sábado, 20 de setembro de 2008

Régis Schuch

Estou pensando em trocar o nome da seção Desafio para alguma outra coisa, pois a turma aqui é muito forte e não deixa passar uma. Impressionante.

O nome do piloto daquele Alfa 2300 era realmente o Régis Schuch, que fez um trio com os pilotos Cleber Mansur e Renato Barros nas 25 Horas de Interlagos de 1974. Sim, 25 Horas! Se uma 12 já é cansativa, imaginem 25.

Bom, foram muito poucas as informações que consegui resgatar sobre a carreira desse gaúcho que iniciou no automobilismo em Passo Fundo, correndo com um Gordini azul marinho, lá por 1968. Naquele ano ele participou de algumas competições importantes como a Prova Antoninho Burlamaque e as 12 Horas de Porto Alegre, em dupla com Gilberto Hoff, sempre com o Gordini.

O Paulo Trevisan, que é lá da terrinha, me conseguiu alguns detalhes de uma prova, disputada no dia 29 de Setembro daquele ano, a III Prova Estreantes de Passo Fundo, na qual o Gordini do Régis correu na Classe A, pilotado pelo João Roberto Schmidt, o "Schmitão", de Porto Alegre que chegou na 6º posição. Inclusive a imagem abaixo mostra a disputa no circuito da Avenida Presidente Vargas, tendo "Schmitão" à frente e o José Ari Ughini no DKW na sua cola.


Depois, na prova principal, os 300 Km de Passo Fundo, o Régis correu, mas não temos o registro de sua colocação final. Temos apenas uma imagem da premiação, que o Trevisan aproveita para perguntar ao pessoal da antiga quem estava nesta imagem. A Rainha da prova era da família Tasca e o Régis Schuch é o primeiro à esquerda de bigode. E os demais, quem identifica?


O "Janjão" Freire também me enviou alguns registros da prova em que eles formaram uma dupla. Foi nos 500 km de Joaçaba, em comemoração ao aniversário da cidade, disputada em pista de terra no dia 24 de Agosto de 1969. Na prova, o carro, que estava inscrito no Grupo 5 - Classe até 1300 cc, apresentou alguns problemas mecânicos no inicio, mas após conseguiu se recuperar e assumir a ponta, vencendo em sua classe.

Os resultados daquela prova foi o seguinte:
Grupo 6:
1º - Protótipo VW 1600 #01 - Vacili Vosniack/Tito R. Filho - Joaçaba;
2º - Protótipo VW 1600 #44 - Kurt Lindner/José Baldo - Joaçaba.

Grupo 5 - Classe até 1300 cc:
1º - Gordini #11 - Bruno Castilhos/Afonso Ebers - Curitiba;
2º - Corcel #22 - José A. Madrid/José L. Madrid - Porto Alegre.

Grupo 5 - Classe 1301 até 1600 cc:
1º - Fusca #90 - Régis Schuch/Antônio Freire - Porto Alegre;
2º - Fusca #43 - Giosepe Rosito/Moacir Rosemberg - Porto Alegre.

Grupo 5 - Classe 1601 até 3000 cc:
1º - Simca #34 - Nelson Barro/José L. De Marchi - Guaporé;
2º - Simca #95 - Luiz Tombini/Renato Schiper - Carazinho.


Referente aos anos 70 e 80, consegui identificar a participação do Régis em alguns campeonatos nacionais, desde a Divisão 1, em provas longas, até a Fórmula VW 1600 e também no Regional de Turismo, em 1985 em dupla com o Fernando Esbróglio, além de algumas 12 Horas de Tarumã, destacando a de 1987 quando foi o terceiro colocado na geral, pilotando ao lado de Maria Cristina Rosito e Paulo Hoher em um Passat.


Mas foi a partir de meados dos anos 90 que o nome do Régis Schuch voltou a aparecer com destaque dentro e fora do Brasil. Na liderança da Stuttgart, revenda Porsche de São Paulo, Régis voltou à pilotagem a bordo de um Porsche participando de provas como Mil Milhas em Interlagos e também em uma inédita participação de uma equipe brasileira nas 24 Horas de Daytona, em 1998, em parceria com André Lara Resende e Maurizio Sandro Sala. Nas Mil Milhas foi o vencedor em 2001 e 2002 com um modelo 911 GT3. Na primeira venceu ao lado de André Lara Resende, Max Wilson e Flávio Trindade e na segunda com Raul Boesel e Flávio Trindade. Além disso, foi o vice em 1995 e 97. Abaixo duas imagens de 2002.

Termina aqui uma breve retrospectiva sobre a carreira desse gaúcho que hoje é mais conhecido fora do estado e que sempre acelerou forte por onde andou. Agradeço ao "Janjão" e ao Trevisan me me passaram algumas informações e também imagens dessa trajetória.

Fonte das imagens: arquivo "Janjão" Freire, Paulo Trevisan, Enciclopédia do Automóvel - arquivo Família Tróglio, http://www.autodynamics.com.br/

24 comentários:

Paulo Schütz disse...

Ele perticipou do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford em 77, e, no Regioal de Turismo, fez algumas provas junto com Gilberto Hoff, com um Passat.

Leandro Sanco disse...

Fiquei na dúvida, quanto ao "Giosepe Rosito". Será que não houve um engano do jornal da época? Ou talvez seria o segundo nome do Raffaele?

Anônimo disse...

Na foto da premiação, ao lado do Régis Schuch acho que é o Vitório Andreatta. O quarto (da dir.p/esq.) acho que é o Jorge Truda.
O Régis Schuch teve ainda uma oficina de carros de corrida no Rio de Janeiro (?) época em que ele se dedicava à F-Ford. Mais tarde ainda teve uma empresa no RS (S.Léo, me parece) em parceria com o Schimitão, o homem do 91 (época dos superkarts).
luiz borgmann

Anônimo disse...

O Borgmann levantou um fato a respeito do Schuch que é interessante.Quando ele saiu de P.Fundo lá por 1969 ele abriu uma loja em POA no Bomfim com equipamentos esportivos para carros e um serviço de revitalização que não tinha igual;ele sempre foi muito caprichoso.Virou point e depois levou para o Rio onde cresceu bastante nessa frente.Alguns anos após se agregou na criação da Stuttgart em SP.Só para acrescentar ,me lembro que ele capotou um Passat no Tarumã.Daquela geração saiu muito piloto de Passo Fundo,querem ver: Roberto D'Avila,Ubirajara Sfoggia,Alceu Ribeiro,irmãos Troglio e muitos outros...Ah! Sergio Ughini com o qual Schuch fez algumas provas de DKW. Paulo A.Trevisan

Paulo Schütz disse...

Em Porto Alegre, a loja era a GT Car, se não me engando, depois, no Rio de Jameiro teve, primeiro, a Miura Team, especializada em eletrecidade de automóveis, mais tarde, Regis Schuch Motor e Som, oficina mecância e loja com instalação de som automotivo.
Aqui, em São Leopoldo tinha uma empresa de refeições industriais.
Quanto à capotagem com o passat, acho que foi numa 12 horas, certo que era do campeonato brasileiro de Divisão 1, foi na 9, com a quebra de uma roda, e o companheiro era Evandro Coser, piloto do Espírito Santo.

Leandro Sanco disse...

Então foi nas 12 Horas de 1975. O Passat era o #42. Essas informações estão na lista de inscritos daquela prova que o Luiz Borgmann me enviou um tempo atrás.

Anônimo disse...

Régis Schuch também correu Rallye de Regularidade no Campeonato Gaúcho.

Abraços

Renato Pastro

Anônimo disse...

A capotagem do Passat que o Schutz se refere, com a quebra do miolo de uma roda dianteira de liga-leve (roda de apoio) foi por fadiga de material. O Passat da capotagem era um 1500; é bom lembrar que naquela época a indústria de rodas de liga-leve ainda era incipiente, com a maioria dos modelos oferecidos com fundição em molde de areia, portanto com o produto sujeito a porosidades (bolhas de ar) e fadiga precoce em momentos de extremo esforço mecânico. Comentários da época diziam que a equipe iria ingressar com um pedido de ressarcimento de danos ao fabricante das rodas. O Régis Schuch é quem pode dar este desfecho...
luiz borgmann

Paulo Schütz disse...

Pois a marca de rodas, a Scorro, avaliou, contado pelo próprio Régis, e o diagnóstico foi o uso de parafusos especiais que eram usados habitualmente com rodas de liga leve, exceção a essa marca que desenvolvia o produto para o uso dos parafusos originais. A fábrica passou a vender as rodas com o aviso da exigência dos referidos parafusos originais.

Anônimo disse...

Esses blogueiros sabem das coisas.Apenas para não cair no esquecimento e ser engolida no avanço do blog,vou identificar os pilotos daquela foto que enviei da premiação da prova 300km de P.Fundo 29.09.68. À esquerda o Schuch,ao lado Vitório Andreatta,depois Renato Schipper(piloto de Simca de PFundo);o de bigode Juvenal Martini junto com Walter Dalzotto que foram os excepcionais pilotos de Simca de Caxias(Os melhores do sul do país a meu juízo e a eles agregaria eventualmente o Aldo Costa e o Breno e claro o fenomenal Plinio Luersen de Lages -que com frequência surravam a Simca da Fábrica com Jaime Silva e tudo).Seguindo na foto,o de óculos é o Lauro Maurmann Junior ótimo com FNM/JK ,e depois o Ítalo Bertão(piloto de carretera e nessa época com Simca Emisul;e após outro piloto de VW que não me ocorre o nome,e aquele bem atrás poderia ser o Petrillo.Paulo A.Trevisan

Paulo Schütz disse...

Um time e tanto, o da foto, concordo com o Trevisan quanto á qualidade da dupla, Martini/Dalzoto, chegaram a andar de Opala, nos primeiros tempos em Tarumã.
Quanto ao Rosito, acho que era o Rafaele mesmo, até o número era o 43.

Anônimo disse...

Ao amigo Trevisan, que merece todo crédito face aos conhecimentos do automobilistico, sem desmerecer aos demais, essa turma do blog é ótima...Pois fui um frequentador da revenda autorizada Simca do Brasil, de nome Cranwood, localizada na Rua Lima e Silva 776 em Porto Alegre, da qual meu pai era funcionário. Pois ali pude ver, na época, as Simcas de fábrica que ali chegaram para uma das competições: a Simca "normal" e a "carretera" com os respectivo pilotos da época: Ciro Caires e Jaime Silva (Magrão), só de nome o pessoal já tremia... A do Jaime Silva era a 26, e a do Ciro Caires a 44. Tempo bom...Pois na Cranwood também se preparavam os carros dos gauchos Antonio Pegoraro (17), Aldo Lourival Costa (3), Gabriel Cuchiarelli e muitos...muitos outros. Tive oportunidade de conhecer também (hoje não sei onde ele se encontra) o preparador de motores da Cranwood, Manoel Dias - alguns os chamavam somente de Dias, outros de Manoelzinho, outros o chamavam de Português, enfim, eram o mesmo. Esperto, a área de motores da Cranwood era cercada por uma tela, era dificil saber o que acontecia ali dentro. O Dias, especializado nos macetes dos V8, mais tarde fez parceria e foi trabalhar com o Aldo Costa só nos carros de corrida, mas para isso especializou-se nos VW ar, isso já era coisa de Tarumã nos D3, mas durou pouco. Mais tarde ele (o Aldo) se aposentou e do Dias (ou Manoelzinho, ou Português) nunca mais soube. O Juca (especializado nos câmbios dos Simca, aqueles com reduzida elétrica) botou uma oficina na mesma rua, em frente à Cranwood. Só que disseram que o Juca acertou na loteria federal, vendeu a oficina e depois foi usufruir a vida...coisa boa...reminiscências...
luiz borgmann

Leandro Sanco disse...

Cada história que surgem nesses comentários...
Imperdíveis!!!

Paulo Schütz disse...

Manoelzinho Dias, foi ser inspetor da Chrysler nos anos 70 e, recentemente, apareceu auxiliando um jovem piloto da Copa Corsa, cujo nome não lembro, mas não na área técnica.

Unknown disse...

Olá! Meu nome é Régis Schuch Jr e gostaria de corrigir algumas coisas: Meu pai na década de 90,fundou a Stuttgart Sportcar, importador oficial da marca Porsche e ainda atua na empresa. DOis. O Shimitão sempre foi empregado da empresa de alimentação em SL,que meu tinha. Quando meu pai decidiu vender para investir no Rio de Janeiro, ele vendeu para um parente do Shimitão e este o colocou como sócio. O nome da empresa que preparava carros de corriga era MIura. Hoje com 61 anos, meu pai ainda está com suas atividades como importador oficial PORSCHE no Brasil,e passou a ser presidente do POrasche club que fundou. Também é estrategista de corrida da equipe do seu sócio na Categoria Porsche GT3 Cup.

Obrigado:

Régis Schuch jR.

Unknown disse...

Olá! Meu nome é Régis Schuch Jr e gostaria de corrigir algumas coisas: Meu pai na década de 90, a Stuttgart Sportcar, importador oficial da marca Porsche e ainda atua na empresa. DOis. O Shimitão sempre foi empregado da empresa que meu tinha. Quando meu pai decidiu vender por decidir investir no Rio de Janeiro, ele vendeu para um parente do Shimitão e este o colocou como sócio. O nome da empresa que preparava carros de corriga era MIura. Hoje com 61 anos, meu pai ainda está com suas atividades como importador oficial no Brasil, da marca POrsche, e passou a ser presidente do POrasche club que fundou e estrategista de corrida da equipe do seu sócio na Categoria Porsche GT3 Cup.

Obrigado:

Régis Schuch jR.

Anônimo disse...

Olá...
Então... surprêsa bastante agradável sobre Régis...
Estava eu a "procurar" pessoas que conheci na minha juventude e coloquei o nome Régis... uauuu... maravilha saber dele e do blog do Régis Jr.
Régis Schuch correu também lá pelo final da decada de 60 início de 70, em Florianópolis, no Estreito... tenho algumas fotos, te interessa?
Ele corria no Fusca bege... 90...
Abraços

Anônimo disse...

Ah! esqueci de dizer... fui amiga dele.

Leandro Sanco disse...

Olá, amiga do Régis! Sem dúvida, as fotos são interessantes. Envie para leandrosanco@gmail.com que em breve serão publicadas.

Abraço

Anônimo disse...

Meu nome e Roberto Campos Rodrigues e lembro que Regis tinha uma loja de acessorios aqui no Rio de Janeiro na rua Arnaldo Quintela n 10 em Botafogo e anunciava a loja na revista Quatro Rodas,na decada de 90 foi meu cliente na loja da Guidon na Barra daTijuca.

Anônimo disse...

ola como vc esta?
não temos mais noticias um do outro.quando puder me ligue.
bjus
priscilla g.santiago

Anônimo disse...

Para complementar a biografia do Régis, depois de algum tempo parado voltou as pistas fazendo dupla com o Amadeo Moller em um Gol.

Fernando Onofrio disse...

Identifiquei na foto o Régis, Vitório, Juvenal Martini, Walter Dal Zotto( dois grandes pilotos) e o Lauro Maurman Junior, um dos pilotos de tocada mais fina que vi correr.

Fernando Onofrio

Oswaldo Leal disse...

Tem muito tempo que não vejo o Regis, mas convivemos quase diariamente de 1974 até o final da década, mais ou menos. Conheci ele ainda na Miura, loja de acessorios para automóveis, onde deixei rios de dinheiro (rsrrs). Depois da Miura ele fez a Regis Schuch, na Rua Rodrigo de Brito,oficina onde preparava motores e também carros para competições. Ao mesmo tempo tinha outra loja a ESPA, na Rua Arnaldo Quintela, que continuava com acessórios e serviços de eletricidade. Essa época foi ótima. Era cheiro da gasolina de manhã à noite; foram feitos para competição o Passat Azul que capotou no Sul, devido ao problema na roda, depois os dodginhos, o fórmula Ford amarelo (um Bino) - tenho imagens dele no Bino, acertando a pedaleira - o Maverick do amigo Toninho Moutinho, que foi adquirido da equipe Mecantil Finasa e que antes era do Moco.