De Getúlio Vargas para o Tarumã

No início deste ano falamos aqui do grande piloto Délcio Dornelles Neto. Contamos sua história, como tudo começou, aquela coisa toda... Lá no início, falamos da tentativa dele de fazer sua estreia nas 12 Horas de Tarumã de 1973 junto com o Pedro Tagliari em um Fusca de propriedade deste último, lembram?

Pois há poucos dias, o filho do Pedro, Leonardo, entrou em contato com o Blog e enviou algumas imagens do pai. Uma delas foi o Desafio da última semana, que o Renato, filho do Délcio, não deixou escapar e acertou na mosca, afinal, o Délcio aparecia ao lado do carro.

O Pedro é de Getúlio Vargas, cidade que tem uma história muito engraçada para contar quando o assunto é automobilismo. Graças ao Google, pude descobri-la e compartilhar com vocês. É só clicar aqui para ler. Fala da aventura de dois amigos, que na década de 50 queriam se tornar pilotos.

Bom, o material é muito rico de informações e belas imagens e vou publicar tudo a partir de agora. Começo com os preparativos da equipe para participar das 12 Horas de 73. Tem até a lista de inscritos com 39 carros. Pedro e Délcio ficaram com o 36º tempo, mas o grid tinha um limite de 35 carros e infelizmente não puderam participar.

Na imagem em que o Fusca está sobre o reboque, o Leonardo aparece no colo do pai. Ao lado deles está o responsável pela preparação da "barata", Paulo Cogo, que como não poderia deixar de ser, levava seu nome no pára-brisas do carro. Na imagem do box, aparece o Délcio encostado no carro e o Pedro de macacão e óculos. A expressão da turma não parece muito animada. Talvez já soubessem do resultado.

Agora as de 1974. As duas primeiras são dos 500 km de Tarumã, prova de abertura daquela temporada. Pedro teve como dupla o piloto Décio Ferreira.

Agora já estamos no Torneio Gaúcho de Velocidade que foi disputado em quatro etapas naquele ano. Pedro foi o vencedor da última, disputada no dia 23 de Junho. Vejam o registro da Folha da Tarde logo abaixo.

Os planos de Pedro para a temporada de 1975 era passar para a Divisão 1, que crescia a cada prova. Ele chegou inclusive a adquirir um Maverick, mas as prioridades da família, com os filhos crescendo, eram outras. A ideia de um dia voltar ficou guardada na gaveta. Assim, a passagem de Pedro Tagliari pelo automobilismo foi curta, rendeu uma vitória e boas lembranças que, mesmo após 35 anos, o mesmo número do Fusca, ainda não foram e nunca serão esquecidas por ele, pelo Leo e por todos aqueles que participaram dessa história.

Valeu, Leonardo! Valeu Pedro!

Fonte das imagens: arquivo família Tagliari.