sábado, 19 de fevereiro de 2011

Bob Sharp

O último Desafio foi tranquilo. O primeiro que matou a charada foi o amigo Jovino, lá de Brasília. Era mesmo o Bob Sharp a bordo do Maverick #21 da equipe Mercantil Finasa durante a realização da 3ª etapa do Campeonato Brasileiro de Divisão 3 em Tarumã no dia 29 de Agosto de 1976. O Niltão Amaral identificou também o Corcel #30 do Décio Michel. Já o Lacombe observou um fato curioso. Dois Fuscas abandonados próximos da entrada da curva 2. Já vi outros casos como esse aí mesmo no trecho entre a 1 e a 2 em que a área de escape era mínima. Interessante como a questão da segurança evoluiu. Hoje em dia, uma rodada brusca, uma levantada de poeira já são suficientes para a entrada do safety-car.

Pois bem, procurando nos registros, encontrei a história dessa prova, que teve o próprio Bob Sharp como vencedor na classe B e o gaúcho Álvaro Torres Jr na A. Ao final da temporada, Bob acabou conquistando o título, enquanto o gaúcho perdeu o campeonato por apenas 1 ponto em relação ao campeão Vital Machado.


Fonte da imagem: arquivo revista Quatro Rodas

3 comentários:

Carlos Giacomello disse...

Lendo a reportagem, se nota que naquela época também haviam sérios problemas.
Precisaram juntar alguns carros gauchos para completar o grid minimo da categoria dos "grandões". Como não sou daquela época, quero saber por que ela é táo lembrada se nos ultimos anos, com algumas exceções, os brasileiros de endurance(que são uma evolução daqueles campeonatos) são taxados de provas quase mediocres, quando os grid facilmente passavam de 30 carros?
Se percebe que existiam uma ou duas equipes que dominavam completamente, porque não tinham adversários, até por que, a diferença de orçamento era astronômica. Quem viveu aquela epoca, por favor tente me explicar.

Carlos Giacomello disse...

Considerando a falta de comentários, pelo jeito ninguém sabe a resposta.

Leandro Sanco disse...

Carlos,

A turma da antiga deve ajudar, mas enquanto isso deixo aqui a minha opinião, mesmo com o pouco conhecimento adquirido sobre aquela época.

Ao que consta os anos 70 podem ser divididos em duas etapas, pré e pós crise mundial do petróleo. Nota-se claramente que até 1974 os grids da Divisão 3 eram muito expressivos, mesmo com carros competindo com equipamentos importados, o que onerava e muito o orçamento das equipes. Dá para dizer que até 75 ainda havia um bom grid, mas já sendo bem menor, tendo perdido muitas equipes para categorias mais baratas como a Divisão 1.

O que se nota é que a partir de 76 a Divisão 3 teve de fazer muito esforço para correr. Se não estou enganado, na primeira prova daquele ano, carros da Divisão 1 foram alinhados para dar o grid mínimo na Classe B, justamente aquele dos carros mais pesados e caros.

Independente de crises, algumas equipes permaneceram ativas, como foi o caso da equipe do Greco, com dois Mavericks que destoaram dos demais no campeonato. Ao que parece ver um carro daqueles correr era muito bacana e só isso - talvez - fosse motivo para atrair um bom público nas corridas.

Mas concordo que hoje temos Ferraris correndo no Endurance, fato que também seria motivo para autódromo cheio.

Diante do exposto, mais uma vez eu me pergunto: será que foi o público que perdeu o interesse nas corridas? Ou foram as corridas que perderam o interesse pelo público?

Ser ou não ser, eis a questão...

Vamos lá, turma. Ajudem aí.

Abraço,

Sanco