domingo, 28 de julho de 2013

Desafio da Semana

Quem é o motorista? Tem uma figura sentada no banco da frente muito conhecida da turma que por anos assistiu provas na Curva 1 e no Tala Larga em Tarumã.
 

Mãos à obra!

9 comentários:

Paulo Schütz disse...

Por ser um carro de Porto Alegre, e pelo número, eu chutaria Luiz Fernando Costa.

luizborgmann disse...

Olá amigos,
Também pelo numeral #15, vou acompanhar nosso amigo Schütz no chute. Se for essa a resposta, seria o Guaracy ao lado do motorista? Aliás, esta Simca EmiSul seria do ano 1966 ou 1967, portanto novíssima para o uso em competições, já equipada com o motor de válvulas nos cabeçotes, câmaras hemisféricas e com uma cavalaria extra. O volante Walrod parece já estar ali também.
luiz borgmann

Anônimo disse...

Boa noite a todos.Com Simca Emisul meu pai correu so na inauguraçao de Taruma. O numero e o mesmo que opai usava. Mas observem na foto que diz campeonato de estreantes. Um abraço. Guaracy

Paulo Schütz disse...

Era essa a minha dúvida, lembro que o Simca que ele corria era o antigo, aquele anterior ao Tufão.

Roberto Giordani disse...

Apenas para solucionar a minha dúvida : a Simca com motor EmiSul não veio com duas aberturas circulares salientes com tela interna, sobre o capuz dianteiro e somente pintadas de vermelho???

luizborgmann disse...

Olá Roberto Giordani,
Permita-me tentar esclarecer sua dúvida, talvez não tenha toda a exatidão necessária. Meu pai trabalhou na Cranwood, filial da Simca do Brasil, por todo o periodo de Simca, desde 1959, e saiu em 1967, quando houve a mudança para Chrysler. Apesar de guri, transitei bastante na oficina, conheci vários mecânicos colegas de meu pai, especialmente aqueles que eram mais requisitados nas competições, entre eles o negão Juca (transmissão), Manoel Dias (motores). Meu pai fazia suspensão e escapamento. O motor dos Simca em geral, small block como dizem os americanos, de pequeno porte (2,4 litros), subquadrado, oferecia baixa potência, superaquecimento (comum nos flathead), etc. Os Simca Rallye que você se refere (com tomadas redondas no capô) eram de 1963, cujo motor (e também o do Presidence) dispunham da admissão para dupla carburação. Em várias ocasiões, na oficina, pude contemplar os #26 e #44 (de Jaime Silva e Ciro Cayres) que vinham da fábrica disputar nossas corridas. Pude ainda apreciar a carretera Simca (teto rebaixado). Vale uma observação: como o Dias recebia muitas informações de preparo de motor da fábrica, o acesso à área de motores era vedada a desconhecidos, por onde também transitei, sem ainda saber exatamente das particularidades. Quando a Chrysler adquiriu a Simca, muitos sairam: o negão Juca se estabeleceu com uma oficina própria, e mais tarde acertou na loteria federal e nunca mais foi visto; o Dias foi trabalhar na oficina do Aldo Costa, na av.`Praia de Belas, e todos os especialistas em Simca foram pulverizados...Quanto a meu pai, já falecido, apesar de sangue alemão, era conhecido na Simca com o apelido de "italiano".
Um abraço ao meu amigo dos DKW.
luiz borgmann

Roberto Giordani. disse...

Oi Borgmann !
Agradeço muito as tuas informações que vêm carregadas de uma preciosidade única.
Está esclarecida a minha dúvida.
O Manoel Dias que falas não tinha o apelido de "português?".
Agora vou te revelar um detalhe: este prédio da Cranwood que referes era na rua Garibaldi entre a Cristóvão Colombo e a Farrapos?
Um pouco mais para o lado da Farrapos e do outro lado da mesma Garibaldi, no nº 621, ficava a empresa que meu pai iniciou ali mesmo em 1937, ano em que eu nasci( Putzzz......como estou velho!!!)
Coincidência.........
Antes da Cranwood ali se instalar era uma oficina muito famosa de propriedade de um italiano.

luizborgmann disse...

Olá meu caro Giordani,
Sim, o Manoel Dias era conhecido principalmente como "Dias" cujo nome era pintado no carro do Aldo Costa posteriormente, já em Tarumã (VW). Mas também era conhecido pela alcunha de "Português", ou Manoelzinho. Era baixinho, tal como o Aldo, mas de um grande coração, "gente boa" como dizia meu pai. Morávamos no Ipanema, seguidamente o negão Juca e o Dias faziam churrasco conosco. O papo sempre eram os clientes, carros, etc e eu ali, atento escutando os detalhes sórdidos e as gargalhadas... Sim a Cranwood tinha escritórios no enderteço que menciona em tua mensagem, porque a Cranwood era na verdade conhecida como empresa de transportes marítimos, a "Mala Real Inglesa, Cranston Woodhead S/A", a qual existe até hoje, conheci alguns dos diretores, todos com origem inglesa. Mas a oficina da Cranwood se localizava na Av.Lima e Silva 776, onde hoje é o Shopping Olaria. Meu pai começou a trabalhar ali no inicio dos anos 1950 na época em que a Cranwood era concessionária dos automóveis ingleses Austin (os A16, A30, A40, A70, A90 e outros que a gente lembra). A Cranwood deixou de representar a "The Austin Motor Company" em 1959 para ser a filial da Simca do Brasil (Chambord, o charme francês em um carro brasileiro). Quanto à pilotada dos Simca, lembro a presença frequente na oficina de Aldo Costa, Antonio Pegoraro, Dante Carlan, José Asmuz...bem, aí eu preciso parar e pensar mais, porque tinha muita gente envolvida nas corridas. Lembro que meu pai trabalhava direto nas madrugadas que antecediam as corridas, principalmente antes das 12 Horas de Porto Alegre.
Grande abraço, meu caro.
luiz borgmann

Roberto Giordani disse...

Mais uma vez sou grato pela tua atenção. Os teus relatos do passado são uma perfeição.