Meu amigo Luiz Borgmann me enviou na última semana um ótimo material publicado no Jornal do Comércio que trazia um guia da abertura dos Campeonatos Gaúchos de Fiat 147 e Passat de 1981, no Tarumã. O fascículo trazia a lista de inscritos das categorias, a programação e algumas imagens.
Já imaginaram algo parecido nos dias de hoje, publicado num jornal de grande circulação? Então vamos nos limitar à imaginação, pois algo semelhante está fora de cogitação. Não há interesse da maior parte da mídia, e mesmo se houvesse, há outros tantos assuntos que certamente dão mais retorno do que o automobilismo.
Pois bem, o tal fascículo trazia entre outras, uma imagem de uma Brasília #99, sucesso na categoria Estreantes e Novatos em 1980, nas mãos do piloto Sérgio Artioli da Fonseca, o "Manivela". Sim, para quem não sabia, o preparador - que foi assunto aqui recentemente quando falamos do Flávio Trindade - também já pilotou, iniciando naquela categoria. "Manivela" foi o tema do último Desafio da Semana, acertado pelo rápido no teclado, Paulo Schutz, confirmado também pelo Marcelo Cé e o Heitor.
Conforme mostrado acima, a Estreantes também fazia parte da programação em 1981, mas tenho dúvidas se o "Manivela" correu naquele ano, já que não consta da lista. O mesmo ocorre com o baixinho Antônio Jorge Schilling e com o Ronaldo Nique que também apareciam no fascículo, mas sem constar da lista de inscritos. Talvez o Jornal do Comércio tenha ilustrado os destaques do ano anterior, já que tenho certeza de que Schilling correu no Gaúcho de Stock Cars e Nique na Turismo Especial Gaúcho.
Outras imagens que apareciam era do Fiat 147 do "Janjão" Freire e o Passat do Paulo Hoerlle. Se vocês observarem com atenção, verão que ambos estão calçados com pneus slicks e foi justamente por causa da falta destes que a primeira etapa acabou sendo adiada.
Consta que a categoria dos Fiat utilizaria o pneu Pirelli P7. "Janjão" foi o responsável por testar os slicks no Tarumã, ao longo de 50 voltas. Em sua melhor passagem obteve 1min25s39, quase 3 segundos mais rápido que o recorde da categoria. Entretanto, o que se viu foi um desgaste excessivo do novo composto e, de acordo com os registros, a categoria correu com pneus normais de rua.
Já os Passat testaram o pneu Maggion, nas mãos de Cezar Pegoraro. Estes apresentaram bom desempenho, tanto em tempos quanto em durabilidade, porém, de acordo com o representante da Maggion, Mário Pati, não havia tempo hábil para o fornecimento na etapa de abertura, fazendo com que fossem adiadas todas as provas.
Abaixo os carros que foram destaque no fascículo.
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12 comentários:
Leandro, as noticias nos Jornais dependem muito do Jornalista, naquela época no JC, era o Jornalista Elton Jaeger, que já tihna sido da Folha da Tarde, era um apaixonado pelo Automobilismo, ele teve um programa de radio na Guaiba e transmitiu até F/I, hoje aposentado, época bôa.
Ibraim Gonçalves
O "Manivela" correu só uma prova com a Brasília 99 em 1980 e não andou bem. Foi na primeira prova de Estreantes e Novatos daquele ano, preliminar da Stock Car em Tarumã. Já na prova seguinte, a Brasília 99 foi pilotada pelo José Antonio Morelatto, que saiu-se bem melhor.
Nessa primeira Estr/Novatos, quem venceu foi o Tadeu Matuzalém dos Santos, com um Passat que na época estava preparado para correr em Rivera. O Nique chegou em 3.o, ou 4.o nesta. Já na prova seguinte, cerca de 2 semanas depois, o número recorde de inscritos na classe A obrigou os organizadores a subdividirem a categoria em 2 provas distintas: uma com fuscas (inclusive semi-aposentados carros Div 3), Corcel, Chevette e até um Polara. Na outra, Passats, Fiats e a mencionada Brasília. Nique ganhou a primeira prova (seu Chevette era tão 'tachado' que correu com avigás)- seguido pelo Carlos Alberto Remião(Chevette), o Totonho (Chevette), meu pobre Fusca e Jorge Wedigen com um bom Corcel. O Tadeu voltou a ganhar a segunda prova.
O Schilling ganhou as duas provas em que competiram os Opala, Maverick e vários Dojões.
O sucesso, após a primeira prova foi grande porque correram até carros de rua, embora misturados com alguns carros que disputavam o campeonato de Fiat. O Jackson Lambert foi um deles: correu com o Fiat do Quadrado, preparado pelo Carmelo Carlomagno e caiu no lago.
Corri essas 2 primeiras com um Fusca 1600 de rua, n.o 6, chegando em 10.o na primeira prova, após levar uma pancada na traseira do JK amarelo Guaracy Costa nos treinos do sábado. Na prova seguinte, 2 semanas depois, cheguei em 4.o com essa fusqueta. Detalhe: na primeira prova, meu carro não era sequer rebaixado, tinha até o silenciador original VW...
Aquilo foi uma festa. Pena que durou pouco, pois aí entraram carros superpreparados e perdeu a graça.
Abraços e parabéns pelo blog.
Enio Meneghetti
Bah q show ,hehe,o nome das feras na estreantes novatos!!!beto ody e o bresolin,tavam mal de patrocinio,''calvin Lkain"ti mete
Mas que aula, Ênio! Nada como um relato de quem esteve lá.
Muito obrigado pelos esclarecimentos e apareça sempre que puder.
Abraço,
Sanco
O Enio Meneghetti comenta a respeito da participação do Tadeu Matuzalém dos Santos, também assistí a prova a que ele se refere, vencida pelo Tadeu, com um Pasat muito caprichado. Conheci o Tadeu quando ele tinha uma oficina de escapamentos na rua Santana em Porto Alegre, naquela época ele acelerava um Simca Tufão azul. Me falaram que o Tadeu estaria morando no Rio de Janeiro quando teve um acidente fatal com motocicleta, é verdade? Salvo engano, me parece que ele é pai do piloto do Marcas gaúcho Christian Matuzalém.
luiz borgmann
QUE SAUDADE VELHO AMIGO ENIO,DESDE OS TEMPOS DE ESCOLINHA , DEPOIS ESTREANTES E AI SE SEGUE ADMIRAVA O AMIGO E SEU FUSCA , OS CABELOS ERAM PRETOS E CREPOS HOJE SO BRANCOS MAS AINDA BRINCO COM O MEU OPALÃO BOM TER NOTICIA DOS VALHOS AMIGOS
UM ABRAÇO RODYVAN MOLLER
Rodivan, prazer em te reencontrar! Grande abraço.
Enio Meneghetti
Ágüem poderia me informar quem era o piloto do Chevette 53
Chico
O 53, creio, era do Ronaldo Nique. Houve uma das provas em que o número de inscritos superou os 80, sendo divididos em 4 baterias, algo como tração traseira para um lado, dianteira para o outro, isso entre os menores e, no carrões, os opalas separados dos V8. Ali se originaram, na verdade, as categorias do início dos anos 80, Stock, 5000, e a migração de muitos para a Teg, copa Fiat e Torneio Carro do Povo. O Tadeu realmente morreu em um acidente, mas acho que foi de carro, no Rio de Janeiro, onde morava havia algum tempo. Sobre parentescos, o que sei é que o Dalmo Carneiro dos Santos, que corre no marcas, é irmão dele.
Paulo Schütz
O 53, creio, era do Ronaldo Nique. Houve uma das provas em que o número de inscritos superou os 80, sendo divididos em 4 baterias, algo como tração traseira para um lado, dianteira para o outro, isso entre os menores e, no carrões, os opalas separados dos V8. Ali se originaram, na verdade, as categorias do início dos anos 80, Stock, 5000, e a migração de muitos para a Teg, copa Fiat e Torneio Carro do Povo. O Tadeu realmente morreu em um acidente, mas acho que foi de carro, no Rio de Janeiro, onde morava havia algum tempo. Sobre parentescos, o que sei é que o Dalmo Carneiro dos Santos, que corre no marcas, é irmão dele.
Paulo Schütz
o tadeu matuzalem e pai do cristian eirmao do dalmo el faleceu num acidente de carro no rj onde morava e preparava e acelerava um stock para o torneio rio sao paulo onde tinha ganho a etapa anterior as provas de estreantes da sua categoria foram todas as poles e as baterias vencidas por ele com seu adorado passatao numero 4 o carro era amarelo sua cor preferida e verde
o tadeu matuzalem é meu pai e meu ídolo ! grande abraço christian matuzalem
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