"Comecei no automobilismo gaúcho em 1972 fazendo a escolinha do Cláudio Mueller. Já foi uma paulera. Tinha o Victor Steyer como aluno e daí os dois queriam ser o melhor da turma.
A minha primeira corrida naquele ano foi as 12 horas de Tarumã com o Raul Machado, que era dono do Fusca #34 e o Sergio Noronha, com a preparação do Romeu. Tiramos segundo lugar na categoria e terceiro na geral.
Em 1973 resolvi fazer meu carro. Comprei o Fusca do Rogério Monteiro que estava parado na oficina do Zé Guedes, e acertei com o Romeu para ser meu preparador, que era na base de PAITROCINIO (Laboratório Marques D’Almeida) e coloquei o número 16, o qual me acompanhou por vários anos.
Já na primeira corrida com meu carro novo, consegui fazer o recorde da pista de Tarumã na minha categoria, virando 1min20s, no qual saiu na contra-capa da Zero Hora: "Fusca anda na frente dos Opalas".
Corri também em algumas provas em Curitiba e São Paulo pelo Campeonato Brasileiro Divisão 3 e todas do Campeonato Gaúcho, acabando como Vice–Campeão Gaúcho de 73. Ganhei também nesse ano o troféu de Piloto Revelação.
Nas 12 horas de Tarumã daquele ano corri com o Leonel Friedrich e o Raffaele Rosito. Largamos na pole position, cada um disputando o melhor tempo entre nós mesmos. Acabou que na quinta hora o motor quebrou na mão do "Chuleta".
Participei também das 1000 Milhas Brasileiras com o Voltaire Moog no Fusca 16 preparado pelo Romeu, onde acabamos em segundo lugar na categoria, 35 segundos atrás do Guaraná Menezes e sexto lugar na geral. Com esse resultado fui convidado a participar como piloto do carro da equipe Gledson Amador no lugar do Julio Caio, sendo que seria a última etapa do Campeonato Paulista e o outro carro da equipe era pilotado pelo Japonês Voador (Edson Yoshikuma).
Na classificação fiz a pole position e bati o recorde da pista na categoria. Foi uma festa nos boxes! No domingo, quando estávamos alinhados, caiu uma chuva e na correria os dois pneus dianteiros de chuva estavam montados errados e as rodas descentradas batiam nas pinças. Larguei com pneus slick na dianteira e os de chuva na traseira. Foi a única vez na minha vida que larguei em primeiro e na primeira volta já estava em último, após ter rodado na pista quatro vezes rsrsrsr. Entrei no box, falei com o Amador e resolvemos desistir."
As imagens abaixo mostram alguns momentos dos primeiros anos da carreira de Bruno. As duas primeiras são de 1973, sendo que a segunda é das Mil Milhas de Interlagos e mostra Bruno, seu pai, o preparador Romeu, Voltaire Moog e um ajudante da equipe. As duas últimas são de 1974, quando ocorreu a estreia da equipe Panitz-Velgos.
Em breve, mais sobre essa história.
Fonte das imagens: arquivo Bruno D'Almeida, Joel Echel e Antônio Freire.
Um comentário:
Cara !
Lembro do Bruno, era o carro mais bonito do grid, verde escuro com as letras verde claro. Mas eu gostava mesmo era do 70.
Abraço.
Pedrão - SMO/SC
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