Lembram que há poucos dias os Jurássicos voltaram às pistas? Foi lá no Volvo Experience, em Tarumã. Pois é, a turma ficou tão entusiasmada, que mal parou de contar as histórias daquele dia, já estava novamente reunida para acelerar.
A aventura agora foi no Velopark, no último Sábado, onde os Veloce estavam à disposição para algumas voltas. O convite do Velopark veio através do Jorge Fleck. Dessa vez fui junto e tive o prazer de acelerar junto dos amigos.
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Chegamos lá às 9h. Já estava quente e foi muito bom ter programado a andada pela manhã, pois à tarde o calor estava insuportável. Cada um experimentou os "autos" para ver se ficavam confortáveis. O capo Giordani, responsável por todos esses encontros, bem que tentou se encaixar no Veloce, mas ficaria difícil sair. Sendo assim, o Fleck providenciou para ele um VW Gol, com slicks e comando brabo, que é utilizado na escola de pilotagem.
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Depois de um agradável bate-papo com a turma, o Fleck chamou para o briefing. Seriam 10 os carros na pista. Além do Giordani, estavam lá o "Chico" Feoli, Cláudio Mueller, "Nico" Monteiro, Paulo Trevisan, "Zuio", "Castrinho", a Adriana, filha do Giordani, o Adriano, genro do "Nico" e eu.
O Fleck deu todas as dicas e tornou tudo mais fácil, especialmente para aqueles com pouca experiência, como é o meu caso. O Veloce é praticamente um protótipo em tamanho reduzido. Tem motorização Fiat 1.4 l, com 100 HP. Pesa 500 kg, o que dá uma boa relação peso potência. Toda suspensão foi projetada especialmente para essa aplicação, que mesmo com dimensões reduzidas (entre eixos de 2 m), garante uma ótima dirigibilidade. O freio é duro, mas extremamente eficiente. O câmbio exigia uma certa atenção ao passar da quarta para a quinta marcha, mas depois de umas duas voltas, já era possível engatar rapidamente. O Fleck orientou sobre as marchas em cada trecho da pista. Ficamos em quarta e quinta quase o tempo todo. Na freada da reta oposta se colocava terceira. Havia cones nas curvas indicando o local de tangência, o que ajudava muito, principalmente na curva do túnel, pois não se enxerga a saída dela.
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Orientações passadas era hora de colocar as vestimentas e sentar nos carros. Escolhi o carro #21, aquele com as cores da Ipiranga. Sempre gostei de carros com as cores amarela e azul.
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O meca Vilmar me ajudou com os comandos e me passou mais algumas dicas. O Vilmar já trabalhou com muita gente no automobilismo e está há mais de 30 anos no meio, junto de seus filhos. Grande figura.
Enquanto isso, a turma se ajeitava nos carros. O Feoli reservou o carro do Grêmio e o "Castrinho" o do Colorado. Depois de uma volta atrás do Fleck indicando o caminho das pedras, a pista foi liberada e pudemos então começar a diversão.
O carro acelera muito rápido e mesmo com suspensão, parece um kart nas curvas. O circuito do Velopark é ótimo para sentir a velocidade em linha reta. Em quinta marcha, a 6200 rpm, o carro deve estar a uns 180 km/h. No final do retão, frenagem, redução de quinta para quarta, entrada do primeiro "S", as zebras são altas e rapidamente se está na freada da curva à esquerda, que tem raio gradual, o que engana na primeira passada. Fui lá fora, mas a segurança é perfeita, com áreas de escape asfaltadas. A curva do túnel, como disse, é cega. A tangência é feita e parece que se vai bater na parte interna, mas é só impressão. O "S" de média a seguir é muito bacana de fazer, com o carro querendo escapar a traseira. Na saída deste a quinta entra e é pé no fundo por um bom tempo. Mais um "S" chegando e como o Fleck disse, alí é uma patada no freio. E que freio! Quarta, terceira e o carro sai que é uma bala em direção à última curva antes da reta. Nas primeiras voltas fiz todo esse trecho em terceira, mas depois de um tempo - já melhor adaptado - o carro pedia quarta e cortava na zebra interna antes da retinha. Na reta a quarta é feita logo debaixo da passarela. O mostrador no painel já vem indicando "SHIFT" um pouco antes. Mais adiante, "SHIFT" outra vez, quinta marcha entra fácil, e vamos que vamos.
As primeiras voltas foram para conhecer o carro, o traçado, testar as reações. Enquanto isso o Grêmio e o Colorado iam se pegando na pista. A turma da antiga obviamente andou muito forte e ficou com os melhores tempos. Até tentei acompanhar um ou outro para ver o traçado deles, mas convenhamos, foi melhor ficar de espectador, pois a turma, mesmo após anos de ausência na pilotagem, continua levando a pista muito a sério. Foi muito legal vê-los de dentro da pista. Lá vai o "Chico". E o "Castrinho" tentando passá-lo. Olha o Trevisan, grande amigo! E o Professor Cláudio Mueller! E o "Nico"! E o "Zuio"! Caramba, o que que eu estou fazendo aqui...
No final, depois de 20 voltas - que passaram voando - já estava bem adaptado e gostando muito da brincadeira. Muito seguro e divertido. Recomendo uma visita (agendada previamente) para aqueles que quiserem sentir as emoções de um carro de competição.
Abaixo, da direita para a esquerda aparecem: Feoli, Adriano, "Nico", Sanco, Giordani, Fleck, Adriana, Cláudio Mueller, "Castrinho" e o Ronaldo Bitencourt, que não acelerou, mas foi lá conferir. Faltaram na imagem o Trevisan e o "Zuio", mais o Raymundo Castro que também apareceu por lá para prestigiar os amigos.
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Depois das aceleradas, fomos para o Velogrill degustar um excelente almoço e confraternizar, tudo isso, dentro do ar condicionado, é claro.
O Fleck e a turma do Velopark estão de parabéns pela estrutura disponível para proporcionar um encontro como esse. Sem falar do Giordani, que consegue reunir velhos amigos em torno de uma antiga, mas sempre viva paixão. Que honra para mim fazer parte desse grupo e poder dividir uma pista com todos os nomes que lá estavam.
Ganhei o dia! Obrigado!
Fonte das imagens: arquivo pessoal.