O GP de Monza no dia de ontem serviu para lembrar e comemorar os 40 anos do título do Emerson Fittipaldi na Fórmula 1, conquistado lá mesmo na Itália. O amigo Fernando Maurano aproveitou a deixa e mandou uma homenagem ao velho Rato, no tempo em que a F1 para ele ainda era um sonho distante.
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2 comentários:
Quando o conheci, no aeroporto Salgado Filho, em dezembro de 1970, quando veio para a prova extra da Copa do Brasil, o que mais me chamou atenção foi o "blazer" com a inscrição da Bardhal. Este então adolescente nunca tinha visto issso. Na lolinha laranja, brincou, sem chance para o príncipe do 908. Juan de Bagration viu de dentro da pista aquilo que a multidão assistiu: Uma pilotagem altamente precisa, como se estivesse sobre trilhos, tal a suavidade com que o "Rato" tocou a T-210. Um estilo de pilotagem que hoje é considerado superior, sem movimentos nervosos no volante, agindo de modo cerebral, pensado. Gênio antes de seu tempo; muitos consideram que um piloto deve arriscar tudo a cada instante para ser bom e por isso, detratam o Emerson. Esquecem que um sujeito que pilota do modo que fez na indy, sendo agressivo muitas vezes, é por que ele sabia o que fazer em cada momento. Gênio do volante. Posso dizer que naquele ano (1971) vi duas apresentações de um dos maiores mestres do volante que já existiram e isso me marcou para sempre.
Olá amigos,
Quando Jim Russell, ex-piloto e dono da escola de pilotagem Jim Russell Racing Drivers School, da Inglaterra, estendeu a mão para Emerson, enxergou neste brasileiro a capacidade de pilotagem e o conhecimento mecânico. Não estava errado. Sem Jim talvez tivesse sido diferente. O restante da história todos sabemos. As conquistas levaram a imagem do Brasil a todos os continentes. Nas entrevistas que concede, a modéstia, simplicidade e simpatia deste brasileiro orgulha a todos. Lembrei também que, em visita à residência do grande piloto gaúcho Antonio Sartori, este me mostrou, emoldurado, o certificado que recebeu da Escola de Pilotagem de Jim Russell, com méritos, cuja turma do Sartori reunia também outros personagens, que alguns anos depois fariam parte do seleto grupo da Fórmula 1.
luiz borgmann
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