Alguns dos que lá estavam, tinham acelerado ou simplesmente assistido as primeiras provas no autódromo no distante 8 de Novembro de 1970. Outros, contemporâneos a essa geração, ainda hoje aceleram em busca da vitória nesse circuito desafiador.
Particularmente esse momento foi de muita emoção. Tenho escrito e publicado imagens de grandes ídolos de um automobilismo de 20, 30 anos atrás, mas foram poucas as vezes que pude encontrar e conversar pessoalmente com todos eles. E alguns me deram esse prazer, e o que é mais incrível, já me conheciam, sem sequer eu ter me apresentado (!). Ah, tu que és o Sanco! Ouvi algumas vezes. Puxa, que legal.
Menegaz, Lava (discursando) e Torino.
Pude falar com muitos deles e a conversa era ótima. Levei minha câmera com o objetivo de registrar aquele momento, mas foram raros os momentos em que a usei, pois o tempo era curto, e não se podia desperdiça-lo.
O Paulo Trevisan (vejam ele na imagem abaixo), que sempre demonstrou seu apoio a este espaço, se encarregou de dar uma moldura especial ao evento, trazendo três exemplares do Museu do Automobilismo Brasileiro de Passo Fundo, o Uno #99 da Melitta, várias vezes campeão nas mãos de Antônio Fornari e Paulo Hoerlle, o Escort #11, campeão brasileiro de Marcas e Pilotos com Egon Herzfeldt e Vicente Daudt e esse belo e inesquecível Fórmula 2 que petencera ao "Chico" Feoli, que inclusive chegou a "roncar" para a alegria de todos os presentes.
Aquela noite passou muito rápida, mas tenho certeza de que ficará registrada para sempre na memória daqueles que lá estiveram.


Opa! Mas isso não tem nada a ver com kart! Pois é, não sei exatamente se foi a primeira prova dele, mas no dia 22 de Agosto de 71 foi realizada em Tarumã uma prova para universitários, organizada pela FAMECOS da PUC-RS. Certa vez ouvi alguma coisa sobre isso e que o Cláudio Furtado teria sido um dos idealizadores. Não estou certo sobre isso. Na ocasião, "Beto", então com apenas 16 anos - não era necessária a carteira de motorista - participou com esse Corcel I GT.

Essas três primeiras são de 1971, sendo que a terceira é das 100 Milhas, disputada no dia 5 de Dezembro daquele ano.









Encerrando com uma série de 73, ano do título gaúcho. Três imagens são de provas nas ruas, uma em Gramado, da qual saiu vencedor e as outras duas não consegui identificar. A última do dia é provavelmente na entrega dos prêmios aos campeões daquele ano, em cerimônia realizada no Clube dos Caixeiros Viajantes.
Algumas semanas depois teve uma corrida em Guaporé, aí com o carro refeito demos um show, largamos em segundo (veja a foto em anexo, atente para o número de carros na largada), acho que até ganhamos ou quase. Botei o meu dinheiro no bolso no final do ano, mas uma coisa ficou claro: meus dias no automobilismo tinham acabado. Não havia como ser competitivo num esquema daqueles, de chegar na véspera e, muito menos, de trabalhar pensando nestes fins de semana malucos, sabendo que na segunda feira teria que estar inteiro no escritório para não falhar, também, no trabalho.

Terminava aí a saga de um "barbeiro" (como o pai me chamava, carinhosamente, brincando depois que passava a sua fúria por eu quase ter quebrado a caixa do seu Simca Chambord nas arrancadas, nas aulas que me dava de direção) no automobilismo."
Valeu, "Janjão"!
No intervalo das baterias, foi disputada uma prova da categoria Júnior que teve como vencedor o nosso amigo Luiz Fernando Tróglio Jr.

Ah, se o evento teve sucesso? Basta dizer que foi assistido por aproximadamente dez mil pessoas, prestígio mais do que suficiente para iniciar as obras do novo kartódromo pouco depois. A inauguração daquela pista será contada aqui em breve.
Pude assistir a essa prova de Tarumã na casa dele, na sequência daquela do vôo de 1980. De cara aparecem oito carros se empurrando na subida da reta: "Janjão" na liderança seguido por Hoerlle, Conill, Fornari, Lembert, João Campos, Luis Ernani Mello e Jacometti. Logo a seguir a imagem corta para a curva 3 e mostra o piloto Glênio Fernandes saindo do seu carro acidentado.
PÁRA TUDO!!!! Acabo de descobrir que eu estava nessa prova! E essa imagem resolveu um enigma que eu estava tentando resolver há muito tempo. Eu explico.




...com a pior sobrando para o #14 e o #2 que foi obrigado a abandonar a sua prova de despedida.
Aquela que até então era a sua despedida definitiva, mostrou que independente da equipe, o piloto tinha condições de brigar pela ponta nas provas em que participasse. Foi uma despedida a rigor. Ele pode ver pelo retrovisor os carros pretos que ajudou a criar e aos quais tanto se dedicou, além de ver novamente os mesmos adversários de tantas lutas.













