O amigo Eurico Estima, que sempre envia alguma relíquia, me enviou mais umas imagens e dentre elas uma que me chamou a atenção. Identifiquei ao fundo a igreja que fica logo alí na entrada da cidade vizinha de Cachoeirinha e lembrei também que no calendário da Mahle de 2008 há uma outra imagem da largada desta prova, a Antoninho Burlamaque de 1968, que partia de Porto Alegre indo até a praia de Capão da Canoa.
Pedi mais detalhes ao Eurico que me respondeu, dizendo que ele mesmo tinha sido o autor da foto, que mostrava em primeiro plano o Bino Mark I e seu piloto Bird Clemente, e que há uns quatro ou cinco anos fora convidado pela Mahle - Metal Leve para o lançamento do livro da História de Interlagos, em São Paulo.
Como ele estava por lá, foi ao coquetel que foi uma reunião maravilhosa, com a presença dos principais ícones do automobilismo brasileiro. Eurico teve a oportunidade de conversar com o próprio Bird Clemente, quando comentou sobre essa prova e Bird então contou uma história fantástica. Eurico me disse que as palavras de Bird foram mais ou menos essas:
"Nunca vou esquecer minha preocupação na largada dessa prova. Tinha o melhor carro, a melhor equipe e portanto a obrigação de vencer. Entretanto nunca havia corrido em estrada, pois isso era "coisa de gaúcho". Fui então, humildemente, ao grande mestre Catharino Andreatta perguntar como é que se fazia para correr em estrada. Então, do alto de sua experiência, olhou para mim e disse: Guri: Olha os fios!!! Imediatamente entendi seu recado. Olhando para os postes e seus fios, enxerga-se as curvas e as variações de relevo muito antes que se olhasse somente para a estrada. Venci a prova!"
Sensacional.
Muito obrigado por mais essa, Eurico!
Como ele estava por lá, foi ao coquetel que foi uma reunião maravilhosa, com a presença dos principais ícones do automobilismo brasileiro. Eurico teve a oportunidade de conversar com o próprio Bird Clemente, quando comentou sobre essa prova e Bird então contou uma história fantástica. Eurico me disse que as palavras de Bird foram mais ou menos essas:
"Nunca vou esquecer minha preocupação na largada dessa prova. Tinha o melhor carro, a melhor equipe e portanto a obrigação de vencer. Entretanto nunca havia corrido em estrada, pois isso era "coisa de gaúcho". Fui então, humildemente, ao grande mestre Catharino Andreatta perguntar como é que se fazia para correr em estrada. Então, do alto de sua experiência, olhou para mim e disse: Guri: Olha os fios!!! Imediatamente entendi seu recado. Olhando para os postes e seus fios, enxerga-se as curvas e as variações de relevo muito antes que se olhasse somente para a estrada. Venci a prova!"
Sensacional.
Muito obrigado por mais essa, Eurico!
5 comentários:
Olá Leandro e turma!
eu pergunto para vocês:
quem é o piloto gaúcho do Willys Interlagos N° 5 em segundo plano na foto?
abraços
Renato Pastro
em tempo:
a XIII PROVA ANTONINHO BURLAMAQUE em 11/02/1968 foi vencida pelo paulista Luiz Pereira Bueno com o Willys Mark I N° 21 chegando 55 segundos na frente de seu companheiro de Equipe Willys o também paulista Bird de Clemente.
novos abraços a todos!
Renato Pastro
Antes de usar o #22, o Clóvis de Moraes usou o numeral #5, portanto acho que na berlineta Interlagos é ele.
luiz borgmann
Era o Clovis e a cor era Prata?
Aparece também um Simca com capo de outra cor era o Jaime Araujo com a capô Azul do Tufão 65 do meu pai.
"Sabe como é competição precisavam de um capo original é era o que tinham para o momento".
O Willys Interlagos N° 5 era de Clóvis de Morais que chegou em oitavo lugar na prova a 6 minutos e 14 segundos do vencedor e logo atrás (16 segundos) do sétimo colocado o Simca N° 63 de Jaime Araújo citado pelo Eng_da_Madrugada
Renato Pastro
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