sexta-feira, 25 de julho de 2008

Bateu asas e voou

Conforme falei ontem, Luiz Fernando Tróglio foi o protagonista de um dos mais marcantes acidentes que se tem registro no autódromo de Guaporé, felizmente sem vítima alguma.

Tudo aconteceu durante a terceira etapa do Campeonato Gaúcho de Turismo 5000 , no dia 29 de Maio de 1982. Era a segunda bateria da prova e Luiz Fernando vinha se recuperando de alguns problemas ocorridos com seu carro. As frenagens eram feitas no limite da pista e do equipamento, com isso o tempo de volta era rápido e ele já vinha na quinta posição.

Entretanto ao abrir a terceira volta e na aproximação da curva 1, o piloto pisou com força no pedal do freio e este foi até o fundo, batendo no assoalho do Maverick #13. A velocidade naquele momento era de aproximadamente 200 km/h e ele ainda teve tempo para engatar a terceira marcha "mas parece que o carro andou mais rápido", disse o piloto em entrevista aos jornais da época. O carro acabou batendo violentamente de lado no guard-rail e capotou para fora da pista, caindo cerca de 50 metros no barranco que cerca aquela curva.

Luiz Fernando foi imediatamente socorrido pelo pessoal da segurança e por alguns espectadores que se encontravam próximos ao local do impacto. Felizmente os danos ao piloto foram apenas uma fratura na rótula da perna esquerda. Levado ao hospital de Guaporé, foi operado e por lá ficou alguns dias. A admiração da cidade pelo piloto era tanta que até os horários de visita no hospital eram informados pela rádio local.

Ao ver o carro pela primeira vez após o acidente disse "nasci de novo, graças ao santo-antônio e ao cinto de segurança". Para a prova seguinte em Tarumã, um novo Maverick teve de ser adquirido, pois o do acidente ficou irrecuperável.

Abaixo um registro do que sobrou do Maverick e do socorro ao piloto.

Me disse o Luiz Tróglio Júnior que a causa do acidente foi o esmagamento da tubulação de freio, quando o carro foi erguido pelo macaco, durante a manutenção feita entre as duas provas.

Fonte das imagens: arquivo Família Tróglio.

2 comentários:

Anônimo disse...

lembro do acidente como se tivesse ocorrido hoje. eu e meu pai estávamos em guaporé assistindo a corrida, na reta. como residíamos em encantado/rs, não perdíamos nenhuma corrida. no momento do acidente, lá pela terceira volta, meu pai entrou no carro e nos dirigimos até o barranco da curva um. chegamos lá junto com o pessoal do socorro, tendo meu pai os auxiliado. ajudou a carregar o luis fernando de maca. após, também auxiliou na retirada do tróglio da ambulãncia para a entrada no hospital. lembro que o maior machucado era o joelho.
uma imagem que não foge da memória, ocorreu naquela oportunidade. como meu pai ficou distraído, auxiliando o pessoal com o tróglio, aproveitei e escalei o barrando onde estava o carro e fui até o guard rail da curva um. havia cerca de um metro onde eu poderia ver o resto da corrida. após este "metro de terra" que circundava o guard rail, havia um barranco de cerca de vinte metros. mesmo após o acidente, a corrida continuou normalmente. eu assistia a corrida "de camarote" atrás do guard rail da curva um quando, de repente, um dodge "derrapou, saiu de lado" e veio em direção a posição onde eu estava. não exitei. pulei o barranco e me ralei todo. tinha cerca de dez anos. meu pai ficou furioso.
não consigo identificar meu pai, sr. joarez rotta, nas fotografias, mas as imagens daquela época ainda estão bem vivas em minha memória.
em tempo: luis fernando era muito querido por todos. normalmente a nossa torcida era por ele e pela equipe do "expresso industrial"

Leandro Sanco disse...

Esse é o amigo e piloto de quem falei esses dias: Paulo Rotta. Valeu, Paulo!