segunda-feira, 4 de julho de 2011

O capô voador

Hoje o Victor Steyer continua nos contando a história da sua trajetória nas pistas. Vamos de 1986 até 1991.

"Em 1986 participei do Campeonato Regional de Turismo com o Carlinhos Andrade no Chevette #5. Ficamos com o vice campeonato. No ano seguinte participei com um Uno em dupla com o Renato Conill em algumas provas e nas 6 Horas de Guaporé participei com o Waldir Buneder e o José Bammann com um Passat. Nas 12 Horas daquele ano corri com um Opala com os pilotos Sergio Konarzewski e José Ferrari. Fizemos a pole, lideramos a prova até faltarem uns 20 minutos para o término quando nosso motor quebrou. Vitória certa que escapou das nossas mãos.

Em 1988, voltei à equipe do Carlinhos. Novamente ficamos com o vice campeonato, já que nos tiraram o campeonato no tribunal... Aliás, foi algo que eu nunca consegui engolir, mas deixa para lá, coisas de automobilismo... No ano seguinte participei com um Passat patrocinado pelo Curtume Ritter com o piloto José Roque Bresolin. Continuamos com esse carro em 1990. Mais tarde ele seria substituído por um Voyage. Foi neste mesmo ano que participei com o mesmo carro alterado para o Brasileiro de Marcas em uma pova em Interlagos, junto com Walter Soldan, apenas para conheçer o novo traçado da pista de Interlagos, onde eu ainda não havia pilotado...somente na pista antiga!!! Nas 12 Horas de 1990, corri com o Carlinhos e o Baguncinha e terminamos na segunda colocação com o Chevette.

Segui correndo com o Bresolin e o Voyage no Gaúcho de Marcas de 1991. Nas 12 Horas daquele ano corri mais uma vez com o Carlinhos Andrade e o Roque Bresolin. Chegamos em quarto lugar na geral. Foi aquele ano em que em plena reta perdi o capô do motor. O capô voou tão alto que foi atingir um carro estacionado na curva um!!! Dias após a prova recebemos uma notificação para indenizar os estragos no carro do espectador.... e a prova que ele tinha... era o nosso capô... hehehe... Lógico, para evitar transtornos ao Automóvel Clube, eu, o Carlinhos e o Bresolin dividimos o custo do conserto do carro do espectador.

Dai em diante começei a ficar desmotivado. Os resultados não vinham e começei a pensar em parar. Queria correr sozinho, lutando por meus próprios méritos. Sonhava com o Brasileiro de Stock Car, mas nunca consegui verba suficiente para encarar os orçamentos deles..."


Não seria dessa vez que Steyer penduraria o capacete. Vocês saberão que prova motivou a permanência dele nas pistas no próximo post.

Abaixo uma sequência de imagens do período entre 86 e 91, começando com a dupla com Carlinhos no Chevette #5, depois o Uno com Conill em 87, o retorno da dupla Carlinhos/Steyer no belo #5 de 88, o Passat #27 de 89 e 90 com o Bresolin, o Voyage #10 com o qual correu em Interlagos com o Soldan, fechando com o que sobrou do Opala #5 ao final das 12 Horas de 91.









Fonte das imagens: arquivos Victor Steyer, Paulo Trevisan, fotos Vilsom Barbosa, jornal Pit Stop, jornal Esporte Motor e jornal Zero Hora.