Era o cardápio da noite de ontem, servido na reunião dos Jurássicos, que mais uma vez aconteceu no Templo dos DKW's do amigo Teodoro Janusz. Preparados pelo "Capo" Giordani, com a ajuda de seu fiel escudeiro Betho, os filés vinham acompanhados de purê de mandioquinha com molho de camarões ao gengibre, é mole?!
Sei que é sacanagem colocar essas imagens aqui, mas é para dar uma ideia do "sacrifício" feito pelo grupo na noite de ontem.
O que, ao primeiro olhar, já parecia ótimo na verdade só estava começando...
Logo ao chegar fui cumprimentando a primeira roda de amigos, até que um "desconhecido" me estendeu a mão e disse: muito prazer, Amedeo. Pedi desculpas e perguntei: Amedeo do que? Ferri, disse ele(!!!!). Estava eu diante de uma das figuras que por várias vezes fora citada aqui como "cavaleiro solitário", exemplo de garra e determinação e por aí vai. Daí falei daquela prova incrível em Cascavel, 1978, quando ele deu um show e venceu apesar de todos os problemas e ele lembrou de todos os detalhes, contou fatos inclusive não divulgados na mídia. Sensacional.
Talvez alguns de vocês - os mantenedores dos blogs amigos - saibam o sentimento de encontrar e conversar com um personagem sobre o qual já se pesquisou, escreveu, admirou. Não conhecia o Amedeo pessoalmente. Conversamos muito. Fiz um novo amigo. Abaixo ele aparece à direita contando suas histórias.
Em cada roda de amigos, uma história, uma lembrança. O time estava desfalcado de alguns confrades, mas mesmo assim o coro era dos bons.
Olha o "Tchéia" aí embaixo. Não disse que ele é sempre o mais animado?
Daí encontro o Neri Reolon (abaixo à esquerda), também, assim como o Amedeo, em sua primeira participação no grupo. Ele estava impressionado com a quantidade de nomes de significativa passagem pelas competições, seja como piloto, preparador, chefe de equipe, etc. E realmente não há o que contestar: o movimento liderado pelo Giordani é talvez aquele que tenha o maior número de ex-competidores no país. A história do automobilismo gaúcho estava alí presente em várias de suas gerações.
Neri comentou sobre a diferença da valorização dos competidores e ex-competidores aqui e na Argentina, por exemplo. Ele lembrou de uma passagem, quando estava em férias no país vizinho e se deslocava em uma van de um hotel para determinado local. Conversando com o motorista, surgiu o assunto automobilismo e tal e o Neri comentou que já havia competido. Neste exato momento o motorista passou a demonstrar grande admiração, ofereceu cortesias para passeios, passou a tratá-lo de forma diferenciada e atenciosa. Impressionante.
E não é que o Ibraim (abaixo ao centro) esqueceu de pegar o DVD com suas fotos que preparei para ele? Até tinha falado sobre isso aqui na última terça. Tudo bem, agora vai pelo correio...
Outra roda de amigos, das mais animadas, e vejo o "Nico" Monteiro falando sobre suas aventuras nas provas da Cavalhada-Vila Nova ao Né Andrade, Jorge Fleck e Walter Soldan, outro em primeira participação. O Soldan confessou ao "Nico" que gostaria muito de ter competido naquele circuito e perguntou detalhes sobre as curvas, qual marcha era utilizada, as tangências e por aí vai. O "Nico" lembrou de todos os detalhes e de inúmeras histórias, entre elas uma muito engraçada, passada nas 12 Horas de 1968, quando o Fusca do Leonel Friedrich, parceiro do "Nico" naquela prova, vinha disputando posição com o José Carlos Pace, no Corcel. O "Alemão" tentava tentava e nada do "Moco" dar espaço. Foi aí que Leonel extrapolou o uso da pista. Na curva da padaria colocou o Fusca na calçada, tirando um fininho do poste e assim deixando o "Moco" para trás. Ao que lembra o "Nico", no final da prova o "Moco" foi cumprimentar o Leonel pela manobra.
Enquanto o papo corria solto, a garoupa ia ficando pronta. Olha aí a dupla e sua obra.
Assim que o Giordani deu o sinal, se formou um "grid" junto à mesa. A primeira fila foi dividida por Cláudio Mueller e o Luiz Gustavo "Sapinho".
E dê-lhe mais garoupa na brasa...
E o anfitrião Teodoro, mais faceiro que guri de bombacha nova.
Enquanto isso fui dar uma vasculhada nos meus arquivos quando encontrei uma imagem feita em Tarumã, há 34 anos, mostrando uma bela disputa de posição entre dois daqueles que alí estavam. Não pensei duas vezes e chamei o Amedeo e o Cláudio para compor um registro muito bacana. Eles adoraram.
Agradeço a todos que lá estiveram, mas em especial ao Giordani que lidera esse grupo sensacional, que tantas alegrias proporciona ao amigo aqui.
Até a próxima!
Fonte das imagens: arquivo pessoal e revista Quatro Rodas.
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18 comentários:
Que coisa linda de ver todos esses 'botas' reunidos, parabéns aos idealizadores.
Amedeo Ferri é meu ídolo!
Ele é afilhado da minha mãe! Nossas mães eram amigas.
A primeira vez que fui a Tarumã e entrei no box, foi com ele e a Elza (esposa do Amedeo) que me levaram, fomos de Dodge Dart com a FF #13 vermelha a reboque, foi um dos dias mais emocionantes da minha vida, eu um 'piá' apaixonado por corridas, de repente estava empurrando um FF, calibrando pneus e ajudando a mostrar os tempos para o piloto!
Sensacional!
Abraço a todos, principalmente ao Amedeo!
ESBROGLIO AGRADECE...de público ao lendário Amedeo Ferri a doação de sangue voluntária que fez ao meu pai recentemente. Importante referir que; Amedeo além de bom e ìntegro, é das pessoas mais determinadas que já conhecí. Sózinho, tornou-se um às. Nenhum de nós tem nada para ensinar a ele.
Abraço.
Fernando Esbroglio
Inveja. Muita!
Abraço,
Niltão Amaral.
Sanco, seu blog é nota 10.
Putz, por favor consiga a receita do peixe!!! Adorei!!!
Guilherme Decanini - Autozoom 90 - Copa CCC - SP
Repito mil vezes - é um privilégio fazer parte desta confraria. Encontrar velhos amigos, ídolos e pessoas que estão ali com um único objetivo - confraternização - Graças ao nosso patrono Giordani que não mede esforços para reunir a turma, curtimos momentos inesquecíveis.
Nossa próxima etapa é reunir todos em uma prova no Velopark - vamos botar "os véio" para acelerar e relembrar os velhos e bons tempos.
Somente que esteve presente podes descrever o que é a emoção de estar com esta "tiurma"
obrigado a todos
Zuio
Buenas !
Mas Bhá Tchê!
Voce merece o premio Nobel. Eventos como este devem ser perpetuados. Falta reunir mais alguns, como o Leonel e o Fernando Esbroglio, e outros mais. Temos que reavivar a memória automobilística.
Aliás, Tarumã tá fazendo 40 anos, eu estiva lá na inauguração, o carro que mais gostei foi o fusquinha do Esbroglio.
Abraço.
Pedrão - SMO
Amedeu Ferri. Grande cara, discreto mas determinado, como já disseram outros, parabens pela vida que tiveste e o respeito que nos abrigaste a ter por ti. Agora lendo, o que o Esbroglio postou, te confesso caro Amedeu, foi ótimo alem de te saber um grande piloto ter confirmado seres um grande homem...
Conheço o Amedeo por morar no mesmo bairro que ele (Ipanema) em Porto Alegre. Às vezes nos encontramos casualmente, quase sempre na barbearia, ele me conta detalhes de preparação dos motores, os segredos dos motores Corcel na FF, aí eu me lembro que conheci o Amedeo quando ele tinha um autorama que ocupava toda a casa, era motoqueiro de Vespa, em seguida comprou um Teimoso (quem é que sabe o que é isso?) e capotou o carrinho, novinho. O Amedeo é boa-praça, gente boa. Um abraço
luiz borgmann
"Teimoso", o Gordini popular, todo pelado, lembra o fusca "pé de boi"?
Parabéns ao Sanco pelo tempo investido na história do nosso automobilismo! Sem os pilotos estas histórias não seriam contadas, lembradas, relembradas.
-O fato de abrir o espaço é a boca do vulcão!
Parabens a todos!
Caro "babysauro" Sanco:
Em nome dos confrades Jurássicos quero agradecer publicamente o teu trabalho em prol da memória do automobilismo de competição, bem como pela tua lisura de princípíos, predicado fundamental que rege as atividades da nossa confraria.
A culinária, que realmente estava muito boa, é tão somente o fator de reunião dos amigos, mas, o que vale mesmo são os princípios, a moral e o respoeito.
Um grande abraço a ti, bem como a todos blogueiros que aqui constumam deixar suas excelentes mensagens.
Roberto Giordani.
Inveja, inveja, inveja! Só isso, apenas isso.
Parabéns Leandro por mais este Remember. Sensacional !
Esqueci de assinar o comentário anterior ...
Aí Schütz, é esse mesmo o Teimoso, já vi que somos contemporâneos. O Teimoso era o Gordini pé-de-boi, acho que o ano foi 1965.
Um abraço
luiz borgmann
Já que o Teimoso é a bola da vez, alguns pitacos a respeito do carro e seus congeneres, que eram o Fusca Pé de Boi, e se não me falham os cansados neurônios, uma perua DKW de nome Pracinha. Detalhes do Teimoso: Não tinha sinaleiras nem pisca-pisca.
Tinha apenas uma sinaleira trazeira, sem luz de ré, portanto ao acionar o freio só tinha uma luz de freio. Os bancos eram de canos dobrados e revestidos de lona, sem molas e sem qualquer espécie de revestimento.
Acho que era esse o nome da perua DKW mesmo, lembro que dois tios meu compraram à mesma época, uma era bege areia e a outra cinza clara. Foram os primeiros "populares". Lembro também da sinaleira traseira única do teimoso, central, com a luz de placa na parte de baixo. Áquela época não eram obrigatórias as setas.
QUANTA GENTE AMIGOS= FIQUEI COM SAUDADES.
TARUMÃ FEZ PARTE DA MINHA VIDA. ME LEMBRO O ESFORÇO DO VELHO PEGORARO E DO PESSOAL DO ACRGS.
PARABÉNS A TODOS PELOS 40 ANOS.
JAN BALDER
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