terça-feira, 1 de julho de 2008

Vento Negro

Fechando a retrospectiva de histórias e imagens do Joel Echel, iniciada há algumas semanas, publico hoje um último post que lembra um pouco do tempo dele dos Fiats.

Lá pela metade do campeonato de 1980 e após uma pausa de seis anos em função de compromissos profissionais, Joel adquiriu um Fiat 147 e com ele se juntou a um grupo de grandes feras que então disputavam o Campeonato Gaúcho de Fiat 147. "Janjão" Freire, Renato Conill, Aroldo Bauermann, "Castrinho", Antônio Fornari, entre outros, passaram a dividir curvas com o piloto que ficara conhecido por sua rapidez na Divisão 3 entre os anos de 1972 e 1974. O resultado da primeira corrida foi um animador quinto lugar na terceira etapa disputada em Tarumã no dia 12 de Outubro.

Entretanto as coisas para Joel já não eram mais como na Divisão 3, quando havia tempo para treinar, acompanhar a preparação do carro, ajudar os mecânicos, etc. Os compromissos profissionais e a família eram prioritários e na maioria das vezes a presença no autódromo era feita já no momento de acelerar. As características do carro de tração dianteira, calçado com pneus radiais Pirelli CN-36, também dificultavam a pilotagem, que era muito mais sensível e exigida, totalmente diferente do Divisão 3, que utilizava pneus slicks e com tração na traseira.

Mesmo assim foi montado um bom esquema para 1981 onde se juntaria ao piloto Luiz Carlos Ribas na formação da equipe Casa das Baterias, Orbram e Kury-Padilha, revendedora Fiat da cidade de Osório. O início do campeonato foi de muitos problemas para ambos os pilotos e os resultados não eram muito bons. Como consequência, a equipe trocou três vezes o preparador dos Fiats #10 e #11.

Conforme já comentei por aqui, naquela época era comum os pilotos do sul também disputarem os campeonatos paulista e carioca da modalidade (Renato Conill foi inclusive Campeão Paulista de 1981). Isso, obviamente tomava mais tempo dos pilotos e equipes e como Joel já tinha dificuldades de encontrar tempo para treinar, acabou optando por abrir mão da participação em algumas provas.

Ao final de 1981, a pedido da família, ele abandonou definitivamente as pistas e graças a essa decisão é que continua casado há 35 anos com a esposa Tânia.

Apesar de não acelerar mais nas quatro rodas, o gosto pela velocidade não foi totalmente deixado de lado. Joel faz parte do grupo "Vento Negro Bike Riders" e se aventura em viagens pelo Brasil e América do Sul na pilotagem de uma Honda Magna 750.

Agora vamos às imagens, para terminar.

As três primeiras são de 1980, quando correu com o Fiat #26. As seguintes são de 81 e em uma delas é possível ver também o #87 do Vitor Hugo Ribeiro de Castro.

Bom, queria deixar registrado o quanto foi legal escrever tudo isso sobre o"Joca" ao longo dessas últimas semanas. Ele ficou empolgado com essa história, até falou em acelerar de novo em uma "12 Horas"(!). Espero que isso não me traga problemas com a Tânia...

Valeu, Joel!

Fonte das imagens: arquivo Joel Echel.

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