Com a retirada do patrocínio da Volkswagen no início de 1981, as categorias Fórmula VW 1300, 1600 e Torneio Nacional Passat ficaram "a ver navios". Isso fez com que equipes, pilotos e preparadores se organizassem no sentido de dar continuidade aos campeonatos. A Fórmula VW 1300 acabaria trocando de motores e se tornando Fórmula Fiat. O Torneio Passat permaneceu com disputas regionais. Com a Fórmula VW 1600 não foi diferente. Apenas quatro dias após o anúncio oficial da montadora, as equipes da categoria se reuniram e bastou alguns minutos para uma antiga ideia ser colocada em discussão. Nascia assim a Fórmula 2, com a abertura para várias marcas de chassis e motores.
Para o dia 19 de Abril de 1981 em Brasília, na prova de abertura, eram esperadas muitas novidades e algumas realmente apareceram, como chassis Bino com motor Chrysler, Polar com motor Fiat, outro com motor Corcel entre outros. A ideia de Francisco Feoli e de seu preparador Jorge Martinewski era a de utilizar o mesmo chassi Polar mas com algumas alterações aerodinâmicas. Assim, contando com a ajuda do amigo Aloisio Mamed Adib, que era arquiteto, foi desenhada uma nova carenagem, começando com o esboço abaixo.
Vejam que inicialmente o motor VW a ar seria mantido, mas logo depois a ideia do motor Passat surgiu.
Vejam o produto final, já com o motor Passat instalado.
Muitos testes foram feitos em Tarumã e a imagem acima é provavelmente de um deles. O carro não ficou pronto para a prova de abertura e acabou fazendo sua estreia na segunda prova, no Rio de Janeiro.
Abaixo aparece o mesmo carro, já com outra pintura, aquela que seria utilizada por muitos anos no carro de "Chico".
Apesar do projeto inovador, na pista as coisas não andaram muito bem e pelo que consta, "Chico" pensou até em abandonar o automobilismo.
Foi aí que Pedro Muffato construiu o primeiro chassi Muffatão, cópia do Berta argentino, e adaptou um motor Passat. "Chico" ficou fascinado com o novo carro e foi o segundo a adquirir tal chassi. O resultado da troca não poderia ter sido melhor. Já na primeira prova, vitória no Rio de Janeiro, após enrosco na última volta dos líderes Alfredo Guaraná Menezes e Vital Machado. Graças a essa vitória, "Chico" ganhava novo gás e permanecia na categoria para a alegria de seus fãs.
Fonte das imagens: arquivo "Chico" Feoli.
Muitos testes foram feitos em Tarumã e a imagem acima é provavelmente de um deles. O carro não ficou pronto para a prova de abertura e acabou fazendo sua estreia na segunda prova, no Rio de Janeiro.
Abaixo aparece o mesmo carro, já com outra pintura, aquela que seria utilizada por muitos anos no carro de "Chico".
Apesar do projeto inovador, na pista as coisas não andaram muito bem e pelo que consta, "Chico" pensou até em abandonar o automobilismo.
Foi aí que Pedro Muffato construiu o primeiro chassi Muffatão, cópia do Berta argentino, e adaptou um motor Passat. "Chico" ficou fascinado com o novo carro e foi o segundo a adquirir tal chassi. O resultado da troca não poderia ter sido melhor. Já na primeira prova, vitória no Rio de Janeiro, após enrosco na última volta dos líderes Alfredo Guaraná Menezes e Vital Machado. Graças a essa vitória, "Chico" ganhava novo gás e permanecia na categoria para a alegria de seus fãs.
Fonte das imagens: arquivo "Chico" Feoli.
5 comentários:
Sanco, dois detalhes: 1º) a segunda corrida do campeonato de 1981 foi em São Paulo e não no Rio de Janeiro. A corrida de Jacarepaguá, que o Vital Machado ganhou, foi a terceira. 2º) essa corrida final foi inacreditável. Feoli venceu e acabou desclassificado por um comissário chamado Manolo, que alegou irregularidades no motor Passat, com uma bomba d'água de Fiat adaptada pra funcionar melhor. O Pedro Muffato conseguira essa homologação com o Bruno Brunetti, que era o principal comissário técnico da época, mas o Manolo não conversou. Depois a desclassifcação foi revogada e o Dárcio dos Santos - que fora campeão devido à punição ao Feoli - perdeu o título pro Guaraná Menezes.
Abração!
Caramba, que coisa linda aquele Polar.
Lembro também do Polar do Álvaro Buzaid, que tinha esse tipo de carenagem mais moderna, porém com motor a ar.
Continua com as fotos e as histórias por favor....
Para a época do desenvolvimento do Polar-Passat 1600 creio que o bloco utilizado era o do antigo Passat TS, código BS (1588 cm3, 79,5x80), gasolina. Se alguèm souber, estes motores naquela época já giravam a quantas rpm e qual a potência alcançada e a que taxa? O retrabalho era livre na época (alívio ou retirada de material) ou os componentes internos já eram liberados importados, tais como pistões, bielas, virabrequim, comando, cabeçotes, carb, adm e etc até porque a motorização não era padronizada. Me parece que para não morrer frente aos custos, a F2 Brasil logo se juntou aos hermanos criando a F2 Sur. Em tempo, os motores Chrysler utilizados pelos hermanos eram os do Dodginho com 1600cm3 que apesar de projeto antigo, mostraram supremacia no periodo inicial da sulamericana. A propósito, esse carro do Feoli tão logo concluido (Polar-Passat) foi exibido em uma feira de Esteio (Expointer), e que fim levou esse carro?
luiz borgmann
Aproveitando a abertura deste post com o assunto da Formula 2 BR, lembro que em uma etapa, de Guaporé, o Egon botou seu F-Ford adaptado a esta categoria, surpreendeu e apavorou a concorrencia. Não tenho certeza de que foi exatamente neste ano, mas me parece que foi a única participação. Será que já era com a participação dos hermanos? Tinha equipamento do Horst alí?
luiz borgmann
Guaporé 1982, foi a corrida em que o Egon correu com o seu Fórmula Ford. Ele andou bem até quebrar a manga de eixo - salvo engano.
Postar um comentário