sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Henrique Iwers será o homenageado da noite

O Desafio da última semana não deixou muitas dúvidas. Os blogueiros não demoraram muito para acertar o piloto daquele DKW durante a prova 12 Horas de Porto Alegre de 1968. Era Henrique Iwers, que naquela prova, assim como em tantas outras, competiu ao lado do pai, Karl, tendo como preparador o Horst Dierks.

A publicação daquele post com o Henrique foi proposital. Poucos dias antes, fui informado pelos amigos "Jurássicos", liderados pelo Roberto Giordani, de que o Iwers seria o homenageado deste ano da prova 12 Horas de Tarumã, assim como o Cláudio Mueller fora no ano passado, o Antônio Pegoraro no anterior, e por aí vai. Deveríamos ter várias 12 Horas por ano para poder homenagear todos os nossos grandes pilotos.

Nesses últimos dias, procurei alguns registros nos quais o carro dos Iwers aparecia e hoje publico aqui, juntamente com o material que me foi enviado pelo amigo Marcelo Matusiak, que reproduzo a partir de agora.

"Antes de viver as emoções do presente nada mais justo do que prestar a homenagem àqueles que construíram uma parte da história do automobilismo gaúcho. O piloto homenageado na edição desse ano das 12 Horas de Tarumã será Henrique Iwers, que competiu de DKW desde o final da década de 50 até os anos 70. - Achei o máximo essa homenagem. Normalmente as pessoas ficam esquecidas com o passar do tempo e esse reconhecimento hoje é muito bom para nós – afirmou. As participações nas corridas estavam no sangue na família. O pai, Karl Iwers era um dos grandes nomes do automobilismo da época ao lado de Breno Fornari e Catharino Andreatta. Além do envolvimento com as competições, o pai, Karl Iwers comandou a concessionária que antes de ser ligada à Volkswagen era exclusiva dos modelos DKW. A família Iwers estava também na inauguração do Autódromo de Tarumã. O pai Karl Iwers, foi um dos incentivadores da construção da pista, em Viamão, no ano de 1970. Em seu currículo, Henrique Iwers saiu vitorioso da XIIª Prova Antoninho Burlamaqui (Porto Alegre – Capão da Canoa-RS), em 1966, no DKW número 9, completando o trecho em 1h e 01 minuto. No mesmo ano, foi o 3º colocado no VI 500Km de Porto Alegre na Volta Redonda. Além disso, participou na década de 60 das Mil Milhas de Interlagos e das 24 Horas de Interlagos. Henrique e seu pai, Karl Iwers, eram conhecidos como uns dos melhores preparadores da DKW e corriam em dupla, sempre com o número 9. Jan Balder, seu sogro e cunhado, participou com ele das “12 Horas de Porto Alegre”, prova em que chegaram na 6ª colocação. Os ingressos para as 12 Horas de Tarumã estarão disponíveis na bilheteria do autódromo à R$ 15 por pessoa, e não haverá venda antecipada. O estacionamento no local é gratuito. Os treinos classificatórios estão marcados para a tarde de sexta-feira. Protótipos entram na pista às 18h15 e os carros de turismo à 18h55. No sábado, a partir das 13h haverá Racha Tarumã."

Henrique fará ainda uma exibição no DKW do Theodoro, que regularmente participa das provas da Fórmula Classic. O carro será decorado com o tradicional número 9, que sempre esteve presente nos carros dos Iwers.


As próximas encontrei depois de muita pesquisa.



A primeira é das Mil Milhas de 1959, quando Henrique correu com o pai, Karl. Depois em El Pinar no Uruguai, quando correu em dupla com o cunhado Jan Balder em 1968. A seguinte é também de 68, no pódio dos 500 km de Porto Alegre, mostrando - da esquerda para direita - Vitório Andreatta, Chico Landi, Jan Balder e Henrique. A última é da inauguração do autódromo de Tarumã em 1970.

Fonte das imagens: arquivo Gilberto Menegaz, livro Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (Jan Balder), livro Autódromo de Interlagos - 1940 a 1980 (Paulo Scali), livro Tarumã - Uma História de Velocidade (Gilberto Menegaz, Paulo Lava e Paulo Torino) e jornal Zero Hora.

5 comentários:

Anônimo disse...

Leandro, boa tarde.

Maravilhosa esta matéria sobre o Iwers. Em uma das fotos podemos observar, na época, a ansiedade dos pilotos para terem um autódromo em nosso estado. Todos os carros portavam a inscrição "breve no autódromo" Obrigado pelo teu trabalho que só engrandece o nosso automobilismo.

Um abraço
Rudolfo E. Rieth ((Zuio)

Anônimo disse...

Legal mesmo a matéria .

A 1ª foto , éra de uma propaganda dos capacetes Petini .
Abs .

Anônimo disse...

Os motores 2T de competição daquela época (1960) já eram muito desenvolvidos, especialmente em relação às luzes (janelas), carburação, alívio e lubrificação. Os Iwers, evidentemente, recebiam apoio técnico diretamente da fábrica DKW. Os escapamentos, por sua vez, eram obras de arte, e bem elaborados rendiam vários HPs a mais. Muito se procuravam escapes usados de DKW de corrida naquela época para comprar ou copiar...Remanescente na preparação dos DKW, ainda na ativa, pode falar o mecânico Graciano com seu amplo conhecimento.
Apenas um reparo: os 500km de Porto Alegre eram realizados no Circuito da Pedra Redonda, e não Volta Redonda como constou.
Parabéns ao Henrique Iwers pela contribuição ao automobilismo esportivo.
luiz borgmann

Anônimo disse...

10 anos já se passaram desde que esses comentarios foram postados. Para tentar não esquecer.

Anônimo disse...

Informações sempre de valor atualizado , e inesquecíveis para todos nós , que andamos de DKW por tanto tempo.