Durante 39 dias do Rallye Volta da América, em 1978, diversos foram os obstáculos a serem superados, como frio intenso, falta de ar, e trechos quase inacessíveis. Os detalhes dessa aventura estão no livro comemorativo à passagem dos 30 anos da prova que ficou marcada como o maior rallye automobilístico da história.
Os participantes tiveram muitas dificuldades para percorrer os 29 mil quilômetros programados. A dupla gaúcha formada por Christiano Nygaard e Neri Reolon superou o desafio e conquistou o título na classe A para veículos até 1.300 cm3.
Uma das primeiras grandes adversidades foi no trecho entre Cuiabá Manaus. Os pilotos encontraram um atoleiro em estrada de chão, o que dificultou a conclusão dos 2.300 km programados.
- Muitas carroças e vacas passaram pelo traçado, facilitando o atoleiro. Nós demoramos cerca de três horas para concluir 15 km – conta Neri Reolon.
A altitude venezuelana também dificultou o trabalho da dupla. Durante o trecho, 5.400 metros acima do nível do mar, o pneu do Volkswagen Sedan 1300 L de número 110 furou. A falta de ar colaborou para que uma simples troca de pneu se tornasse praticamente um martírio.
- A gente fazia um pouco do trabalho e parava para respirar. Foi assim durante uns 15 minutos, quando conseguimos calçar o carro novamente e continuar a prova – recorda Reolon.
Dos 65 participantes, somente 22 concluíram a prova. Os trechos eram longos, sendo que um deles durou 36 horas, entre Bariloche e Ushuaya. Os pilotos paravam apenas para abastecer.
O livro, de autoria dos amigos Renato Pastro e Paulo Torino, será lançado amanhã no Museu de Tecnologia da Ulbra em Canoas.
Fonte das imagens: divulgação.
Um comentário:
Mais um belo documento. Assim vamos manter viva nossa memória.
Parabéns ao Pastro e ao Torino, aliás, dois dos mais incansáveis recuperadores da história do automobilismo.
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