Junto com as imagens veio a matéria da revista Quatro Rodas a respeito dessa prova, que dizia o seguinte:
"O título de campeão brasileiro de Fiat 147 de 1982 somente será decidido no tribunal da CBA. Se o recurso da equipe Sultan for julgado procedente, o campeão será o paulista Attila Sipos; caso contrário, o gaúcho Renato Conill será declarado vencedor.
Conill venceu a sexta e última etapa deste certame, mas Attila foi jogado para fora da pista por Jackson Lembert, companheiro de equipe de Conill, com um agravante: estava uma volta atrasado, pois havia parado nos boxes para desamassar seu carro.
Lembert tentou justificar sua atitude dizendo que na segunda volta, quando liderava, havia batido com Attila e saído da pista. Entretanto, segundo o testemunho de outros pilotos, quem bateu em Lembert foi Conill.
O curioso é que Attila pressentiu a atitude de Lembert, pois quando ia completar a sétima volta e viu Lembert à frente, Attila deixou que alguns carros o ultrapassassem e ficou no meio do pelotão. Mas não adiantou, pois na curva do Tala Larga, Lembert ficou ao seu lado e o mandou contra o guard-rail.
A corrida foi vencida por Luís Otávio Paternostro, que recebeu uma volta de penalização - não se sabe por que - e a vitória ficou para Antônio Schilling.
Foi este o resultado final: 1) Antônio Schilling; 2) Renato Conill; 3) Paulo Hoerlle; 4) Hélio Matheus; 5) Luis Castro; 6) Luiz Carlos Ribas; 7) Eduardo Fagundes; 8) José "Coelho" Romano; 9) Evaldo Quadrado; 10) Luis Otávio Paternostro."
Acho que no final das contas Conill levou o caneco do campeonato. O Luiz estava nesta prova e lembra que o acidente entre o Jackson e o Attila foi na curva do Laço e não no Tala Larga como saiu na revista.
Fonte das imagens: arquivo Luiz Borgmann.
terça-feira, 8 de julho de 2008
A surpresa da prova
Aproveitando que há poucos dias falamos do "Delegado" Ribas, o Luiz Borgmann (ainda ele) me enviou algumas imagens, feitas por ele próprio, da etapa de Tarumã do Campeonato Brasileiro de Fiat 147 no dia 28 de Novembro de 1982, que correu junto com a prova da Fórmula Fiat 1300 (daquela mesma imagem que é o atual Desafio da Semana). Além dos Fiats, entre os quais aparece o #10 do próprio Ribas, há outros que o pessoal certamente vai lembrar.
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10 comentários:
O Antonio Jorge Schilling conseguiu na época superar as equipes poderosas patrocinadas pela FIAT, mesmo com um esquema de baixo investimento mas com uma bela tocada. O carro dele, na foto, é #6,com o patrocinio de uma oficina de motos (?) na tampa traseira. Quanto ao Jackson (lember-te disso, ele dizia) fez o que a torcida presente no autódromo estava esperando. O Átila redigiu depois da prova o seu costumeiro protesto (a propósito, além de vários títulos, Átila recebeu também o título do "macacão mais sujo"do campeonato, quem lembrar confirme.
Luiz Borgmann
Um dos carros que consegui divisar nessas fotos foi o Fórmula Fiat do Renato Naspolini, o #11 preto, projeto de Edson Enricone, que correu primeiro com Oswaldo dos Santos na Fórmula VW em 1980, passou para Maurício Gugelmin no ano seguinte e foi aperfeiçoado para correr em 82 com o catarinense que seria campeão da categoria. Em 1983, o Átila Sippos andou de F-Fiat com esse carro.
Entre os Fiat 147, se não me engano o #59 era do carioca Paulo Miranda, com o inconfundível patrocínio da Alitália que era também do #33 do Murilo Pilotto.
Bacana também é ver o nome do Eduardo Negocinho Fagundes na lista de classificados da prova. Logo ele, que me ligou a pouco confirmando que irá acelerar o Fiat Palio Preto 77 no próximo dia 20 no Gaúcho de Marcas!
Na verdade o Fiat nº 59 era do carioca Pedro La Rocque, o Paulo Miranda corria com o nº 55. Na foto ainda além do 48 do Connil, vemos o 27 do "Coelho" e o 9 do Hugo Lobo. Nos Fórmulas, o preto nº 23 é do falecido carioca Nelson Balestieri e o 27 é do Marco de Sordi.
Abraços...
O Paternostro recebeu penalização por batida em outro piloto, não era raro isso com ele. Daquela confusão resultou, mais tarde, no tribunal, a confirmação do título do Conil, e suspensões de alguns meses para o Jackson e para o Átila, este por razões discpiplinares, ofensas à direção de prova, etc.
O Schilling que tinha a preparação do Carmelo Carlomagno, da Magno competições, chegava aos Fiats muito bem adaptado, vindo de temporadas no gaúcho de stock-car.
Paulo Schütz
Fabiano, o Hugo Lobo era de onde? Me disseram que o Fiat #9 talvez fosse do Ervino Einsfeld.
Leandro, na etapa de Interlagos neste mesmo ano, correram dois carros pela equipe do Marcos Penna: O nº 97 do próprio Penna e o nº 9 do Hugo Lobo, ambos de São Paulo. Talvez o Einsfeld tenha alugado um desses carros para a etapa gaúcha, pois ambos eram cor de laranja, ou apenas uma coincidência de números, correndo em carros diferentes.
O auto n° 9 é do Ervino Einsfeld ..... faz tempo .....
Boa Fabiano, obrigado por me corrigir. Isso é que dá confiar demais na memória. O Paulo Miranda voltaria ainda a correr de Uno lá pelos anos 90. O La Rocque acho que nunca mais guiou... terá corrido no Marcas?
Ah, agora lembrei. O Paulo Miranda correu também no Torneio Rio-Minas, lá por 90, 91 com um Chevette #55 da Planauto (fazia queijos?. O campeão daquela temporada foi o Toninho Da Matta, também com um Chevette! O Chevette não era muito popular em competições de Marcas fora do RS e PR, mas lá fez bonito.
Se a memória não falhar, como falou o Mattar, deve ser isso mesmo.
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