sábado, 30 de maio de 2009

Luiz Ernani Mello

Faz tempo que um Desafio não é desvendado aqui no Blog. Acho que o último foi a Saboneteira do Ricardo Trein que corria em dupla com o José Bammann, patrocinados pelo Dosul nas 6 Horas de Tarumã de 1973.

O Paulo Schutz bem que tentou e chegou a reconhecer o Cezar "Bocão" Pegoraro, com aquela casa de João-de-Barro na cabeça (falem sério, aquilo era moda?). O Luiz Borgmann pensou ser o Décio Michel, mas não era. O piloto em questão, escorado na porta do Corcel, era um que sempre admirei pela forte tocada, Luiz Ernani Mello.

O próprio Mello entrou em contato comigo há poucos dias, dizendo que era um frequentador assíduo do blog. Que legal! Ele também enviou algumas imagens da carreira. Imediatamente enchi ele de perguntas, que foram respondidas na medida do possível. Traçada a linha do tempo, era hora de montar um post sobre ele.

Luiz Ernani Mello começou no automobilismo logo após a inauguração do autódromo de Tarumã. Ele não lembra ao certo, mas se não foi na prova inaugural, foi na segunda que por lá passou. Competiu com um Fusca #13 em uma prova reservada aos Estreantes e Novatos. Aquela foi sua única participação com esse modelo, que foi depois substituído por aquele Corcel #33 do Desafio da última semana. Com ele, participou de poucas provas, até que em 1972 teve de parar com o automobilismo por falta de verba.


Seu retorno foi no competitivo Torneio Carro do Povo, reservado aos Passats Divisão 1 no início dos anos 80. Guiando o Passat vermelho #33 da Sotriar, tornou-se um dos destaques da categoria, junto com outras feras como Sérgio e "Bocão" Pegoraro, Paulo Hoerlle, Délcio Dornelles, Anor Friedrich, Flávio Pilau, entre outros.


Em 1982 entrou para a equipe de Antônio Fornari na Copa Fiat 147, nos carros da Selenium. Mello era um daqueles que estava sempre no meio do empurra-empurra, com seu Fiat #37. Nesta categoria ficou até o ano seguinte e assim como nos Passats, foi um dos destaques nas duas temporadas.


No Campeonato Regional de Turismo esteve presente em boa parte das provas entre 1985 até 1989. Neste período competiu com Fiat 147, Chevette, Chevette Hatch e Passat. Teve como parceiros os pilotos Giolvani Fagundes, Luiz Carlos da Silveira, Flávio Pilau, Paulo César Jacometti entre outros.


Acima um dos primeiros registros do Regional de Turismo de 1985. Mello está de pé no centro da turma, de boné e óculos escuros.


Acima já estamos em 86, com a turma aumentando. Mello, de camiseta laranja, tem ao seu lado esquerdo, seu parceiro Paulo Jacometti. Abaixo mais dois registros daquele ano, quando acelerou os Chevettes do preparador "Diko".



Abaixo uma imagem de uma largada em Tarumã, 1987, com Mello acelerando o Passat #50 ao centro.

1988 foi o último ano em que fez parceria com o amigo - já falecido - Giolvani Fagundes, no Chevette #37.


No início dos anos 90, Mello teve participações no Gaúcho de Marcas com os pilotos Cláudio Salomão, Ricardo Di Leone e novamente Flávio Pilau, com quem formou dupla por dois anos (93 e 94) no Voyage #12, inclusive registrando algumas vitórias.

Abaixo uma prova do Gaúcho de Marcas de 1993. Se não me engano foi nessa uma das vitórias da dupla Mello/Pilau...


...que continuou junta em 1994.


Ainda em 93, conquistou uma de suas maiores vitórias, as 12 Horas de Tarumã com a parceria de Sérgio Cardoso e Vitor Hugo Castro.


Após um tempo afastado, o piloto retornou em 1999 para algumas provas com o filho Felipe na Copa Fiat em um carro preparado pelo "Manivela".

Ao encerrar um de seus e-mails, Luiz Ernani Mello disse que tem muito orgulho de ter participado do automobilismo, ainda mais no meio das tantas feras com as quais teve oportunidade de correr. A modéstia, é claro, não deixou ele admitir, mas para muitos - onde me incluo - ele também era uma delas.

Valeu, Mello! Aguardo tuas outras fotos.

Fonte das imagens: Fotos Vilsom Barbosa - arquivo Luiz Ernani Mello, arquivo Ronaldo Nique, arquivo Antônio Fornari, arquivo Délcio Dornelles, revista Quatro Rodas, jornal Esporte Motor, jornal Pit Stop e jornal Zero Hora.

4 comentários:

Paulo Schütz disse...

Realmente não sabia da participação do Mello anterior ao Passat vermelho. Bela lembrança, piloto muito rápido e combativo e figura das mais simpáticas.

Anônimo disse...

Sanco cada vez mais este seu espaço é aberto para conhecermos os botas de todos os lados.
grande abraço tche...

Anônimo disse...

Your blog keeps getting better and better! Your older articles are not as good as newer ones you have a lot more creativity and originality now keep it up!

Unknown disse...

Pericles Roberto Gottardi,o corsel que aparece na foto é o meu corcel,não do Luiz Mello,o numero 33 sempre foi usado por mim,como tambem no fusca que corria.Este carro era preparado pelos meus mecânicos Alceu e Alonso Schimit,quebrou o motor nos 500KM,de Tarumã,o carro era amarelo,esta e a correção que deve-se fazer.