12 Horas - Impressões

Putz, perdi a Fórmula Classic...

Bom pessoal, mais uma 12 Horas chegou ao fim. Independente do tamanho do grid, dos carros, pilotos, clima, essa prova é especial por si só. Antes da largada, lá por umas 10 da noite, conversávamos com o "Velho Perna", que é um personagem dessa história chamada automobilismo gaúcho. A emoção que ele sente e consegue passar pelo microfone, era a mesma daqueles todos que estavam naquele grupo. Como ele mesmo diz, a gente passa o ano inteiro esperando para ouvir ele falar "Boa noite, Tarumã! Boa noite amantes da velocidade!"

Antes da esperada largada aconteceu a homenagem ao Henrique Iwers e foi muito bonita. Conforme combinado, ele acelerou um DKW, dando duas voltas no autódromo, usando inclusive, o mesmo capacete da época de suas conquistas. Na imagem abaixo aprecem, da esquerda para a direita, Horst Dierks, Iwers e o "Zuio", ex-presidente do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul.


O tradicional show de fogos foi feito antes da largada, não sei se por questões de segurança. Isso tirou um pouco daquela mescla de luzes dos fogos com os faróis, mas é sempre muito bonito e uma prévia da festa de virada do ano.

Na largada um susto por um fato inusitado. O pole position, MCR #46, que tinha a bordo o piloto Carlos Kray, rodou assim que começou a acelerar - provavelmente e função dos pneus frios - ficando de frente para todos os outros trinta e tantos carros. Enquanto os demais passaram, o piloto teve trabalho para manobrar o carro e proseguir na prova, mas no final, nada de grave.

Uma presença sentida na prova foi a Mercedes SLK que no warm-up se incendiou na curva 1, devido provavelmente a um vazamento de óleo. A presença desses carros "diferentes" é uma característica das 12 Horas. É sempre bom ver iniciativas como essa.


A quantidade de bandeiras amarelas foi bem inferior ao ano passado. Por outro lado, acho que o número de acidentes fortes foi maior. Logo no início o Corsa #73 dos Boessio desarrumou os pneus na saída da 1, dando um giro no ar e afundando a traseira, seguido de um princípio de incêndio. O carro ficou bastante avariado, mas a marreta trabalhou muito no box da equipe e pouco tempo depois o carro - todo remendado - estava devolta à pista. Foi realmente incrível o trabalho de box da equipe dos Boessio. Essa é outra característica que só vemos em uma prova longa como as 12. Vejam abaixo como ficou a traseira do carro e a barreira de pneus.

Um acidente muito estranho aconteceu por volta de umas 2 da manhã. O Spyder #0 bateu no lado de dentro, antes da entrada da primeira perna do Tala Larga. Ficou destruído e em posição perigosa, exigindo mais uma vez a entrada do Safety Car.


Alguns outros acidentes aconteceram na curva 9, como foi o caso do carro #50 e #10. Um carro no qual eu estava apostando, ainda mais depois de saber que Antônio Fornari dividiria a pilotagem com Paulo Hoerlle e Vitor Castro, era o MCR #99. O trio chegou a liderar uma parte da prova, mas teve um problema com a correia dentada e acabou parando na curva 2. Paulo, que estava ao volante, nada pode fazer e foi rebocado aos boxes, onde abandonou em definitivo. Abaixo uma imagem do momento do resgate na curva 2.


Abaixo alguns momentos do amanhecer. Essas imagens são muito legais. Na minha opinião é o momento mais bonito da prova.

Presenciamos mais um susto, quando eram pouco mais de 8 da manhã. O Corsa #117 se perdeu na 1 e capotou. Vejam a sequência e como ficou o carro. Lembro que em todos os acidentes houve apenas danos materiais.

Com o abandono do #99, pensei que o campeão seria o trio dos Stédile que acelerou o Spyder #7 como se a prova fosse de bateria. Até aquele momento ele tinha algumas voltas de vantagem para o MCR #46, que acabou sendo descontada nas horas seguintes, dando a segunda vitória consecutiva ao quarteto João Sant'Anna, Vitor Genz, Christian Castro e Carlos Kray. Na segunda posição ficou o MCR Tubarão #5 do trio Anderson Toso, Carlinhos e Tiel de Andrade, com o #7 em terceiro. Na classe turismo o vitorioso foi o Gol #26 do quarteto Rodney Tardivo, Fabiano Bareta, Robson Walter e Roberto Walter, sexto no geral.

Bom, mais uma 12 Horas chega ao fim. Parabéns a todos que participaram. Ao longo da semana vou trazer as imagens de todos os carros que competiram, como fiz no ano passado. Agora preciso descansar pois amanhã tem trabalho, aula, etc.

Antes de encerrar, um abraço ao pessoal que trabalhou a noite toda para colocar as informações instantâneas no sites Racecarpress, Curva 1 e Racha Tarumã. Eventualmente a gente passava lá para encher o saco. Essa gurizada vai longe. Parabéns pela iniciativa e pelo trabalho. Valeu Fernando, Tomedi, Marcelo Matusiak, Evandro, Anderson, Régis e Nicodemo (esqueci alguém?).

Senti a falta do "Mosquito" na cronometragem. Seria sua décima prova consecutiva. O pessoal da Cronomap estava lá e acabei encontrando um velho amigo, o Cristiano. Abração!

Abração também - é claro - ao mano Giovanni, companheiro inseparável das 12.

Fonte das imagens: Marcelo Matusiak, Leandro e Giovanni Sanco.