sábado, 20 de junho de 2009

Rommel Pretto

O último Desafio não foi tão difícil. O engraçado ficou por conta do carro #5 que vinha logo atrás. Alguém falou que poderia ser o Luiz Fernando Cruz. E não é que parece mesmo? Afinal o Cruz sempre corria com o #5 e tinha um capacete parecido com aquele. Mas não era ele, era o Alexandre Negrão no seu Avallone de Fórmula Ford, seguindo o piloto gaúcho, da cidade de Encantado, Rommel Pretto em seu Bino #16, uma grande fera do automobilismo nos anos 70, que era a resposta para mais este Desafio.

Tenho dúvidas sobre o local e a data daquela imagem. Parece Guaporé e parece 1978. Só quem tem a revista Quatro Rodas da época poderá confirmar.

Rommel Pretto é integrante de uma grande família do automobilismo gaúcho, com pai, tios e primos pilotos, que assim como ele, participaram por muito tempo das mais variadas categorias do esporte. Os primeiros registros que encontrei da presença de Rommel nas competições datam de 1973 quando iniciou no kart. Abaixo, imagem de uma prova em Gramado naquele ano.


Já no ano seguinte, no Campeonato Gaúcho de Divisão 1 - Classe A, participou com um Chevette. As vitórias não foram poucas, o que era um forte indicativo da competitividade do piloto. Venceu a primeira etapa do Racing Day em Tarumã, depois com o primo Arlindo Pretto venceu as 5 Horas de Cascavel, válidas pelo Campeonato Brasileiro de Divisão 1. A dupla voltou a vencer na III 6 Horas de Tarumã, disputada em Outubro. Antes disso, em Agosto, Rommel e o outro primo Alcides Gasparotto, venceram na II 6 Horas de Tarumã. Rommel ainda venceria mais uma prova da Divisão 1 em Tarumã no final daquele ano. Nas duas primeiras imagens abaixo, Rommel e Arlindo e na seguinte Rommel e Alcides.




Em 1975 passou para a Divisão 1 - Classe C, pilotando um Opala e com este carro a vitória também veio em Tarumã. Nas 500 Milhas de Interlagos, correu novamente ao lado de Alcides Gasparotto. Também nos 1000 km de Brasília esteve presente com seu Opala. Nas 12 Horas de Tarumã teve como parceiro o uruguaio José Pedro Passadore.



No ano seguinte, Rommel ingressou na Fórmula Ford e para variar, novamente as vitórias o acompanharam. Ficou nesta categoria por três anos, até 1978, sempre disputando as primeiras posições. Eventualmente fez parcerias na Divisão 1, como em 1976 com Marino Schunck nas 6 Horas de Tarumã. Na primeira imagem abaixo, Rommel vai à frente de "Chico" Feoli e na seguinte, em Guaporé, persegue Jayme Figueiredo.



Após a Fórmula Ford Rommel teve participações esporádicas nos anos que se seguiram. Em 1982 disputou os 500 km com Alcides Gasparotto. Em 1989, voltou a subir ao pódio nas 6 Horas de Guaporé, válidas pelo Campeonato Regional de Turismo, desta vez com outro primo, Rogério Pretto. Se não estou enganado, ainda correu algumas provas do Gaúcho de Marcas em 1990 também com Rogério, sempre com um Chevette.

Na inauguração do Velopark em 2008, participou da prova Legends e mais tarde esteve presente nas 500 Milhas do Velopark junto com a família Pretto.

Fonte das imagens: livro Loucos por Velocidade - Airto Gomes, arquivo Luiz Borgmann e revista Grand Prix.

Um comentário:

paulo rotta disse...

a família pretto realmente fez história no automobilismo nacional. rommel e rogério pretto, quem cresci vendo correr, são ícones em tração traseira, especialmente com chevette.
dizem, os mais entendidos, que rogério é o maior piloto de chevette de todos os tempos.
rommel abriu as portas do automobilismo moderno (pós carreteiras) aos pilotos encantadenses.
justa homenagem.
ele ainda guia muito e é competitivo.