quarta-feira, 24 de setembro de 2008

30 anos depois...

A convite do amigo e PhD em Rallye, Renato Pastro, tive a honra e o prazer de presenciar o lançamento do livro "Rallye Volta da América 1978 - 2008", realizado ontem à noite no Museu de Tecnologia da Ulbra, em Canoas.

Essa história, que já foi divulgada aqui algumas vezes, é muito bonita, mas o evento de ontem, foi emocionante. A começar pelo local. Quem nunca teve a oportunidade de visitar o Museu da Ulbra talvez não tenha idéia da magnitude daquele acervo e do trabalho que lá é feito. Sobre os pilotos e navegadores, protagonistas da história, que agora está imortalizada no livro e no próprio Museu, lá estavam três dos quatro: Christiano Nygaard, Neri Reolon e Jorge Fleck - ficou faltando o português Mário Figueiredo, navegador do Fleck. Todos discursaram, emocionados. Na platéia - que lotou o auditório do Museu - estavam muitas personalidades do Rallye gaúcho e brasileiro: ex-campeões, chefes de equipes, preparadores, patrocinadores, organizadores e toda a turma do Clube Porto Alegre de Rallye (CPR). Eu seu discurso, o Neri não teve dúvidas em dizer que aquele momento, 30 anos depois, trazia muito mais emoção do que a largada da prova - dada por Juan Manoel Fangio - e cercado por milhares de pessoas. Foi realmente emocionante.

A festa ficou completa quando a capa que cobria a réplica perfeita do Fusca campeão daquele Rallye foi retirada, com os protagonistas mostrando ao público o belíssimo trabalho realizado pelo pessoal da Ulbra que ficou 100 dias esmerando-se nesse projeto. É o primeiro carro da modalidade Rallye exposto em um Museu no país.

Na imagem acima, estão, da esquerda para a direita, Fleck, Nygaard e Reolon.

Pude conhecer muitos rallyzeiros e senti um clima de muita união e amizade entre eles. O CPR é um exemplo de dedicação ao esporte. Além dos veteranos, lá estava um grande grupo de jovens que estão iniciando na modalidade e pude perceber o entusiasmo deles e como eles valorizam a história de seus antecessores. Isso é garantia de longevidade ao esporte.

Não poderia deixar de registrar aqui, que o Renato Pastro, que colabora e divulga esse Blog aqui desde o início, foi inúmeras vezes citado pelos protagonistas como um dos principais responsáveis pela realização dessa obra, não somente o livro, mas também o Fusca. O Renato, que ontem era só alegria, como mostra a imagem abaixo, é a memória viva do Rallye no nosso estado e merece todo o nosso reconhecimento. Parabéns, Renato!


3 comentários:

Anônimo disse...

Muito boa a "reportagem". E o carro ficou lindo.

Anônimo disse...

Gostaria de dar meus parabéns ao Leandro Sanco pelo blog e ao amigo Renato Pastro pelo trabalho e dedicação a este projeto.
Grande abraço
André Cercato – Caxias do Sul

Anônimo disse...

Lá pela metade dos anos 60, o seo Rolf, pai do Christiano Nygaard, dava de presente de aniversário para o filho um DKW Belcar, na frente do Clube SABI, os associados olhando. O Christiano orgulhoso do veículo (acho que era amarelo) chorava de alegria...Mais tarde veio a Puma DKW, vermelha, maravilhosa...A paixão pelos carros levou a Miura a convidà-lo para testar os protótipos na pista de Tarumã, antes dos lançamentos, o que hoje o pessoal chama de shake down, checando o conjunto e as reações...Nos ralis, andou mergulhando em riachos com o Paseo e com pane seca no Passat da Gaucha Car (foi ver e tinha perdido o tanque de combustível, só ficou o buraco embaixo do carro - ou foi o Fleck?). Mas também foi, anônimo, ver as carreteras do Trevisan no arrancadão do Aeroclube de Belém Novo...Esse tem histórias prá contar.
luiz borgmann