sábado, 31 de maio de 2008

Os "dois tempos" também deixaram sua marca

Até poucos anos eu não sabia que os DKWs também tinham participado de provas no Tarumã. O DKW teve sua produção encerrada em Dezembro de 1967, logo após a Volkswagem do Brasil adquirir a VEMAG, então imaginava eu que os simpáticos carrinhos já estariam fora da ativa quando o primeiro autódromo gaúcho fora inaugurado. Ledo engano. Quando adquiri o livro 12 Horas da dupla Paulo Lava/Paulo Torino, vi imagens incríveis do DKW do Paulo Hoerlle e assim passei a conhecer mais um pouco da história do nosso automobilismo, dos idos dos anos 70.

Um dos pilotos que correu com um DKW naquele período foi Ricardo Albuquerque Trein, o personagem da semana e resposta para o Desafio da semana passada. Eu imaginava que dificilmente alguém acertaria a resposta, mas o blogueiro e expert Paulo Schutz não deu mole para ninguém e meteu uma bucha no ângulo. A imagem realmente era de Rivera no Uruguai, no ano de 1970, há quase 40 anos.

Na última semana bati um papo com o Ricardo e além de ver imagens incríveis - que serão publicadas na sequência - pude saber um pouco mais sobre a história dele nas corridas. Vou tentar contar um pouco dessa história a partir de agora.

Tudo começou quando em 1969 ele adquiriu um DKW de competição que pertencera a Rui Sommer (seria o mesmo Rui que criou o bar "Encouraçado Butikin" aqui em Porto Alegre?). A primeira prova disputada foi a "Encosta da Serra", no dia 16 de Novembro de 1969, etapa de encerramento do Campeonato Gaúcho de Automobilismo daquele ano. A prova era uma das mais importantes do calendário e era disputada entre as cidades de Taquara e São Francisco de Paula (ida e volta). Entre alguns dos tantos nomes que disputaram a prova encontrei o vencedor na geral Rafaele Rosito, Aristides Bertuol, José Madrid, José Luis Madrid, Aldo Costa, Francisco Feoli, Roberto Giordani, Voltaire Moog, Giliat Oliveira, Vadis Antônio Grando e Vingfried Volk. Naquele dia Ricardo não teve muita sorte e acabou capotando o DKW #123, caindo com as quatro rodas no asfalto, em posição normal. Os danos manterias acabaram por impedir que o piloto continuasse na competição. Abaixo uma imagem do carro após o abandono.

Após a estréia na "Escosta da Serra" o carro teve se ser imediatamente preparado para a próxima corrida que seria a inauguração do Autódromo de Guaporé, no dia 21 de Dezembro daquele mesmo ano. Ricardo participou na Classe A, para carros com até 1200 cc. A pista tinha o mesmo traçado que ainda mantém hoje, porém era de terra. Ele ainda lembra que na noite anterior à prova, foi colocado óleo queimado sobre a terra e os caminhões (provavelmente da prefeitura da cidade) ficaram circulando durante toda a noite para tentar compactar o piso. Na imagem a seguir, Ricardo está no DKW que vai à frente.

1970 trazia um calendário movimentado. Ricardo participou de provas do Campeonato Gaúcho, Brasileiro, além de provas no Uruguai. Era comum naquela época os pilotos gaúchos participaram de corridas no país vizinho. Foi assim até meados dos anos 80. Na primeira participação venceu com larga vantagem sobre os adversários, porém a direção de prova e a cronometragem não entenderam assim e ele acabou sendo declarado o segundo colocado. Até o vencedor disse que o resultado estava errado. Na bandeirada Ricardo realmente estava atrás do "pseudo-vencedor", mas sim para colocar a segunda volta de vantagem sobre o mesmo!!! Abaixo a imagem da largada daquela corrida.

A injustiça cometida contra o piloto não desmotivou o mesmo. Naquele mesmo ano novas vitórias viriam, como por exemplo nas "4 Horas de Velocidade", no Autódromo Paulo Pimentel (hoje Raul Boesel), em Curitiba. A prova foi promovida pelo Governo do Estado do Paraná e após o término, houve a entrega de prêmios no Palácio do Governador, feita pelo próprio Paulo Pimentel. Nas duas imagens abaixo aparecem o DKW #112 e depois a entrega do troféu de vencedor. Ricardo está à direita e de óculos aparece também o presidente da Federação Gaúcha de Automobilismo na época, Ibrahim Gonçalves.
No dia 8 de Novembro de 1970 lá estava Ricardo fazendo parte da história novamente na inauguração do Autódromo de Tarumã, alinhando seu DKW preparado pela Mecânica Carrion, agora com o número 12 que o acompanharia por alguns anos. Ricardo participou da prova Antônio Pegoraro, para carros de até 1300 cc e concluiu a mesma na 10ª posição. O vencedor da prova foi Décio Michel com um Corcel. Na sequência chegaram Eloi Heinz (Corcel), Maurício Rosemberg (Fusca), José Luis Madrid (Corcel), Edésio Cé (Corcel), Breno Job Freire (Fusca), Antônio "Janjão" Freire (Fusca), Francisco Feoli (DKW) e Mandel Casemiro (Fusca). Abaixo um registro daquele dia histórico.

Ricardo Trein competiria com o DKW até 1971 (correu inclusive uma prova na beira da praia de Imbé), quando decidiu por aposentar o carrinho e partir para novas aventuras. Amanhã tem mais histórias sobre a carreira do piloto aqui no Blog. Antes de ir, segue mais uma imagem, agora de 71, da abertura do Campeonato Gaúcho daquele ano, no dia 21 de Março. Logo atrás do DKW #12 aparece o VW #45 do Ronaldo Bitencourt, um Corcel não identificado e o DKW #88 do Roberto Giordani.

Amanhã tem mais.

Fonte das imagens: arquivo Ricardo Trein

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Fórmula Classic

Falando em Guaporé, no próximo final de semana (8 de Junho) acontece a primeira etapa de 2008 da Fórmula Classic, competição que reúne carros antigos, todos com mais de 30 anos de idade.

Os mais rápidos são os carros da Força Livre, sem limite de preparação, pneus slick, carburação Weber, etc. Alguns dos destaques da categoria são o Fiat 147 do Rogério Franz, que corre como favorito, a Alfa Romeo 2300 do Ricardo Trein, o Maverick V8 do Fernando Leke entre outros. Para essa prova também são esperadas algumas estréias como dos Chevettes do Marcelo Bottizzo e o da dupla Alberto Dietrich/Joel Schumann além do Laudau V8 do Fabiano Zanon.


A primeira etapa de Guaporé fará parte da programação do Trak Day, um evento onde os participantes - são esperados cerca de 80 carros - serão divididos em três baterias de 30 minutos cada. Cada participante anda como quiser, não há classificação, simplesmente usam a pista com seus carros normais, mas são esperados alguns mais preparados como três ou quatro Subaru Imprezas que estão vindo de Curitiba para participar do evento. Importante dizer que as provas só vão acontecer com bom tempo. Se chover o evento será transferido.

As provas da Fórmula Classic são organizadas pelo Ricardo Trein e mais informações podem ser obtidas nos telefones (51) 3248.1630 e (51) 8434.0305.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Guaporé para todos

Neste final de semana está programado um festival de velocidade em Guaporé. Marcas e Pilotos, Copa Fusca, Endurance e até o Arrancadão de Caminhões.

Sempre gostei muito daquela pista. A primeira vez que tive a chance de ir até lá foi em 1990. A programação era parecida com essa do próximo final de semana: uma prova noturna de 6 Horas no Sábado e mais algumas no Domingo. O Marcas largou por volta das 21 horas, eu acho, mas não durou muito, pois faltou luz no autódromo. Quem estava acampado, como era o nosso caso, teve de se virar com o que tinha, como lampiões, por exemplo. Depois de algumas horas os carros chegaram a ameaçar um retorno à prova, mas foi uma tentativa em vão, pois a prova não prosseguiu e acabou por ser cancelada.

No dia seguinte uma prova do Gaúcho de Fórmula Ford e depois o prato principal, a Fórmula 3 Sulamericana.

Busquei algumas imagens nos meus arquivos sobre aquele final de semana.

No fim da tarde do Sábado, o Marcas vez um treino de aquecimento. Alguns carros que aparecem aqui são o Chevette #5 do "Carlinhos" Andrade/"Baguncinha", Chevette #56 Elemar Cíceri/Rogério Donelli e Chevette #57 Luciano Mottin/Artur Casara/Adriano Baldo. Na de baixo, o Voyage #23 Sérgio Cardoso/Airton Diehl, Chevette #26 André Mello/João Sant'Anna (eu acho) e mais alguns outros.
A Fórmula Ford correu no Domingo pela manhã. No grid estavam Vadis Grando, Paulo Pujol, Paulo Barreto, Alexandre Avino, David Hilgert, José Rossi, Linoir Casarotto, Fernando Maciel, entre outros que não me lembro.

Agora a Fórmula 3. Consegui identificar o Leonel Friedrich, Osvaldo Negri Jr., Christian Fittipaldi, Nestor Gurini, Affonso Giaffone Neto, Augusto Cesário, Rubens Barrichello (que fez as últimas provas do Sulamericano, após conquistar o título da Fórmula Opel na Europa), Cézar Pegoraro, Djalma Fogaça, Alencar Júnior, Dárcio dos Santos, Guillermo Kissling, Ricardo Rissati, Edgar Pereira, Marcos Gueiros, Pedro Muffato, Pedro Paulo Diniz, Fausto Prado, Vital Machado e o Henrique Damo, que correu com um carro da equipe do Muffato.

Faz tempo que não vou lá, mas assim que der vou subir a serra para matar a saudade daquela cidade simpática.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site da APPA-RS
Fonte das imagens: arquivo pessoal

domingo, 25 de maio de 2008

Visitas

Que grande barato...

Não sei se já notaram. Se vocês correrem a coluna da direita, depois de passarem pela enquete, pelos marcadores, etc, logo acima da imagem do Baja, há um link para os "Comentários Recentes". É uma maneira de saber quem falou o quê sobre o quê ou quem, quando e em que post. Muito legal.

Eventualmente aparece algum visitante que já teve um pouco da sua história automobilística contada aqui nesse espaço. Dia desses o filho do Fernando Moser deixou um recado. Depois foi o filho do Evaldo Quadrado. Na última Quinta o Stephen Korting, ex-kartista dos bons, deu um alô. Pouco antes o "bota", e meu ídolo, Ronaldo Nique contou um pouco sobre seu tempo nas motocas. Assim como esses, tantos outros que já nem me lembro mais e teria que ler tudo de novo para fazer uma lista.

Pois hoje, dando uma lida nos comentários recentes descobri a assinatura de um grande piloto, que fez história principalmente na década de 70: Bruno D'Almeida. Faz pouco que busquei material sobre ele e encontrei muito pouco. Foi até um pedido do amigo Júlio Cordeiro, lá de Floripa. Bruno, entre em contato pelo e-mail leandrosanco@gmail.com. Adoraria ver imagens do Fusca Divisão 3 e ouvir as histórias de um grande campeão do nosso automobilismo.

As portas do Blog estão sempre abertas.

"Baguncinha" - Continuação

Hoje mais imagens do "Baguncinha" durante sua trajetória no automobilismo. Os mais atentos me informam que o piloto iniciou no kart. Infelizmente não tenho registro algum daquele tempo e se alguém tiver e puder enviar, será publicado em seguida.

As três primeiras imagens são de 1987. Na Fórmula Ford teve uma atuação discreta, motivada pela falta de competitividade do chassi Muffatão frente aos modernos JQ-Reynard. Com esse modelo Gil de Ferran ficou com o título e Renato Russo com o vice. No Gol #22 da Gramado Racing fez parceria com Fábio Bertolucci no Campeonato Regional de Turismo. Mais abaixo novamente na Fórmula Ford, aparece na prova de Guaporé, em 1988. Naquele ano disputou apenas as provas realizadas no Rio Grande do Sul. A seguir, com o Chevette #5, em dupla com "Carlinhos" de Andrade, conquistou o quarto lugar em 1989 e o vice campeonato em 1990 no Regional de Turismo/Gaúcho de Marcas. Por fim, em 1994 retornou ao Gaúcho de Marcas onde fez algumas provas em parceria com Eduardo Moller (Voyage #89 da Tipler).

"Baguncinha" foi um dos primeiros pilotos dos quais eu me lembro quando guri. Achava o apelido dele engraçado e aquele fato, além do tradicional número 22 daquela "baratinha", acabou ficando guardado para sempre na minha memória.

Fonte das imagens: jornal Esporte Motor, jornal Zero Hora, livro 12 Horas.

sábado, 24 de maio de 2008

Navegando pela web...

Mais uma vez o incrível Rogério da Luz nos presenteia com uma atualização do seu acervo de imagens do automobilismo brasileiro da década de 70. Entre as novidades encontrei esse Fórmula Ford aí. Seria ele o Sérgio Blauth, companheiro do Nelson Barro na equipe da AGA?


Desafio da Semana

Bom, hoje o Blog volta bastante no tempo para buscar essa bela imagem. Sei que será difícil decifrá-la, mas a regra aqui não permite muitas pistas. Posso dizer apenas que essa prova não é no Brasil. Dito isso, fica então a missão para os experts de plantão: quem era o piloto? Onde? Quando?

A resposta virá acompanhada de muitas histórias e muitas imagens de um piloto que ainda hoje dá suas aceleradas. Ops... escapou mais uma dica.

Mãos à obra!

"Baguncinha"

Não houve maior dificuldade em reconhecer o piloto do carro #22, personagem do último Desafio aqui do Blog. João Alfredo Ferreira, o popular "Baguncinha" herdou o apelido do pai, João Narciso Ferreira Neto, o "Bagunça". A paixão pelo automobilismo foi igualmente passada de pai para filho. O pai iniciou no automobilismo na década de 60. Tenho um registro sobre a participação deste em dupla com Gilberto Hoff, nas 12 Horas de Lages em 1966, a bordo de um Gordini. Já o primeiro registro que tenho sobre a participação do filho no automobilismo vem de 1980, do Brasileiro de Fórmula Ford. Nesta categoria "Baguncinha" fez história e por lá militou durante oito anos, consagrando-se Campeão Brasileiro em 1983, numa época em que os gaúchos dominavam aquele campeonato. Também no campeonato gaúcho da modalidade sagrou-se campeão, nos anos de 1983 e 86.

"Baguncinha" também competiu com os carros de turismo. No início dos anos 80 participou da Copa Chevette, depois do Regional de Turismo, acredito que a partir de 1987, com o Gol #22 em dupla com o Fábio Bertolucci. Em 1988 correu apenas uma prova com o Fiat Uno #64 fazendo um trio com Fredo Hennig e Guaracy Costa. Em 1989 e 90 dividiu o volante do Chevette #5 com "Carlinhos" Andrade e foi vice-campeão no último ano. Se afastou das pistas por algum tempo, retornando em 1994 no Gaúcho de Marcas e Pilotos em dupla com Eduardo Moller no Voyage da Tipler.

"Baguncinha" hoje é proprietário da Bagunça Automóveis, localizada na cidade de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre.

Reuni algumas imagens que resumem um pouco a carreira do grande piloto. Durante hoje e amanhã publicarei o que encontrei. Hoje voltamos a 1981 e partimos numa viagem pelo tempo para lembrar alguns momentos desse personagem inesquecível do automobilismo gaúcho.

Vamos às imagens:

Na sequência: em Guaporé, 1981, quando teve quebrada a suspensão traseira do carro. A seguir, em uma disputa com então campeão Egon Herzfeldt (#1), na etapa de Guaporé, 1983. Neste ano sagrou-se Campeão Brasileiro e também Gaúcho. Mais abaixo aparecem três imagens de 1984, ano em que correu com o #1 e rumava para o bí-campeonato. Liderou até o fim, mas perdeu por poucos pontos para o também gaúcho Luís Carlos Furtado Silveira, o "Kamikaze". Na última imagem a estréia do chassi Muffatão na etapa de Brasília de 1985, em substituição ao antigo Bino que já carregava quase 15 (!) temporadas nas costas. O carro era preparado pelo mestre "Neco" Viola. "Baguncinha" ausentou-se da etapa de abertura em Goiânia e já na primeira prova com o novo carro, obteve um excelente segundo lugar, atrás apenas daquele que se tornaria o mais jovem campeão da história até então, Serge Buchrieser. "Baguncinha" largou da 10ª posição e ultrapassou pilotos como Túlio Meneghini, Aroldo Bauermann, Luiz Fernando Cruz, Milton Sperafico, Djalma Fogaça, Amadeo Campos, Maria Cristina Rosito e Aldo Piedade.

Amanhã mais história. Não percam!

Fonte das imagens: revista Auto Esporte, revista Quatro Rodas, Jornal Esporte Motor.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Pé no porão!

Segue aí mais uma imagem de um carro patrocinado pela revenda VW Spengler, lá de Santa Cruz do Sul.

O ano é 1994. Autódromo de Tarumã. Mais uma etapa do Gaúcho de Marcas e Pilotos. À frente vai o Voyage #45 da dupla Ênio Wermuth Júnior/Airton Diehl patrocinado pela Spengler. Atrás deles, um pelotão de respeito. Aparecem na ordem:

Chevette #15 da dupla Evaldo Quadrado/André Senger;
Chevette #56 de Paulo Bortolatto/Elemar Cíceri Júnior;
Voyage #1 de Carlos Tavares/Eduardo de Freitas;
Chevette #11 de Serge Buchrieser/"Toni" Martins;
Uno #99 de Paulo Hoerlle/Antônio Fornari;
Chevette #46 de Rogério Pretto/Luciano Mottin;
Voyage #2 de Pierre Kleinubing/Ricardo Di Leone;
Voyage #25 de Gianfranco Ventre/"Chico Bala";
Chevette #81 de João Sant'Anna/"Alesi" Donelli;
Voyage #77 de Valdecir dos Santos/Cláudio Salomão;
Uno #40 de "Guto" Furst/Luis Carlos Ribas;
Uno #16 de "Tito" Dal Mas/João Batista Rodrigues;
Voyage #12 de Luis Ernani Mello/Flávio Pilau;
Chevette #41 de Gerson Quadrado/Paulo Miranda;
Voyage #7 de "Maninho" Cardoso/Vitor Hugo Castro.

Deu para notar que esse era um grid de peso. Detalhe: na imagem aparecem apenas os primeiros carros, pois a média de inscritos naquele ano ficou na casa de 30 a 35 duplas por prova.

Bom tempo aquele.

Fonte da imagem: jornal Zero Hora

Pedrinho Morreu na Primavera

Me informa o blogueiro Tio Ítalo que o vídeo que conta um pouco sobre a história do Pedro Carneiro Pereira, foi colocado no Google Vídeos pelo próprio para facilitar o acesso do público à sua visualização, já que o site da Ulbra requeria o Quick Time. Para assistir o vídeo, clique aqui.

Já assisti algumas vezes. É muito bonito. Principalmente o que os amigos contam a respeito do Pedrinho.

Fonte da imagem: http://www.autodromodetaruma.com.br/

terça-feira, 20 de maio de 2008

Spengler

Recebi do Ike Halmenschlager, lá de Santa Cruz do Sul, algumas imagens da revendedora VW Spengler participando do automobilismo. Ele trabalha na Spengler e eventualmente participa de provas de Endurance em parceria com o Júnior Cusinato a bordo de um Gol. Ele está reunindo material que ajuda a contar a história da Spengler nas pistas, para elaborar um documentário que será colocado no site da própria empresa. Já separei algumas outras imagens que encontrei por aqui e enviei para ele. Vai ser legal ver essa história pronta.

Me lembro do Ênio Wermuth, lá do tempo do Regional de Turismo, participando com o Passat #45, acho que já em parceria com o Airton Diehl. Depois de um tempo, seu filho, Ênio Wermuth Júnior, que fez bonito no kart, fez sua estréia nos carros, também em parceria com o Diehl com um Voyage. Sempre com o apoio da Spengler.

Vamos às imagens:

Na sequência: Airton Diehl liderando uma prova em Tarumã, em 1996. Atrás dele, feras como Jorge Fleck, David Hilgert, Paulo Hoerlle, Délcio Dornelles entre outros. Depois o mesmo Gol #45 momentos antes de mais uma largada. A próxima é do meu arquivo e mostra o Passat #45 no Regional de Turismo em 1987. O Passat #43 que está logo atrás era do Amadeu Moeller e do Fernando Roehe. Finalizando com uma do belo Gol com o qual o Ike participa das provas da Endurance.

Valeu, Ike! Quando o documentário estiver pronto informe o pessoal.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O melhor ranking de pilotos de kart do Brasil

Já que ninguém matou a charada sobre a imagem do Desafio da semana passada (não deixei o Gian contar, é claro), hoje revelo quem eram os quatro pilotos que aparecem naquela imagem.

Pois bem, a imagem era do 17° Campeonato Brasileiro de Kart que foi realizado no Kartódromo Flamengo, em Foz do Iguaçu no Paraná, em 1982. Eram 83 os concorrentes inscritos e estavam distribuídos em cinco categorias: Novatos,1ª 125 cc, 2ª 125 cc, 4ª Menor e 100 FIA.

Provavelmente a imagem é da categoria 100 FIA e os quatro pilotos são o # 16 Roberto Pupo Moreno, #13 Maurizio Sandro Sala, # 71 Carlos Alberto "Neco" Fornari e #12 Ayrton Senna da Silva. Ayrton, que já quebrava recordes na Europa, competindo na Fórmula Ford 2000, usou o campeonato Brasileiro como treino para o Mundial, que seria realizado a seguir.

Uma curiosidade sobre a imagem diz respeito ao Moreno que correu com o capacete do Gian Gasparotto. Como ambos eram amigos e não havia nenhum "casco" que coubesse na pequena cabeça dele, Gian acabou emprestando o seu.

Sobre a participação do Gian neste campeonato, o meu amigo Arlindo Schunck Filho me escreveu o seguinte: "Giancarlo Gasparotto, foi um dos melhores pilotos para os quais já trabalhei. Apesar de ter trabalhado para e com, mais de 250 pilotos, considero os três maiores, Giancarlo, Serge Buchrieser e Marcello Ventre. Fomos campeões em todos os campeonatos que participamos, e pode-se dizer que demos um banho em todos naquela época. O único que não foi campeão brasileiro de kart, foi o Gian, pois no ano em que participamos, no Clube Pinheiros em Foz do Iguaçu, mesmo competindo com Fittipaldi, Mehry Neto, Romanello, e outros tantos "cobras" da época, não teve oportunidade de participar da final com todo o potencial, pois sofreu acidente seríssimo, no decorrer da semana e mesmo tendo sido hospitalizado, voltou, treinou e fez muito bonito, penso que chegando em quinto lugar, o que foi um ato de heroísmo para um rapaz tão jovem naquela época. Naquele evento com a presença dos já citados, mais "Neco" Fornari, Ayrton Senna, Roberto Pupo Moreno, Wilson Fittipaldi Junior, entre tantos outros, todos reconheceram as suas grandes qualidades e o talento para a velocidade, que está em seu DNA, pois é descendente de grandes nomes do automobilismo gaúcho".

Belo depoimento do Arlindo.

Na imagem acima está o pódio da categoria 4ª Menor. Da esquerda para a direita estão Gian Gasparotto (equipe GP Construções), Eduar Mehry Netto (Carro do Povo/Kemps), Gustavo Romanello (Rom Ser), Christian Fittipaldi e Carlos Eduardo "Duda" Rosa (Rexnord/Jolly/Mobil).

Só "cobras".

Ficou ótimo!

Está pronta mais uma obra de arte produzida pelo amigo Maurício Morais. De acordo com o próprio, esse é apenas um dos muitos trabalhos que ele fará com os carros do grande mestre das pistas Breno Fornari.

Esta pérola está à venda e os pedidos podem ser feitos pelo e-mail mau917@gmail.com.



Sabe muito, esse Maurício...

domingo, 18 de maio de 2008

Falando em velocidade na terra...

...achei mais uma pista no Google Earth. Desta vez foi a da Cavalhada, pista localizada dentro da fazenda do piloto Urbano da Silva, em Gravataí. Não sei se ela ainda está aberta.

Uma vez fui até lá. Os meus tios Noel "Paulista" e Gerson estavam andando com um Fiat Uno. A pista é muito divertida. A curva, ou melhor, o "mergulho" junto à saída dos boxes é incrível. Se o Uno já é um "cabrito" no asfalto, imaginem na terra, onde há muito mais irregularidades...

Pretendia dar umas voltas. Primeiro saí com o Gerson ao volante para pegar umas dicas, mas a brincadeira durou pouco, pois no meio daquela tremedeira toda acabou quebrando um calço do motor. Putz...
A última imagem mostra o carro, já na carreta, eu, o Gerson e o "Paulista". Isso foi em Outubro de 2004.

sábado, 17 de maio de 2008

Mão na graxa

Na última Quarta falei sobre o livro "Loucos por Velocidade", que registra a trajetória dos pilotos da cidade de Encantado. Pois, conforme uma expressão muito utilizada aqui no Blog, que diz que uma história puxa a outra, hoje trago algumas imagens de um cara lá daquela cidade que também deve ter muita história para contar. O nome dele também consta do livro, porém as imagens que publicarei não. Trata-se do Marcelo Cé, ex-piloto de Motocross, que já apareceu por aqui naquela famosa história do Jorginho Cé Moreira e o Corcel 79 numa participação da prova de Estreantes e Novatos em 1980. De acordo com o Jorginho, o Marcelo foi o cara que meteu a mão na graxa durante a aventura.

Pois bem, recebi de alguns amigos dele umas imagens muito legais do tempo em que o Marcelo corria nas motocas. São da década de 80. Boa parte de 1981 e retratam algumas corridas disputadas pelo campeonato gaúcho de Motocross.

Vamos às imagens:

Momento da inauguração da pista de Motocross de Encantado. No grid (não havia gates) estavam motos RX 125, TT 125 e até CG 125! O Marcelo é o primeiro da direita para esquerda, mas aparece meio encoberto por uma pessoa.

Aqui quatro motos prontas para mais uma prova, carregadas em um reboque, no centro de Encantado. Todas eram preparadas pelo Luiz Cláudio Grando. A do Marcelo era a # 71.

Uma sequência mostrando o Marcelo (sempre com o # 71) em meio aos adversários, que na época, além do pessoal de Venâncio Aires, eram os encantadenses...

... Luiz Cláudio Grando, o Paulo Horn (irmão do Júlio Horn, que nos anos 80 correu na Hot-Car e Brasileiro de Marcas), Nédio Bagatini, Renato Abreu e Jorge Moreira (pai do Jorginho Cé Moreira). Todos esses aparecem na imagem acima, nesta ordem, da esquerda para a direita. O Marcelo está na esquerda de camisa branca.

Aqui uma imagem do Marcelo saltando com, ao que parece, uma RX 125 (?!). O senhor de pé, ao lado do pneu é o Seu Joarez, pai de um dos envolvidos nessa história toda.

Finalizando com uma imagem de uma prova de arrancada disputada na cidade.

Legal ver essas imagens. Isso é um exemplo da essência do esporte a motor. Esse amadorismo, o improviso, a vontade de acelerar a qualquer custo.

Me chamou a atenção a quantidade de pessoas assistindo às provas naquele tempo. Não sei se ainda hoje o público comparece. Me lembro de ter assistido uma prova de Motocross uma vez. Isso foi mais ou menos lá por 82 ou 83, no tempo do "Moronguinho". Bah, faz muito tempo...

Valeu, Marcelo! Valeu comparsas!

Desafio da Semana

Ufa, estamos de volta! Após alguns problemas técnicos, a ordem foi reestabelecida e antes de postar mais histórias, segue aí a lição de casa dos blogueiros fanáticos pelo automobilismo gaúcho: quem? Quando? Qual categoria?


Mãos à obra!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Navegando pela web...

...encontrei essa imagem que mostra um Dallara da Fórmula 3, provavelmente aqui em Tarumã, no ano de 1988. Alguém aí arrisca um palpite sobre quem era o piloto?