sábado, 19 de julho de 2008

Os Irmãos Tróglio

Mais uma vez o Paulo Schutz e o Paulo Trevisan demonstraram seus conhecimentos a respeito da história do automobilismo e acertaram na mosca a resposta do último Desafio. Edson Tróglio, voando com o seu DKW que levava o número do time de futebol da sua cidade, o Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho, mais conhecido como "Ferrinho", que chegou a ter Mané Garrincha num amistoso em 1968. O nome do time era a fusão de dois antigos clubes da cidade de Passo Fundo, o GER e o 14 de Julho.

Há alguns dias tive o prazer de encontrar o Luiz Fernando Tróglio Júnior, que me mostrou boa parte do acervo que a família guarda do tempo das corridas. Seu pai e seu tio, assim como ele próprio, foram pilotos com grandes conquistas e graças a gentileza deles, poderemos, a partir de hoje, contar um pouco dessa história aqui no Blog.

Como falei, a imagem que publiquei na semana passada é de 1968, durante a prova 3 Horas de Erechim, da qual Edison foi o vencedor na categoria até 1600 cc, mas os irmãos Tróglio já haviam iniciado no automobilismo dois anos antes. Também tenho o registro da vitória do Luiz Fernando na prova 6 Horas de Passo Fundo em 1967, na categoria até 1600 cc. Vejam abaixo.

Após a fase dos DKWs e das corridas no interior do estado, eles voltariam a correr apenas no ano de 1981 na categoria Estrantes e Novatos, reestreando em grande estilo. Esse retorno dos irmãos Tróglio causou muita agitação nos meios automobilísticos, pois eles tinham adquirido nada menos do que dois dos melhores exemplares de carros de turismo daquela época. O #13 fora comprado da Equipe Greco onde era pilotado por Bob Sharp, Paulo Gomes e outros grandes pilotos, e o #14 era o "Haras Hollywood", o Maverick Berta que fora pilotado por José Renato Catapani e Luis Pereira Bueno, acreditam? Vejam os dois lado-a-lado na primeira fila dos 500 km de Interlagos de 1974 e as imagens abaixo e tirem suas dúvidas.

É claro que ambos tiveram de ser adequados ao regulamento do campeonato local. Pode-se perceber alguns detalhes como no #14, a espera para a asa traseira que equipava o carro da Hollywood, bem como os pára-lamas traseiros bastante alargados e no #13, no detalhe do escapamento lateral, tendo o seu início coberto talvez por uma chapa metálica, na cor do carro.

O Paulo Trevisan já havia me contado isso, mas agora é possível verificar os detalhes com mais atenção. Apreciem as imagens. Em seguida continuarei a ilustrar a passagem dessas lendas do automobilismo gaúcho aqui no Blog.
Fonte das imagens: arquivo Família Tróglio, Enciclopédia do Automóvel, Flávio Gomes e livro Interlagos.

12 comentários:

Anônimo disse...

Bela coletânea de fotos! Genial, Sanco!

Unknown disse...

Sidnei Magnani . Sou de São Paulo admiro muito esse blog Regional, vi algumas vezes os 2 maverick.soube na epoca que foram vendidos,mas eu não sabia que ficariam tão feios com uma pintura de mau gosto. esse maverick prata deve ser o 2º da greco o 1º que era do P.Gomes foi vendido p. Paulo Prata pelas fotos reparem que são diferentes .Abraços..

Anônimo disse...

sanco, lembro muito desta época dos turismo 5000. os "troglios" marcaram época. tenho muito na memória o maverick 13, do luis fernando. certamente, grandes pilotos.

Anônimo disse...

Que maravilha de fotos mano!!
Um dia a gente ainda vai fazer uma réplica de um desses Maverick's.
ABRAÇO!

Fabiano 70 disse...

Incrível esta história, não tinha a menor idéia do destino destes carros. O Sidnei tem razão. O Paulão correu em 74 e 75 com este Maverick depois vendeu para o Paulo Prata que correu na temporada de 76 como segundo piloto do Bob Sharp, que foi campeão da temporada. O carro prata das fotos era o do Bob Sharp, que aparece numa foto acima, com o nº 6. Na foto dos 500 km vemos na sequência: Edson Yoshikuma, Júlio Tedesco, Reinaldo Campello, Nelson Silva, Camilo Christófaro, Nivaldo Trama e a Brasíla do Ingo.
Abraços...

Anônimo disse...

Não pensem que os irmãos Troglio davam moleza,nem entre eles.Quando o Edson trouxe o Maverick Berta(que estava pintado de preto e vivia fazendo pegas nas ruas de SP)deu o maior rebu no autódromo de Guaporé,porque ele havia chaveado previamente num box o poderoso e só na tomada de tempo ele apresentou o carro.Foi uma chuva de protestos e bate boca que não permitiram ele andar;Só conseguiu depois no Tarumã substituindo os cabeçotes Gurney Eagle e carburação weber48 pelos mais convencionais.Nessa brabeza é que o Luis trouxe um dos Mercantil Finasa(tenho as rodas traseiras)e o resto foi confirmadamente para sucata alguns anos depois.O motor completo do Maverick do Paulo Prata está comigo há muitos anos e veio de MG através do Paulo Lomba do RJ ,que o usou no Mustang de pista.O que sei é que o do Luis Troglio não era o do Paulo Prata e sim o outro,e nisso acredito que o Sidnei tenha razão.Essa saga do Maverick BERTA Hollywood está descrita na história do carro descrita no site do meu Museu em Passo Fundo www.museudoautomobilismo.com.br A sobrevivencia deste antológico Maverick deve-se ao Ferrinho. A propósito este o vendeu para o piloto de arrancada Aldo daqui que me contou esta e outras histórias,e o carro ficou aqui por P.Fundo uns 3 anos até ser vendido para o Batista de SP ,mas daí é outra história.Por último eu diria que no Brasil não teve nenhuma Formula 5000 mais forte do que a Gaúcha daqueles tempos.PAULO AFONSO TREVISAN

Anônimo disse...

Vi os Maverick (do Sharp e do Prata) em ação. Este ultimo participou em Tarumã do Camp.Bras.D3, o Neco Torres o empurrou com o VW, quem lembra? Belo retrospecto do ingresso destes carros no RS. O Válter Boor se referia aos irmãos Troglio como os "peso-pesados". E o Mavericão do Zé Renato De Léo, que venceu várias provas, auxiliado pelo João de Deus Selhane Costa (o "Turco" ou o "Trovão" como alguns o conheciam) não vai aparecer no blog?
Luiz Borgmann

Unknown disse...

Ola pessoal. Gostaria de saber qual foi o destino desses Opala, Edson Yoshikuma que comprou do De Lamare,o17 do Tedesco que era muito bonito, do Reinaldo Campelo que comprou da Hollywood,Nelson Silva piloto do Rio preparado na oficina do Chico Landi. O do Nivaldo Trama, vi jogado na rua em frente a uma oficina na Vila Olimpia (ACARI) em 1978 pena que não peguei. Abraços p/ Fabiano 70 p/ Trevisan parabéns p/ O MUSEU ,Sanco e resto da turma.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

www.maverickclubedobrasil.com.br

Anônimo disse...

João Kurtz - Mecânico iniciante funcionario da expresso industrial que prepara os carros #13, #14 e #15 da equipe Expresso Industrial participou de todas as corridas desde 83 ate o fim da gt 5000 inclusive se encontra de bone branco no acidente de luis fernando troglio que foi um dos primeiros a chegar no local... Otimo Blog Me resgatou lembrancas otimas do passado.

Anônimo disse...

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