quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

DKW V6. Já pensaram?

No último sábado, ao revelar a resposta do Desafio da Semana, o assíduo e expert Luiz Borgamnn fez alguns questionamentos ao Roberto Giordani a respeito da preparação do Corcel #30 e do DKW #88. Este tratou então de me enviar um e-mail com todos os esclarecimentos, os quais transcrevo para a apreciação do Luiz e dos demais blogueiros.

Vai que é tua, Giordani!

"Caro Luiz Borgmann,
Fico sempre muito satisfeito e por isto te parabenizo, quando mais jovens do que nós, veteranos Jurássicos, tenham interesse em saber como eram mecanicamente as viaturas de corrida de 30, 40 ou até 50 anos passados.


Com respeito à cilindrada de 1520 cc do último propulsor do Corcel 30, foi obtido primeiro por uma virabrequim com maior curso feito na cidade de Caxias do Sul pelo Francescutti, mais os pistões 0.40.


Existia uma preocupação muito grande do Horst com o alargamento dos pistões, pois tornavam muito finas as paredes das camisas originais; assim o ganho maior ficou por conta do virabrequim, que propiciou elevado ganho de torque e potência em todas faixas de uso, ou seja, nas saídas de curvas de baixa e na velocidade final.


Os últimos tempos conseguidos por nós em Tarumã em 1975 foram de 1'23"800, equipado com pneus radiais normais, e isto há 35 anos passados.

Com tempo o propulsor ainda poderia ter sido elevado até próximo 1600 cc, obtido pelo alargamento dos pistões em camisas mais resistentes; porém neste meio tempo o Décio parou de correr e eu desviei minha atuação para os Opala Divisão 1.


Quanto ao DKW 88, primeiramente devo te fazer um esclarecimento: naquele ano de 1972 só havia para comprar pneus slicks da Goodyear em aro 13 que fossem possíveis de serem usados pelo seu tamanho e largura, pois de 14 ou 15 eram imensos de largos, sem chances de usar no DKW. No DKW não existia qualquer hipótese de se usar aros 13, pois não cabiam as rodas nos freios a disco de jeito algum; usávamos aros 14 e assim mesmo com folgas mínimas, a ponto de ter que ser limado o copo inferior da suspensão dianteira. Só para te dar uma ideia, estreamos em 1970 em Tarumã com aros 15 em rodas Leve Ligeira da Mangels de 5,5 polegadas, e pneus Cinturatto da Pirelli, que eram razoáveis no seco e péssimos na chuva. O que fazer? O remédio, não totalmente satisfatório, foi buscar algum pneu em aro 14 para enfrentar os slicks da Goodyear.

Eu tenho falado sempre de pneus slicks no DKW para "encurtar" o entendimento das pessoas; na realidade usei naquela prova Pneus Firestone Indy especiais de competição, que eu adquiri só para aquela corrida; eles haviam sido usados apenas uma vez na Simca do piloto Catharino Andreatta, mas de qualquer maneira eram usados.

Estes pneus Indy eram muito pesados, o perfil dele não era muito diferente do que estávamos usando nos Pirelli o que não alterava muito o "raporto" final, mas tinham um sério problema: custavam a aquecer e entrar na plenitude de sua aderência (que nunca conseguimos), pois havia sido projetado para viaturas mais pesadas que o DKW e este, ainda aliviado de peso. Tanto era assim, que naquela corrida da foto, o Décio "se mandou" na largada e eu fiquei às voltas em primeiro "limpar" a carburação (sempre acontecia isto na largada) e depois até os pneus aquecerem, a ponto do Roberto Peter vir lá de trás e ficarmos travando "uma peleia" das boas, por voltas e voltas.

No Corcel do Décio também não foi só colocar os slicks e "ganhar o céu"; haviam problemas de suspensão, geometria e aquecimento também.

Este é o esclarecimento que desejava dar dos pneus.

Quanto à cilindrada era de 1080 cc e a carburação era uma SOLEX tripla 40 (com três corpos independentes) sem cubas e bóias; funcionava com uma pequena cuba única independente junto aos carburadores com uma bomba elétrica que fazia circular a mistura entre os três e retornar à cuba; para alimentar a cuba havia outra bomba elétrica que trazia o combustível do tanque; o Chico é que tinha uma dupla e uma cortada Solex de 40. Era tão super alimentado, que para ligar o propulsor tinha que se manter desligada a bomba do tanque e só fazer circular a das cornetas; quando pegava e entrava a bomba do tanque só parava de botar combustível para fora das cornetas depois dos 4 mil giros.

A preparação do 88 sempre foi do Horst Dierks, que vinha de uma família de "dois tempos" junto com seu tio Karl Iwers; só passou para os motores quatro tempos porque a Vemag foi maldosamente fechada pela Volkswagen em 1967 e veja que corremos até 1972, com viaturas que tenho certeza eram muito mais desenvolvidas que da Vemag na época que foram fechados.

Luiz, por mentira que possa parecer, nós já tínhamos freios à disco desde 1963 nos DKW, quando o Dino de Leone preparava os DKW's da equipe Araganos. Eram alemães da marca A.T. (Alfred Teves) e equipavam as BMW de 2 litros da época. O freio era fantástico para aquele peso e velocidade dos DKW's; melhoramos ainda mais, quando conseguimos pastilhas especiais de alta performance.

O melhor tempo que consegui com aqueles pneus Indy foi de 1'27"8/10; creio que teríamos conseguido baixar mais se tivéssemos tido tempo para pesquisar pressão e temperatura dos Indy; confesso que não foi uma melhoria muito grande, pois com os Pirelli já fazíamos apenas meio segundo pior.

Paramos de correr com DKW no final de 1972 com apenas 1080 cc, porque já era muito caro e muita mão de obra para enfrentar os Corcel e VW 1300; nutrimos uma tênue esperança de conseguirmos importar um motor V6 de 1300 cc do DKW, mas ficou só na esperança; terminamos bem, com apenas o Décio na nossa frente............e aí aderimos aos quatro tempos.
Se este motor V6 tivesse chegado aos DKW, certamente não haveriam adversários nem na categoria e nem na 1600, pois a expectativa era poder se conseguir entre 130 e 140 HP para este motor.


É isto aí, caro Luiz; muito obrigado pelas perguntas, dando a oportunidade de resposta.
Um grande abraço.
Roberto Giordani."



Vejam quanta informação interessante trazida pelo sempre atencioso Giordani. Assim como ele, tenho certeza de que muitos pilotos e preparadores tem e gostariam de compartilhar suas histórias por aqui. As portas do blog estão abertas. Participem!

Fonte da imagem: arquivo Roberto Giodani.

25 comentários:

Marco Queiroz disse...

Boa aula de história...

O que ele não falou era o barulho infernal que faziam as bombas eletricas da época!

Marco Queiroz disse...

Pra não perder a viagem... ainda compramos virabrequins e bielas do Susin Franciscuti.

Rafael disse...

Só por curiosidade, a cilindrada era limitada na categoria, ou seja, 1300cc, mas não havia limite no nro de cilindros ? Se alguem souber a resposta, agradeço.

Roberto Giordani disse...

Caro Gomes!
A cilindrada era limitada em 1300 cc, mas não havia qualquer mensão a quantidade de cilindros; daí a esperança que eu tinha em conseguir um V6 para o 88, que ficou só na vontade e no sonho.
Um grande abraço.
Roberto Giordani.

Roberto Giordani. disse...

Caro Marco!
Em comparação às atuais, as bombas daquela época eram barulhentas mesmo, porém, nada comparado com o ruído do escapamento dos DKW que deixou-nos surdos e com zumbidos nos ouvidos até hoje.
É um " desfile de surdos" nas Reuniões dos Jurássicos, mas valeu a pena ficar surdo e poder desfrutar os DKW.
Um grande abraço.
Roberto Giordani.

Roberto Giordani. disse...

Ainda para o Marco!
A respeito de bombas de combustível que usávamos nos DKW's me permite te contar o seguinte:
O Chico e eu, gastamos fortunas comprando bombas importadas como Steward Warner, Bendix e outra marca que não recordo, e todas, sem excesão, nos deixaram mal em diversas corridas entrando em curto, parando de bombear, aquecendo, que por vezes chegamos a colocar um saco plástico com água e gelo para impedir que parasse de funcionar.Um absurdo!
Sabe qual resolveu tudo isto??? Uma bomba brasileira: Dynamatic!!!
Foi instalar e acabaram-se nossos problemas.
Fica o registro.
Mais uma vez, um grande abraço.
Roberto Giordani.

Anônimo disse...

Roberto
Essas bombas , realmente eram muito boas .
Era uma fabrica bem pequaena na Rua Paraquaçu no bairro Perdizes SP . Essa fabrica , pertencia ao Comandante Vicente Mammana Neto , que na epoca tambem era dono da CIMA "Companhia Industrial de Materiais Automobilisticos" pioneira em pistões forjados no Brasil . Essa fabrica era em Santo André SP . E no fim dos anos 70 foi vendida para MAHLE . Logo em seguida fecharam a Dinamatic .
Ricardo

Claudio Sinibaldi disse...

Neste link tem várias fotos do V6.
http://www.obvio.ind.br/O%20DKW%20nas%20pistas%20e%20o%20motor%20V6%20dois%20tempos.htm

Rui Amaral Lemos Junior disse...

Muito bom Roberto!
O V6 era um motor infernal, pena que vcs não o trouxeram.
O Mamana era pai do Marco e do Vicente que corria em SuperKart.

Abs

Rui

Anônimo disse...

Que maravilha esses relatos de quem fez pelo automobilismo. Época fantástica, em que todos se envolviam nas corridas, simplesmente pela paixão.
Apesar de ser criança ainda, na época, me recordo desses carros, quanta saudade.
Abraço a todos.

Mauro Corso

Caíque Pereira. disse...

Para um DKWmaníaco como eu, é sempre bom ler as coisas espetaculares que estes carrinhos faziam,

PARABÉNS e obrigado!

Rafael disse...

Interessante, ou seja, se alguém desse sorte de ver surgir um V8 de 1300cc, poderia sentar o mesmo no auto e mandar a bota, ia sobrar na pista, hehehe. Uma pena que o 88 não ganhou esse V6. Bem que um cara que ta virando meu ídolo, ou seja, o Paulo Trevisan, podia tornar isso realidade, restaurar um Dkw, com a pintura do 88, e sentar um V6, que sonho...
Aaaa, eu troquei meu nick do post, eu postava como GOMES.
Abraço Roberto e Sanco

luiz borgmann disse...

Olá amigo Roberto Giordani,
Parabéns pelos seus esclarecimentos, a parte técnica é muitas vezes desconhecida nos seus detalhes como você agora mencionou. Devemos reconhecer que os motores 2T tem muitos admiradores, mas a preocupação ambiental em relação à poluição praticamente baniu estes motores das competições, pois como sabemos os motores 2T queimam parcialmente a mistura admitida, lançando na atmosfera o excedente não-queimado. Mas vamos a uma rápida evolução matemática: os motores de kart 125cc 2T de hoje quase chegaram (ou já chegaram) à casa dos 30HP. Evoluindo, teriamos este mesmo motor para uma capacidade cúbica de 1 litro a potencia de 240HP, ou, para um motor 2.0 a potência de 480HP. Mas aí já é outra história.
Em relação aos pneus, quem já andou no kartismo pode lembrar: houve uma época em que havia somente um composto para tornar a categoria viável, eram os pneus de composto duro. Voce iniciava os giros, andava, andava, escorregava, e quando aquecia começava a baixar os tempos, mas era uma forma econômica de você treinar, fazer tomada e ainda participar da corrida. Mas a turma do dinheiro acabou aprovando a adoção de pneus de vários compostos (um para treino, um para tomada, outro para corrida, etc) o mole, o extra-mole, etc matando os grids. Vale lembrar, para quem acompanhou pelo SPEED no ultyimo final de semana as 24h de Daytona, a surpresa do narrador, a cada troca de pneus dos lideres, ele dizia: aconteceu alguma coisa com o carro, olha a velocidade baixa do líder, etc. Depois de umas 3 voltas, o carro subia de rendimento, é lógico, com o aqwuecimento de pneus, provavelmente o composto utilizado era bastante duro e de grande durabilidade para enfrentar um longo periodo sem trocas.
Vale lembrar ainda que no Paraná, na pista de Cascavel, havia um protótipo bimotor (motor DKW na dianteira e VW 1600 na traseira), ou seja, um 4WD. O carro foi canhão, andou uma barbaridade mas acabou capotando e ali terminando sua curta história, parece que foi um dos Favarin, lá do Com.de automóveis. Resta saber como ele fazia a troca de marchas para os dois motores, pois um deles é extremamente elástico. Alô amigo, você também precisava de 2 contagiros, um tanque para gasolina, outro para 2T, e por aí vai.
Alô Giordani, o pessoal tinha feito um belo trabalho de funilaria nos para-lama dianteiro do seu DKW para caber aqueles slick, aquela foto ficou na galeria dos imortais.
Um abraço
luiz borgmann

Leandro Sanco disse...

Grande Borg. Aproveitando tua deixa sobre as 24 h de Daytona. Tu sabes me dizer como é que eles conseguem trocar o conjunto cáliper e pastilhas sem precisar sangrar o sistema novamente? Fiquei bem curioso ao ver aquilo sendo feito e de forma tão rápida.

Abraço a todos.
Sanco

Roberto Giordani. disse...

Sensibilizado, agradeço ao Borgmann e aos demais, pelas palavras carinhosas que escreveram a respeito dos comentários, e principalmente do meu 88.
Confesso aqui aos amigos: tenho uma grande mágoa por ter vendido o DKW 88 a terceiros.....sumiu.
O único consolo que restou, além dos grandes momentos que vivi com ele, foi ter após 1972, transformado em carro de rua, mas ainda mantendo nele um "furioso" motor de corrida, câmbio escalonado e freios à disco.
Perdoem o que vou relatar, pois foi infringir a lei e isto não deve ser feito: em 1973 inaugurou-se a Free way POA-Osório, com a velocidade máxima de 120 Km/h.; bem tarde das noites de 6ªs feira nos meses de janeiro e fevereiro a Free way foi palco de "pegas' fantásticos, verdadeiras "briga de cachorro grande". Pois lá estava eu com o 88 travestido de cordeiro, dando-me ao luxo de entrar nestas brigas; até hoje acho que tem gente daquela época tentando entender como um DKW vermelho, ano de fabricação 1958, passava por eles ainda na 3ª marcha e ainda tinha a 4ª marcha para sumir da visão deles.
Mais uma vez, peço perdão pelo relato, porém sempre sinto vontade de faze-lo, não para parecer superior, mas porque a " pipoqueira" como chamavam aqueles que não entendiam de nada, lhes calavam a boca com sua performance.
Um grande abraço a todos.
Roberto Giordani.

luiz borgmann disse...

Alô Sanco,
Em relação às 24H de Daytona não vi o momento de trocas de caliper e pastilhas. Mas certamente eles poderiam estar utilizando nos Brembo ou Willwood um sistema que já é bem conhecido nas bancadas de teste de motores (dinamômetros) de fábrica: quando você é obrigado a testar motores 100% (os diesel você testa 100% da produção, os demais (gasolina, álcool, etc) é por amostragem) você tem à disposição um sistema de engate rápido com obturador: quando você encaixa, ele abre., desconectando, ele se fecha automáticamente. Este sistema também foi utilizado pela F1 até 2009 nos reabastecimentos (2010 não reabastece mais). O sistema mencionado funciona perfeitamente nos mais diversos diâmetros de tubos e fluidos, com perda zero de fluido no abre/fecha. Certamente este deve ser o sistema utilizado nas trocas de pinças completas para agilizar o processo devido à alta temperatura dos componentes no momento da troca. Um dos maiores fabricantes destes engates rápidos (conectores) de baixa, média ou alta pressão é a empresa alemã WEH (use o nome para pesquisa e você vai se surpreender).
Um abraço, é o que eu tinha no momento, desculpe me alongar na matéria técnica.
luiz borgmann

luiz borgmann disse...

Ei Giordani, deixa eu aproveitar esta bela foto que ilustra a matéria e que mostra a DKW 88 entrando na 9 de Tarumã, mas dá para ver a bolota branca da alavanca de câmbio no lado de cima. Então, explica prá gente, está na 2a super-esticada ou na 4a marcha com relação curta?
Um abraço,
luiz borgmann

Roberto Costa disse...

Tenho uma foto não (muito clara) deste motor DKW de 6 cilindros.
Para onde mando?

Leandro Sanco disse...

Olá, Roberto Costa. Envie para leandrosanco@gmail.com que farei a publicação aqui no blog.

Obrigado pela colaboração.

Um abraço,
Sanco

Leandro Sanco disse...

Borg,

A referida curva não seria na entrada do Laço? Veja a saída da 3 e o público na parte externa da pista.

Abração e obrigado pelos teus esclarecimentos.
Sanco

luiz borgmann disse...

Aí Sanco, tô contigo, justifica a utilização da 2a marcha. A propósito do comentário do amigo Claudio Sinibaldi neste post (o motor DKW V6) merece ser visto no endereço mencionado, matéria completa de alto detalhamento técnico.
Abraço
luiz borgmann

jcesar disse...

Eu fico bobo com o conhecimento tecnico que esse pessoal tinha naquela época sobre motores de competição, especial os motores dkw. Os paulistas que me descupem, mas melhores preparadores de dkw eram do RS. Sanco, alguém corria por aqui com motor vw a ar equipado com kit puma ? Tem alguém no blog que correu com esses motores puma ? To com um motor vw 2000 inspirado nos kit puma, toda informação é bem vinda ... abraço

Roberto Giordani. disse...

Alô Borgmann!
A foto é realmente da curva do Laço. A bolota indica a posição da 2ª marcha já no câmbio escalonado para autódromo de Tarumã.
O escalonamento foi feito a partir do diferencial que era o intermediário entre o curto e o longo, para podermos acertar as marchas.
Aí fomos para as marchas: deixamos a 1ª com a mesma relação original( embora no raporto final houvesse encurtado pelo diferencial intermediário) para poder mover com o carro nas arrandas de largada, alongamos a 2ª marcha para acertar a Curva do laço, encurtamos a 3ª para o lado da 2ª marcha para termos pouco "degrau" entre os giros e favorecer a Curva do Tala Larga, e encurtamos uma barbaridade a 4ª marcha para o lado da 3ª, pois na saída do Tala colocávamos a 4ª curta e fazíamos a 9, o retão dos Boxes, as curvas 1 - 2 e 3 até a chegada do Laço "in flat" sem tirar o pé do acelerador, desde a curva 8 até a chegada do Laço. Agora: precisava de coragem, pois todos sabiam que a traseira do DKW era muito traiçoeira; com tudo isto, somente uma vez entrei em pêndulo na curva 1 e assim mesmo porque o Rosemberg me deu um "tóto" na entrada da curva; mas saí do pêndulo e segui em frente.
Era isto; espero que continues perguntando à respeito.
Muito obrigado.
Roberto Giordani.

Unknown disse...

Este aludido motor v6 era dois tempos???Quanto a surdez do Sr. Giordani, ele tem toda a razão pois o 88 era acompanhado pelo barulho por todo o Tarumã estando na curva do tala, eu ia ao autódromo só para torcer pelo DKW 88 vermelho, aparentemente fraquinho, mas na verdade um foguete, na época dava pau em muito carro bom e famoso, já falei isso para o Giordani por telefone. Um abraço a todos- Jorge Diatel

Roberto Giordani. disse...

Caro Jorge!
O V6 mencionado era um motor com 1300 cc, dois tempos.
Se levar em consideração, foram unidos em V dois motores de apenas 650 cc. cada um.
Muito obrigado pela admiração que tens pelo 88; pode parecer um pouco exagerado, mas no estágio que paramos de competir com ele ao final de 1972,acreditamos que tínhamos avançado sobre os carros de competição da Vemag.
Um grande abraço.
Roberto Giordani.