quinta-feira, 19 de junho de 2008

Espelho retrovisor

Uma outra história que me foi contada com muito entusiasmo e saudade pelo Joel envolveu o Voltaire Moog, piloto do Fusca amarelo #74 preparado pelo Carmelo Carlomagno.

Em uma prova o Voltaire estava andando colado no Joel, mas não conseguia ultrapassá-lo. Detalhe importante, a chave geral do carro do Joel ficava no meio do painel. Quando eles estavam saindo da curva do Tala Larga, feita em terceira marcha e com o Voltaire quase que entortando os escapamentos do motor do Fusca vermelho, o Joel, depois de esticar o que pudesse, foi passar a quarta e involuntariamente acabou batendo na chave geral que desligou o motor. Imediatamente ele percebeu o acontecido e conseguiu religar e continuar na prova normalmente, mas ao olhar pelo espelho retrovisor viu o Fusca amarelo do Voltaire rodando sem parar. Obviamente, ao término da prova o Voltaire foi até o box do Joel para pedir explicações. Nada que uma conversa não resolvesse, afinal nenhum piloto desligaria seu carro para se prejudicar...

Abaixo mais uma sequência de imagens, algumas mostrando o duelo entre os dois pilotos. Um detalhe me chamou a atenção na primeira. O #74 do Voltaire corria com um banco original (!). Em todos era assim? Eu sinceramente não sabia disso. Outro detalhe, no carro dele havia os dois bancos. Será que era para levar o Carmelo para dar umas voltas? Outra coisa que vi foi que não havia barra de proteção lateral. Será que era assim em todos os carros? Quantas perguntas...
Todas essas são da 5ª etapa do Campeonato Brasileiro de Turismo Divisão 3, que foi realizada em Tarumã no dia 10 de Novembro de 1974. Na última é possível ver os dois carros da equipe paulista Gledson Amador em meio ao bolo. Infelizmente não tenho o resultado da prova.

Fonte das imagens: arquivo Joel Echel.

5 comentários:

PitStop disse...

Leandro ! Que preciosidade seu material ! Para quem curte o automobilismo gaúcho é uma delícia.
Aproveitamos para divulgar o blog do PitStop.com:
http://pitstopcom.blogspot.com
É uma parceria entre o Matz (Carlos Frederico Matzenbacher) e o McCoy (Paulo Lava)Um abç e obgdo

Anônimo disse...

Aí Sanco
Esta série do Joel Echel tá show de bola. O 73 jogava duro mesmo. Quanto as suas dúvidas. Os carros q eu vi nos boxes - quando a gente conseguia um furinho - tinham sto. antônio ao gosto do freguês. Geralmente eram ao estilo dos bugues. Somente atrás e acima do piloto, e os bancos também. Geralmente eram uma conchinha, de bugue ou kart, sem proteção para pescoço. Cinto de segurança, acho q a maioria usava os normais de rua.
Abs
Júlio

Anônimo disse...

Isso dos bancos é interesante, pois, até não sei que ano, eram obrigatórios os dois bancos na frente, muita gente com o original, alguns com os conchinhas, fabricados por duas empresas de Porto Alegre, sendo que na Divisão 1 eram obrigatórios os originais, inclusive o traseiro.
Os cintos, para melhorar, eram colocados concomitantemente, um abdominal e um transversal. Em 74 começamos a usar, no dodginho do Soldan, um modelo de 4 pontas artesanal, feito com suportes de prateleiras, costurados por sapateiro, mas que foi bem eficiente. Alguns tinham cintos importados, mas eram poucos.

Paulo Schütz

vitorio soder disse...

Esse fuscas divsão 3 são muito show...

Anônimo disse...

O que um bom post. Eu realmente gosto de ler esses tipos ou artigos. Eu não posso esperar para ver o que os outros têm a dizer.