sábado, 28 de fevereiro de 2009

José Pedro Sinibaldi

Dia desses falávamos sobre a prova Encosta da Serra de 1969. Surgiu o assunto do DKW dois motores do José Pedro Sinibaldi. O Trevisan chegou a comentar que seria um furo nacional encontrar uma imagem desse carro. E não é que o Cláudio Sinibaldi, filho do próprio piloto, descobriu o Blog e resolveu entrar em contato? Que bacana! Assim surgiu o último Desafio. Consegui até o telefone do pai dele, mas ainda não tive tempo para fazer um contato e ouvir umas histórias. Estou em férias e aproveitando para fazer umas reformas no apartamento e, como sabem, o Blog não é prioridade. Certamente em breve farei o contato e vocês saberão mais sobre aquele carro e também sobre algumas histórias, como a ultrapassagem do José Pedro sobre o BMW do Chico Landi num 500 km de Porto Alegre.

Enquanto isso, publico o material que me foi enviado pelo Cláudio, que mora em Campinas.







Na sequência: na prova Encosta da Serra de 1969, depois nos 500 km de Lages de 1968, prova vencida pelo outro carro da equipe Aragano, com Dino Di Leone. O registro do jornal, mais abaixo, mostra a foto do DKW #59 com o José Pedro ao volante como se fosse o carro do Dino (#58). O Cláudio me contou que seu pai vinha em primeiro, mas quebrou quando este passou o carro para seu tio, o Luiz Felipe. Depois outro registro do jornal da prova Antoninho Burlamaqui de 68, mostrando o carro com as quatro rodas no ar. Por fim, uma imagem de uma prova em Curitiba.

Assim que possível, mais informações sobre o Sinibaldi, a Equipe Aragano, o DKW dois motores, entre outras histórias.

Valeu, Cláudio!

Fonte das imagens: arquivo Cláudio Sinibaldi.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Utilidades Domésticas

O "Lambe-Lambe" não perdoava...


...e sempre que podia fazia piada do primeiro que passasse na frente. Até do respeitável Dino Di Leone.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Enigma Estigmatizante

O piloto de Farroupilha, João Clênio de Campos, era outro alvo das constantes piadas do "Lambe-Lambe". João, como todos sabem, acelerava muito e as piadas eram sempre por causa da sua baixa estatura.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dicas do Vestibular

De hoje até sexta vou publicar algumas pérolas do tempo da coluna "Mão-de-Pau", escrita pelo "Lambe-Lambe" no jornal Esporte Motor.

O piloto Ervino Einsfeld era seguidamente "homenageado" pelo escriba, mas não por ser um "Mão-de-Pau", mas pela amizade que havia entre eles.

Como sabem, Ervino sempre correu com o #96 nos seus carros. Talvez o mais famoso deles tenha sido o Corcel I.


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Desafio da Semana

Sem dicas, com apenas um comentário: um baita achado.

Digam o que é isso, quem, quando e onde.


Mãos à obra! E um bom Carnaval a todos. Voltaremos na Quarta-feira de cinzas.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O piloto-escriba-retratista

Há pouco tempo descobri que um cara, que é, entre outras coisas, fonte de inspiração para este blog, também deu lá suas aceleradas. Estou falando de Vilsom Jair Barbosa, o inesquecível "Lambe-Lambe", fotógrafo que registrou toda a história do automobilismo gaúcho nos anos 80 e início dos 90. Vilsom é a resposta para o último Desafio, conforme o Paulo Schutz já informou. Por sinal, o próprio Paulo também participou daquela prova de kart, e venceu, mas não levou. A prova era reservada para jornalistas. Não sei o que ele estava fazendo metido no meio dos outros... Explique-se, Mestre Schutz.

Buenas, o "Lambe-Lambe", além de fazer ótimas fotos, escreveu durante um tempo, no saudoso Jornal Esporte Motor, uma coluna muito bem humorada e que tinha como tema, é claro, o automobilismo. A coluna denominada Mão-de-Pau fez sucesso e abordava de uma maneira descontraida os principais acontecimentos desde as competições regionais até a Fórmula 1. O nome da coluna era uma, digamos, "homenagem" aqueles pilotos desprovidos de talento e que não aceleravam uma batata frita, como ele mesmo dizia. A, até hoje lembrada, Oração de São Jimo era um sarro e sintetizava a opinião dele sobre os tais pilotos.

Foi durante a pesquisa sobre o Campeonato Regional de Turismo de 1989, que descobri o nome dele em meio à pilotada que participou naquele ano. Fiquei muito surpreso e imediatamente enviei uma mensagem a ele que logo me respondeu com alguns dizeres que reproduzo a partir de agora.

É com muita satisfação que passo a palavra (ou seria teclado?) ao "Lambe-Lambe".

"Tchê, Leandro:

Pois, por incrível que pareça, o fotógrafo também tinha lá suas veleidades, como piloto. Na verdade, estreei em 1976, num fusquinha 1300, na mesma data em que estreou o Evaldo Quadrado, o Moacir Ughini, o Itamar Bianchesi, o Bagulho. Sei que éramos oito carros ao todo e, para variar, choveu. Eu, que sempre gostei dágua, com um motorzinho 1300 consegui passar da saboneteira 1600 preparada pelos irmãos Reginatto, pilotada por alguém apelidado de Cibié. Passou a chuva, ele voltou a me passar e cheguei em último ... Mas o maior elogio que recebi até hoje, como piloto, foi do Lino, ou Dennis, quando fui pedir uma ajudinha deles, para me fazerem um motorzinho mais forte. Claro que negaram, pois sua retificadora tinha filas de pilotos duros pedindo a mesma ajuda. Tentei argumentar que, caso me ajudassem, obteriam maior retorno publicitário, pois, se com um motor mil e trica, tinha andado na frente do motorão deles, que se poderiam esperar se eu tivesse o mesmo equipamento da ultrapassada saboneteira? Ao que respondeu: - E tu achas que eu engulo essa de que teu motor era 1300 original? Como eu sabia que era, tomei aquilo como o, talvez, único elogio de minha carreira pilotística.

Também andei correndo no Campeonato Brasileiro de 1976, onde corri ao lado de Toninho da Matta, Paternostro, Sipos, etc. E até houve uma corrida em que, com chuva torrencial, consegui classificar um Passatinho normal, queimando óleo, na frente de vários TS, o sonho de todo o piloto da época.

Corri no Campeonato Gaúcho de Fiat de 1978, até a terceira etapa, quando terminaram os pilas e larguei as pencas. Na segunda etapa de Guaporé, consegui deixar para trás, inclusive, sabes quem, nas classificatórias? O Nêne Fornari. Fiquei em sétimo no grid e ele em 14º. Mesmo assim foi o único que me quebrou o galho, vendendo pneus, pois o duro aqui fora com pneus já baleados e um estourou nos treinos. Era no tempo dos pneus lixados e um cara do Paraná, com pilhas de pneus nos boxes, sabendo dos tempos que eu, sem patrocínio e sem equipe, andara fazendo, negou-se a me vender um único, alegando que poderia precisar durante a corrida ... Oito pneus numa corrida só ... Como o Nêne só tinha pneus sem lixar, tive que largar perdendo quase dois segundos por volta. E note o cavalheirismo do cara: me deu o pneu e disse que eu somente fosse pagar lá na loja do seu Breno, na sertório com Farrapos, durante a semana. Tempos bons aqueles ... Claro que paguei. Na corrida caí para penúltimo por causa dos pneus sem aderência. Quando o desgaste permitiu tempos melhores, ultrapassei dois carros e, frustrado, por ver que carros de corrida somente andam a poder de muito pila, cheguei nos boxes vendendo a bagulhada toda e larguei tudo, somente voltando a correr em 1987, se não me engano, em parceria com amigos que aceitavam ceder um lugar no volante, em troca de fotos. Outra vez a amizade, permitindo a realização das pretensões pilotísticas ...

Corri com a equipe do Joca (João Camargo Jr) e do Anildo Sukatinha e também com o Délcio Dornelles. Com este, poderíamos ter chegado em sexto, nas Seis Horas de Guaporé de 1989, não fosse a imensa sede com que foi ao pote um primo do Tadeu Matuzalém, que detonou a barata no terço final da corrida, quando estávamos louco de bem, mais por mérito do Délcio, é claro. O cara (esse Matuzalém) chegou fazendo em corrida de endurance, tempos melhores do que os da classificação. Só podia dar merda ... Saliento que nessas provas, como os carros me eram cedidos a preço de foto, eu pilotava na ponta dos dedos, com a maior preocupação de não estourar o equipamento ou dar um estampaço.

Era por ver gente que, de fato era pior do que eu, que apelidei minha coluna de "Mão-de-Pau". Para conseguir ser pior do que eu, só sendo muito mão-de-pau ... Também corri no saudoso Autódromo Eduardo Cabrera, em Rivera, onde fui até terceiro colocado no campeonato deles. E tinha mais do que três carros, ih, ih, ih .... As folias que a gente fazia lá, duvido que se consiga fazer agora. A corrida era apenas uma parte da diversão ...

Quanto aos braços de madeira, sabes que em alguma edição do Mão-de-Pau, desci a lenha nalguns pilotos que ficaram falando "mal" de mim, que não acelerava, que era uma lesma paralítica, etc? Ali eu esclareci que corria de favor, tremendo de medo para não bater as baratas, sem grana para pagar o conserto, no caso dum tronchaço, que , de fato, não era piloto e, sim, fotógrafo, que fazia boas fotos, tanto que eles compravam, que era escritor-humorista, tanto que me liam. Agora, queriam o que? Que eu fosse, também, melhor piloto do que eles? Só faltava quererem que eu fosse bonito e gostoso, roubando também o mulherio para mim ...

Lembro que fui entregar umas fotos ao Jorge Fleck justamente no dia em que recebeu o Esportemotor. Aí ele falou: "Não esquenta , Lambe-Lambe. Tu tá com a razão. O que esses caras queriam, que tu parasses de fotografar, pusesse o macacão e ganhasse a corrida?" E era exatamente o que acontecia. Lembro da vez em que cheguei no box e o Anildo estava uma arara comigo: "Pô , Lambe-Lambe, faltam apenas cinco minutos pro nosso carro entrar no box e tu sumido?"- Ué, se eu não fotografo o pessoal, além de ser mau piloto, também viro mau "retratista". Sou Mão-de-Pau, mas profissional responsável. Terminei de colocar o macacão, na verdade um abrigo com o nome e grupo sanguíneo, esperei o Joca entrar nos boxes e saí acelerando o Chevettinho verde. Fiz as minhas duas horas, passei a mão nas câmaras e segui, dê-lhe foto ... Dentre os 38 carros, chegamos em 16º ... Com um retratista na equipe ... E uns que outros, aqueles que aprontavam e nos quais eu descia a lenha, tentavam se vingar me chamando de mau piloto. Claro que era, mas consciente e me divertindo para mais de metro ... Ih, isso rende histórias ..."

Perguntei ao "Lambe-Lambe" sobre o fotógrafo Pé-Friu (ou Frio), que fez muitas fotos nos anos 70:

"O Pé-Frio ou (Friu) foi sucedido por minha humilde pessoa, pois havia se mudado para SP. Lamentavelmente veio a falecer com apenas 51 anos, até falei no Mão-de-Pau, que devia ser pela incomodaçáo de tanto levar cano de certos pilotos ..."

Sabendo que ele tinha coberto todas as provas dos anos 80, fiquei em dúvida sobre quem havia registrado seus momentos na carreira pilotística. Ele me respondeu...

"E sabes quem fazia algumas fotos para mim? O Chico Feoli. Eu, um Mão-de- Pau, era fotografado, isto mesmo, por um bota da Fórmula 3 Sul-Americana. Gente fina é outra coisa. O Ayrton Mitzuck e o Walter Boor também colaboraram com a documentação de minha meteórica carreira. Na prova do kart, o fotógrafo foi provavelmente o Arlindo Schunck Filho."
Bom, falando em fotos, vamos a elas:









Na sequencia, com os dizeres do próprio: "a estréia em 24 de julho de 1976, século passado, portanto; depois o bom desempenho na chuva, com o Passat, foi em 19 de junho de 1977. Dei um estampaço na dois, que fiquei com a suspensão toda fora de esquadro e não me deixaram largar na segunda bateria; a prova que liderei em Rivera, com o Passat 77 foi também em 77; a classificação ao lado do Renato Conill foi em 28 de maio de 1978. Acho que eu larguei em sétimo. A outra é da mesma prova; a vitória no Kart foi em 13 de dezembro de 1981. O kart era uma bala; na foto do Regional de Turismo, fui fotografado pelo Feoli em 1987 (dez anos depois de haver interrompido a "carreira"); a última é das 6 Horas de Guaporé de 89. Um baita abraço."

Antes de se despedir, o "Lambe-Lambe" deixou um recado, informando que também havia entrado na blogosfera: "o meu é voltado ao aerodesporto, especialmente ultraleve, onde participo ativamente, tendo uma pandorguinha e, morando aqui em São Vicente, onde tenho uma chacrinha com pista e tudo. Para variar, por falta de pilas (ainda sou fotógrafo) o hangar é uma cobertura de lona." Para acessar o blog clique aqui. Lá vocês poderão ler as histórias do Deoclécio (sempre acompanhado da égua Xuxa e do cusco Ventania) que agora está tentando virar piloto de avião.

Aproveito para registrar aqui que todas ou quase todas as fotos dos anos 80 que aqui foram publicadas são de autoria do "Lambe-Lambe". Quase sempre coloco como fonte o dono das fotos, mas vou me policiar para, quando aparecer o nome "Vilsom" no canto de baixo dos retratos, divulgar o nome dele também. Outro recado que quero também deixar aqui é que o "Lambe-Lambe" tem todas as fotos que fez guardadas em sua casa. Se algum piloto queira entrar em contato com ele é só ligar ou mandar e-mail para os contatos dele que estão divulgados na coluna da direita aqui do Blog.
Valeu, "Lambe-Lambe"! Fiquei muito contente com teus dizeres e tuas imagens.

Fonte das imagens: arquivo Vilsom Barbosa e arquivo Délcio Dornelles.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mais Mavericks

Para delírio do Caranguejo e outros fãs dos Mavericks, o Renato Pastro contribuiu com essas imagens daquele torneio. As melhores até agora. Vejam o que era aquele último, desgarrando na curva. Me lembrou aquele filme que o Emerson Fittipaldi fez em Interlagos com um desses: "O Fabuloso Fittipaldi". Deve ter no YouTube.





Fonte das imagens: arquivo Renato Pastro.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Torneio Brasileiro de Campeões

Atendendo um pedido do amigo Caranguejo, que nunca tinha visto imagens desse Torneio, o qual falei na última semana, hoje publico duas encontras no www. Talvez tenham vindo do excelente site do Carlos de Paula, que já escreveu a respeito.


A primeira é de Interlagos, local da primeira prova e a segunda de Brasília.

No texto do Carlos de Paula estão os resultados e os nomes de vários pilotos que competiram nas duas provas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ainda em 89

Há 20 anos o automobilismo brasileiro vivia um ótimo momento. No Rio Grande do Sul, as competições locais, como o Regional de Turismo, sobre o qual falei nos últimos dias, também demonstrava sinais de muita saúde.

Eram quatro as categorias de expressão nacional. A Fórmulas Ford, com Rubens Barrichello, Pedro Paulo Diniz, Tom Stefani, André Ribeiro entre outros, a Fórmula 3 Sulamericana que entre seu grid tinha Leonel Friedrich, Christian Fittipaldi, Augusto Cesário e "Bocão" Pegoraro, a Stock Car dos ainda não tão Jurássicos Ingo, "Paulão", "Chico" Serra e "Fabinho" Sotto Mayor e o Brasileiro de Marcas e Pilotos, a chamada Copa Shell, que além desses últimos quatro pilotos, trazia ainda grandes nomes dos carros de turismo dos anos 80.

Lembro que acompanhei essas quatro categorias de perto, fosse nos autódromos daqui, nas revistas Grid e Auto Esporte ou na mesmo na TV. A Copa Shell chegou a visitar Tarumã duas vezes naquele ano e estive presente nas duas. Na primeira aconteceu aquele terrível acidente com o Amadeu Rodrigues - que lembrarei em breve - e na segunda um outro forte acidente, dessa vez apenas com danos materiais, que aconteceu na saída da curva 9, envolvendo sete carros.

Pois, dia desses encontrei o amigo Régis Andrade lá no Tarumã e ele me falou que tinha recebido de um amigo algumas fotos daquela prova e daquele acidente. Aproveito então para publicá-las aqui e publicar também mais algumas que fiz daquela prova, que assisti na curva 3.

No grid estavam 23 carros, liderados pelo Voyage #6 da dupla Waldir Buneder e Antônio Sartori, que entrara já na fase final do campeonato. Ao seu lado, para alegria do torcedor gaúcho, o Chevette #1 de Evaldo Quadrado e Serge Buchrieser. Outros gaúchos estavam em bom número naquela prova. O Voyage #17 de Fábio Bertolucci e Ronaldo Ely, largava da quarta posição, o Voyage #54 de Antônio Fornari e Amadeu Moeller da sexta, o Uno #70 de Aroldo Bauermann e Luiz Carlos Kuenzer da oitava e o Voyage #11 de Álvaro Torres Jr. e Jorge Fleck da 15ª posição.

O início da prova foi muito disputado, com várias trocas de posições no pelotão dianteiro. Com 12 voltas completadas, um acidente entre os Passats de Marcelo Gomide e Luis Paternostro deixou os dois carros atravessados na saída da curva 9, causando uma sucessão de batidas que envolveu o Escort #45 de Cláudio Girotto/Paulo Júdice, o Passat #7 de Marcelo Gomide/Augusto Ribas, o Voyage #54 de Amadeo Moeller/Antônio Fornari, o Voyage #6 de Waldir Buneder/Antônio Sartori, o Passat #27 de Egídio Micci/Luiz Paternostro, o Voyage #11 de Álvaro Torres Jr/Jorge Fleck e o Voyage #5 de Jorge Freitas/Áttila Sipos. O Chevette #1 de Evaldo Quadrado/Serge Buchrieser também sofreu avarias, mas conseguiu escapar.

A primeira bateria foi paralisada por uma hora e meia. No reinicio, Ingo Hoffmann assumiu a ponta e foi até o final, seguido por Buchrieser, Rogério dos Santos, "Toninho" da Matta, Fábio Bertolucci e Alexandre Negrão.

Na segunda bateria o que se viu foi um show de Ronaldo Ely, levando o carro da Rinaldi Racing da quinta para a primeira posição já nas primeiras voltas, conseguindo descontar os 25s de desvantagem em relação à dupla do Escort #47 Ingo Hoffmann/Fábio Greco. Na soma dos tempos, a diferença foi de apenas 44 centésimos de segundo.

O resultado final da prova foi o seguinte:
1º #17 Voyage- Fábio Bertolucci/Ronaldo Ely - Rinaldi, 62 voltas
2º #47 Escort-Ingo Hoffmann/Fábio Greco - Cofap/Golden Cross/Sabó
3º #18 Passat- Armando Balbi/João "Capeta" Palhares - Texaco/Apolo
4º #20 Passat- "Toninho" da Matta/Gunnar Volmer - Juvena/Tesa/Mobil
5º #25 Passat- Alexandre Negrão/Luis Massa - Mobil/Caio/Hidroplás
6º #26 Passat- Laércio Justino/Carlos Santillo - Sage
7º #38 Uno- Clemente Faria/Vinicius Pimentel - Unisa/Delp/Castrol
8º #12 Passat- Jorge Schuback/Fábio Crespi - Disnave/Abolição/Morsing
9º #6 Voyage- Waldir Buneder/Antônio Sartori - Sur/Stemac
10º #3 Passat- Rogério dos Santos/Edson Yoshikuma - Ypioca

Pois bem, vamos às imagens:













Na sequencia: as quatro primeiras mostram a volta de apresentação, depois a largada e a esculhambação na 9.

Valeu Régis, Evandro e Fernanda!

Fonte das imagens: arquivo Evandro Adamatti, arquivo pessoal, revista Auto Esporte e jornal Zero Hora.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Navegando pela web...

Sempre que visito o site do Rogério da Luz descubro coisas novas. Dia desses ví várias novas fotos da Fórmula Ford dos anos 70 e entre elas essas aí embaixo, trazendo o carro do Amedeo Ferri em primeiro plano.


Tomara que esse acervo do Rogério não acabe nunca e que a cada nova visita a gente descubra coisas novas.

Fonte das imagens: Rogério P. D. Luz

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Desafio da Semana

Essa eu sei que vai confundir todo mundo. E a ideia é essa mesmo...


O resultado será surpreendente. Sem dicas, pois senão vou acabar entregando a rapadura. Só tenho a dizer que a revelação será recheada com muito bom humor.

Mãos à obra!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

XII Circuito Encosta da Serra

Uma das respostas do último Desafio foi uma surpresa para mim. A bordo da Alfa GTA #23 da equipe Jolly-Gancia, com o patrocínio da Primorosa, ia ninguém menos do que Raffaele Rosito Neto, durante a prova Encosta da Serra em 1969.

Na saboneteira #27 a minha suspeita (e também do Luiz Borgmann) se confirmou: José Luiz de Marchi.

Esta foi uma das duas únicas provas nas quais um piloto gaúcho competiu pela tradicional equipe paulista que fez história nos anos 60 e início dos 70. O carro #23 era tradicionalmente pilotado por Emílio Zambello.

Sobre a participação de Rosito na equipe Jolly-Gancia, encontrei um registro interessante no site do amigo Paulo Peralta, o Bandeira Quadriculada, quando este teve a chance de falar sobre a piloto Graziela Fernandes.

Graziela tinha uma Alfa GTV e tinha também patrocínio. Assim, recebeu um convite para correr na equipe Jolly-Gancia na prova Rodovia Presidente Kennedy, no RS, com um carro deles. Haviam três, o de Emílio Zambello, o de Piero Gancia e mais um. Este último foi oferecido a ela, mas então apareceu Raffaele Rosito, que estava apenas um ponto atrás na disputa pelo Campeonato Gaúcho, e pediu um carro. Naquela prova, disputada entre as cidades de Lajeado e São José do Herval (ida e volta) no dia 27 de Julho de 1969, a Jolly-Gancia conseguiu um primeiro lugar com Zambello, segundo com Rosito e quarto com Graziela, que acabou competindo com seu carro particular. Quem chegou em terceiro foi Aristides Bertuol, com um Opala, que disputava com Rosito o título do Campeonato Gaúcho.

Abaixo três imagens daquela prova.




Sobre a prova Encosta da Serra, o idealizador do Desafio, o amigo Renato Pastro, me passou um verdadeiro dossiê da prova, que reproduzo aqui na íntegra.

Se segurem aí, pois vamos acelerar pelas estradas do Rio Grande!

XII CIRCUITO ENCOSTA DA SERRA
16 de Novembro de 1969
Terceira e ultima etapa do Campeonato Gaúcho de Automobilismo de 1969.
Representou também a última prova em estradas gaúchas.

Originalmente em sua primeira edição 1952 o “circuito” consistia de 280 Km largando de Taquara, passando por São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Canoas, Gravataí e retornando a Taquara.

Para esta última prova o roteiro foi reduzido para 180 Km largando de São Francisco de Paula indo a Taquara e retornando São Francisco de Paula. A prova foi coordenada pela - Associação Valesinos de Automobilismo - AVA, sob o comando de Paulo Seben e Júlio Scheifler a cronometragem ficou a cargo da Equipe Omega de Normélio Da Poian. A supervisão foi da Federação Gaúcha de Automobilismo contando com 53 carros participantes.

Raffaele Rosito Neto, pilotando a Alfa Romeo GTA (1.900 cm³) N° 23 da Equipe Jolly-Primorosa venceu a prova com a impressionante média de 155,400 Km/h em 1h09min9seg.

Embora entrando em segundo lugar o veterano piloto Aristides Bertuol com o Chevrolet Opala de 6 cilindros de N° 4 garantiu a posição de Campeão Gaúcho na Categoria Força Livre. O “velho” terminou a prova com o tempo de 1h15min7seg.

As 13:00 em São Francisco de Paula foi baixada a bandeirada ao pelotão da Força Livre quando partiu na frente a Alfa de Rosito, o Dodge Dart Sedan de José Madrid (o primeiro Dart a estrear em pistas brasileiras) o Opala de Bertuol, o Karmann Ghia 1800 de Leonel de Alencastro Friedrich e o DKW de dois motores de Pedro Sinibaldi.

Destes cinco carros somente dois conseguiram completar a primeira etapa até Taquara.

O Dodge Dart de Madrid teve um sério acidente, quando na descida da serra foi de encontro a um barranco. Foram adaptados no Dart aros de tala mais larga, e as mesmas não resistiram, tendo uma se partido no exato momento em que o veterano piloto vencia uma curva em alta velocidade. O carro ficou demolido, mas não houve nenhum ferimento no piloto.

O Karmann Ghia de Friedrich vinha muito bem nos primeiros quilômetros, mas teve o motor engripado, o mesmo aconteceu com o DKW bimotor de Sinibaldi.

Rosito atingiu a incrível média de 161,300 Km/h, chegando seis minutos na frente de Bertuol, que fez também uma ótima prova.

O segundo pelotão composto de carros pertencentes à Classe de 1.601 cm³ a 3.000 cm³ largou as 13:05.

Foi o Simca de Francisco Antônio Ventre que pegou a ponta, mas já no Belvedere que fica a cinco quilômetros da largada o FNM JK N° 25 de Lauro Maurmann Junior ultrapassou-o, ficando na ponta até o final da primeira etapa.

José Antônio Madri, também de Simca, foi o segundo a chegar, seguido pelas máquinas de Carlos Alberto Kuenzer, Francisco Ventre e Afonso Iglesias com o Simca N° 84.

As 13:20 os carros de maior cilindrada (1.601 cm³ a 3.000 cm³) da Estreantes e Novatos largaram.

Fazendo uma ótima estréia, Valter Schunck foi o vencedor da primeira etapa seguido de João Simão Costa, ambos com Simca.

A Classe até 1.600 cm³ era a mais aguardada e teve sua largada as 13:25.

Quem pulou na frente foi o Volkswagen quatro portas N° 3 de Aldo Costa, que por pouco tempo liderou, pois, devido a um cabo de vela solto, foi ultrapassado, tomando a ponta, então, o Volkswagen Sedan N° 30 de Giliat Cairolo de Oliveira, que de maneira espetacular venceu a primeira etapa.

José Luiz de Marchi, o Zaico teve o pára-brisa dianteiro quebrado do seu Volkswagen quatro portas N° 27 o que prejudicou a sua média final.

Aristides Bertuol Filho, que também estava fazendo uma ótima prova, teve o motor do seu Volkswagen fundido.

Esta Classe foi a mais disputada, devido a paridade das máquinas. A primeira colocação só era definida no final do percurso, pois vários foram os ponteiros.

A seguir, largaram os Estreantes e Novatos da Classe até 1.600 cm³.

Na largada, Vladimir Oliveira Soares se distanciou bastante e deixou seus adversários a perder de vista. Apesar de um “motor muito afinado” a temperatura do mesmo começou a subir, sendo obrigado a parar.

O vencedor da primeira etapa foi Nelson Noschang com Volkswagen. Cinco minutos depois, largou a Classe até 1.300 cm³.

Foi a briga entre o Ford Corcel e o DKW. José Luis Madrid, o caçula da família Madrid, saiu vencedor da primeira etapa com o Ford Corcel N° 5.

Francisco Antônio Feoli, que deu várias entortadas entrou em segundo com o DKW N° 99, enquanto Paulo Dinarte Marques Nienaber, com o Ford Corcel N° 31 totalmente “Standard” chegou em terceiro.

Finalmente, César Augusto Ramos foi o vencedor da Classe até 1.200 cm³, para Estreantes, com o DKW N° 200 e em segundo ficou Marcos Vinicius Bossle.

O DKW N° 123 de Ricardo Albuquerque Trein deu a capotada mais espetacular da prova. Deu uma volta no ar e caiu com as quatro rodas no asfalto, em posição normal, como se estivesse prosseguindo a prova. Danos materiais impediram que o piloto prosseguisse na descida da Serra.

Na segunda etapa, Taquara / São Francisco de Paula, o Opala de Bertuol saiu na frente, mais alguns quilômetros adiante já era ultrapassado pela Alfa de Rosito, que chegou com dois minutos de vantagem.

Na Classe de 1.601 cm³ a 3.000 cm³ , José Antônio Madrid tomou a ponta com o Simca N° 21 para em seguida ser ultrapassado pelo FNM JK N° 25 de Lauro Murmann que confirmando sua categoria, foi o ponteiro e se tornou Campeão em sua Classe.

Nos Estreantes e Novatos a vitória ficou novamente com Valter Schuck com o Simca N° 120.

Nova vitória agora na segunda etapa de Giliat Oliveira na Classe 1.301 cm³ até 1.600 cm³ seguido de Aldo Costa, Zaico e Lauro Arnizant no Volkswagen N° 16.

Nos Estreantes de 1.201 cm³ até 1.600 cm³ a disputa foi até o final e ficou a vitória na segunda etapa com Geraldo Andreola no Volkswagen N° 112.

Na Classe até 1.300 cm³ a vitória ficou com José Luis Madrid tendo Fernando Augusto de Carvalho Esbróglio enfrentado problemas de freios desde a primeira etapa finalizou em 4° lugar com o Ford Corcel N° 7 à frente de Nelson Luís Barro com outro Ford Corcel.

Roberto Giordani com o seu DKW que vinha muito bem na prova abandonou a competição com defeito na bomba elétrica.

Finalizando a segunda etapa César Augusto Ramos venceu novamente a Estreantes e Novatos Classe até 1.200 cm³ seguido do DKW N° 109 de Voltaire Moog.

Esta competição teve antecedentes desagradáveis quando várias equipes de São Paulo anunciaram a Federação Gaúcha de Automobilismo a sua intenção de competir. Um grupo de aficionados gaúchos do automobilismo manifestou-se contrário à participação de equipes de outros estados visto que a prova contava pontos para o Campeonato Gaúcho.

Ok, vamos a mais algumas imagens dessa prova.



Na sequencia: a largada da segunda etapa da prova no trecho Taquara - São Francisco de Paula, Aldo Costa na saboneteira #3, Fernando Esbroglio no Corcel #7, Aristides Bertuol no Opala #4 (é a primeira vez que vejo ele num Opala), José Madrid e o que sobrou do Dodge Dart #22, Ricardo Trein no DKW #123 e o vencedor na geral Raffaele Rosito no Alfa #23.

Fonte das imagens: arquivo Ricardo Trein, Paulo Trevisan e Renato Pastro.