão 3 em 1979 no autódromo de Guaporé. Novamente sem recursos e com família numerosa para cuidar, me afastei e voltei em 1981 para participar dos 1.000 km de Brasília juntamente com o Beto Ody e o Cláudio Ely. Com um Corcel II chegamos em segundo na categoria e 11º na geral!!! Lembro que muitos pilotos da Stock Car (com Opalas) participaram desta prova. Foi um belo aprendizado!!!
Bom, dai para frente realmente poderemos dizer que comecei a correr de automóvel!!! Até então corridas isoladas feitas com poucos recursos e sem carro próprio. Mas, como diziam na época (sou suspeito em falar), sempre que alguma oportunidade surgia conseguia ser muito rápido e comecei a ser notado!!!"
Continuaremos com essa história em breve.
Abaixo alguns poucos registros dos primeiros anos de Steyer nas pistas. O primeiro é da vitória nas 6 Horas de Tarumã em 73. Na sequência o Fusca #16 com o qual correu com Bruno D'Almeida nos 500 km de 74 e por fim o trio Ody, Ely e Steyer com o Corcel II dos 1000 km de Brasília de 80.
Fonte das imagens: arquivos Luiz Gustavo Tarragô de Oliveira, Joel Echel e Marcelo Vieira.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Greatest Old Drivers in Action
Confiram o Blog dos Jurássicos e vejam o que está reservado para amanhã no Velopark. Tomara que não chova...
Depois conto como foi.
Depois conto como foi.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Do inferno ao céu em uma volta
Hoje continuo com a história do Ayrton Brum. Já estamos em 1995. Vai que é tua, Brum!
"Um ano difícil, onde disputei nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março o Torneio de Verão, que eram provas de 3 horas de duração, sempre numa quarta-feira à noite, sendo a largada da primeira bateria às 21hs com bateria de 1 hora de duração. Podia ser disputada por somente um piloto, com um intervalos de 30 minutos entre uma bateria e outra, e o Brum, fominha como sempre, disputou a prova sozinho.
Falei no início que foi um ano difícil, pois somente consegui o vice campeonato no Torneio de Verão. No campeonato esperava mais de mim, mas tive problemas com o carro em Tarumã e como eu não participava das provas em Guaporé, o ano não foi muito bom.
As 12 Horas desse ano então, foi a pior das que disputei até o fim da minha carreira, pois foi a única que não terminei, a que apenas dei meia dúzia de voltas, como retardatário, e recolhemos o carro. A 1h30min da madrugada já estava voltando para casa.
No início desse ano o Paulinho me apresentou uma pessoa, que hoje é meu único amigo da equipe que tenho contato, chamado Beto Hass. Quando o Paulinho me apresentou, me disse que o pai do Beto, o Sr. Lauro Hass, tinha preparado os antigos DKW que corriam no circuito da Cavalhada. O Beto, sempre prestativo, queria fazer parte da equipe por gostar de corridas, e assim fizemos uma parceria que dura até os dias de hoje. Tornou-se responsável pela pintura do carro e ele, no final do ano, mudou a pintura do Speed 11, do amarelo com azul, para o layout e pintura que foi a azul com branco, que foi a sua última pintura.
Torneio de Verão - 1995: Meu sonho sempre foi disputar umas 12 Horas com chuva na parte noturna, pois alí, separava os pilotos, dos que achavam que são piloto. Nas 12 Horas nunca consegui, mas na primeira prova do Torneio de Verão daquele ano foi com uma chuva fraca, mas constante, deixando aquele "sabão".
Na primeira bateria terminei em segundo lugar. O vencedor foi o Carlos Castro, o melhor piloto da categoria, na minha opinião, e na da maioria dos pilotos da Speed. Fizemos o pit stop e pedi ao Beto que tentasse abrir mais meus paralamas dianteiros, pois os pneus estavam pegando nas curvas do Tala e na 9. Lá foi meu amigo, abaixo de chuva bater os paralamas, que ficaram melhor para a segunda bateria.
Larguei na segunda bateria e não sequei direito as sapatilhas e na primeira volta na curva do Tala, ao fazer o punta-taco, a sapatilha molhada, escorregou do pedal do freio e ficou somente o calcanhar no acelerador. O Speed 11 começou a rodar e eu tentando segurar, consegui em partes, ele não chegou a rodar mas também não indireitou. Fiquei com o carro atravessado no Tala, com o motor apagado, e os carros que vinham atrás iluminaram todo o meu carro por dentro. Eu me encolhi no canto oposto e esperei a qualquer momento alguém me acertar, mas lembro que o Andrézinho do Fusca 10, que vinha a seguir, parou para não me acertar. Tentei fazer o motor pegar no botão, mas nada. O carro ia de ré lentamente em direção a zona de escape, e como estava muito lento, eu só tinha uma cartada: tentar pegar no tranco e ajudando no botão, e assim ele pegou e fui embora.
Conforme a planilha do final da prova, somando as três baterias, cheguei em segundo lugar nessa prova, atrás do Danilo do Fusca 85.
Em uma outra etapa deste mesmo Torneio de Verão, no mês de Fevereiro, terminei a primeira bateria em segundo lugar novamente com o Carlos Castro em primeiro. Na largada da segunda bateria veio um carro protótipo lá do fim do grid e na curva 1 ele me deu uma fechada e para não bater desviei dele e o Speed 11 acabou rodando e, sem conseguir fazer ele pegar, fiquei parado na parte interna da curva 1, no lado do lago de Tarumã, naquela escuridão, onde eu só ouvia a batida forte de meu coração. Não acreditei. Vinha muito bem, larguei bem e agora estava alí parado. Imaginei a prova e todo o campeonato perdido. Fiquei sentando no carro sem acreditar, esperando a qualquer momento passar pela pista todo o grid. Assim esperei, mas notei que já era para o grid ter dado uma volta, mas nada deles virem, fiquei pensando o que podia ter havido. Me animei. Foi quando vi o Pace Car, puxando o grid, e o carro de socorro, com o Soldan, descendo e me perguntando: Brum, teu carro pega se te puxar? Claro que pega Soldan, claro que pega! Perguntei o que houve e ele me disse: capotou um Uno no Laço. Pega teu carro e volta pro grid, na mesma posição que largaste. A prova foi interrompida. Meu Deus, fui do inferno ao céu em uma volta! O carro pegou no tranco e lá me fui pro grid, com toda a esperança renovada.
A colocação desta prova não lembro, mas fui Vice Campeão da minha categoria nesse ano. O Campeão foi o Danilo do Fusca 85.
12 Horas 1995: no final do Torneio de Verão deste ano, o Paré me convidou para correr com ele as 12 Horas no final do ano. No início seria somente eu e o Paré no carro dele, pois eu não queria colocar o Speed 11 nas 12 Horas, pois sabia que esta prova acaba com os carros. No final corremos de trio: Ayrton Brum - Paré - André da Silva (do Fusca 68).
Foi uma prova para esquecer. Corremos com o meu motor no carro do Paré. Largamos em sétimo lugar e com 30 minutos de prova o Paré já estava em terceiro lugar, foi quando o motor quebrou na saída do Tala.
Colocamos o motor reserva que era do Paré, mas já tínhamos perdido muitas voltas. Fui o segundo a entrar no carro, mas resolvi juntar meu material e vir para casa."
Fonte das imagens: arquivo Ayrton Brum.
"Um ano difícil, onde disputei nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março o Torneio de Verão, que eram provas de 3 horas de duração, sempre numa quarta-feira à noite, sendo a largada da primeira bateria às 21hs com bateria de 1 hora de duração. Podia ser disputada por somente um piloto, com um intervalos de 30 minutos entre uma bateria e outra, e o Brum, fominha como sempre, disputou a prova sozinho.
Falei no início que foi um ano difícil, pois somente consegui o vice campeonato no Torneio de Verão. No campeonato esperava mais de mim, mas tive problemas com o carro em Tarumã e como eu não participava das provas em Guaporé, o ano não foi muito bom.
As 12 Horas desse ano então, foi a pior das que disputei até o fim da minha carreira, pois foi a única que não terminei, a que apenas dei meia dúzia de voltas, como retardatário, e recolhemos o carro. A 1h30min da madrugada já estava voltando para casa.
No início desse ano o Paulinho me apresentou uma pessoa, que hoje é meu único amigo da equipe que tenho contato, chamado Beto Hass. Quando o Paulinho me apresentou, me disse que o pai do Beto, o Sr. Lauro Hass, tinha preparado os antigos DKW que corriam no circuito da Cavalhada. O Beto, sempre prestativo, queria fazer parte da equipe por gostar de corridas, e assim fizemos uma parceria que dura até os dias de hoje. Tornou-se responsável pela pintura do carro e ele, no final do ano, mudou a pintura do Speed 11, do amarelo com azul, para o layout e pintura que foi a azul com branco, que foi a sua última pintura.
Torneio de Verão - 1995: Meu sonho sempre foi disputar umas 12 Horas com chuva na parte noturna, pois alí, separava os pilotos, dos que achavam que são piloto. Nas 12 Horas nunca consegui, mas na primeira prova do Torneio de Verão daquele ano foi com uma chuva fraca, mas constante, deixando aquele "sabão".
Na primeira bateria terminei em segundo lugar. O vencedor foi o Carlos Castro, o melhor piloto da categoria, na minha opinião, e na da maioria dos pilotos da Speed. Fizemos o pit stop e pedi ao Beto que tentasse abrir mais meus paralamas dianteiros, pois os pneus estavam pegando nas curvas do Tala e na 9. Lá foi meu amigo, abaixo de chuva bater os paralamas, que ficaram melhor para a segunda bateria.
Larguei na segunda bateria e não sequei direito as sapatilhas e na primeira volta na curva do Tala, ao fazer o punta-taco, a sapatilha molhada, escorregou do pedal do freio e ficou somente o calcanhar no acelerador. O Speed 11 começou a rodar e eu tentando segurar, consegui em partes, ele não chegou a rodar mas também não indireitou. Fiquei com o carro atravessado no Tala, com o motor apagado, e os carros que vinham atrás iluminaram todo o meu carro por dentro. Eu me encolhi no canto oposto e esperei a qualquer momento alguém me acertar, mas lembro que o Andrézinho do Fusca 10, que vinha a seguir, parou para não me acertar. Tentei fazer o motor pegar no botão, mas nada. O carro ia de ré lentamente em direção a zona de escape, e como estava muito lento, eu só tinha uma cartada: tentar pegar no tranco e ajudando no botão, e assim ele pegou e fui embora.
Conforme a planilha do final da prova, somando as três baterias, cheguei em segundo lugar nessa prova, atrás do Danilo do Fusca 85.
Em uma outra etapa deste mesmo Torneio de Verão, no mês de Fevereiro, terminei a primeira bateria em segundo lugar novamente com o Carlos Castro em primeiro. Na largada da segunda bateria veio um carro protótipo lá do fim do grid e na curva 1 ele me deu uma fechada e para não bater desviei dele e o Speed 11 acabou rodando e, sem conseguir fazer ele pegar, fiquei parado na parte interna da curva 1, no lado do lago de Tarumã, naquela escuridão, onde eu só ouvia a batida forte de meu coração. Não acreditei. Vinha muito bem, larguei bem e agora estava alí parado. Imaginei a prova e todo o campeonato perdido. Fiquei sentando no carro sem acreditar, esperando a qualquer momento passar pela pista todo o grid. Assim esperei, mas notei que já era para o grid ter dado uma volta, mas nada deles virem, fiquei pensando o que podia ter havido. Me animei. Foi quando vi o Pace Car, puxando o grid, e o carro de socorro, com o Soldan, descendo e me perguntando: Brum, teu carro pega se te puxar? Claro que pega Soldan, claro que pega! Perguntei o que houve e ele me disse: capotou um Uno no Laço. Pega teu carro e volta pro grid, na mesma posição que largaste. A prova foi interrompida. Meu Deus, fui do inferno ao céu em uma volta! O carro pegou no tranco e lá me fui pro grid, com toda a esperança renovada.
A colocação desta prova não lembro, mas fui Vice Campeão da minha categoria nesse ano. O Campeão foi o Danilo do Fusca 85.
12 Horas 1995: no final do Torneio de Verão deste ano, o Paré me convidou para correr com ele as 12 Horas no final do ano. No início seria somente eu e o Paré no carro dele, pois eu não queria colocar o Speed 11 nas 12 Horas, pois sabia que esta prova acaba com os carros. No final corremos de trio: Ayrton Brum - Paré - André da Silva (do Fusca 68).
Foi uma prova para esquecer. Corremos com o meu motor no carro do Paré. Largamos em sétimo lugar e com 30 minutos de prova o Paré já estava em terceiro lugar, foi quando o motor quebrou na saída do Tala.
Colocamos o motor reserva que era do Paré, mas já tínhamos perdido muitas voltas. Fui o segundo a entrar no carro, mas resolvi juntar meu material e vir para casa."
Fonte das imagens: arquivo Ayrton Brum.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Guaporé, 1977
O meu amigo Paulo Rotta encontrou dia desses, acho que foi lá no Velopark, o Rommel Pretto, ele mesmo, grande bota da década de 70. Papo vem, papo vai, surgiu o assunto da prova de Fórmula Ford em Guaporé, 1977, quando um acidente na largada, envolvendo Rommel, acabou vitimando o diretor da prova Ivo Telmo Schmidt. O Rommel gostaria de saber se alguém teria imagens dessa prova. Se alguém tiver, entre em contato com o blog.
Fonte das imagens: arquivo Luiz Borgmann.
Errata: meus amigos "Caranguejo" e Mestre Schutz me puxaram a orelha avisando que a corrida em questão foi disputada em 1978 e não 77. O acidente foi na chegada, quando o Rommel Pretto e o "Xandy" Negrão se enroscaram quando disputavam a segunda posição. O Ivo Telmo Schmidt, que não era o diretor da prova, foi atingido fraturando as duas pernas. Foi levado de avião para Porto Alegre, mas não resistiu.
Fonte das imagens: arquivo Luiz Borgmann.
Errata: meus amigos "Caranguejo" e Mestre Schutz me puxaram a orelha avisando que a corrida em questão foi disputada em 1978 e não 77. O acidente foi na chegada, quando o Rommel Pretto e o "Xandy" Negrão se enroscaram quando disputavam a segunda posição. O Ivo Telmo Schmidt, que não era o diretor da prova, foi atingido fraturando as duas pernas. Foi levado de avião para Porto Alegre, mas não resistiu.
Antoninho Burlamaqui, 1968
O Gilberto Jacobus enviou o registro abaixo da Antoninho Burlamaqui de 1968 para complementar o vídeo da prova que o Francisco Souza, o "Chico de Taquara", havia enviado tempos atrás. Muito bacana, pois é possível ver a largada logo após a ponte que dividia Porto Alegre de Cachoeirinha e os carros já em velocidade rumo à praia de Capão da Canoa. O Gilberto me informou que o recorte veio de uma Folha da Tarde.
Interessante essa lembrança, pois foi nesse final de semana que o próprio "Chico" me pediu para ver se conseguia o contato do Mauro Pacheco, filho do Julio Cesar Pacheco, que era o cinegrafista da TV Gaúcha que filmou a corrida de dentro do carro do Breno Fornari! O Mauro deixou um comentário por aqui quando falamos sobre essa prova na última vez.
Mauro, se vires esse post, mande teu contato e traga teu pai para nos contar mais histórias daquela prova.
Fonte das imagens: Folha da Tarde, arquivo Gilberto Jacobus.
Interessante essa lembrança, pois foi nesse final de semana que o próprio "Chico" me pediu para ver se conseguia o contato do Mauro Pacheco, filho do Julio Cesar Pacheco, que era o cinegrafista da TV Gaúcha que filmou a corrida de dentro do carro do Breno Fornari! O Mauro deixou um comentário por aqui quando falamos sobre essa prova na última vez.
Mauro, se vires esse post, mande teu contato e traga teu pai para nos contar mais histórias daquela prova.
Fonte das imagens: Folha da Tarde, arquivo Gilberto Jacobus.
domingo, 19 de junho de 2011
Desafio da Semana
sábado, 18 de junho de 2011
Brasileiro de Marcas e Pilotos
Muita gente chegou bem perto da resposta do último Desafio, mas quem matou a charada na íntegra foi o Ramon Matias, grande piloto e filho de um dos pilotos daquele Voyage que aparecia na imagem, o César Matias, que fazia dupla com o Gentil Sonaglio.
O registro era da prova de abertura do Campeonato Brasileiro de Marcas - Copa Shell de 1991, disputada no dia 14 de Abril em Tarumã.
Os opaleiros de Caxias do Sul faziam sua primeira participação num campeonato nacional. Sonaglio já havia se adaptado aos carros de tração dianteira quando participou do Regional de Turismo em 1989 em dupla com o também caxiense Carlos Mazzochi em um Passat. Porém, a participação no Marcas durou pouco e a dupla Matias/Sonaglio voltaria aos carros de tração traseira ainda naquele ano, participando da prova de Tarumã do Brasileiro de Stock Car.
Os demais gaúchos inscritos para aquela prova de abertura eram Alvaro Torres Júnior, que corria em dupla com o carioca Jorge Freitas (Voyage), Maria Cristina Rosito em dupla com Aroldo Bauermann (Voyage), Waldir Buneder em dupla com Luis Alberto de Castro (Voyage), Egon Herzfeldt em dupla com Walter Soldan (Escort)e os também opaleiros Paulo Souza e Eduardo de Freitas (Gol).
A vitória na soma das duas baterias ficaria com a dupla do Voyage #40 Buneder/Castro, mas devido a punição sofrida por ter o carro empurrado no parque fechado, acabou caindo para a sexta posição. O resultado final foi o seguinte:
1º #11 Voyage - "Neco" Torres/ Jorge Freitas;
2º #22 Voyage - Paulo Gomes/Cláudio Girotto;
3º #20 Voyage - Gunnar Vollmer/Antônio da Matta;
4º #07 Voyage - Augusto Ribas/Silvio Crema;
5º #72 Voyage - Andreas Mattheis/Paulo Judice;
6º #40 Voyage - Waldir Buneder/Luis Alberto de Castro;
7º #90 Voyage - "Guto" e "Xandy" Negrão;
8º #47 Voyage - Fábio Greco/Ingo Hoffmann;
9º #43 Gol - Paulo Souza/Eduardo de Freitas;
10º#05 Escort - Egon Herzfeldt/Walter Soldan.
O Brasileiro de Marcas volta amanhã ao Tarumã, onde se realizará a etapa de abertura do campeonato de 2011 que apresenta uma nova configuração, com carros modernos, seguindo uma fórmula adotada pela argentina TC2000. A expectativa é grande para ver os novos carros. Quem puder que compareça ao Tarumã para conferir.
Fonte das imagens: revista Auto Esporte e divulgação.
O registro era da prova de abertura do Campeonato Brasileiro de Marcas - Copa Shell de 1991, disputada no dia 14 de Abril em Tarumã.
Os opaleiros de Caxias do Sul faziam sua primeira participação num campeonato nacional. Sonaglio já havia se adaptado aos carros de tração dianteira quando participou do Regional de Turismo em 1989 em dupla com o também caxiense Carlos Mazzochi em um Passat. Porém, a participação no Marcas durou pouco e a dupla Matias/Sonaglio voltaria aos carros de tração traseira ainda naquele ano, participando da prova de Tarumã do Brasileiro de Stock Car.
Os demais gaúchos inscritos para aquela prova de abertura eram Alvaro Torres Júnior, que corria em dupla com o carioca Jorge Freitas (Voyage), Maria Cristina Rosito em dupla com Aroldo Bauermann (Voyage), Waldir Buneder em dupla com Luis Alberto de Castro (Voyage), Egon Herzfeldt em dupla com Walter Soldan (Escort)e os também opaleiros Paulo Souza e Eduardo de Freitas (Gol).
A vitória na soma das duas baterias ficaria com a dupla do Voyage #40 Buneder/Castro, mas devido a punição sofrida por ter o carro empurrado no parque fechado, acabou caindo para a sexta posição. O resultado final foi o seguinte:
1º #11 Voyage - "Neco" Torres/ Jorge Freitas;
2º #22 Voyage - Paulo Gomes/Cláudio Girotto;
3º #20 Voyage - Gunnar Vollmer/Antônio da Matta;
4º #07 Voyage - Augusto Ribas/Silvio Crema;
5º #72 Voyage - Andreas Mattheis/Paulo Judice;
6º #40 Voyage - Waldir Buneder/Luis Alberto de Castro;
7º #90 Voyage - "Guto" e "Xandy" Negrão;
8º #47 Voyage - Fábio Greco/Ingo Hoffmann;
9º #43 Gol - Paulo Souza/Eduardo de Freitas;
10º#05 Escort - Egon Herzfeldt/Walter Soldan.
O Brasileiro de Marcas volta amanhã ao Tarumã, onde se realizará a etapa de abertura do campeonato de 2011 que apresenta uma nova configuração, com carros modernos, seguindo uma fórmula adotada pela argentina TC2000. A expectativa é grande para ver os novos carros. Quem puder que compareça ao Tarumã para conferir.
Fonte das imagens: revista Auto Esporte e divulgação.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Inspiração
terça-feira, 14 de junho de 2011
Inauguração de Guaporé
Vasculhando os arquivos do "Chico" Feoli, encontrei a credencial da prova inaugural do Autódromo de Guaporé, disputada no dia 17 de Outubro de 1976.
30 carros estavam inscritos para aquela prova. Como apenas 25 poderiam largar, os 30 carros foram divididos em dois grupos de 15, sendo que os 12 melhores do primeiro grupo e os 13 melhores do segundo fariam uma bateria final. "Chico" ficou em segundo na sua bateria classificatória e em quarto na final, vencida por Amadeo Campos.
Abaixo alguns registros daquela prova.
Fonte das imagens: arquivo Francisco Feoli e revista Quatro Rodas.
30 carros estavam inscritos para aquela prova. Como apenas 25 poderiam largar, os 30 carros foram divididos em dois grupos de 15, sendo que os 12 melhores do primeiro grupo e os 13 melhores do segundo fariam uma bateria final. "Chico" ficou em segundo na sua bateria classificatória e em quarto na final, vencida por Amadeo Campos.
Abaixo alguns registros daquela prova.
Fonte das imagens: arquivo Francisco Feoli e revista Quatro Rodas.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Hoerlle's Toolbox
domingo, 12 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
O Dojão do Simão
Eu tinha dito que o último Desafio era difícil e que talvez só o "Ratão", que foi quem enviou o registro, sabia quem era o piloto. Ao longo dos comentários muito se falou nos Rebechi, até o filho do João Antônio apareceu por aqui, mas quem matou a charada mesmo, sempre ele, foi o Paulo Schutz. Tá certo que ele só lembrou do sobrenome, mas tudo bem. O piloto do Dojão #91 era outro João Antônio, o Simão.
Pouco sei sobre o João Simão. O "Ratão" me disse que ele era seu vizinho e amigo. Ele lembrou que o Simão corria com o Dodge na Turismo 5000, mas que correu também de kart, preparou uma Brasília, mas acabou não correndo com ela e que correu também em pista de terra no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Na rápida pesquisa que fiz, encontrei o nome dele no Campeonato Gaúcho de Turismo 5000 de 1982. Além dessas provas correu com o Dodge também na prova 500 km de Tarumã, quando dividiu a pilotagem com o Ricardo Flores.
Também em 82 encontrei seu nome em algumas provas de kart, como nas 100 Milhas de Tarumã, quando correu em dupla com o André Francisco Rebechi.
Abaixo um registro dele no kart, provavelmente em 82, mas não consegui identificar o local, pois não parece Tarumã.
Fonte das imagens: arquivo Carlos Eugênio, enviadas por João Cláudio Müller.
Pouco sei sobre o João Simão. O "Ratão" me disse que ele era seu vizinho e amigo. Ele lembrou que o Simão corria com o Dodge na Turismo 5000, mas que correu também de kart, preparou uma Brasília, mas acabou não correndo com ela e que correu também em pista de terra no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Na rápida pesquisa que fiz, encontrei o nome dele no Campeonato Gaúcho de Turismo 5000 de 1982. Além dessas provas correu com o Dodge também na prova 500 km de Tarumã, quando dividiu a pilotagem com o Ricardo Flores.
Também em 82 encontrei seu nome em algumas provas de kart, como nas 100 Milhas de Tarumã, quando correu em dupla com o André Francisco Rebechi.
Abaixo um registro dele no kart, provavelmente em 82, mas não consegui identificar o local, pois não parece Tarumã.
Fonte das imagens: arquivo Carlos Eugênio, enviadas por João Cláudio Müller.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Henrique Iwers
Triste notícia recebida no dia de hoje. Faleceu pela manhã o piloto Henrique Iwers. Em 2008, Iwers foi o piloto homenageado da prova 12 Horas de Tarumã. Reproduzo abaixo parte do texto publicado na imprensa naquela época.
"O piloto homenageado na edição desse ano das 12 Horas de Tarumã será Henrique Iwers, que competiu de DKW desde o final da década de 50 até os anos 70. - Achei o máximo essa homenagem. Normalmente as pessoas ficam esquecidas com o passar do tempo e esse reconhecimento hoje é muito bom para nós – afirmou. As participações nas corridas estavam no sangue na família. O pai, Karl Iwers era um dos grandes nomes do automobilismo da época ao lado de Breno Fornari e Catharino Andreatta. Além do envolvimento com as competições, o pai, Karl Iwers comandou a concessionária que antes de ser ligada à Volkswagen era exclusiva dos modelos DKW. A família Iwers estava também na inauguração do Autódromo de Tarumã. O pai Karl Iwers, foi um dos incentivadores da construção da pista, em Viamão, no ano de 1970. Em seu currículo, Henrique Iwers saiu vitorioso da XIIª Prova Antoninho Burlamaqui (Porto Alegre – Capão da Canoa-RS), em 1966, no DKW número 9, completando o trecho em 1h e 01 minuto. No mesmo ano, foi o 3º colocado no VI 500Km de Porto Alegre na Volta Redonda. Além disso, participou na década de 60 das Mil Milhas de Interlagos e das 24 Horas de Interlagos. Henrique e seu pai, Karl Iwers, eram conhecidos como uns dos melhores preparadores da DKW e corriam em dupla, sempre com o número 9. Jan Balder, seu sogro e cunhado, participou com ele das “12 Horas de Porto Alegre”, prova em que chegaram na 6ª colocação".
Há poucas semanas, Iwers foi igualmente homenageado pelo grupo dos Jurássicos, da qual fazia parte.
Fonte da imagem: livro Tarumã - Uma História de Velocidade (Gilberto Menegaz, Paulo Lava e Paulo Torino), jornal Zero Hora e arquivo Francisco Feoli.
"O piloto homenageado na edição desse ano das 12 Horas de Tarumã será Henrique Iwers, que competiu de DKW desde o final da década de 50 até os anos 70. - Achei o máximo essa homenagem. Normalmente as pessoas ficam esquecidas com o passar do tempo e esse reconhecimento hoje é muito bom para nós – afirmou. As participações nas corridas estavam no sangue na família. O pai, Karl Iwers era um dos grandes nomes do automobilismo da época ao lado de Breno Fornari e Catharino Andreatta. Além do envolvimento com as competições, o pai, Karl Iwers comandou a concessionária que antes de ser ligada à Volkswagen era exclusiva dos modelos DKW. A família Iwers estava também na inauguração do Autódromo de Tarumã. O pai Karl Iwers, foi um dos incentivadores da construção da pista, em Viamão, no ano de 1970. Em seu currículo, Henrique Iwers saiu vitorioso da XIIª Prova Antoninho Burlamaqui (Porto Alegre – Capão da Canoa-RS), em 1966, no DKW número 9, completando o trecho em 1h e 01 minuto. No mesmo ano, foi o 3º colocado no VI 500Km de Porto Alegre na Volta Redonda. Além disso, participou na década de 60 das Mil Milhas de Interlagos e das 24 Horas de Interlagos. Henrique e seu pai, Karl Iwers, eram conhecidos como uns dos melhores preparadores da DKW e corriam em dupla, sempre com o número 9. Jan Balder, seu sogro e cunhado, participou com ele das “12 Horas de Porto Alegre”, prova em que chegaram na 6ª colocação".
Há poucas semanas, Iwers foi igualmente homenageado pelo grupo dos Jurássicos, da qual fazia parte.
Fonte da imagem: livro Tarumã - Uma História de Velocidade (Gilberto Menegaz, Paulo Lava e Paulo Torino), jornal Zero Hora e arquivo Francisco Feoli.
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