E acontece hoje, no Museu do Automobilismo Brasileiro em Passo Fundo, a apresentação da réplica de um carro que em 1974 saiu de Porto Alegre para entrar para a história das competições automobilisticas. Por iniciativa do incansável Paulo Trevisan, que estava tratando do assunto já há algum tempo com o protagonista dessa história, o VW Brasília, participante do incrível Rally London/Saara/Munich pelas mãos do piloto Cláudio Mueller, passa a fazer parte do acervo do Museu. A réplica começou a ser preparada há poucos meses, como nos mostram as imagens abaixo enviadas pelo Paulo, em meados de Julho.
O entusiasmo com o qual o Paulo está lidando com esse carro é nítido. Exemplo disso pode ser percebido na primeira imagem abaixo: uma relíquia do Museu, a Maserati 4CM chassis 1555 de 1938 foi preterida em função da Brasília.
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E a apresentação do carro não poderia ser em melhor local e momento. Será feita no próprio Museu, com a presença do piloto, patrocinadores da época, a turma dos Jurássicos, a turma do Clube Porto Alegre de Rallye, a Confraria da Gasolina de Passo Fundo entre outros convidados. Além disso, o Fusca da Equipe Gaúcha Car, participante da Volta da América do Sul em 1978, que estava no Museu da Ulbra, também terá seu lugar em Passo Fundo, contando também com a presença de seus pilotos e patrocinadores. O Gol dos irmãos Azambuja de Passo Fundo, campeões sulamericanos em 1996, será outra atração. O evento marca assim a inauguração de um espaço de carros de Rallye dentro do belo Museu.
Como se não bastasse, Paulo preparou aos visitantes outra novidade, a inauguração de um espaço paralelo, de pequeno porte, sobre o Radialismo e Jornalismo esportivo de Passo Fundo.
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Ainda sobre o Rally de 1974, denominado WORLD CUP RALLY, já falamos aqui antes, mas sempre vale lembrar:
foram 19.000 Km, atravessando 19 países, Inglaterra, França, Espanha, Marrocos, Algéria, Niger, Nigéria, volta para Niger, Nigéria e Algéria, Tunísia, Cecília, Itália, Turkia, Grécia, Yugoslávia, Austria e Alemanha. 63ºC acima de zero no SAARA para 15ºC negativos nos álpes Austríacos. Tudo isto, com uma simples BRASÍLIA Volkswagen. O fato é, que ainda hoje este fato causa espanto, pela ousadia de seus protagonistas Carlos Guido Weck, navegador e Cláudio Mueller, piloto. É uma HISTÓRIA muito interessante e que vale ser relembrada.
Sem dúvida, quem lá estiver vai prestigiar um grande momento. O Paulo já mandou um pedido ao Cláudio:
que o quebra-sol com as assinaturas dos participantes daquela grande prova seja instalado no carro durante a apresentação no Museu!!!
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Infelizmente não estarei presente, mas assim que receber notícias de lá, repasso.
Ah, sim. O Cláudio Mueller é a resposta para o último Desafio, que mostrava um Bino transformado em Super Vê para o campeonato daquele mesmo ano, 1974. Mas eu falo mais sobre isso em breve. Ou quem sabe nosso querido Cláudio nos conte.
Fonte das imagens: arquivo Cláudio Mueller e Paulo Trevisan.