Conheci o "Sapinho" no coquetel de lançamento do livro do Tarumã, já devo ter falado isso aqui. Esse era mais um de quem só tinha lido ou ouvido falar, afinal ele havia parado de correr quando eu ainda era um guri de colo. A proximidade recente com a turma dos Jurássicos, da qual ele faz parte, foi a oportunidade para conhecer de perto muitos desses pilotos e para também ouvir suas histórias (e quantas histórias! Ultimamente, acho que piloto de corridas e pescador tem um repertório muito parecido, em quantidade, é claro, pois o que o piloto conta é tudo verdade...).
Foi há duas semanas, na última reunião da turma, que o "Sapinho", logo que chegou, me mostrou um álbum enorme de fotografias do seu tempo de automobilismo. Deixou sob minha responsabilidade todos aqueles anos de competições, que dividirei com vocês a partir de hoje. Como já puderam perceber, tem muita coisa boa vindo por aí.
O início dele no automobilismo foi na Prova Encosta da Serra, no dia 16 de Novembro de 1969, prova promovida pela Associação Valesinos de Automobilismo (AVA) que percorria a RS-020 entre São Francisco de Paula e Taquara, encerrando o Campeonato Gaúcho daquele ano. "Sapinho", com um Fusca preparado pelo Vilmar, se inscreveu na categoria Estreantes com motores entre 1201 e 1600 cc. Acabou conquistando a quinta posição após fazer os dois trechos da prova.
Pouco mais de trinta dias depois e conforme já citado, ocorria a inauguração do Autódromo de Guaporé com sua pista ainda de terra. "Sapinho" subia a serra com o esquadrão de Fuscas preparados pelo Vilmar e seus mecânicos. Além do #14o, havia o #171 de Maurício Rosemberg (ambos na categoria Estrantes), o #47 de "Janjão" Freire e Fernando Esbroglio, o #71 de Moacir Rosemberg e o #73 de Oscar Peter e Paulo Maciel.
Vejam abaixo alguns bons registros daquela prova.
7 comentários:
Rapaz, este fica fora da nossa "area de cobertura", já que a D3 nasceria só em 71.
Mas o #14 de 72,vai.
Esta foto da largada dos fuscas em Guaporé é absurdamente rara.Nem naquela cidade achamos fotos desse padrão na época do Livro do Autom.Gaucho-Levantando Poeira.O próprio bigode Chiarello não tinha os resultados. Sabiam que lá era o "campo de pouso"ou aeroporto da cidade(tem aeronave na foto). E que aplicaram por dias e dias óleo queimado(imaginem a atitude hoje dos ambientalistas) para criar uma camada rígida na terra;e que não aguentou. Lá pela segunda ou terceira largada voava naco de terra prá tudo que é lado.Era parabrisa quebrado e tijolaços no público.Acho que o Nico Monteiro ganhou uma das provas;mas a classificação final gostaria muito de saber.PAULO TREVISAN
Grande Gustavo: os quarenta anos de convivência que tenho a honra de ter tua amizade, reforçada pela tua chegada nos Jurássicos, indicaram sempre um cidadão correto e um exemplar piloto. Um grande abraço Luiz Gustavo "Sapinho" Tarrago de Oliveira.
Roberto Giordani.
Grande Paulo Trevisan,
Em primeiro lugar os desejos de muita saúde e paz pelo aniversário, se não me engano, ocorrido ontem. Não tenho notícias, igualmente do resultado, apenas lembro que, se não me engano, boa parte de prova principal foi liderada pelo Régis Schuch, com um fusca patrocinado pela Lucecar, sendo que acabou por quebrar o motor próximo ao final.
Mais uma curiosidade sobre a corrida de inauguração da pista de terra. O avião que aparece na foto pertencia ao Nelson Barro.Aliás, quando estive pela última vez em Guaporé fiquei magoado com o que vi.Na entrada do autódromo le-se: Autódromo Dr. Nelson Luiz Barro. Nada mais justo. Na entrada do túnel "Circuito Vitacir Paludo" Se não me falha a memória, o Vitacir, meu amigo particular, falecido recentemente, esteve meia dúzia de vezes em Guaporé, sempre na Fórmula Truck onde sua empresa patrocina a categoria. Portando, somente com interesses comerciais, que em nada contribuiram para autódromo, em si.
Mais adiante,"torre Aurélio Batista Félix". Tambem, o Aurélio, meu amigo, somente vinha a Guaporé com interesses comerciais com a sua Fórmula Truck. Agora Pergunto: onde fica a homenagem aqueles que deram a vida pelo autódromo? onde consta o nome do Osmar Chiarello, o saudoso Bigode- Onde consta o nome do Beto Morassuti, que junto com outros fundadores, "levou nas costas" este autódromo.Mesmo não tendo sido lembrados, a imagem, o trabalho e o carisma destes dois verdadores batalhadores pelo automobilismo gaúcho, jamais sairão da memória de quem vive automobilismo
Belas fotos Sanco ,acredito que aos poucos estamos restaurando a memoria desse automobilismo tão rico e tão esquecido da grande midia .Agora comparar pilotos a pescadores , não sei !! Outro dia escrevendo sobre uma corrida dos cinco amigos que nela correram sete fizeram a pole ,oito a melhor volta e todos a venceram , inclusive eu !!!!!!
Um abraço
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