A Origem da T5000

Em 1980 os campeonatos regionais de automobilismo no RS eram a Fórmula Ford, o Torneio Passat, Fiat 147, Turismo Especial Gaúcho (ex-Divisão 3) e Estreantes e Novatos, este último dividido em duas classes: "A" para carros até 2000 cm³ e a "B", reservada para os carros acima daquela cilindrada.

Devido a falta de grids mínimos, por muitas vezes as provas da TEG e da Fórmula Ford eram canceladas e a categoria dos Estreantes fechava a programação fazendo a alegria do público, com suas rodadas e batidas, fruto da inexperiência dos novos pilotos.

Prova após prova, a categoria Estreantes atraía cada vez mais adeptos. Somadas as duas classes, chegava a reunir mais de 60 carros em um final de semana. As confusões dos pilotos novatos eram tantas que uma solução adotada pela Federação Gaúcha de Automobilismo foi a de criar uma sub-divisão para cada classe. A Classe "A1" passava a abrigar os carros Chevette, Fusca, Brasília e Corcel. Na Classe "A2" corriam os Passats e Fiats. Na "B1" os Opalas e na "B2" os Mavericks e Dodges. Nomes como Antônio Jorge Schilling, Sílvio Bezerra, Ronaldo Nique, Jackson Lambert, Tadeu Matuzalém, Roque Echel, João Clênio de Campos, José Antônio Morelatto, Sérgio Fonseca, David Friedrich, Lárcio da Silveira, Sérgio Costa, entre tantos outros, participaram daquele campeonato.

Em 1981 a Federação Gaúcha de Automobilismo decidiu por segregar os competidores que participavam da Estreantes com o modelo Opala e surgia assim a Stock Car regional. Os principais nomes da categoria eram Darci Benini, Antônio Jorge Schilling, Hélio Figueiredo Neves, João Clênio de Campos, David Friedrich, Sílvio Bezerra, Henrique João Damo, Paulo Bertuol, Jorge Litwinczuk entre outros. Com a criação da Stock Car, a Classe "B" da Estreantes reunia em sua maioria os velhos Mavericks e Dodges.

Apesar do grande sucesso obtido em 1980, a Estreantes e Novatos entrou em 1981 com grids bem menores, pois muitos pilotos haviam recebido a graduação para competir em outras categorias como a Passat, Fiat e mesmo a nova Stock Car. Uma solução para manter as disputas e o interesse do público foi reunir todos os carros em um grid único.

Uma das provas em Guaporé teve o seguinte resultado:
1°- Edson Tróglio, Maverick (Expresso Industrial);
2°- Nestor Barzenski, Opala (Barzenski, Palmar);
3°- Henrique Bertolucci, Maverick (Grendene);
4°- Pedro Bartelle, Maverick (Grendene);
5°- João Carlos de Andrade, Corcel (Grupo Canudense);
6°- Ronaldo Rizzo, Maverick (Ponto Doce);
7°- Vitor Hugo Polese, Passat (Frig. Zucchetti, Paludo Pneus, Excosul);
8°- Darci Marini, Chevette (Fund. Bento Gonçalves, Derson Acessórios);
9°- Nerovi Oliveira, Maverick (Aki Peças, Mec. Chaveco);
10°- Vilmar da Silveira, Dodge Dart (Mad. Santo Antônio).

Naquele mesmo ano em São Paulo a Federação Paulista de Automobilismo lançava uma categoria que reuniria carros de até 5000 cm³, como Mavericks, Dodges e Galaxies, com motores que produziam cerca de 250 HP.


Inspirada nessa idéia e com o propósito de incluir em uma categoria todos os pilotos oriundos da Estreantes, a Federação Gaúcha de Automobilismo decidiu criar a Turismo 5000, provocando assim uma definição direta do participante pela escolha em uma categoria: TEG, Stock Car ou T5000. A vantagem da T5000 entre essas era que os carros eram praticamente standard, o que tornava os custos menores que nas outras categorias.


Na estréia da T5000, no dia 19 de Julho em Tarumã, o que se viu foi um show da equipe Grendene, de Farroupilha, colocando seus dois Mavericks nas duas primeiras posições através dos pilotos Henrique Bertolucci e Pedro Bartelle Grendene. A terceira posição ficou com o Maverick de Heitor Jorge Elói.


Estava criada assim a T5000 no RS.


Segue abaixo uma imagem da T5000 em São Paulo.


Amanhã tem a continuação da história dessa categoria.