A prova marcou a estréia de Maria Cristina Rosito nas competições com automóveis no estado. Ela, que na época tinha apenas 16 anos, fizera, pouco antes, a estréia em Interlagos, em uma prova do recém criado Brasileiro de Marcas e Pilotos.
Mas outro fato, igualmente importante, ficou também registrado na história do automobilismo gaúcho: a vitória de Roberto Schmitz e Pedro Grendene. Foi mais ou menos assim que tudo aconteceu.
A equipe Pareci/Grendene, que naquela prova foi chefiada por Cezar Pegoraro, começou a mostrar sua força já nos treinos, marcando a pole position, à frente de outros fortes concorrentes. Completando a primeira fila alinhou o Passat de Fernando Soares/Carlos Alberto Fornari e na segunda fila alinharam o Passat de Cláudio Mueller/Odoaldo Aldado e o Gol de Cláudio Ely/Jackson Lembert.
Dada a largada, Arnaldo Fossá, que fazia dupla com Lárcio da Silveira, saiu da terceira fila e chegou à liderança logo na curva 1, mas a posição foi mantida apenas por algumas curvas. Na primeira passagem a ordem era essa: Ely/Lembert, Luiz Ary Muller/Winetou Zambon, Schmitz/Grendene, Luiz Paré/Régis Nardi, Mueller/Aldado, Fossá/Silveira, José Brezolin/Antônio Ody, Evaldo Quadrado/Rosito, Itacir Gasparotto/Rommel Pretto, Soares/Fornari. A segunda passagem tinha Schmitz na ponta e na seguinte era a vez de Mueller puxar o pelotão.
Mueller se manteve na liderança até a volta 31 quando teve problemas com a bomba de combustível sendo obrigado a fazer uma parada nos boxes. Assim Schmitz assumiu a ponta novamente, sendo eventualmente ameaçado pelos Gols de Ely/Lembert e Brezolin/Ody. Com exceção da parada normal para reabastecimento e troca de pilotos, o Passat #40, muito bem prepadado pelo Romeu Franzoni, manteve a liderança até a última volta, a 166ª, quando Pedro Grendene completou os 500 km em 3h44min42s com tranquilas 10 voltas sobre o segundo colocado, o Passat #27 de Mueller/Aldado, que fez uma recuperação espetacular, após alguns problemas, já citados.
O resultado final foi esse:
1º - Passat #40 - Schmitz/Grendene - Pareci/Grendene - 166v;
2º - Passat #27 - Mueller/Aldado - Brasilimpex - 156v;
3º - Fiat 147 #9 - Quadrado/Rosito - Ritmo/Aerolineas Argentinas - 155v;
4º - Chevette #5 - João C. de Andrade/Darci Benini - Canudense - 154v;
5º - Passat #33 - Zambon/Muller - 154v;
6º - Gol #10 - Ely/Lembert - 153v;
7º - Maverick #98 - Wilson da Silva/Benoni de Carvalho - Hennemann - 151v;
8º - Fiat 147 #2 - Luiz Carlos Ribas/Glênio Fernandes - Orbram/Sandiz - 151v;
9º - Chevette #11 - João Batista Sant'anna/João Farneda - Madruga - 150v;
10º - Passat #8 - Paré/Nardi - Paré/Trevi Toldos - 150v.
Abaixo algumas imagens daquela prova mostrando a largada, o momento do reabastecimento do líder, algumas disputas e a bandeirada da vitória.
Ao término do ano, Roberto Schmitz teve, novamente, de fazer um pit stop nas competições. Vocês saberão mais sobre seu retorno em breve.
Fonte das imagens: arquivo Roberto Schmitz.
13 comentários:
Desafio ao Leandro: Quem é o diretor da prova, dando a bandeirada na última foto?
Hmmmmm.....essa é difícil, Paulo.
O Caetano Antinolfi eu acho que não é. Me lembro dele sempre de barba. Sei que tu eras um dos comissários de pista, então, já que é chute mesmo, acho que era Paulo Schutz! Passei perto?
Alguém sabe (o Paulo Schütz deve saber) quanto esses carros "viraram" em ritmo de calssificação ? Em tempo: o Pareci foi meu professor na escola de pilotagem em 1996.
O Diretor da prova eu não sei, mas tá alto demais prá ser o Paulo Schütz...
Grande abraço a todos
Grande Rodrigo.
Pelos relatos da prova, esses carros viravam perto dos 16 em Tarumã. Nesta prova, especificamente, o trem de corrida do Passat #40 foi nos 18, sendo que somente no final - já com 10 voltas de vantagem - virou nos 20.
E o pai, Rodrigo, pauleando o Fiatizinho - que chegou em 8º - virava quanto?
Também achei o cara da bandeirada meio alto pra ser o Schutz, mas vamos ver qual é a resposta dele.
Abraço a todos e obrigado pela participação.
Resposta: Alexandre Zukauskas, o "Zuka", ou seja, não só alto, mas uma certa falta de peso para ser eu. Acho que eu era o adjunto, em cima da torre, mostrando o número de voltas.
Quanto aos tempos eram mesmo por volta de 16, mas foi pouco depois, acho que 84 ou 85 que baixaram consideravelmente, com o Bresolin virando em torno de 12, sem esquecer o Fossá, com o "E.T" que, parece chegou a virar 13.
Bah, como é que eu fui esquecer do "Zuka", braço direito do "Mosquito". Grandes figuras. Há tanta gente bacana que atuou nos bastidores...
Valeu, Paulo!
Sanco:
Confesso que não sei quanto virava a "Fiota" do veio...vou perguntar prá ele...Mas o Paulo Schütz pode nos auxiliar...
Grande abraço,
Eu imagino que o fiat virasse algo na casa dos 25, talvez 24, sem muita convicção.
Olá
Caro Paulo
Vc sabe qual é o recorde absoluto de Tarumâ?
Prá mim é do Adú Celso com uma moto protótipo abaixo de 1min.
Abs
Júlio
Júlio,
O recorde é do Clemente Faria Jr, com 57s e alguma coisa, de F3, há coisa de 1 ou 2 anos. Vou confirmar.
De fato o recorde é de fórmula 3, com média de 180, acho que até abaixo de 57. Não tenho notícia de moto virando abaixo de 1 min.
Para quem ainda não viu, não deve perder a oportunidade de assistir um fórmula 3 na entrada da um, perto dos 230, sem tirar o pé, arrepia.
Certo o Leandro, foi o Clemente Faria Jr, com 57.167, média de 189,928! Quase 190!
Então estamos falando de fazer a 1 a mais ou menos uns 240, seria isso?
Jesus...
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