quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nunca se apagaram

O assunto do blog hoje é cortesia do Clóvis Irigoyen, que nos traz uma raridade.

"Prezado Leandro,

Vejo com prazeroza saudade as suas matérias sobre o automobilismo gaúcho dos anos "70", e te parabenizo por sua dedicação. Dentre todas as matérias que pude ler, no capítulo sobre os irmãos Iglesias, você pede que quem tivesse algo sobre o Opala deles lhe enviasse. Assim, envio a você uma foto antiquíssima que ainda tenho daquele carro. Foto esta obtida no mês de Abril de 1973, meses antes do fatídico acidente do qual eu fui testemunha ocular.

No dia de tal acidente eu trabalhava no box da "Cirauto" de Curitiba, que vinha como convidada para aquele evento, e com a coordenação do baixinho, seu Claude. Lembro até hoje dos detalhes do fato. Tais lembranças nunca se apagaram. Vez em quando ainda acordo à noite pensando naquilo.


Abraços,

Clóvis Irigoyen"

Essa é a primeira imagem clara do Opala #85 que aparece aqui no blog. Acima ele aparece na entrada do Tala Larga, em Tarumã. Dizem que o carro era uma bala... Obrigado, Clóvis.

Fonte da imagem: arquivo Clóvis Irigoyen.

6 comentários:

Roberto Giordani. disse...

Oi Sanco!
Quem viu, como eu vi, aquele carro andar em Tarumã com motor de 4 cilindros ( é isto mesmo 4 cilindros)ficou impressionado, pois era mais rápido que os tempos dos 6 cilindros deles mesmos, e possivelmente pudessem se igualar ao do Tedesco que era o mais rápido D III da terra local.
Apenas alguns dias antes daquele fatídico dia de 21 de Outubro de 1973, alguma coisa fez o motor de 4cilindros explodir, sendo substituído pelo de 6 cilindros que não tinha o desempenho do de menor cilindrada.
O restante da história todos conhecem.
Alguém saberia dizer os melhores tempos do Opala do Júlio naquela época? vou arriscar dizendo que ficava ao redor de 1'15", pois as fusquetas 1.600 cc.(?)muito bem preparadas da época e muito rápidas andavam em 18 ou 19 e o Tedesco abria delas com certa facilidade: o Esbroglio e o Nico podem confirmar.
Um grande abraço a todos.
Roberto Giordani.

Leandro Sanco disse...

Giordani,

A reportagem da época, mostra que naquela prova, os Opalas do Ivan, do Dado Andrade e do Julinho viraram 1'17". O do Pedrinho virou 1'20".

Vou em busca de mais alguns registros e publico em breve, se encontrar.

Abraço a todos.

Paulo Schütz disse...

Giordandi,
Naquela prova, a pole foi do Dado Andrade, se bem me lembro, na casa de 1'17", sendo que o Tedesco e o Iglésias também viraram próximos. O Pedrinho virou algo em torno de 1'19". As fusquetas viravam próximas aos 1'22".

Roberto Giordani disse...

Caros amigos Sanco e Paulo!
Muito obrigado pelas informações dos tempos.
Dá para ter idéia de como andavam as viaturas a 37 anos passados.
Vou aguardar mais dados.OK?
Um grande abraço a todos.
Roberto Giordani.

Anônimo disse...

O mestre Giordani faz uma revelação,de que no acidente o Iglesias não estava com o famoso motor argentino 4 cilindros;para mim novidade.Esse motor 4 está há muitos anos aqui e Passo Fundo com o Aldo que correu muito em arrancada.Com esse engenho deu pau em meio mundo;assim como o famoso Cesar Dini de São Miguel do Oeste. É uma jóia e ele não vende,não dá e não empresta. Tem tampas aletadas e a capacidade deve chegar a 3 litros,e o bloco é Chevy mas não era de Opala.O Aldo também ficou com o Maverick Berta Hollywood por muitos anos após adquirir do Edison Troglio(Ferrinho);mas aí já entra outra história. PAULO TREVISAN

Roberto Giordani. disse...

Oi Trevisan!
Existe um outro fator que pode corroborar que o motor 4 cilindros estava fora do cofre do 85 no acidente: praticamente nada sobrou da viatura ao queimar-se.
Pelos detalhes que contas, possivelmente este motor de 4 cilindros, que realmente era uma fera, foi vendido pelos Iglesias, recuperado mecanicamente e seguiu com seu fantástico desempenho.
Um grande abraço.
Roberto Giordani.