As categorias monomarcas faziam muito sucesso, em especial os Fiats e Passats. Aqui no estado havia uma certa rivalidade entre os pilotos dessas duas categorias para ver quem tinha o melhor grid, as melhores disputas, quem atraia mais a atenção do público e da mídia. Aroldo decidiu que era melhor correr nas duas e acabou conquistando um vice-campeonato no Gaúcho de Fiat, atrás apenas de Antônio Miguel Fornari. No Brasileiro da modalidade, foi quinto colocado, tendo vencido algumas provas. Nos "1000 km de Brasília", correu em dupla com Antônio Luft e conquistou o terceiro lugar na categoria (11º no geral).
Em 1981 Aroldo teria uma grande oportunidade, no Brasileiro de Stock Car, na equipe de Ingo Hoffmann. O gaúcho foi o sexto melhor ao final da temporada. Nas Mil Milhas daquele ano, foi o oitavo colocado, competindo ao lado de Egídio Micci e Toninho da Matta em um Passat Hot Car.
No ano seguinte participou simultaneamente das categorias Hot Car (gaúcho e nacional) e Fórmula 2 (nacional e sulamericano). Nos 500 km de Tarumã, viu a vitória escapar nos instantes finais por um problema mecânico, após liderar a prova de ponta a ponta.
Em 1983 fez dupla com Renato Conill no recém criado Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos com um Voyage. Com este carro saiu vencedor da prova "1000 km de Brasília". Foi provavelmente neste ano que sofreu um sério acidente em Brasília, durante a etapa da Fórmula 2.
Em 1984 participou do Brasileiro e Sulamericano de Fórmula 2. No ano seguinte foi Campeão Gaúcho de Fórmula Ford e participou também do campeonato brasileiro, além de participações esporádicas na Fórmula 2. Em 1986 fez novamente o Brasileiro de Fórmula Ford.
A partir de 1987 retornou aos carros de turismo, competindo no Campeonato Regional de Turismo com um Fiat Uno. Fez parceria com Serge Buchrieser, Artur Bragantini, Luiz Carlos Ribas, Anor Friedrich, Clóvis Concatto, entre outros. Com Anor, venceu os 500 km de Tarumã de 1988. A partir de 1989 retornou às competições nacionais, no Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos ainda em dupla com Anor Friedrich.
Assim que possível, falarei sobre os anos que se seguiram na carreira do piloto.
Fonte das imagens: http://www.bauermannracing.com.br/, jornal Esporte Motor, Anuário Fiat.
Postagens
6 comentários:
Realmente um dos grandes nomes do automobilismo.
Por onde anda?
Esse aí é um dos grandes "dinossauros" do Automobilismo Brasileiro, e teve a sorte de poder a dividir a condução do carro com outros tantos "botas", o que não é para qualquer um.
Parabéns ao Aroldo pela brilhante carreira e fiquei feliz em ver que o Clóvis "Chulé" Concatto foi citado, pois este foi um 'monstro' do Automobilismo Catarinense. Andava demais!!!
Grande abraço e parabéns pelo blog, cada vez mais show. É leitura obrigatória todos os dias!
A primeira foto mostra o Aroldo no Passat 76 da equipe Haubrich. Aquele campeonato regional de Passat, acho que 1978, a poderosa equipe Haubrich teve ainda os pilotos Antoninho Rebechi, Nereu Rebechi e Luís Otávio Paternostro. O Pater vinha de SP azarar a turma daqui, perturbar a turma mesmo, que o digam o Aroldo e o Paulinho Hoerlle. Os motores da Haubrich vinham do Vinicius Losacco, de SP (cunhado do Pater). O Nereu Rebechi (ainda na ativa, endurance) incomodava muito a turma. Ainda o Roberto Lahude e muita gente boa...O campeonato daquele ano foi fantástico. Culminou com um chega-prá-lá do Paulinho no Pater, na curva do Laço, com o Pater se estatelando no guard rail. O bate-boca foi grande. Quem lembra?
luiz borgmann
Não sabia dessa do Pater andando de Passat no regional.
Sabia que ele tinha andado no Gaúcho de 147 em 80, no carro #32 no qual o Delmar da Rosa e o Castrinho haviam competido também.
De paulistas/cariocas que vinham regularmente para correr em campeonatos gaúchos, lembro do Pater, do Fábio Sotto Mayor, que acho que correu com a Rosito no Regional de Turismo, o Bragantini que correu com o Aroldo no mesmo campeonato, o Paulo Júdice, que também fez dupla com a Rosito...
Mais tarde, lembro do Renato Bocardi, que corria lá por 93 no Gaúcho de Opalas - inclusive ganhou uma 12 Horas. O Andreas Matheis também fez provas no Gaúcho de Marcas no mesmo ano, em dupla com o Aiquel.
Quem lembra de mais outros?
Grande Sanco:
Lembro dessa corrida a que o Borgmann se refere.A Zero Hora (vejam só) fez uma cobertura grande porque a briga continuou extra-pista. Quem ganhou a prova foi o Castrinho, com o Passat 87 patrocinado pela Cautol. Depois, lembro que tudo passou e o Bauermann correu pela equipe dos Rebechi em 80.
Abç
Caranguejo
Assino em baixo: Aroldo Bauermann. Grande piloto da velha guarda. acompanhei toda carreira dele desdo início ao fim...CAMILOTTO "Pintando as Carangas dos pilotos Gaúchos.
Postar um comentário