sábado, 1 de dezembro de 2012

A maior promessa do kartismo gaúcho

Voltando à ativa, após duas semanas cheias em função do Baja (o pré e o pós evento dão bastante trabalho também) e de outros compromissos, tenho de acertar as contas com vocês. Hoje trago a resposta do Desafio da semana retrasada. Vamos lá.
 
Acertou que identificou o caxiense Emanuel Dallegrave no kart #5 sendo seguido pelo paranaense Enrique Bernoldi, durante prova do Brasileiro de Kart em Tarumã, 1989.
 
Dallegrave era tido como um sucessor de grandes kartistas gaúchos, como "Neco" Fornari e "Duda" Rosa. Sua carreira impressionante fazia crer que iria longe nas competições.
 
Começou a guiar um kart com 7 anos de idade, em 1985. E sempre demonstrou ser muito rápido, independente da pista em que corria. Até 1990, havia disputado mais de 51 provas e obtido 42 virórias e feito a pole em 38 oportunidades. Até aquele ano acumulava os títulos de vice-campeão brasileiro de 1988 (quando foi tirado da pista propositadamente quando iria vencer a prova), campeão brasileiro de 1989 (categoria júnior menor), campeão gaúcho em 1988, 1989 e 1990 (júnior menor) e campeão citadino de 1986.
 
Essa impressionante trajetória o acabou levando para disputar o mundial que aconteceu em 1991 em Laval, na França. Ainda no Brasil, Dallegrave teve suporte de grandes preparadores como "Neco" Fornari, Osvaldo Fagundes, além do espanhol Lúcio Pascual, mais conhecido como "Che", que foi o guru de Ayrton Senna em seu tempo no kart.
 
Antes do campeonato, Dallegrave passou um tempo na Itália, para se adaptar ao equipamento que utilizaria na França. Estava sendo auxiliado por ninguém menos do que Humberto Merlin, que tinha a mais famosa e consagrada equipe de kart de toda a Europa. Num treino na cidade de Torino, onde boa parte dos pilotos locais estavam presentes, Dallegrave, com um chassi Merlin e motor Atomic/PCR ficou a apenas 0,7s do record do kartódromo de Viverone, deixando para trás o campeão italiano daquele ano (Bruno Balocco) e mais 40 kartistas.
 
Ao final do treino, Merlin declarava: "Piu veloce e tropo sensibile", que significava Muito veloz e de grande sensibilidade.
 
Acabei não encontrando nenhum resultado da passagem de Dallegrave pelo mundial na França. Ao que se sabe ele fez mais algumas provas nos anos seguintes, mas infelizmente - para azar do kartismo - ficou mesmo na promessa.
 
Abaixo algumas imagens do caxiense prodígio, entre os anos de 1988 e 1990.
 




Fonte das imagens: jornal Esporte Motor.

4 comentários:

André Candreva disse...

Leandro,

mais um ótimo post...

abs...

blog POR DENTRO DOS BOXES
http://pordentrodosboxes.blogspot.com.br/

Anônimo disse...

Amigo Leandro,

Tudo bem? Espero que sim.
Seguinte: sempre que possível, leio seus tópicos. Neste, especificamente, confesso que fui à minha ‘humilde’ coleção de revistas Auto Sprint, visando procurar resultados do Mundial de Kart 1991.
Para resumir longa história: não vi o nome do Emanuel entre os ‘top-10’. Tudo indica, o resultado ficou aquém do esperado. Apenas por curiosidade, quem levou o título mundial daquele foi, vejam só, o Jarno Trulli. Outro conhecido italiano, Giancarlo Fisichella, protoganizou o que faria anos mais tarde na F1 (leia-se: envolvimento em acidentes...)
Um abraço e, se não nos falarmos... ÓTIMAS festividades natalinas.
See ya,


Paulo McCoy Lava
Jornalista & Pesquisador

Anônimo disse...

Muito bom o tempo em que tudo girava em torno do kart, 5. Abraço a todos. Emanuel Dallegrave

Unknown disse...

Um forte abraço a todos que me admiravam. Emanuel Dalle Grave.